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MATERIAIS DE ACABAMENTO 02

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MATERIAIS DE ACABAMENTOMATERIAIS DE ACABAMENTO
MATERIAIS, QUANTITATIVOS EMATERIAIS, QUANTITATIVOS E
ORÇAMENTOORÇAMENTO
Autora : Me. Ana Carol ina Pussi de Br i to
Reviso r : Ar isteu S imo n
INICIAR
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introdução
Introdução
Ao explorar as características e propriedades dos materiais, podemos
compreender a relação entre suas possibilidades de aplicação e seu
desempenho no uso. Conhecer os ambientes e identi�car seus aspectos
construtivos e necessidades funcionais pode contribuir para soluções de
projetos mais práticos e e�cientes. Do mesmo modo, as atividades de
representação das peças grá�cas, de levantamento de quantitativos e
orçamentação con�guram documentos fundamentais para a efetivação de
uma proposta projetual e execução de obra. Nesta etapa do estudo, vamos
conhecer mais categorias de materiais de acabamento para projetos de
interiores, analisar as formas de representação grá�ca e compreender como
funcionam as etapas de levantamento de quantitativos e orçamento.
Bom estudo!
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No estudo dos materiais para acabamento, podemos identi�car um conjunto
de variadas opções de diferentes naturezas. De acordo com suas
propriedades e características técnicas, os materiais podem apresentar
melhor aplicabilidade em determinados contextos.
Revestimento
Os revestimentos de piso e parede apresentam diferentes formatos e
composições, são elementos versáteis e �exíveis para aplicação nos espaços
internos. Funcionais, garantem proteção e durabilidade aos elementos
construtivos, além de incorporarem soluções estéticas para os ambientes. Os
materiais de revestimentos podem ser de naturezas diversas, assim como
suas condicionantes de aplicação são especí�cas a cada caso. Para
compreender mais, vamos estudar alguns tipos de materiais de
revestimento, como o vinílico, a borracha, o ladrilho hidráulico, a granitina, o
cimento queimado e os carpetes.
Vinílico
Materiais: Propriedades e TiposMateriais: Propriedades e Tipos
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Os revestimentos ou mantas vinílicas são materiais versáteis, de grande
resistência e podem ser aplicados em pisos e paredes. São indicados para
áreas secas ou suscetíveis à umidade. Feitos de PVC, plasti�cantes,
pigmentos e aditivos, são opções de revestimento para os mais variados
ambientes.
Podem ser encontrados no formato de placas, réguas ou mantas e
apresentam diversos formatos, cores e texturas, úteis para as composições
projetuais. Entre as propriedades e características do material, podemos citar
sua resistência ao fogo e à abrasão, capacidade de absorção acústica e
térmica, resistência à água e facilidade de manutenção (EBSERH, 2018). Os
pisos vinílicos são colados em bases regularizadas, niveladas e preparadas
para sua aplicação, porém, podem ser instalados sobre outros pisos, como o
cimento, piso cerâmico e pedras. Devido a sua grande resistência, são
indicados para aplicação em espaços de diferentes funções, porém, é
necessário veri�car as indicações dos fabricantes sobre sua compatibilidade
e condições gerais de instalação.
Borracha
Os revestimentos de borracha são indicados para áreas de tráfego intenso.
São antiderrapantes e possuem superfície monolítica e impermeável, de fácil
manutenção. O piso de borracha mais comum é o piso de borracha
Figura 2.1 - Aplicação de piso vinílico como revestimento de piso. 
Fonte: Udo Herrmann / 123RF.
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vulcanizado, encontrado em placas, e pode ter acabamento liso ou superfície
canelada ou frisada.
Sua utilização básica acontece em pisos de rampas e escadas, devido a sua
propriedade antiderrapante. Sua �xação acontece com cola adesiva em
bases niveladas e preparadas para sua aplicação (EBSERH, 2018; YAZIGI,
2009).
Ladrilho Hidráulico
São revestimentos que podem ser usados em paredes e pisos. São peças
fabricadas com cimento e areia, prensados, planos e isentos de umidade. A
origem do ladrilho hidráulico remonta a época dos mosaicos mouros e
bizantinos, e chegou ao Brasil entre os séculos XIX e XX: “no Brasil, como na
Europa, os ladrilhos eram criados para decorar e revestir os pisos e paredes,
expressando arte e religiosidade e sendo símbolo de status e modernidade”
(LAMAS et al., 2018, p. 18). Em geral, são fabricados com técnicas artesanais e,
com o tempo o processo de fabricação foi se modi�cando, especialmente,
pela utilização do cimento Portland. Esse revestimento não sofre processo de
queima, é composto por camadas de composições distintas e tem sua
pigmentação realizada pelo preenchimento de um molde metálico por uma
“calda” de diferentes colorações, composta por cimento, pó de mármore e
pigmentos (LAMAS et al., 2018).
