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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E NUTRIÇÃO Aula 1 Entende-se por Nutrição a ciência que estuda a relação entre os nutrientes e/ou alimentos e como o organismo metaboliza essas substâncias necessárias para um bom funcionamento orgânico. Termos da Nutrição: Alimento - Os produtos derivados de animais ou vegetais que podem ser ingeridos para fornecer ao corpo os nutrientes e a energia para manutenção da vida e crescimento e recuperação do tecido. Nutrientes - São todas as substâncias utilizadas pelos animais como fontes de matéria e energia para poderem realizar as suas funções vitais, incluindo o crescimento, o movimento e a reprodução. Dieta - A dieta é uma combinação de alimentos consumidos ao longo do dia que tem como função primordial fornecer nutrientes ao organismo, atendendo às necessidades nutricionais do indivíduo. Assim, a dieta possui uma função muito mais ampla que apenas a de emagrecer. É necessário compreender as quatro Leis da Alimentação, formuladas por Pedro Escudeiro, médico argentino que contribuiu de forma significativa à Nutrição e sua disseminação na América Latina no século XX. São elas: Lei da Qualidade, Lei da Quantidade, Lei da Adequação e Lei da Harmonia Lei da Quantidade - A quantidade de alimento ingerido deve ser suficiente para cobrir as exigências nutricionais do organismo e manter o mesmo em equilíbrio. Lei da Qualidade - O organismo precisa de nutrientes que estão contidos nos alimentos e, por isso, a alimentação deve ser completa em sua composição, de forma a oferecer ao organismo todas as substâncias necessárias. Por esse motivo, quanto mais colorida for a refeição, maior a diversidade de nutrientes. Lei da Adequação - A dieta deve ser adequada às necessidades de cada indivíduo, levando em consideração as condições fisiológicas, as fase da vida, o gênero, o histórico de doenças, entre outros aspectos Lei da Harmonia - As quantidades dos diversos nutrientes que integram a alimentação devem obedecer a uma relação de proporção entre si. Isso é importante, pois o nosso organismo aproveita de forma melhor os nutrientes que se encontram em proporções adequadas. Assim, é importante que exista um equilíbrio entre os alimentos ingeridos. “Uma alimentação deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, além de ser harmoniosa em seus componentes e adequada à sua finalidade e ao organismo a que se destina”. (DAMIÃO, [S.D]). Por esse motivo, qualquer plano alimentar que seja elaborado por um nutricionista deve ser individualizado, pois cada organismo é único e possui necessidades nutricionais diferenciadas. Necessidades que devem ser levadas em consideração no momento em que a abordagem nutricional está sendo feita. Classificação dos nutrientes quanto à função Nutrientes construtores Os construtores ou plásticos são aqueles responsáveis pela estrutura corporal, como a formação tecidual, de músculos e órgãos. Os nutrientes que integram esse grupo são as proteínas. Elas podem ser de origem animal ou vegetal. Os alimentos que são considerados fonte de proteína animal são as carnes, as aves, os peixes, os ovos, o leite e seus derivados. Já os alimentos considerados como fonte de proteína de origem vegetal são as leguminosas e as frutas oleaginosas. Nutrientes energéticos Os nutrientes energéticos são aqueles responsáveis por fornecer energia para as atividades orgânicas, como andar, respirar, correr, falar etc. Os nutrientes que estão associados ao fornecimento de energia são os carboidratos e os lipídios. Os carboidratos (glicose) são usados como fonte de energia preferencial pelo organismo. Os alimentos fonte de carboidratos são os cereais, as massas e os tubérculos. Já os alimentos fonte de lipídio são os óleos e as gorduras. Nutrientes reguladores Por fim, os nutrientes reguladores são aqueles necessários ao bom funcionamento orgânico, auxiliando e participando das reações metabólicas. Esses nutrientes são as vitaminas e os minerais, e as principais fontes alimentares são as frutas, as verduras e os legumes. Outro nutriente que também é considerado como regulador é a fibra alimentar, a qual possui ação na saciedade e no tempo de trânsito intestinal, regulando a absorção de diversos nutrientes. A água também é um alimento considerado regulador. Os nutrientes podem ser classificados também de acordo com as necessidades de sua ingestão para o bom funcionamento do organismo. Podem ser: macronutrientes e micronutrientes. Os macronutrientes são necessários em maior quantidade e englobam as proteínas, os carboidratos e os lipídios, e estão relacionados com o fornecimento de energia para o organismo. Já os micronutrientes são aqueles necessários em pequenas quantidades (normalmente miligramas), mas com vital importância para o funcionamento orgânico, que são as vitaminas e os minerais. Os macronutrientes possuem uma recomendação percentual em relação ao valor energético total (VET) de uma dieta. Esse percentual pode sofrer alterações de acordo com as necessidades fisiológicas de cada indivíduo: Em relação à quantidade de calorias que cada macronutriente libera