Buscar

Gestão do Conhecimento - Aula 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRANSFERENCIA DO 
CONHECIMENTO
• AULA 4
Conceitos sobre a Transferência de Conhecimento
❖Para alguns autores, o compartilhar conhecimento difere da transferência,
sendo definido como um conceito mais útil, e é visto como um duplo processo
de investigação e contribuição para o conhecimento através de atividades
como aprendizado pela observação, ouvindo e perguntando, partilha de
ideias, dar conselhos, reconhecendo pistas, e adoção de padrões de
comportamento. (Hendriks, 1999, p.22) afirma que "é preciso conhecimento
para adquirir conhecimento e, portanto, de compartilhar conhecimento.” A
partilha do conhecimento é ao mesmo tempo individual e atividade coletiva,
envolvendo trocas explícitas e tácitas (Polanyi, 1967) entre as pessoas.
❖A transferência de conhecimento está relacionada à gestão do
conhecimento que é visto como “um processo sistemático, articulado e
intencional, apoiado na criação, codificação, disseminação e apropriação de
conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional”
(Serrano & Fialho, 2003, p. 126).
❖Na economia do conhecimento, a informação e principalmente o
conhecimento são importantes porque eles podem agregar valor aos
produtos, serviços e processos (Porter & Millar, 1985), porém sua existência
numa organização não é garantia da sua utilização (Davenport & Prusak,
1998, pp. 89, 101) e o seu acesso depende de pessoas dispostas a cedê-lo,
torná-lo explícito, compartilhá-lo (Nonaka & Takeuchi, 1997; Brown & Duguid,
1998), assim como a ausência da capacidade de transferência e de utilização
do conhecimento fará com que o conhecimento não tenha um efeito positivo
nos resultados, apesar de poder estar disponível na empresa (Hurley & Hult,
1998).
❖Logo, quanto maior a capacidade de transferir e replicar conhecimento
dentro de uma organização, maior será o valor criado pelo conhecimento
(Tanriverdi, 2001; Strach & Everett, 2006), mesmo que seja muito complicada,
quer através dos diferentes níveis organizacionais (Inkpen & Dinur, 1998), ou
através de diferentes unidades de negócio (Szulanski, 1996).
Conceitos sobre a Transferência de Conhecimento
❖No ambiente empresarial de hoje, globalizado (Choo, 2003) onde as empresas
são pressionadas a entregar retornos financeiros em ciclos trimestrais, incorporar
uma orientação de longo prazo para as atividades cujo valor do conhecimento é
intangível ou não facilmente mensurável, representa um enorme desafio para a
“knowledge transfer (KT)” que tem sido definida como o movimento de
conhecimento entre sua origem e destino dentro de um contexto específico (Grover
& Davenport, 2001; Lakomski,2003), podendo ocorrer através de mecanismos
formais ou informais (Ernst & Kim, 2002) e resultando em inovação e desempenho
econômico (Birley, 1985; Burt, 1992; Goes e Park, 1997; Granovetter, 1973; Hall,
1982; Jenssen, 1999;Minzberg, 1979; Tushman, 1977; Tushman & Scanlan, 1981).
Transferência de Conhecimento na Prática
❖Segundo (Loureiro, 2003, p. 72-73), para transformar o conhecimento em ativo
organizacional com valor, “o conhecimento, a experiência e a perícia devem ser
formalizados, distribuídos e aplicados”, pois os colaboradores não absorvem
apenas o conhecimento externo, como criam novo conhecimento na organização
(Cohen & Levinthal, 1990).
❖O êxito da transferência do conhecimento (Silva & Neves, 2003, p. 194) é
determinado pelos “valores, normas e padrões de comportamento que incorporam
a cultura organizacional mais do que pelas ferramentas proporcionadas pela
tecnologia, embora estas sejam essenciais, em particular no caso de organizações
grandes e complexas”.
Transferência de Conhecimento na Prática
❖ (Hansen et al, 2000, p. 56) referem-se que há duas estratégias base seguidas pelas
organizações para partilharem o seu conhecimento: a codificação - compilação e
armazenamento, com o uso das tecnologias de informação disponíveis, de todo o
conhecimento existente na organização - e a personalização - determinado
conhecimento seja preciso, este esteja disponível em bases de dados que estejam
acessíveis para quem as queira usar - onde o conhecimento é possuído pelas pessoas.
❖ (Davenport & Prusak, 1998, pp. 88-91) definem que a melhor forma de transferir
conhecimento é contratar gente inteligente e deixá-la conversar entre si sem esquecer
a cultura, considerado como fundamental e estratégico nesse processo (Sveiby 1997a,
pp. 48-49; Davenport & Prusak 1998, p. 92).