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Apresentam acabamento liso ou com relevo, em diversas cores e desenhos, e
suas dimensões são comumente de 20cm x 20cm ou 15cm x 15cm. Os
ladrilhos são resistes ao desgaste e à abrasão, e devem ser assentados com
argamassa sobre base nivelada e regularizada. Em geral, recebem camadas
de resina para sua �nalização (YAZIGI, 2009).
Granitina
Revestimento de alta resistência e durabilidade. Sua composição é formada
por mistura de cimento, areia, água e partículas de agregados miúdos de
granito, mármore e outros minerais.
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A fabricação pode ser feita in loco, pela paginação de quadros separados por
juntas de dilatação, ou pode ser pré-fabricada. Pode apresentar acabamento
áspero (fulget) ou pode ser lixado, polido e receber uma camada de resina
impermeabilizante. As vantagens desse material é a elevada resistência à
abrasão, é impermeável e imune à ação da maioria dos componentes
orgânicos (YAZIGI, 2009; EBSERH, 2018).
Cimento Queimado
São preparados com cimento, água, areia e aditivo impermeabilizante, e
devem ter espessura de cerca de 2 cm. Após o assentamento da argamassa,
é realizado o sarrafeamento para a compactação. Para o acabamento, faz-se
o polvilhamento de cimento sobre a superfície que pode �car lisa, alisada
com desempenadeira de aço, ou áspera, alisada com desempenadeira de
madeira (YAZIGI, 2009).
Para evitar trincas, podem ser divididos em quadros, prevendo juntas e, para
aumentar a durabilidade do piso, deve-se aplicar uma camada de resina. O
revestimento em cimento queimado pode ser aplicado no piso ou na parede,
em áreas internas e externas, apresentam boa durabilidade.
Carpetes
Figura 2.5 - Revestimento de piso em cimento queimado.
Fonte:  Jean-Philippe Delberghe / Unsplash.
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São revestimentos compostos por uma forração têxtil, confeccionada em
mantas compostas por �bras de nylon, polipropileno ou poliéster. Podem ser
encontrados em placas e mantas, seu modo de �xação é por cola adesiva em
superfície nivelada e isenta de umidade (YAZIGI, 2009; CHING, 2013).
Possuem capacidade de absorção acústica e resistência a mofos e manchas.
Os carpetes podem ser encontrados em inúmeras cores e texturas, assim
como podem ser aplicados em diversos ambientes, devido a sua
funcionalidade,porém, é importante observar as recomendações dos
fabricantes sobre sua compatibilidade e condições gerais de instalação.
Os carpetes apresentam uma grande �exibilidade de uso, podem ser
aplicados em pisos, paredes ou outros elementos construtivos.
Especialmente pela sua capacidade de absorção acústica, é muito utilizado
em salas de cinema, teatro, como também em cabines acústicas e estúdios
de som. Pela facilidade de manutenção e segurança em relação ao tráfego de
pessoas, também são frequentemente aplicados em lojas, espaços
corporativos e hotéis.
Pintura
As tintas são utilizadas para proteção e acabamento de diferentes tipos de
superfícies. Apresentam em geral forma líquida ou pastosa, após sua
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aplicação e secagem, garantem uma película contínua e uniforme, que
funciona como proteção contra agentes agressivos (SINDUSCON-MG, 2010).
As tintas, vernizes e complementos utilizados na construção civil podem ser
compostos por produtos aquosos (látex) e produtos à base de solvente.
A seleção adequada dos produtos para aplicação deve ser realizada para
atender tanto à função protetora quanto à decorativa. Para a seleção do
sistema de pintura, para a aplicação em edi�cações, é necessário observar a
compatibilidade entre os produtos e os diferentes tipos de ambientes
(interno secos, internos úmidos, externos etc.), assim como as condições das
superfícies (�rme, coesa, limpa, seca etc.) (ABNT, 2011). As considerações dos
fabricantes sobre o sistema de pintura devem ser consideradas,
especialmente, quanto às características técnicas, como quantidade e
intervalo de demãos, mistura entre produtos, entre outros.
Alguns dados técnicos são fundamentais para avaliar a qualidade de tintas e
complementos, como estabilidade, cobertura, rendimento, aplicabilidade,
nivelamento, secagem, lavabilidade e durabilidade (SINDUSCON-MG, 2010).
Figura 2.7 - Parede com acabamento em pintura. 
Fonte:  Stefen Tan / Unsplash.
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Os tipos e condições de superfície implicam no modo de aplicação de tintas
e complementos. No caso de alvenarias com emboço e reboco, recomenda-
se aguardar a cura por no mínimo 30 dias, lixar e eliminar o pó para
aplicação de selador, antes da aplicação de tinta para acabamento (ABNT,
2011). A NBR 13245/2011: Tintas para construção civil - Execução de pinturas em
edi�cações não industriais - Preparação de superfície, detalha a preparação de
diferentes tipos de superfície para aplicação de tintas.
