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1 ONDAS ONDAS 1616 2 Uma onda se caracteriza como sendo qualquer perturbação que se propaga no espaço. Onda transversal: a deformação é transversal à direção de propagação. Deformação Propagação 16.316.3 3 Propagação Deformação Onda longitudinal: a deformação é paralela à direção de propagação. y x v A descrição matemática de um pulso de onda que caminha para a direita com velocidade constante v, é feita por uma função y(x-vt) 4 y x v Quando o pulso caminha para a esquerda com velocidade v, é descrito por uma função y(x+vt). 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 x y )100/x(e 2y 2−= Exemplo: seja a função gaussiana centrada em x=0. x= 0 y =2 x=±∞ y =0 5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 )100/)tx((e 2y 2−−= )100/z(e 2y 2−= x(m) y )100/x(e 2y 2−= z= x - t Considere a variável z = x-vt substituindo x. Esta variável faz com que a gaussiana se desloque com velocidade v no sentido x positivo. Supondo v=1m/s, z assume o valor z= x-t, Pulso se deslocando no sentido de x positivo com velocidade de 1 m/s. 6 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 -40 -20 0 20 40 60 80 100 120 Considere z = x+vt. Agora a variável z faz com que o pulso se desloque com velocidade v no sentido x negativo. Supondo v=1m/s, z assume o valor z= x+t, )100/)tx((e 2y 2+−= )100/z(e 2y 2−= x(m) y )100/x(e 2y 2−= z= x + t y x )100/)vtx((e 2y 2+−= Neste caso, o pulso propaga-se para a esquerda com velocidade v. 7 ONDAS SENOIDAIS PROGRESSIVASONDAS SENOIDAIS PROGRESSIVAS Uma onda senoidal se propagando no eixo dos x no sentido positivo é descrita pela função: y = ymax sen ( kx-ωt +φ) = ymaxsen(k(x-ω/k t)+φ) ymax é a amplitude da onda, k é o número de onda, ωωωω é a freqüência angular, φφφφ é a constante de fase e v é a velocidade de propagação. ymax x v = ω / k 16.4,516.4,5 Comprimento de onda λ = 2π/ k Período da onda T = 2π/ ω Velocidade de propagação v = ω / k = λ / T Uma onda senoidal se propagando no eixo dos x no sentido negativo é descrita pela função: y = ymax sen ( kx+ωt +φ) ymax x v = ω / k 8 Comprimento de onda λ = 2π/ k = vT Período T = 2π/ ω Velocidade de propagação v = ω / k = λ / T= λf Freqüência f = 1/T -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 0 50 100 150 200 Comprimento de onda λ = 2π/ k = vT λamplitude X(m) λ = 2π/k = 50m 9 λ = vT A onda percorre uma distância λ no tempo T( período) y = ymax sen ( kx-ωt + ϕ) Velocidade u(x,t) = ∂y/∂ t da corda no ponto x =4 x0 1 2 3 4 5 6 1 -1 u(x,t)= ∂y/ ∂ t Considere uma onda progressiva propagando-se em uma corda no sentido dos x positivo. Para calcular a velocidade e a aceleração de um ponto da corda, fixa-se a posição e verifica-se o movimento da corda. 10 u = ∂ y / ∂ t = -ymaxω cos(kx – ωt + ϕ) VELOCIDADEVELOCIDADE dos pontos da cordados pontos da corda ACELERAÇÃOACELERAÇÃO dos pontos da cordados pontos da corda ay = -ymaxω2 sen(kx – ωt + ϕ) ay = ∂ u/ ∂ t = ∂ 2 y / ∂ t2 x 11 Observa-se que o ponto da corda realiza um movimento MHS. Análogo ao movimento da massa presa a uma mola. 12 Em uma dada posição a diferença de fase da onda entre dos instantes diferentes pode ser escrita como: ∆φ = ω∆t A fase da onda varia ao longo do eixo x em cada instante. x 13 Y x y = ymax sen ( kx1-ωt + ϕ) x1 φ Y x y = ymax sen ( kx2-ωt + ϕ) x2 14 φ Y x y = ymax sen ( kx3-ωt + ϕ) x3 φ Y x y = ymax sen ( kx4-ωt + ϕ) x4 15 φ Y x y = ymax sen ( kx5-ωt + ϕ) x5 φ Y x y = ymax sen ( kx6-ωt + ϕ) x6 16 φ Y x y = ymax sen ( kx7-ωt + ϕ) x7 Y x x8−x1= λ ∆φ = 2π x8x1 17 φ Y xA A diferença de fase da onda entre os pontos A, ∆φ Y x e o ponto B ao longo do eixo x está representada pelo ângulo ∆φ A B ∆φ = k∆x 18 A fase da onda depende de x e t φ = kx ±ωt +φο y = ymax sen φ A diferença de fase entre duas ondas pode ser devida a um atraso entre elas ou a uma diferença no caminho percorrido por elas. ∆φ = k∆x ou ω ∆t Prob. 16.2, 3 Uma onda que se propaga ao longo de uma corda é descrita por Onde as constantes numéricas estão no SI. (a) Qual é a amplitude? (b) Quais são λ, T e f da onda? (c) Qual é a velocidade da onda? (d) Qual é o deslocamento do ponto da corda na posição x = 20 cm em t = 10 s? y (x,t) = 0.0030 sen ( 70 x – 2,7 t ) (e) Qual é a velocidade transversal da corda nessa posição, nesse mesmo instante? (f) Qual sua aceleração transversal? 