no processo de digestão e absorção, temos a seguinte relação: Aula 2 A alimentação não é apenas uma forma de nutrir o corpo diante das necessidades fisiológicas de forma a garantir a sobrevivência. Ela está diretamente ligada a fatores históricos, familiares, sociais e até mesmo religiosos. Devido a tudo isso, é de extrema importância estudar como surgiu a relação entre o homem e o alimento. Os hábitos alimentares também sofreram adaptações. O ato de comer, nos dias de hoje, pode ser visto em uma refeição preparada em casa e desfrutada com familiares e amigos, em reuniões de trabalho e na alimentação em fast foods, sendo, esta última uma opção conhecidamente não saudável. Nutrição A nutrição lida com as leis científicas relacionadas com os requerimentos dos seres humanos para sua manutenção, crescimento, atividade, reprodução e lactação, englobando aspectos ligados ao alimento, à psique e à sociedade. Dietética Já a dietética lida com a aplicação prática de dietas a indivíduos ou grupos, enfermos ou sadios. Revolução Industrial foi um marco importante para a disseminação de alimentos, e, com isso, a Nutrição ganhou destaque no cenário mundial. O primeiro curso de Nutrição Em 1939, no Instituto de Higiene da Universidade de São Paulo, foi criado um curso para formação de educadores e inspetores sobre alimentação, com duração 1 ano. Hoje, esse é o atual Curso de Graduação em Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. A partir do ano de 1940, mais três universidades no sudeste inauguraram o curso voltado para a formação de dietistas. Nesse ano, a Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO) começou a oferecer o Curso de Nutricionistas do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS). Aula 3 Histórico do sistema CFR/CRN A profissão do Nutricionista era fiscalizada por Órgãos Regionais de Medicina, através da lei n.º 5.276, de 24 de abril de 1967, hoje substituída pela lei nº 8234, de 17 de setembro de 1991, que estabelece as atividades privativas do nutricionista. Porém, através do resultado da mobilização de profissionais, estudantes e entidades de nutrição, o sistema CFN/CRN foi criado com a publicação da lei n.º 6.583, de 20 de outubro de 1978. A primeira entidade de classe criada, em 31 de agosto de 1949, foi a Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN). Por esse motivo, o dia do Nutricionista é comemorado nessa data. Entre suas principais conquistas, estão a regulamentação citada anteriormente e a criação dos Conselhos Federal (CFN) e Regionais (CRN) de Nutricionistas. O Conselho Federal de Nutricionistas é uma autarquia, sem fins lucrativos, de interesse público, com poder delegado pela União para normatizar, orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício e as atividades de nutricionistas em todo o território nacional. É um órgão central do Sistema CFN/CRN. Compete ao CFN criar resoluções e outros atos que disciplinem a atuação dos CRN,dos profissionais inscritos e das pessoas jurídicas registradas e cadastradas. Com isso, é estabelecida uma unidade de procedimentos que caracterizam a profissão, respeitando as particularidades das diversas regiões. Áreas de atuação do nutricionista A regulamentação oficial da profissão no Brasil foi dada pela lei n° 8234 de 17 de setembro de 1991. E a Resolução n° 380/2005 do Conselho Federal de Nutricionistas define as seguintes áreas de atuação do nutricionista, estabelecendo parâmetros numéricos e atribuições em cada área: Alimentação Coletiva Diz respeito às atividades nas Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), nas empresas fornecedoras de serviços de alimentação coletiva, nos restaurantes comerciais e similares, nas hotelarias marítimas, nos serviços de buffet e de alimentos congelados, na alimentação escolar e do trabalhador. No exercício de suas atribuições em Alimentação Coletiva, o nutricionista planeja e organiza as atividades nos serviços de alimentação e nutrição, como também supervisiona os procedimentos e avalia os resultados. Nutrição Clínica Abarca as atividades em clínicas, hospitais, ambulatórios, consultórios, lactários, centros de terapia nutricional, bancos de leite humano, SPA, instituições de longa permanência para idosos e atendimento domiciliar. Em Nutrição Clínica, o nutricionista deve prestar assistência dietética e promover educação nutricional aos indivíduos, buscando a promoção, a manutenção e a recuperação da saúde. Saúde Coletiva Está relacionada com as atividades em programas institucionais, de atenção básica e de vigilância sanitária. Em Saúde Coletiva, o nutricionista presta assistência e educação nutricional em pesquisas, ações, programas e eventos, visando prevenção de doenças e promoção da saúde. Docência Abrange as atividades de ensino, de pesquisa, de coordenação e de extensão. Na área de Docência, o nutricionista coordena e supervisiona os cursos de nutrição, e também deve ensinar as matérias específicas desses cursos ou de outros cursos de graduação da área da saúde ou afins. Indústria de Alimentos Trata do desenvolvimento e da produção relacionada à alimentação e à nutrição. Nessa área, o nutricionista