De acordo com seu desempenho, as tintas são classi�cadas em econômicas,
standard e premium. As tintas acrílicas são indicadas para áreas externas e
áreas internas molhadas, pois possuem resistência à água e à umidade. As
tintas Látex PVA tem como principal indicação paredes internas e áreas
secas. Os esmaltes sintéticos são indicados para superfícies, como ferro,
madeira e metais. As tintas epóxi produzem superfícies impermeáveis e são
muito resistentes à umidade e à abrasão. Dependo do tipo, as tintas podem
ter acabamento fosco, acetinado ou semibrilho.
Textura
A textura é um tipo de revestimento que apresenta diferentes efeitos através
do uso de técnicas e ferramentas em sua aplicação. Podem ser aplicadas em
áreas externas e internas. O acabamento pode apresentar efeitos
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decorativos, como quadriculado, riscado, chapiscado, entre outros. Esse tipo
de revestimento apresenta como vantagens sua possibilidade de aplicação
em variadas superfícies e consegue ocultar eventuais imperfeições.
Papel de Parede
O papel de parede é uma opção de revestimento muito aplicada em
ambientes interiores. Apresentam uma enorme variedade de cores, modelos,
texturas, estampas e padronagem. Para a aplicação correta, é necessário
analisar o tipo de ambiente e a superfície de aplicação. O papel de parede
vinílico recebe uma camada de PVC, o que o torna mais resistente à água, luz
e calor. Pode ser usado em ambientes secos ou em ambientes com umidade
e é aplicado com cola. O papel de parede vinilizado é mais �no e liso, pode
apresentar uma camada de verniz como acabamento, é indicado para áreas
secas e são aplicados com cola. Existe ainda no mercado opções de papel de
parede autoadesivos. As características técnicas e considerações dos
fabricantes devem ser veri�cadas na escolha do tipo de papel de parede, sua
compatibilidade com os ambientes e condições gerais de aplicação.
Pedras
Segundo Brown (2014), os materiais deste grupo são extraídos do solo e
processados para serem aplicados aos ambientes construídos. São
frequentemente aplicados como acabamento de piso, revestimento de
paredes ou em bancadas de cozinha, banheiros e áreas molhadas. São
disponíveis em inúmeras cores naturais, podem ter acabamento rústico,
polido, entre outros, e apresentam distintas opções de padrões, texturas e
formatos.
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As pedras apresentam propriedades funcionais bastante variadas de acordo
com seu tipo. O granito é um material muito duro e não poroso, indicado
para revestimento de piso, parede, execução de bancadas, soleiras, rodapés e
peitoris.
Os mármores são indicados para pisos de baixo tráfego, revestimento de
parede, execução de bancadas, soleiras, rodapés e peitoris, assim como são
utilizados para a execução de móveis, como aparadores e mesas. O mármore
e o calcário, por exemplo, são materiais menos resistentes à umidade, pois
são pedras mais macias, portanto, sua aplicação e acabamento devem ser
analisados. O mármore travertino é um material rugoso e inadequado para
ambientes poluídos – contato com pó, gorduras etc. (BROWN, 2014).
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Algumas pedras naturais, como a ardósia e São Tomé, são muito utilizadas
para revestimento de piso e parede, porém, pelo seu aspecto rústico são
mais aplicadas em ambientes externos.
Tetos e Forros
Em geral, os tetos recebem pintura em tinta látex PVA para áreas secas ou
tinta acrílica para ambientes que apresentam umidade. Quando utilizados, os
forros podem ser �xos ou removíveis. Podem apresentar resistência ao fogo,
à umidade, além de contribuírem para absorção acústica dos ambientes.
Os forros �xos proporcionam a criação de superfícies lisas e contínuas,
destacando-se o gesso em placas e o gesso acartonado (EBSERH, 2018). O
gesso em placas pode ser utilizado em diversos ambientes, pode receber
acabamento em tinta, porém, apresenta baixa resistência à umidade. O gesso
acartonado é encontrado em três tipos básicos de placa. A chapa standard
(ST) serve para utilização geral; a placa RU, conhecida como chapa verde por
sua coloração, é resistente à umidade e indicada para áreas molhadas; as
chapas RF são chapas resistentes ao fogo. Os forros devem apresentar no
encontro entre as placas e a parede juntas de dilatação, geralmente, em
cantoneiras metálicas, para permitir sua movimentação (ABDI, 2015; EBSERH,
2018).
Figura 2.8 - Aplicação de pedra natural como revestimento de piso em
escada.
Fonte: Ludde Lorentz / Unsplash.
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Os forros removíveis são mais versáteis e possibilitam o acesso aos sistemas
e instalações no espaço entre o forro e a laje ou sistema de cobertura.