19 A velocidade de propagação v de uma onda depende de características do meio. Em uma corda v depende da tração τ e da densidade linear µ da corda. µ = m / L (massa por unidade de comprimento) τ = m L / t2 (força = massa x aceleração) 16.616.6 Velocidade de propagação da onda Análise dimensional µ τ =v ENERGIA TRANSPORTADA ENERGIA TRANSPORTADA PELA ONDAPELA ONDA 16.716.7 20 Uma onda transporta energia. Uma partícula colocada em uma corda sente a passagem da onda adquirindo energia cinética, que faz com que ela se desloque acompanhando a deformação da corda. Um pedaço de corda de massa ∆m adquire uma energia cinética ∆Ec Α massa ∆m pode ser escrita como ∆m = µ ∆x onde µ é a densidade linear da corda. ∆Ec=1/2 ∆m u2 µ∆x ∆m 21 dEc = ½ dm u2 dm = µ dx u = ∂y/ ∂ t u = - ym ω cos (kx – ωt + φ) Supondo ∆m muito pequeno a energia cinética ∆Ec se escreve como: dEc = ½ µ dx u2 dEc =½ µ dx ym2 ω2 cos2 (kx – ωt + φ) dEc/dt = ½ µ dx/dt ym2 ω2 cos2(kx–ωt+φ) dEc /dt = ½ µ v u2 Sendo v = dx/dt a velocidade de propagação da onda, a variação no tempo da energia cinética se escreve: dEc /dt = ½ µ v ymax2ω2 cos2 (kx – ωt + φ) A média no tempo da derivada da energia cinética é proporcional a média do <cos2>=½ . <dEc /dt> = ½ µ v ymax2 ω2 <cos2(kx–ωt+φ)> 22 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 Média de <cos 2 > = ½ <dEc /dt> = ½ µ v ymax2 ω2 <cos2 (kx–ωt+ φ)> <dEc /dt> = ½ (½ µ v ymax2 ω2) A energia total Et = Ec+ Ep A média da taxa de variação da energia total <dEt /dt> = <dEc/dt > + <dEp /dt> como < dEc/dt> = <dEp /dt> dEt/dt média = 2 ½ (½ µ v ymax2 ω2) Potência média= dEt/dt média = ½ µ v ymax2 ω2 A potência média é proporcional ao quadrado da amplitude ymax2. 23 SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS Interferência de ondas caminhando no mesmo sentido A deformação resultante é a soma das deformações das ondas na corda. 24 Considere duas ondas senoidais caminhando no sentido dos x positivo com uma diferença de fase φ entre elas. y1 = ym sen( kx-ωt) y2= ym sen( kx-ωt+φ) A onda resultante é yR = y1 +y2 isto é, yR =ym sen( kx-ωt) + ym sen( kx-ωt+φ) Utilizando a relação trigonométrica senA + senB = 2 cos [(A-B)/2] . sen [(A+B)/2] AB A =kx-ωt+φ B=kx-ωt (A + B)/2 = kx-ωt+φ/2 ; (A - B)/2 = φ/2 25 yR = 2ym cos φφφφ/2 sen(kx-ωt+φ/2) amplitude yR = 2 cos [(A-B)/2] sen [(A+B)/2] -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 No exemplo, as ondas têm mesma amplitude e diferença de fase φ = π/2. A onda resultante , a verde, tem amplitude ym = 4,0 cos ππππ/4 = 2,83 cm. y (c m ) -5,0 -4,0 -3,0 -2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 Quando a diferença de fase for um número par de π, as ondas estão fase. A onda resultante tem amplitude igual à soma das amplitudes. y (c m ) 26 Quando a diferença de fase é um número ímpar de π, as ondas estão em oposição de fase. -2,5 -2,0 -1,5 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 A onda resultante tem amplitude igual à diferença das amplitudes. y (c m ) Superposição de ondas caminhando em sentidos opostos ONDAS ESTACIONÁRIASONDAS ESTACIONÁRIAS 27 REFLEXÃO DE PULSO EM UMA REFLEXÃO DE PULSO EM UMA PAREDE RÍGIDAPAREDE RÍGIDA O pulso refletido sofre uma mudança de fase de 180o Na reflexão em uma corda aberta, o pulso refletido retorna em fase com o incidente. 28 Uma onda estacionária é a onda resultante da superposição de ondas caminhando em sentidos opostos. yD = yo sen (kx - ωt ) yE= yo sen (kx + ωt ) y = yD + yE 29 senA + senB = 2 sen [(A+B)/2] cos [(A-B)/2] (A + B)/2 = kx ; (A - B)/2 = - ωt yR = 2 yo sen kx cos ωt yR = yo (sen (kx - ωt )+ sen (kx +ωt)) A =kx-ωt ; B=kx+ωt Quando a corda tem as extremidades fixas, nos pontos fixos a amplitude da onda deve ser nula. O primeiro modo de vibração de uma corda de comprimento L com as duas extremidades fixas. L = λ/2 30 O segundo modo de vibração L = 2 λ/2 nó ventre ventre O terceiro modo de vibração L= 3λ/2 31 Modos normais de vibração de uma corda presa nas extremidades. L = n λ / 2 → λ = 2 L / n sendo v = ω / k = λ / T = λ f As freqüências correspondentes aos modos normais são: fn = n v / 2L n =1,2,3,4\ Caso de uma corda com somente uma das extremidades presa L L= λ /4 L= 3λ /4 Número ímpar de λ/4 32 Modos normais de vibração da corda com uma extremidade presa L = (2n+1) λ / 4 λn = 4 L / (2n+1) fn = (2n+1) v / 4L n= 0,1,2,3,4\