deve gerenciar todos os processos de desenvolvimento de produtos alimentícios, cuidando da qualidade deles. Nutrição em Esportes Envolve as atividades em academias, clubes esportivos e similares. O nutricionista presta assistência especializada, educação nutricional e suplementação alimentar, quando necessária. Marketing na Área de Alimentação e Nutrição Trata-se das atividades de marketing e publicidade científica. Compete ao nutricionista divulgar informações e materiais técnico-científicos acerca de produtos ou técnicas reconhecidas. Aula 4 Alimentação Coletiva - UAN - Unidades de Alimentação e Nutrição A alimentação coletiva é a área de atuação do nutricionista que abrange o atendimento alimentar e nutricional de clientela ocasional ou definida, em sistema de produção por gestão própria ou sob a forma de concessão (terceirização). Em outras palavras, é a área de atuação em que o alimento é manipulado e transformado para a venda e/ou o consumo do cliente. Nessa área, o nutricionista exerce tanto a função de um gestor, com atribuições referentes a planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição; como a de um profissional de saúde responsável por realizar assistência e educação nutricional à coletividade ou a indivíduos sadios ou enfermos em instituições públicas e privadas. Os locais onde o nutricionista atua na área de alimentação coletiva são: Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN); serviços de alimentação de auto-gestão; restaurantes comerciais e similares; hotelarias; serviços de buffet e de alimentos congelados; comissárias e cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde; atividades próprias da alimentação escolar; atividades próprias da alimentação do trabalhador. Atividades obrigatórias e complementares na área de Alimentação Coletiva Como em toda área de atuação, o nutricionista que trabalha na área de alimentação coletiva possui uma série de atividades que são obrigatórias na sua prática profissional. São elas: Planejar e supervisionar a adequação de instalações físicas, equipamentos e utensílios, de acordo com as necessidades do local de produção, assim como o dimensionamento desses equipamentos; Planejar, elaborar e avaliar os cardápios oferecidos de acordo com as necessidades e perfil da clientela servida; Planejar, coordenar e supervisionar as atividades relacionadas à produção de refeições, em todas as etapas, que passam desde a escolha/seleção dos fornecedores, recebimento de gêneros, pré-preparo e preparo dos alimentos, distribuição e transporte das refeições; Coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo, rendimento, custo e fichas técnicas das preparações e/ou refeições servidas; Coordenar, supervisionar e implantar todas as ferramentas de Controle de Qualidade: boas práticas de fabricação (BPF), procedimentos operacionais padronizados (POP), análise dos principais pontos críticos de controle (APPCC), treinamentos para os funcionários; Promover programas de educação alimentar e nutricional para clientes; Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT É um programa de complementação alimentar no qual o governo, a empresa e os trabalhadores partilham responsabilidades, que tem como princípio norteador o atendimento ao trabalhador de baixa renda, melhorando suas condições nutricionais e gerando, consequentemente, saúde, bem-estar e maior produtividade. Criado pela lei nº. 6.321/1976, o qual faculta às pessoas jurídicas a dedução das despesas com a alimentação dos próprios trabalhadores em até 4% do IR e é regulamentado pelo Decreto nº. 05/1991 e pela Portaria nº. 03/2002. O PAT tem como objetivo a melhoria da situação nutricional dos trabalhadores, visando a promover sua saúde e prevenir as doenças relacionadas ao trabalho. É importante ressaltar que todas as empresas podem participar, porém, essa participação não é obrigatória. As empresas podem participar do PAT de 3 formas: - Beneficiária - É a empresa que concede um benefício-alimentação ao trabalhador por ela contratado; - Fornecedora - É a empresa que prepara e comercializa a alimentação (refeição pronta ou cestas de alimentos) para outras empresas; - Prestadora de Serviço de Alimentação Coletiva - É a empresa que administra documentos de legitimação, sejam impressos ou na forma de cartões eletrônicos/magnéticos, para aquisição de gêneros alimentícios em supermercados (alimentação convênio) ou para refeições em restaurantes (refeição convênio). Alimentação escolar Alimentação Escolar é toda a alimentação realizada pelo estudante durante o período em que se encontra na escola. Nesse contexto, existe o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que se caracteriza pelo repasse de verbas Federais para que Estados e Municípios forneçam alimentação escolar aos alunos matriculados na rede pública. O PNAE tem a proposta de suprir 15% das necessidades nutricionais diárias do estudante – Kcal e proteína principalmente. Aula 5 Nutrição Clínica Definição O nutricionista clínico atua, através da alimentação, tratando as diversas enfermidades que acometem o ser humano, podendo ser de forma terapêutica, no controle de doenças crônicas, ou preventiva, de patologias, através de uma alimentação saudável. Esse atendimento pode ser ambulatorial (consultório, clínicas, asilos, SPA) ou hospitalar (enfermarias, bancos de leite e lactários). A nutrição clínica abrange, pois, o atendimento ao paciente na internação, no ambulatório, no consultório e em domicílio, onde o profissional nutricionista utiliza a dietoterapia para tratamento e/ou prevenção de enfermidades. Nessa área, o nutricionista deve prescrever, planejar, analisar, supervisionar e avaliar dietas. Áreas da aplicação da nutrição clínica A resolução CFN n.