Podem ser compostos por diversos materiais, como aço, alumínio, plásticos
como o PVC, madeira, MDF ou placas similares e �brasminerais; as
propriedades, características técnicas e �exibilidade de uso e aplicação
variam de acordo com o material.
Por exemplo, os forros de alumínio apresentam leveza, fácil manutenção e
são resistentes à umidade, já o forro mineral apresenta grande capacidade
de atenuação acústica, muito utilizado para escolas e ambientes corporativos
(EBSERH, 2018).
Vidro
Os vidros mais utilizados na construção civil são classi�cados em vidros
comuns temperados, laminados e aramados, podem ser lisos, impressos,
incolores ou coloridos. O vidro temperado possuem maior resistência
mecânica e ao choque térmico. O vidro laminado é composto por uma
película de material plástico que une duas ou mais chapas de vidro; é um
material resistente, de alto desempenho, indicado para o envidraçamento de
sacadas, guarda-corpos ou locais que ofereçam risco de acidente. O vidro
aramado apresenta uma malha metálica inserida durante o processo de
fabricação, por isso apresenta resistência ao fogo. O vidro impresso (fantasia)
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é um vidro plano que apresenta em uma de suas faces um desenho
impresso (YAZIGI, 2009).
Os vidros podem receber tratamento super�cial, como é o caso dos vidros
acidados que são levemente opacos, os vidros jateados são levemente
foscos e opacos, os vidros pintados a frio recebem uma película de tinta e os
vidros serigrafados recebem uma pintura com tinta cerâmica, que é fundida
ao vidro conferindo alta durabilidade. Os vidros exigem cuidados em sua
especi�cação, devendo ser observadas características estéticas (cor, re�exão,
absorção luminosa, serigra�a e pintura), de resistência e segurança
(espessura, tamanhos das chapas, bene�ciamento), e conforto ambiental
(transmissão, re�exão e absorção luminosa e energética, transmitância
térmica) (ABIVIDRO, 2016).
A espessura dos vidros varia de 3mm a 19mm, podendo chegar a 25mm;
dependem do tamanho da chapa e deve ser de�nida segundo sua aplicação
e de acordo com as especi�cações normativas (ABIVIDRO, 2016). A NBR
7199/2016: Vidros na construção civil – Projeto, execução e aplicações classi�ca e
�xa condições para o uso do vidro na construção civil.
Os vidros para boxes de banheiro são classi�cados pela norma NBR
14207:2009 – Boxes de banheiro fabricados com vidro de segurança. Essa
normativo permite utilização em boxes os vidros de segurança do tipo
temperado, laminado e temperado com película de segurança.
praticar
Vamos Praticar
Alinhando conceitos estéticos a aspectos técnicos e funcionais, os materiais de
acabamento são componentes essenciais nos projetos de design de interiores.
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Sobre as possibilidades de aplicação dos materiais, assinale a alternativa correta.
a) O revestimento vinílico não é indicado para aplicação em paredes.
b) Os ladrilhos hidráulicos são peças moldadas in loco.
c) A granitina é um revestimento proveniente de materiais sintéticos.
d) As placas de gesso acartonado são classi�cadas em três tipos.
e) Os tipos de tintas podem ser aplicados em ambientes internos e
externos, sem distinção.
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A norma de desempenho de�ne as áreas molhadas como ambientes cuja
condição de uso pode resultar na formação de lâmina de água, por exemplo,
cozinha, banheiros, área de serviço (ABNT, 2013). Por suas características de
uso, recomenda-se prever alguns cuidados na especi�cação de materiais e
acabamento para esses ambientes que devem apresentar resistência ao
escorregamento, estanqueidade– evitando a passagem de umidade para
outros elementos construtivos– resistência à exposição à umidade em
condições normais de uso, sem alterar suas propriedades (ABNT, 2013).
Esses locais devem receber adequado sistema de impermeabilização de piso,
assim como é necessário que nos locais que existam ralos, o sistema de piso
deve apresentar um caimento em direção ao ralo de no mínimo 0,5% (YAZIGI,
2009). Os projetos para áreas molhadas devem levar em consideração as
características dos ambientes para a de�nição do tipo de material de
acabamento a ser aplicado, assim como para a de�nição das louças
sanitárias, dos metais sanitários e bancadas.
Áreas MolhadasÁreas Molhadas
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Aparelhos Sanitários de Louça
As louças sanitárias são aparelhos fabricados de material cerâmico com
adição de outros componentes e possuem em seu acabamento uma camada
de esmalte cerâmico, compondo uma superfície impermeável, uniforme e
lisa (SOUZA, 2004). Os aparelhos sanitários são ligados à instalação predial
de esgoto sanitário e são utilizados para �ns higiênicos. Os principais tipos
de louças sanitárias são:
Bacias sanitárias, convencional, com caixa acoplada, com caixa
acoplada integrada;
Bidês;
Lavatórios, de parede, com coluna ou de embutir;
Mictórios;
Tanques, de parede, com coluna.