❖(Zand, 1997) afirma que as culturas burocráticas têm inerente uma falta de
confiança e geralmente falham em recompensar e promover a cooperação e a
colaboração.
Transferência de Conhecimento na Prática
Transferência de Conhecimento na Prática
❖Na transferência de conhecimento sob a perspectiva de rede, (Fleury; Oliveira
Junior; Child, 2001) apontam a participação dos atores focalizadores em atividades
que se relacionam com a socialização, tais como visitas a outras unidades
reconhecidas como “centros de excelência”, reuniões de equipes funcionais e
períodos de treinamentos de média duração (algumas semanas).
❖Participar de comunidades em rede permite ampliar a capacidade de coleta e
análise rápida de dados, filtrando o que é relevante através de contato regular de um
determinado grupo que compartilhe os mesmos interesses (Allen ,1997; Mcdermott,
1999; Grupta & Govindarajan, 2000; Storck & Hill, 2000).
❖(Wenger, 1998) conceitua comunidades de prática como agrupamentos de pessoas
com idênticos interesses profissionais e que formam redes abertas, informais e sem
fronteiras, com o propósito de compartilhar conhecimento associado à sua prática.
Elas formam um empreendimento conjunto continuamente renegociado entre os
membros – no qual o engajamento mútuo gera vínculos e forma uma entidade
social – e produzem um repertório compartilhado de rotinas, sensibilidades,
artefatos, vocabulário, estilo e benefícios.
Transferência de Conhecimento na Prática
Para (Nonaka & Konno, 1998) o “Ba” é outra forma de criar e também de transferir o
conhecimento, um espaço compartilhado para as relações emergentes, seja individual
ou coletivo, podendo ser um espaço físico (um escritório, espaço de negócios), virtual
(um e-mail, uma teleconferência, etc.), mental (das experiências compartilhadas, das
ideias, dos ideais) ou uma múltipla combinação destas.
Transferência de Conhecimento na Prática
Transferência de Conhecimento na Prática
Barreiras para Transferência de Conhecimento 
Barreiras para Transferência de Conhecimento 
(Zander & Kogut, 1992) apresentam a questão da linguagem profissional como
uma barreira à transferência do conhecimento, principalmente quando o
conhecimento é transferido entre diferentes grupos funcionais, como, por
exemplo, a área de P&D e a produção. (Al-Ghassani et al., 2006) reforçam que a
dispersão geográfica entre os elementos que compõem o processo de
transferência de conhecimento - bases de conhecimentos, fontes de
conhecimentos e usuários - é apontada como outra barreira que requer uma
coordenação central da organização.
❑(Coleman, Davenport & Prusak, 1998, p. 97) apresentam vários inibidores da transferência de
conhecimento: falta de confiança, que pode ser corrigido com encontros que levem à construção de
relações e ao aumento de confiança; culturas, vocabulários e quadros de referência diferentes,
sendo necessária a construção de um quadro de referência comum, através da formação, discussão,
trabalho em equipe e rotação de tarefas; falta de tempo e de locais de reunião, e existência de
ideias defasadas acerca do trabalho produtivo; status e recompensas vão para os detentores de
conhecimento e não para quem o partilha; falta de capacidade de absorção nos receptores, crença
de que o conhecimento é prerrogativa de grupos particulares e síndrome “não foi inventado aqui”;
intolerância pelos erros e pela necessidade de ajuda.
Barreiras para Transferência de Conhecimento 
BUSCA PELA INOVAÇÃO
INOVAÇÃO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA
BUSCA PELA INOVAÇÃO
BUSCA PELA INOVAÇÃO
BUSCA PELA INOVAÇÃO A PARTIR DAS RELAÇÕESUNIVERSIDADE-EMPRESA
RUE – Relações universidade-empresa 
Motivações para as empresas interagirem com universidades 
Motivações para as empresas interagirem com universidades 
Motivações para as empresas interagirem com universidades 
O processo de transferencia de conhecimento 
A COOPERAÇÃO LST – ELECTROLUX
A Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUCPR) é
uma universidade situada na
cidade de Curitiba, PR, criada
em 14 de março de 1959
AB Electrolux é uma fabricante de
eletrodomésticos multinacional
sueca, fundada no dia 1 de agosto
de 1919 e com sede em Estocolmo,
Suécia.
❑Em 1997, a partir da aquisição de uma câmara climatizada para apoio das aulas de
laboratório da disciplina de Sistemas Térmicos do curso de graduação em Engenharia
Mecânica, a docente responsável pela disciplina deu o início à formação de um novo
laboratório, o LST (Laboratório de Sistemas Térmicos www.pucpr.br/lst).