º380/2005 estabelece que a nutrição clínica pode ser aplicada a diversasáreas: Nutrição Materno-Infantil; Nutrição Enteral e Parenteral; Nutrição em Geriatria; Nutrição em Banco de Leite Humano; Nutrição em Lactário; SPA; Nutrição e Estética; Nutrição Pré e Pós-operatória. Atividades obrigatórias e complementares O nutricionista que trabalha na área de nutrição clínica, como acontece em todas as áreas, possui uma série de atividades obrigatórias à sua prática profissional. Essas atividades podem apresentar algumas variações de acordo com o público atendido e o local de atuação. Por exemplo, se for em um lactário, haverá a necessidade de um rigoroso controle de qualidade; se for para pacientes internados, é necessário o controle da aceitação da dieta, pois esta tem influência direta na recuperação deles. As atividades obrigatórias do nutricionista da área clínica são: - Definir, planejar, organizar, supervisionar e avaliar as atividades de assistência nutricional; - Avaliar o estado nutricional a partir de diagnóstico clínico, de exames laboratoriais, de anamnese alimentar e exames antropométricos; - Quando necessário, solicitar exames laboratoriais, exames complementares ou laudos técnicos especializados e prescrever suplementos alimentares; - Estabelecer a dieta, fazendo as adequações necessárias; - Registrar, diariamente, em prontuário, a prescrição dietoterápica, a evolução nutricional, as intercorrências e a alta em nutrição; - Promover orientação e educação alimentar e nutricional para clientes e familiares. Atividades obrigatórias do nutricionista nos bancos de leite Em bancos de leite, a atuação do nutricionista clínico é um pouco diferenciada. São atividades obrigatórias desse profissional: - Incentivar o aleitamento materno; - Promover campanhas para captar doadoras de leite humano - Garantir a qualidade higiênico-sanitária do leite humano; - Promover orientação, educação e assistência alimentar e nutricional às mães. Atividades obrigatórias do nutricionista em lactários Em lactários, a atuação do nutricionista clínico também é diferenciada. O profissional deve, além das atividades obrigatórias: - Planejar, dirigir e controlar os cuidados dietéticos e higiênico-sanitários do serviço; - Padronizar métodos, rotinas e fórmulas; - Fornecer ao responsável pela criança orientação quanto ao preparo e à diluição das fórmulas no momento da alta e dos retornos programados. Atuação do nutricionista em hospital No hospital, o nutricionista é uma peça fundamental para o tratamento dos pacientes. Sua função é garantir a alimentação equilibrada e o aporte de nutrientes necessários ao bom estado nutricional, o que será crucial para a evolução clínica e a recuperação, visto que o paciente desnutrido tem fraqueza, alteração na cicatrização de feridas, diminuição das funções dos órgãos, maior risco de infecção e pode até chegar à morte. Responsabilidade na prescrição dietoterápica A lei nº. 8.234/1991, em seu artigo 3º, inciso VIII, afirma que são atividades privativas do nutricionista a "Assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e em nível de consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo, planejando, analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos". Aula 6 Saúde Coletiva O nutricionista que atua na área de Saúde Coletiva está envolvido em atividades relacionadas com alimentação e nutrição realizadas em políticas e programas institucionais de atenção básica à saúde e de vigilância sanitária. Assim, são necessários os esclarecimentos acerca desses termos para um melhor entendimento da atuação do nutricionista. A atenção básica à saúde se caracteriza por um conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, situadas no primeiro nível de atenção nos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação. Entende-se por Educação Alimentar e Nutricional o procedimento realizado pelo nutricionista junto a indivíduos ou grupos populacionais, considerando as interações e os significados que compõem o fenômeno do comportamento alimentar, para aconselhar mudanças necessárias a uma readequação dos hábitos alimentares. O atendimento à saúde é divido em três níveis: Nível de Atendimento Primário Assistência nutricional aos pacientes cujas patologias de base não acarretam fatores de risco nutricional. Nível de Atendimento Secundário Assistência nutricional aos pacientes cujas patologias de base acarretam fatores de risco nutricional associados; Assistência nutricional aos pacientes cuja patologia de base exige cuidados dietéticos mais específicos