As louças sanitárias devem ser especi�cadas de modo a garantir conforto e
segurança ao usuário, devem apresentar desempenho adequado à sua
função e garantir um bom funcionamento em uso. Em geral, as peças são
�xadas por parafusos, no piso ou na parede. Para especi�car os aparelhos
sanitários, é fundamental veri�car as dimensões, tipos de entrada de água e,
principalmente, a altura e as dimensões de entrada e saída da tubulação,
veri�cando os afastamentos máximos e mínimos de instalação do aparelho
sanitário em relação à parede. 
Figura 2.10 - Louças sanitárias como componentes de banheiro. 
Fonte: Phil Hearing / Unsplash.
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Existe no mercado uma grande variedade de modelos de louças sanitárias. É
fundamental veri�car o tipo de funcionamento e instruções de instalação,
operação e manutenção fornecidos pelos fabricantes. As normas NBR 16728-
1/2019: Tanques, lavatórios e bidês - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio e a
NBR 16727-1/2019: Bacia sanitária - Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio
estabelecem os parâmetros técnicos para as louças sanitárias.
Metais Sanitários
Os metais sanitários são equipamentos que permitem a circulação ou o corte
de �uxo de água de uma rede, em sua maioria, são fabricados com materiais
metálicos (SOUZA, 2004). Os principais tipos de metais sanitários são:
Torneiras de pressão e misturadores;
Registros, de pressão, de gaveta;
Válvulas de descarga.
As torneiras de pressão têm seu uso dividido para os seguintes tipos: para
pia, para lavatório, para tanque e jardim. As torneiras de monocomando
controlam o �uxo de água quente e água fria por meio de uma única peça de
comando. As torneiras podem ser �xadas na vertical ou na horizontal e
podem apresentar a bica em um posicionamento alto ou baixo.
Figura 2.11 - Metal sanitário como componente de cozinha.
Fonte: Jacek Dylag / Unsplash.
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Os registros de pressão e de gaveta funcionam na interrupção do �uxo de
água. As válvulas de descarga possuem parte da peça embutida na parede,
sendo necessário para realizar seu embutimento conhecer a espessura da
parede. Os metais sanitários apresentam um acabamento super�cial
cromado, por meio de um revestimento eletrolítico de níquel ou cromo
(SOUZA, 2004).
A especi�cação de metais sanitários deve levar em consideração
desempenho, durabilidade e adequação ao local de uso. Aspectos técnicos,
como o �uxo de água, esforço de acionamento e uso racional de água,
devem ser considerados.É fundamental veri�car a pressão de água da rede
de abastecimento para garantir um bom funcionamento das peças.
Especi�car componentes que atendam às normas técnicas e aos programas
setoriais de qualidade é importante para evitar o comprometimento dos
equipamentos.
Bancadas
Atualmente, existem no mercado da construção civil e do design uma grande
variedade de materiais de todas as naturezas para a execução de bancadas.
Para garantir melhor desempenho, é fundamental optar por materiais que
apresentem durabilidade e adequação ao uso e à função do ambiente.
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Pedras Naturais
O mármore, granito e outras pedras naturais são especi�cados
especialmente por sua resistência, durabilidade e qualidade estética, sendo
encontrados em muitas cores e texturas. Existem diversos tipos de pedras
disponíveis, sendo usadas também a ardósia, pedra-sabão, entre outras. Por
isso, é necessário avaliar as condições do local de aplicação e a porosidade
do material em caso de uso em áreas molhadas.
Compostos de Pedra e Aditivos Sintéticos
São criados industrialmente e feitos a partir da composição de pedras
naturais e aditivos sintéticos. Esses materiais se caracterizam por
apresentarem diversas opções de acabamento, geralmente, apresentam
superfície lisa e homogênea, podem ser moldados em diferentes formatos e
garantem fácil manutenção. Em geral, possuem grande durabilidade,
resistência a impactos, porém, não suportam altas temperaturas.
Aço Inoxidável
O inox é um material que apresenta durabilidade, resistência e suporta altas
temperaturas. Em geral, as bancadas de inox apresentam aspecto
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homogêneo, impermeável e apresentam grande facilidade de limpeza e
manutenção.
Madeira
A madeira é um material versátil e com grande durabilidade. Para utilização
em bancadas, as madeiras não são indicadas para locais com contato direto
com a água ou devem receber tratamento especial. Desse modo, devem ser
escolhidas madeiras mais resistentes e que suportem bem a umidade como,
por exemplo, o cumaru e o ipê. Um dos tipos de madeira mais indicados
para bancada é a madeira teca, pois é uma madeira leve e muito resistente,
especialmente, em contato com a água. Além de escolher madeiras com
maior durabilidade, é necessário protegê-las com verniz ou
impermeabilizante.