❑Em 1999 foi criado o Parque Tecnológico na PUCPR, com o objetivo tanto
educacional como de prestação de serviço e criação da primeira estrutura de pesquisa
para seus cursos. Esse parque engloba os cursos de Engenharia Mecânica, Civil,
Mecatrônica, de Produção, Informática, Sanitária, Química, de Alimentos, de
Computação e Elétrica, além de programas de pós-graduação em Engenharia
Mecânica, Informática Aplicada e Produção e Sistemas; possui 78 laboratórios e uma
área total de 16.835,87 m2.
Laboratório de Sistemas Térmicos – LST/PUCPR
Parque Tecnologico da PUCPR
✓Como os ambientes de desenvolvimento de produtos estão sujeitos ao ritmo
imposto pelas exigências crescentes do mercado consumidor e da concorrência,
percebeu-se a necessidade de agilizar o ciclo de projetos, por meio do emprego de
ferramentas avançadas para ensaios de protótipos. Os produtos situados na vasta
categoria de sistemas térmicos, em particular, apresentam a preocupação com a
eficiência, que vem sendo amplificada nos últimos tempos pelos temores bem
fundamentados quanto à crescente demanda de energia elétrica associada ao baixo
crescimento de sua oferta.
✓Dentro desse contexto, foi construído, no LST, um sistema integrado para ensaios
de avaliação de desempenho de sistemas térmicos. A parte principal desse sistema
integrado é uma câmara climatizada de testes, capaz de simular ambientes diversos
em seu interior, com temperatura e umidade relativa controlada. Consiste num
compartimento de 2,5m x 3,5m x 3,0m, cujo fornecimento de ar nas condições
desejadas é conseguido por meio de um sistema de ar condicionado composto de
duas unidades condensadoras externas a Câmara, com capacidade total de 29800
BTU/h, que opera na faixa de –10ºC a 60ºC.
• Desse modo, em 1998, sendo o consumo de energia uma área estratégica no Brasil,
elaborou-se o projeto de pesquisa: Estudo de Redução de Consumo de Energia em
Sistemas Domésticos de Refrigeração, que foi submetido ao programa RHAE (Recursos
Humanos em Áreas Estratégicas) do CNPq e tendo seu início aprovado em fins de 1998
com liberação de recursos em janeiro de 1999.
•O projeto inicialmente foi programado para um período de dois anos. Seu principal
objetivo era realizar estudos focados na redução de consumo de energia em sistemas
domésticos refrigerados. Dentro deste estudo, duas linhas principais de atuação: A
primeira tratava de desenvolvimento e aperfeiçoamento do aparato experimental para a
realização de ensaios de consumo de energia segundo a norma ISO e a segunda linha foi
direcionada ao desenvolvimento de ferramentas computacionais, tanto para a aquisição
de dados junto ao aparato experimental como para o desenvolvimento de um programa
de simulação para análise de desempenho térmico e energético de produtos novos ou
existentes.
•A aprovação do projeto forneceu ao laboratório os recursos humanos qualificados
necessários para impulsionar suas atividades por meio de três bolsas para
engenheiros (DTI – Desenvolvimento Tecnológico Industrial) e quatro para estudantes
de cursos de engenharia (ITI – Iniciação Tecnológica Industrial). As bolsas DTI´s do
CNPq são destinadas a possibilitar o fortalecimento da equipe; da instituição, por
meio da agregação temporária de profissionais sem vínculo empregatício, necessários
à execução do projeto. Por outro lado, as bolsas ITI´s são destinadas a estimular o
interesse pela pesquisa e desenvolvimento tecnológico em estudantes de 2º e 3º
grau e de escolas técnicas, bem como de técnicos de nível médio com até três anos
de formados, por meio de sua participação no projeto institucional.
•Nesse período, devido ao interesse da Electrolux do Brasil em estudos de redução de
consumo de energia de seus produtos, iniciou-se uma troca de informações entre a
empresa e o laboratório que culminaria no projeto de pesquisa cooperativa
❑Atualmente o LST ocupa uma área de 125 m , dividido em duas unidades (LST1 e
LST2); sua infra-estrutura, em termos de equipamento, soma um montante de cerca
de US$ 330.000. O LST pode ser representado pelo grupo de pesquisa cadastrado no
CNPq que recebe o mesmo nome do laboratório e que, nos últimos dois anos,
publicou 39 artigos em congressos nacionais e internacionais, 2 em periódicos
nacionais e 6 em periódicos internacionais especializados. O caso descrito, fruto da
colaboração entre PUCPR, CNPq/RHAE e Electrolux do Brasil, permitiu o
desenvolvimento de pesquisas que promoveram consideráveis reduções no
consumo de energia de refrigeradores domésticos pelo aperfeiçoamento tecnológico
dos produtos, o que foi relevante não somente para a competitividade de uma das
parceiras, como também conduziu a resultados para a universidade e para a
economia nacional por meio da pesquisa na área de conservação de energia no
setor residencial.

Continue navegando