e não acarretam fatores de risco nutricional associados. Nível de Atendimento Terciário Assistência nutricional aos pacientes cuja patologia de base exige cuidados dietéticos mais específicos e apresentam fatores de risco nutricional associado. O nutricionista é o único profissional que recebe, na sua formação acadêmica, um conhecimento específico que lhe permite, a partir de diagnóstico e observação de valores socioculturais de cada paciente, propor as devidas orientações nutricionais adequando-as à realidade de cada família, sendo um profissional indispensável no modelo de atenção à saúde proposto pelo governo. Atribuições do nutricionista As atribuições do nutricionista em cada uma dessas áreas: Políticas e Programas Institucionais As atribuições do nutricionista em Políticas e Programas Institucionais são: - Participar de equipes multiprofissionais e intersetoriais, de entidades públicas ou privadas, destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, implementar, executar e avaliar ações relacionadas com alimentação e nutrição de forma direta ou indireta; - Participar da elaboração e da revisão da legislação e dos códigos próprios dessa área; - Coordenar e supervisionar a implantação e a implementação do módulo de vigilância alimentar e nutricional, do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB); - Consolidar, analisar e avaliar dados de Vigilância Alimentar e Nutricional, coletados em nível local, propondo ações de resolutividade para situações de risco nutricional; - Promover ações de educação alimentar e nutricional. Promoção em Saúde O nutricionista que atua na Promoção em Saúde tem como principais atribuições: - Coletar, consolidar, analisar e avaliar os dados de Vigilância Alimentar e nutricional e, a partir desses dados, planejar e executar ações de educação nutricional e alimentar; - Identificar grupos populacionais de risco para DCNT, visando ao planejamento de ações específicas; - Integrar polos de educação permanente, visando ao aprimoramento contínuo dos recursos humanos de todos os níveis do Sistema único de Saúde (SUS); - Desenvolver, implantar e implementar protocolos de atendimento nutricional adequado às características da população assistida. Assistência à saúde Quando o nutricionista trabalha com a assistência à saúde, sua atuação profissional se assemelha muito à do nutricionista da área de nutrição clínica, porém, essa intervenção nutricional, como dito anteriormente, é mais voltada para a prevenção da doença. Esse atendimento ocorre em nível ambulatorial, em Postos de Saúde, Clínicas da Família, Ambulatórios Hospitalares, e o nutricionista tem como principais atribuições: - Identificar patologias e a presença de DCNT para o atendimento nutricional adequado; - Prestar atendimento nutricional individualizado (podendo ser em domicílio), com base em dados clínicos, antropométricos e dietéticos, a fim de realizar um diagnóstico nutricional e elaborar a prescrição dietética, podendo solicitar exames laboratoriais complementares ao diagnóstico; - Registrar toda a evolução nutricional do paciente em protocolo específico; - Promover educação nutricional e dietética para pacientes e familiares; - Integrar as equipes multiprofissionais nas ações de assistência e orientação desenvolvidas pela Unidade de Saúde, em especial, na prevenção, no tratamento e no controle das DCNT. Vigilância em Saúde Por fim, o nutricionista que atua em Vigilância em Saúde tem como atribuições:- Integrar a equipe de Vigilância em Saúde, participando da elaboração e da revisão da legislação própria da área; - Cumprir e fazer cumprir a legislação de Vigilância em Saúde; - Promover e participar de programas de ações educativas na área de Vigilância em Saúde. Aula 7 Docência e Pesquisa Competem ao nutricionista da área de Docência e Pesquisa todas as atividades relacionadas ao ensino, extensão, pesquisas e coordenação de cursos que estejam relacionadas à alimentação e à nutrição. Para que o profissional nutricionista esteja habilitado a exercer a função de docente e pesquisador, o mesmo deverá possuir a titulação mínima de Mestre, isto é, deverá fazer um curso de pós-graduação (Mestrado ou Doutorado). Essa escada acadêmica que o profissional seguirá será discutida a seguir de forma mais detalhada. Um docente de uma Instituição de Ensino Superior (IES) deve: - Ser capaz de se moldar aos diferentes discentes; - Ajustar-se a novas experiências, estilos e atitudes para aprender; - Lidar com a insegurança, excesso de confiança, ansiedade, medo, preconceito e falta de motivação. O docente acaba exercendo um papel de figura central em todo o processo de aprendizado, precisando ensinar uma arte, uma ciência, uma disciplina, uma técnica. O nutricionista que pretende atuar na área de docência possui como principais atuações profissionais aquelas relacionadas às atividades de dirigir, coordenar e supervisionar cursos de graduação de Nutrição: ensinar matérias profissionais dos cursos de graduação de Nutrição, ensinar as disciplinas de Nutrição e Alimentação nos cursos de graduação da área de saúde e outros afins. Assim, são consideradas como principais atividades