Figura 2.14 - Bancada de cozinha em aço inoxidável.
Fonte: Aaphotograph / 123RF.
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Outras opções disponíveis no mercado para aplicação ou execução de
bancadas são o concreto ou o cimento, o vidro, as bancadas de revestimento
cerâmico como o porcelanato, entre outras.
Figura 2.16 - Bancada de banheiro executada com placa cerâmica.
Fonte: Bialasiewicz / 123RF.
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É fundamental ao especi�car um material para bancada, considerar o seu
uso e avaliar, especialmente, sua resistência a impactos, a altas temperaturas
e a �uidos.
praticar
Vamos Praticar
As áreas molhadas são espaços que apresentam condições especí�cas de acordo
com sua característica de uso, como é o caso de cozinhas, banheiros e lavanderias.
Indique qual alternativa apresenta a de�nição correta em relação a esses espaços.
a) As áreas molhadas devem apresentar alta capacidade de absorção
acústica.
b) As áreas molhadas devem resistir à água e à umidade.
c) As áreas molhadas devem ser resistentes ao fogo.
d) As áreas molhadas que apresentam lâminas d'água devem ter pisos
planos.
Figura 2.17 - Bancada de banheiro executada em vidro.
Fonte: Aaphotograph / 123RF.
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e) As áreas molhadas comportam qualquer tipo de material de
acabamento.
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O conjunto de desenhos que compõem um projeto de interiores são
fundamentais para transmitir as informações técnicas do projeto e garantir
uma execução de obra satisfatória. Nesse processo, o conjunto dos materiais
especi�cados deve ser representado e indicado nos desenhos, de acordo
com sua função e local de aplicação. Vamos, então, conhecer as peças
grá�cas usadas para a descrição dos materiais adotados em projetos.
Planta Baixa
Representa a vista superior a partir de um plano secante horizontal a 1,50m
do piso. Em geral, a planta baixa deve conter, entre outros, a indicação de
eixos do projeto, indicação de cotas parciais e totais, indicação dos níveis de
piso acabado, denominação dos diversos ambientes e respectivas áreas
úteis. 
Representação Grá�caRepresentação Grá�ca
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Planta de Paginação de Piso
A planta de paginação de piso tem como base a planta baixa ou planta de
layout. Tem como objetivo apresentar os tipos de pisos e revestimentos de
um ambiente, como devem ser assentados, apresentar a quantidade de
material necessário e indicar detalhes ou aspectos construtivos a serem
observados.
Devem compor a planta de paginação de piso:
Planta com indicação do nome do ambiente e área;
Indicação do tipo de piso e quantidade;
Indicação de vistas;
Indicação do início do assentamento;
Cotas e indicação de nível acabado;
Ralos, desníveis e inclinação do piso;
Soleiras e/ou outros elementos;
Quadro de especi�cações: legenda com tipo de piso e cálculo de
área do material.
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A indicação de assentamento aponta se o piso começa a ser aplicado da
entrada do ambiente ou de algum outro ponto de referência. Na planta de
paginação, é possível indicar como ocorre as transições entre diferentes
tipos pisos ou desníveis.
Ao desenhar a paginação, é ideal que se evite grandes quebras e
desperdícios de material, por isso recomenda-se que o desenho se adapte à
composição construtiva do ambiente.
Figura 2.20 - Paginação de piso de madeira.
Fonte: DDP / Unsplash.
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Planta de Paginação de Piso
A planta de paginação de piso tem como base a planta baixa ou planta de
layout. Tem como objetivo apresentar os tipos de pisos e revestimentos de
um ambiente, como devem ser assentados, apresentar a quantidade de
material necessário e indicar detalhes ou aspectos construtivos a serem
observados.
Devem compor a planta de paginação de piso:
Planta com indicação do nome do ambiente e área;
Especi�cação de teto e quantidade;
Indicação do início da aplicação, no caso de materiais em placas;
Cotas e níveis;
Indicação de rebaixos, sancas e outros elementos necessários;
Indicação da modulação de luminárias e equipamentos;
Quadro de especi�cações: legenda com tipo de teto, forro e cálculo
de área do material; equipamentos e quantidades.
Vistas
As vistas ou elevações internas são a representação grá�ca de planos
internos de uma edi�cação (ABNT, 1994). Tem como objetivo detalhar e
indicar as especi�cações de materiais de acabamento e revestimento das
Figura 2.21 - Desenhos na paginação de piso.
Fonte: Erin Hervey / Unsplash.
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paredes e outras superfícies. Nas vistas, podemos relacionar os materiais a
serem aplicados, locais de aplicação, modos de assentamento e indicar
detalhes ou aspectos construtivos a serem observados.
As vistas devem ser indicadas por símbolos nas plantas. Devem compor as
vistas:
Especi�cação de materiais;
Indicação de convenção grá�ca dos materiais;
Indicação do início do assentamento;
Cotas e indicação de nível acabado;
Marcação e detalhes.
