Buscar

Interpretação de Bezerra e Rodrigues (2017)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Quality by Design (QbD) como ferramenta para otimização dos 
processos farmacêuticos 
Interpretação por Letícia Guedes M. G. de Souza 
Publicado em 2017, o artigo desenvolvido por Mariana Bezerra e Letícia Rodrigues 
retrata o conceito Quality by Design (QbD) como possivel ferramenta para a 
otimização dos processos farmacêuticos. Isso se dá devido a QbD ser caracterizada 
pela abordagem sistemática, baseada em evidências científicas e gerenciamento do 
risco durante operações industriais, de forma a resultar produtos farmacêuticos 
eficazes, seguros e com qualidade. 
A proposta da aplicação de QbD na indústria farmacêutica responde a algumas 
problemáticas encontradas neste setor, como as falhas nos processos farmacêuticos 
mesmo diante da aprovação, por órgãos regulatórios, de todas as etapas operacionais 
que envolvem a produção de medicamentos e correlatos. 
Para a implementação do conceito QbD em uma indústria, definem-se dois grupos: 
(1) elementos e (2) ferramentas. Os objetivos globais desses grupos consistem em (a) 
guiar metas processuais, (b) produzir produto que atenda demandas do paciente, (c) 
definir atributos que facilitem investigação experimental e (d) monitorar a qualidade. 
Os elementos são divididos em cinco: perfil do produto, atributos críticos da 
qualidade, atributos críticos do material, parâmetros críticos do processo e espaço do 
projeto. 
Perfil do Produto 
(QTPP) 
Características do medicamento que definem sua eficácia e 
segurança e, consequentemente, associadas às 
necessidades do paciente. 
Atributos Críticos 
da Qualidade 
(CQA) 
Propriedades físico-químicas e biológicas que impactam 
qualidade do produto final. Os criterios de qualidade são 
mensuráveis. 
Atributos Críticos 
do Material (CMA) 
Controle das matérias-primas que garante qualidade do 
produto final. A avaliação de riscos nesta etapa permite 
redução de erros e custos. 
Parâmetros 
Críticos do 
Processo (CPP) 
Parâmetro que impacta significativamente qualidade do 
produto final. Essencial para estruturar processo. 
Espaço do projeto 
(DS) 
Espaço virtual com interações multidimensionais das 
variáveis do processo e parâmetros. Determinado a partir da 
fusão de três variáveis. Impacta flexibilidade da operação. 
 
Quanto as ferramentas, estas são classificadas em três subgrupos: planejamento 
experimental, avaliação do risco e técnicas analíticas de processo. 
Planejamento 
Experimental (DoE) 
Fornece interpretações dos dados experimentais, a partir 
de um sistema racional e recursos apresentados. 
Avaliação do Risco 
(RA) 
Permite diferenciar fontes de variação em um sistema. 
Depende do conhecimento sobre o objeto de estudo e é 
realizada durante processo de desenvolvimento do produto. 
Técnicas Analíticas 
de Processo (PAT) 
Conjunto de ferramentas que apoiam desenvolvimento, 
produção e controle de qualidade do produto final. 
Possibilita aperfeiçoamento contínuo. 
 
Ante ao exposto e considerando o ano de publicação do artigo, observa-se que a 
abordagem QbD tem encontrado resistência na indústria farmacêutica, mesmo com 
os estímulos de órgãos regulatórios. Tal cenário é devido ao alto investimento 
necessário para implementação do sistema. Apesar disso, as autoras concluem que 
a implementação da QbD é uma medida necessárias nas industrias farmacêuticas, 
uma vez que está associada ao aumento da eficiência do setor e redução dos custos 
a longo prazo. 
REFERÊNCIA 
BEZERRA, M. P.; RODRIGUES, L. N. C. Quality By Design (Qbd) Como Ferramenta 
Para Otimização Dos Processos Farmacêuticos. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 
v. 29, n. 1, p. 5–12, 2017.

Continue navegando