obrigatórias da atuação do nutricionista na área de ensino, pesquisa e extensão: - Planejar, organizar e dirigir as atividades técnicas e administrativas do período letivo; - Planejar, organizar, dirigir, participar e controlar atividades de ensino, pesquisa e extensão; - Responsabilizar-se pela orientação e supervisão acadêmica: monitoria, estágios curriculares e complementares, iniciação científica, entre outros; - Promover, participar e divulgar estudos e pesquisas na sua área de atuação; - Avaliar as atividades dos alunos, informando-os periodicamente sobre seu desempenho. - Estimular permanentemente no aluno uma postura ética, por ações e/ou exemplos. Aula 8 Indústria e Marketing O profissional nutricionista possui capacidade técnica suficiente para propor a elaboração de alimentos mais saudáveis e, como consequência, menos danosos para a saúde humana. Em conjunto com o engenheiro de alimentos (que controla processos nas indústrias), o nutricionista, a partir do seu conhecimento acerca dos nutrientes e da composição dos alimentos, consegue elaborar alimentos com melhor perfil nutricional. O marketing se torna uma ferramenta importante, pois é por meio dele que um determinado produto entra e se mantém no mercado consumidor. Mais uma vez o nutricionista é um personagem fundamental, pois consegue utilizar esta ferramenta para a promoção da saúde e do consumo de alimentos saudáveis. O nutricionista na Indústria de Alimentos atua em atividades de desenvolvimento e produção de produtos relacionados à alimentação e à nutrição: - fazendo testes em cozinhas experimentais, que são laboratórios para o desenvolvimento de novos produtos; - realizando pesquisa com consumidores para verificar o nível de aceitação do produto pelo mercado consumidor, com testes de aceitação sensorial. O marketing está intimamente relacionado com a atuação do nutricionista na indústria de alimentos e surge como uma ferramenta de análise dos mercados, em que a correta utilização dos elementos mercadológicos busca a formulação de estratégias que possam melhorar a competitividade das empresas. Atividades obrigatórias e complementares do nutricionista na área de indústria e marketing de alimentos Na indústria de alimentos, o nutricionista pode exercer atividades em quatro subáreas, sendo: relações com o mercado, comunicação nutricional, políticas e regulamentações e no desenvolvimento de novos produtos. Cada setor de atuação possui sua particularidade em relação às atividades a serem desenvolvidas pelo nutricionista. Relações com o Mercado Quando de fala de Relações com o Mercado, o profissional nutricionista atua: - No atendimento ao consumidor: por meio dos canais de comunicação, elaboração de materiais de comunicação, desenvolvimento e implantação de ações de fidelização, reclamações em relação ao controle de qualidade dos produtos: - Na organização e participação em eventos: divulgação do produto desenvolvido em feiras no setor alimentício, congressos e eventos científicos; - Em cozinhas experimentais dentro da indústria: para o desenvolvimento ou testes de receitas, estudos culinários, produção de fotos ou filmes; - No merchandising culinário: por meio de cursos de culinária, demonstração do produto na televisão, degustações do produto a ser lançado no mercado. Comunicação Nutricional Já a atuação do nutricionista na Comunicação Nutricional pode se dar por meio: - Da realização de estudos clínicos em relação ao consumo do produto desenvolvido, em parceria com centros de pesquisas: - Do suporte no lançamento de produtos: comunicação da marca na embalagem, campanhas publicitárias (por meio de anúncios, propagandas em televisão e revistas), treinamento da equipe em relação às características inerentes ao produto; - Da comunicação corporativa: website da empresa, programa de melhoria do perfil nutricional do produto; - De programas de educação nutricional: internos (treinando os funcionários para a venda) ou externos (com os consumidores, por meio de aulas, distribuição de materiais e campanha em massa). Políticas e Regulamentação Em relação às Políticas e Regulamentação, o profissional nutricionista atua: - Dando o suporte regulatório necessário em relação à orientação quanto às legislações da área, rotulagem nutricional obrigatória e declaração quanto ao uso de alegações de saúde: - Realizando a interface com o Ministério da Saúde ou Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, fornecendo o dossiê técnico científico do produto necessário para o registro dos produtos ou para a comunicação de fabricação; - Desenvolvendo políticas internas de nutrição, por meio da melhoria nutricional dos produtos desenvolvidos e combate às DCNT; - Fazendo a comunicação apoiada em suporte científico nas alegações nas embalagens, campanhas publicitárias e materiais impressos. Desenvolvimento de Novos Produtos E, por fim, o nutricionista nas Indústrias de Alimentos, possui papel fundamental no Desenvolvimento de Novos Produtos, em que se concentra a grande demanda do mercado de alimentos. Essa atuação ocorre em duas frentes: - Interface Nutrição Global e Centro de Pesquisa: definição dos