Figura 2.23 - Especi�cação de materiais na Vista. 
Fonte: Elaborada pelo autor.
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Detalhamento
Os detalhes construtivos, em geral, são a representação de todos os
elementos de interesse que devem ser criteriosamente especi�cados. Esses
desenhos devem ser realizados em escala adequada para um bom
entendimento e para possibilitar sua correta execução (ABNT, 1994). Segundo
Brown (2014, p. 133), o desenho dos detalhes “permite uma análise muito
detalhada dos materiais e de como eles se relacionam ou se conectam com
os outros elementos do interior”. Alguns dos principais detalhamentos
realizados na especi�cação e aplicação de materiais em projetos de
interiores são, por exemplo, detalhamento de desenho de bancadas,
encontro de pisos, �xação de forro, entre outros.
praticar
Vamos Praticar
As peças grá�cas são documentos importantes para boa compreensão do projeto e
representação de materiais de acabamento. A representação grá�ca que apresenta
a composição de “planos internos ou elementos da edi�cação” é:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de
projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.
a) Planta de paginação de piso.
b) Elevações internas ou vistas.
c) Fachadas.
d) Planta de teto re�etivo.
e) Detalhamentos.
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Após o desenvolvimento das peças grá�cas e da especi�cação completa de
materiais, é necessário realizar o levantamento de quantitativos e de custo
dos materiais. A elaboração desses documentos deve ser realizada de acordo
com os elementos constituintes do projeto, de acordo com o que é
estabelecido nas peças grá�cas, nos memoriais e nas especi�cações técnicas
(TCU, 2017).
Levantamento de Quantitativos
O levantamento de quantitativos é a atividade realizada para determinar a
quantidade de cada material, componentes e serviços de um projeto. As
informações resultantes são utilizadas para o preparo do orçamento.
Conhecer o projeto e as especi�cações é fundamental para o levantamento
de quantitativos, assim como o conjunto de peças grá�cas deve ser bem
detalhado. Segundo Mattos (2006, p. 44),
A quanti�cação dos diversos materiais (ou levantamento de
quantidades) de um determinado serviço deve ser feita com base em
Quanti�cação de Materiais eQuanti�cação de Materiais e
OrçamentoOrçamento
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desenhos fornecidos pelo projetista, considerando-se as dimensões
especi�cadas e suas características técnicas.
Um projeto de interiores pode apresentar materiais de acabamento de
diversas naturezas. Para iniciar o levantamento de quantitativos, é necessário
separar os materiais conforme suas especi�cações técnicas:
Dimensões lineares: rodapé;
Dimensões super�ciais ou de área: revestimento e pintura;
Adimensionais: referem-se a elementos que não são quanti�cados
por medida, mas por simples contagem: cubas, torneiras.
Quadro 2.1 - Exemplo de planilha de quantitativo de materiais. 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Na realização do levantamento de quantidades, é necessário levar em
consideração as eventuais perdas de materiais ou, até mesmo, as eventuais
quebras para atender à paginação. Esse valor pode variar normalmente entre
5 e 10%. Em todo caso, esse índice depende do material e de sua aplicação,
portanto, é recomendado conferir as informações fornecidas pelos
fabricantes.
Pisos
O levantamento de quantidade de materiais de piso deve ser realizado de
acordo com a área do piso, por tipo de material. A área do piso servirá de
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base para o levantamento de quantidades de outros serviços, como
argamassa de assentamento e argamassa de rejuntamento. Os rodapés e
soleiras podem ser quanti�cados pelo seu comprimento em metros (TCPO,
2013).
Parede
O levantamento de quantidade de materiais deve ser realizado de acordo
com a área da parede. A área da parede servirá de base para o levantamento
de quantidades de materiais, como revestimento e pintura. O critério de
medição para paredes considera, numa mesma superfície, as áreas de
aberturas, como portas, janelas e elementos vazados. Não se deve descontar
aberturas de até 2,00m² e, para aberturas iguais ou superiores a 2,00m²,
descontar apenas o que exceder a essa área, em cada abertura (MATTOS,
2006; TCPO, 2013).
Os materiais para pintura devem ser calculados com base na quantidade de
demãos recomendada pelo fabricante, assim como o rendimento do produto
para cada demão de tinta. Demais elementos aplicados na parede devem ser
calculados pela área efetiva a ser instalada.
Teto e Forro
Os tetos e forros devem ser calculados pela sua área efetiva.
Louças, Metais Sanitários e Bancadas
As louças, metais sanitários e acessórios são quanti�cados por unidade. As
bancadas, dependendo do material, podem ser quanti�cadas por unidade ou
por área, por exemplo, 01 unidade de bancada de apoio em aço inoxidável de
2,00m x 0,60m, ou 60m² de granito cinza andorinha, espessura 2cm, para
bancada.