requisitos nutricionais do produto, elaboração e formulação, condução e apoio na coordenação; - Desenvolvimento do Produto em si: trabalho em conjunto com engenheiros de alimentos, definição da fortificação, orientação quanto aos aspectos nutricionais, definição dos estudos analíticos. Aula 9 Nutrição Esportiva Muito tem se estudado sobre a relação da melhora da performance de um atleta através de uma nutrição adequada. Não existem dúvidas de que a alimentação do atleta afeta sua saúde, o peso e a composição corporal, além de afetar a disponibilidade de substratos durante o exercício, a recuperação depois do exercício, o desempenho físico e, consequentemente, sua rotina de vida. Grande parte dos atletas de elite contam com acompanhamento nutricional e os clubes e as equipes esportivas têm solicitado cada vez mais a orientação nutricional para a conquista de um melhor desempenho nos treinos e competições. Planejamento da dieta de um atleta Adequação à modalidade esportiva Dependendo do esporte (força, explosão, resistência), a demanda de reserva energética para a prova será diferenciada, assim como o plano alimentar durante o preparodeste atleta. Adequação às características individuais Todo planejamento dietético é individualizado, pois cada organismo é único e possui uma relação muito específica com os alimentos. Como, por exemplo, existem pessoas que têm certa dificuldade de digerir pepino, o que pode atrapalhar a digestão e absorção dos alimentos como um todo. Assim, é importante averiguar quais os tipos de alimentos podem ser incluídos para cada pessoa. Posicionamento do atleta na equipe Essa questão é mais voltada para o esporte em equipe. Examine o exemplo do futebol: um lateral corre muito mais ao longo do jogo do que um atacante, que fica mais parado do meio de campo para frente. Logo, o preparo nutricional em relação à resistência e à explosão é diferenciado para ambos, precisando ter um plano alimentar para cada função na equipe. Eficiência dos movimentos A dieta do atleta de elite precisa fornecer todos os nutrientes necessários para que os movimentos sejam o mais eficiente possível, trabalhando, assim, com o fornecimento de energia para o músculo durante o movimento e na recuperação. Isso explica o fato da superação frequente dos recordes nas modalidades esportivas. Exigência dos treinos Os treinos dos atletas de elite são extremamente exaustivos, podendo chegar a 15-18 horas por dia. Para evitar a fadiga e fornecer os nutrientes necessários para manter a saúde do atleta, o acompanhamento nutricional é primordial. Nesse caso, na maioria das vezes, cabe a suplementação, que será discutida mais à frente. Quantidade e horário das viagens A rotina alimentar é muito importante no desempenho de um atleta, a qual é interrompida com viagens. Por isso, é muito importante um período de adaptação no local de competição, de forma que o atleta consiga criar a rotina em um novo fuso horário, pressão atmosférica, altitude, entre outros fatores ambientais que possam influenciar o rendimento. Outra questão importante em relação às viagens é a disponibilidade de alimentos que o atleta esteja acostumado em ingerir, de forma a não ter nenhuma rejeição pelo organismo. Por esse motivo, muitas equipes acabam levando os alimentos que os atletas devem ingerir durante a competição. Planejamento da dieta de um praticante de atividade física Quando o foco do plano alimentar é o praticante de atividade física, isto é, aquela pessoa que pratica qualquer atividade física rotineiramente, seja em academia ou em ambiente aberto, as exigências são um pouco diferenciadas do atleta de elite. O praticante de atividade física tem o foco na vida saudável, aliando prática de atividade física e bons hábitos alimentares. Esse estilo de vida combate a obesidade e reduz o risco de doenças coronarianas, alguns tipos de câncer e osteoporose. Além de contribuir para a saúde mental e bem-estar. Por este motivo é importante a escolha de uma atividade física que traga prazer em ser executada. Atividades obrigatórias e complementares do nutricionista na área de nutrição esportiva A atuação do profissional nutricionista no âmbito da nutrição esportiva pode acontecer em clubes esportivos, academias ou locais similares. O nutricionista deverá desenvolver as seguintes atividades obrigatórias, principalmente: - Identificar o perfil do cliente, conforme as especificidades do treinamento físico ou esportivo - Avaliar e acompanhar a composição corporal e o estado nutricional do cliente, conforme as características do indivíduo e da atividade física prescrita pelo Educador Físico: - Estabelecer o plano alimentar do cliente, adequando-o à modalidade esportiva ou atividade física desenvolvida, considerando as diversas fases (manutenção, competição e recuperação); - Registrar individualmente as prescrições dietéticas e evolução nutricional da clientela atendida; - Interagir com a equipe multiprofissional, responsável pelo treinamento/acompanhamento do desportista/atleta: - Coordenar e supervisionar as atividades da UAN responsável pelo preparo/fornecimento de refeições aos desportistas. Segundo o Conselho Federal de Nutrição, suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar com calorias e/ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, quando sua ingestão, a partir da alimentação, é insuficiente ou a dieta requer suplementação. No caso de atletas de elite, quase inevitavelmente se faz necessário o uso de suplementos devido à grande demanda nutricional que possuem. É importante ressaltar que independentemente de suas funções, os suplementos não farão qualquer tipo de milagre se a pessoa não mudar os hábitos alimentares e mantiver um treinamento adequado. Principais grupos de suplementos Os suplementos só passam a oferecer um risco real quando são usados de forma indiscriminada, sem o acompanhamento de um médico ou nutricionista. Isso porque, ao consumir algo de que o corpo não precisa, corremos o risco de acumular esses nutrientes em nosso organismo. E nem todo excesso é excretado pela urina. Os principais grupos de suplementos comercializados e consumidos, assim como a função que exercem no organismo são os seguintes: Aula 10 Inter-relação das Áreas de Nutrição e Princípio da Nutrição Todo curso de Nutrição prepara o profissional com uma formação generalista, humanista e crítica, mas a estrutura desta graduação tende a formar profissionais com visão segmentada, já que as disciplinas oferecidas ao longo da grade curricular trazem questões relacionadas especificamente às áreas de atuação do nutricionista: clínica, alimentação coletiva, saúde coletiva, esportiva, indústria e marketing docência e pesquisa. No entanto, ao longo da prática profissional, independentemente da área de atuação do nutricionista, se faz necessário a inter-relação entre as diferentes atividades, seja com visão educacional, científica e/ou assistencial, possibilitando a prática da interdisciplinaridade. Essa visão multifacetada que o nutricionista apresenta ao longo da sua vida profissional é o grande diferencial que este pode ter no mercado de trabalho. Aspectos sociais e humanos na atuação do profissional nutricionista Independentemente da área de atuação que o profissional nutricionista escolha para atuar, temos que ter consciência que somos profissionais da área de saúde, lidamos diretamente com os seres humanos, seus desejos, anseios e particularidades. Assim, nossa atuação deve ser sempre pautada na PROMOÇÃO DA SAÚDE, sob diferentes pontos de vista e necessidades. Assim, o nutricionista precisa ter conhecimento sobre as propriedades dos alimentos, já que o alimento é a sua ferramenta de trabalho; relação entre saúde e doença; harmonização dos nutrientes; novos conhecimentos acerca do assunto alimentos e alimentação. Essas questões podem ser visualizadas no esquema. A escolha alimentar A escolha alimentar é um processo complexo que envolve fatores socioculturais, econômicos e psicológicos. A sociedade acaba impondo regras que afetam diretamente estas escolhas, como, por exemplo, as maneiras que os alimentos serão preparados, pela montagem dos pratos e pelos rituais das refeições (por exemplo, os modos e as posições das pessoas à mesa, a divisão da comida entre os indivíduos, os horários estipulados, entre outros), contribuindo para que o homem se identifique com o alimento, também por sua representação simbólica. Guia alimentar para a população brasileira O Guia Alimentar para a População Brasileira se caracteriza por ser um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação, com o principal objetivo na promoção da saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade brasileira como um todo. É uma recomendação geral e não uma prescrição dietética rígida, servindo como um norteador para a população e para os nutricionistas. O guia ajuda na escolha dos alimentos que devem ser consumidos pela população de qualquer parte do país, trazendo ilustrações de como seria um prato nutricionalmente equilibrado de acordo com a cultura e hábitos alimentares de cada localidade do Brasil. Assim, o guia é usado para se obter os nutrientesnecessários, ter uma vida saudável e ingerir a quantidade ideal de calorias de forma a prevenir e/ou combater doenças crônicos não transmissíveis. Você deve sempre lembrar que uma dieta saudável deverá conter TODOS os nutrientes, em quantidade e qualidade. Uma questão bem interessante abordada pelo guia brasileiro é em relação aos 10 passos que a população deve adotar para uma alimentação saudável e adequada: 1. Fazer dos alimentos a base da alimentação; 2. Usar óleos, gorduras, sal e açúcar com moderação; 3. Limitar o consumo de produtos pronto para o consumo; 4. Comer com regularidade e atenção e em ambientes apropriados; 5. Comer em companhia; 6. Fazer compra de alimentos em locais que ofertem variedades de alimentos frescos e evitar aqueles que só vendem produtos pronto para o consumo; 7. Desenvolver, exercitar e partilhas habilidades culinárias; 8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece; 9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora e evitar o consumo de fast food; 10. Ser crítico quanto às informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
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