Orçamento
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Após a realização do levantamento de quantitativos, é possível iniciar a
composição do orçamento. Saber o custo de uma obra é primordial para
analisar a viabilidade de um projeto, assim como analisar se os materiais e
componentes especi�cados estão adequados à realidade esperada. O
orçamento deve ser realizado quando o projeto já se encontra �nalizado,
permitindo o levantamento dos serviços necessários e materiais, assim como
suas respectivas quantidades (TCU, 2017).
Os orçamentos variam de acordo com os tipos de projetos e as
características técnicas. Em geral, na composição de custos unitários dos
serviços que integram uma obra são considerados a mão de obra, os
materiais e os equipamentos, sendo que os materiais representam parte
signi�cativa na composição dos custos (MATTOS, 2006). Durante o processo
de orçamentação, os insumos devem ser cotados, sendo que alguns
aspectos podem in�uenciar no preço de aquisição, como especi�cações
técnicas, quantidade, prazo de entrega e local e condições de entrega.
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As cotações de materiais podem ser realizadas por diferentes fontes. As
tabelas do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
Civil (SINAPI) apresentam os índices de insumos e custos da construção civil
nacional, divididos por estados. Outros índices podem ser utilizados como
referências para custos de construção civil, como tabelas de referências de
órgãos e entidades da administração pública, publicações técnicas
especializadas do setor ou em pesquisas de mercado.
saiba mais
Saiba mais
O SINAPI é um sistema de pesquisa que apresenta os custos e índices da
construção civil para todos os estados. Gerenciadopela Caixa Econômica Federal
e Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística, fornece tabelas que são
referências para a composição de orçamento de obras, especialmente, para
obras públicas conforme prevê o Decreto federal 7.893 de 2013.
ACESSAR
http://www.caixa.gov.br/poder-publico/apoio-poder-publico/sinapi/Paginas/default.aspx
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Quadro 2.2 - Exemplo de planilha de orçamento de materiais. 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Relacionam-se em uma planilha de orçamento todos os grupos de serviços e
materiais necessários à execução da obra (TCU, 2017). Na composição de
custo de material, é necessário informar o insumo, a quantidade, seu preço
unitário e preço total. É fundamental que o quantitativo de materiais seja
exato, pois valores equivocados de quantidade afetam diretamente o
orçamento.
praticar
Vamos Praticar
Etapas essenciais no desenvolvimento de projeto, o levantamento de quantitativo
de materiais e orçamento resultam em documentos que sintetizam as informações
das peças grá�cas e dos memoriais. Sobre essas etapas, indique a alternativa
correta.
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a) Detalham o conjunto de componentes do projeto e seus custos.
b) Devem ser realizadas no início do projeto.
c) Não dependem da �nalização do desenvolvimento de peças grá�cas.
d) Devem ser realizadas durante o desenvolvimento do projeto.
e) Não contemplam o projeto em sua totalidade.
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indicações
Material Complementar
L IVRO
Materiologia: O guia criativo de materiais e
tecnologias
Daniela Kula e Eloide Ternaux
Editora: Senac São Paulo
ISBN: 978-8539601943
Comentário: Para os pro�ssionais das áreas de
criação e desenvolvimento de projetos, como
engenharia, arquitetura e design, é fundamental
realizar pesquisas e aprofundar o conhecimento sobre
materiais. Este livro apresenta, de forma didática e
linguagem acessível, um vasto conteúdo sobre
materiais e tecnologias, através de textos descritivos e
ilustrações.
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F ILME
O Design Soluciona
Ano: 2018
Comentário: O documentário O Design Soluciona (2018)
aborda uma discussão interessante sobre como o
design, os materiais e produtos estão presentes e
atuam no cotidiano social. Através de depoimentos de
pro�ssionais, propõe uma re�exão sobre o papel dos
materiais e do design na construção de produtos e
espaços e�cientes e adequados às necessidades dos
usuários.
TRAIL ER
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conclusão
Conclusão
Nesta etapa do estudo, investigamos tipos diferentes de materiais de
acabamento muito utilizados em projetos de ambientes de interiores,
conhecendo as propriedades e possibilidades de aplicação. Foi possível
identi�car diferentes modelos de acabamentos para diferentes condições de
uso em pisos, paredes, tetos e forros. A partir do conhecimento de como
deve ser elaborado as peças grá�cas de especi�cação de materiais, é
possível entender a importância da representação correta para a
compreensão do projeto e execução em obra. Por �m, veri�camos como a
precisão no levantamento de quantitativos e orçamento é signi�cativa para a
composição de um projeto completo, podendo até mesmo in�uenciar na
viabilidade de uma proposta.
referências
Referências Bibliográ�cas
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(ABIVIDRO). Manual do vidro plano. São Paulo: ABIVIDRO, 2016.
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6492:Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
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