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Curso: Nutrição. Prof. MSc. Jorge Belém • Solo e água; • Plantas; • Utensílios; • Trato intestinal; • Manipuladores de alimentos; • Ração animal; • Pele de animais; • Ar e pó; Espécies Onde são encontrados? Fontes Vírus VHA Moluscos, frutas e vegetais crus Higiene precária e cultivo áreas contaminadas com esgotos não tratados Bactérias Bacillus, Campylobacter, Clostridium, Escherichia coli, Salmonella, Shigella, Staphylococcus e Vibrio Alimentos crus e processados (cereais, peixes e frutos do mar, vegetais, alimentos desidratados e crus de origem animal - lácteos Higiene precária em geral (animais - roedores, pássaros - fezes humanos) Fungos Aspergillus flavus e outros Nozes e cereais Produtos estocados com alta umidade e temperatura Protozoários Amoebae e Sporidia Vegetais, frutas e leite cru Áreas de produção e reservatórios de água contaminados Helmintos Ascaris, Fasciola, Opisthorchis, Taenia, Trichinella e Trichuris Vegetais e carnes cruas ou malcozidas e peixes crus Água e solos contaminados em áreas de produção • A capacidade de um microrganismo – virulência; – Lipopolissacarídeo (LPS). – Cápsula. – Adesinas, invasinas e toxinas. • Para infectar o hospedeiro, muitas células aderem à superfície do intestino para superar o peristaltismo. – Flagelos (mobilidade até as células-alvo). • Há definições para toxinas bacterianas: 1. Exotoxinas: • Toxinas proteicas secretadas; • Exercem atividade biológica - muitas vezes letal - em doses diminutas; 2. Enterotoxinas: são exotoxinas que resultam em sintomas gastrintestinais, como diarreias extremamente líquidas. 3. Endotoxinas: compõem a membrana externa de bactérias, sendo libertadas após destruição da membrana externa da bactéria (Gram-negativas); • Podem causar choques tóxicos, inflamações e febre - infecções causadas por Salmonella spp. • Incluem-se: • Bactérias Gram-positivas: – Aeróbias e anaeróbias facultativas da família Micrococaceae. – Cocos dos gêneros Aerococcus, Enterococcus, Lactococcus, Leaconostoc, Streptococcus, Pediococcus e Vagococcus. • Enterococcus ✓ Duas espécies são importantes: E. faecalis e E. faecium; ✓ Utilizados como microrganismos indicadores e não são patogênicos. • Micrococcus ✓ Amplamente distribuídos na natureza: pele dos animais (incluindo o homem), sujidades, solo, água e alimentos (leite e derivados, carcaças de animais e produtos cárneos); ✓ Associados à deterioração de produtos de laticínios e carnes processadas; ✓ Têm capacidade de se multiplicar em concentrações de 5% de NaCl. • Staphylococcus ✓ Produzem enterotoxinas nos alimentos, levando à intoxicação quando consumidos; ✓ Encontrados em lesões de pele e vias respiratórias superiores do homem - transferido facilmente ao alimento. Toxina: Staphylococcus ✓ Relacionado à intoxicação alimentar - cresce em diversos alimentos; ✓ Como algumas linhagens sintetizam enterotoxinas - pode causar gastroenterite (horas): náuseas, vômitos e diarreia. ✓Patógeno oportunista; ✓ Devem ser imediatamente refrigerados (após o preparo); ✓ Apesar de os alimentos contaminados serem reaquecidos antes do consumo, a toxina pode permanecer ativa. Toxina: Staphylococcus ✓ Sintomas: (graves) e podem desaparecer em até 48h, conforme a toxina seja eliminada. Toxina: Staphylococcus ✓Detecção de enterotoxinas: contagem de UFC; ✓ Tratamento: antimicrobiano não é eficaz, já que a toxina existe e não há bactéria ativa; ✓ Prevenção: medidas sanitárias e higiene adequada na produção, preparo e armazenamento dos alimentos. Toxina: Staphylococcus • Streptococcus, Leuconostoc e Pediococcus ✓ Juntamente com o gênero Lactobacillus, constituem as bactérias ácido-láticas; ✓ Possuem um habitat diversificado; ✓ Mucosa bucal, trato intestinal, leite e derivados, superfícies de vegetais, etc. ✓ Laticínios (produção de leite fermentados, queijos e manteigas; ✓ Produção de vegetais fermentados (picles, azeitonas e chucrutes); ✓ Exigentes no crescimento - vitaminas, aminoácidos e açúcares fermentáveis; ✓ Têm importância na fermentação e na deterioração de alimentos. • Streptococcus, Leuconostoc e Pediococcus ❑ Podem causar reações indesejadas no leite; ❑ Não são patogênicos. ✓ Fermentação da glicose ácido lático, etanol e CO2; • Streptococcus, Leuconostoc e Pediococcus • Streptococcus, Leuconostoc e Pediococcus ✓ Deterioração de produtos e bebidas (cerveja, vinhos; carnes e derivados - acidificação, “esverdeamento” e viscosidade; leite - azedamento; sucos de frutas - odor); • Esporo - estrutura resistente ao calor, radiações ionizantes, compostos químicos, desidratação e congelamento. • Incluem-se: • Bacilos Gram-positivos e produtores de esporos: – Bacillus e Clostridium. • Bacillus ✓ Podem ser psicrotróficos (até 7ºC), mesófilos (20-45ºC) ou termófilos (altas temperaturas); ✓ Solo, água, material fecal e alimentos: B. cereus - gastroenterites de origem alimentar. • Clostridium ✓ Solo, trato gastrointestinal de animais, incluindo o homem, e alimentos; ✓ Espécies patogênicas de alimentos (C. botulinum e C. perfringens) e deteriorantes (C. pasteurianum e C. sporogenes). ✓ C. perfringens e C. botulinum - causam graves intoxicações alimentares; ✓ Quando os alimentos são cozidos ou enlatados, ocorre a morte dos organismos - os endósporos se mantêm vivos e podem germinar produzindo a toxina. Toxina: Clostridium C. perfringens: ✓ Ingestão de alimento contaminado - ocorre a esporulação no intestino com produção de enterotoxina; ✓ Altera a permeabilidade do intestino: náuseas, diarreia, febre e cólicas intestinais (7 a 15 dias após o consumo, desaparecendo com 24 h). Toxina: Clostridium ✓ Diagnóstico: isolar o microrganismo (fezes) - detectar a enterotoxina; ✓ Prevenção: evitar contaminar alimentos crus e cozidos – refrigeração rápida para diminuir a temperatura e inibir o crescimento do C. perfringens. Toxina: Clostridium • Incluem-se: • Bacilos Gram-positivos não esporulados: – Brochothrix, Camobacterium, Kurthia, Lactobacillus e Listeria. • Lactobacillus ✓ Necessitam de nutrientes complexos (CO2) e fermentam carboidratos sintetizando ácido láctico; ✓ Homo ou heterofermentativos; ✓ Importante na produção: leite fermentado, queijos, ácido lático, vegetais fermentados e deterioração de bebidas e alimentos; ✓ Encontrados em lesões de pele e nas vias aéreas superiores do homem – fácil transferência ao alimento. ✓ Essas espécies não são patogênicas. • Listeria ✓ Multiplicam-se em temperatura de refrigeração dos alimentos; ✓ L. monocytogenes - espécie mais importante devido à patogenicidade: causadora de listeriose: - Septicemia - Aborto - Endocardite - Conjuntivite - Meningite ✓ L. monocytogenes - encontrada solo e água; ✓ A conservação dos alimentos (refrigeração) retarda o crescimento microbiano – psicrotolerante (refrigerados); ✓ Carnes prontas para consumo, queijos cremosos frescos, laticínios não pasteurizados e leite pasteurizado de forma não adequada - principais veículos do patógeno; ✓ Populações mais vulneráveis: idosos, gestantes, neonatos e indivíduos imunodeprimidos - necessita hospitalização. Toxina: Listeria ✓ Diagnóstico: cultivo bacteriano a partir do sangue; ✓ Tratamento: antimicrobiano intravenoso (penicilina, ampicilina ou trimetoprim-sulfametoxazol) - doença invasiva; ✓ Prevenção: descontaminação dos utensílios e manipulação, e não ingerir alimentos (laticínios e não pasteurizados). Toxina: Listeria • Incluem-se: • Bactérias Gram-negativas: aeróbias e microaeróbias. • Incluem-se: • Bactérias Gram-negativas. – Campylobacter (C. jejum e C. lari) – patógenos que causam gastroenterites de origem alimentar. – Pseudomonaceae (Pseudomonas e Xanthomonas), Halobacteriaceae (Halobacterium e Halococcus), Acetobacteriaceae (Acetobacter e Gluconobacter), Neisseriaceae (Acinetobacter, Alcaligenes,Alteromonas, Brucella, Flavobacterium, Moraxella, Psychrobacter e Shewanella). - Enterobacteriaceae e Vibrionaceae. ✓ É uma das causas mais comum de infecções bacterianas transmitidas por alimentos - C. jejum e C. coli: diarreia, e C. fetus: esterilidade e abortos espontâneos em bovinos e ovinos. ✓ Transmitido por alimentos contaminados: derivados de aves domésticas, porcos, mariscos crus ou água; ✓ Após a ingestão – desenvolve-se no intestino delgado, invade o epitélio e causa inflamação. Toxina: Campylobacter ✓ C. jejuni é sensível ao ácido gástrico, bastam 104 células para uma infecção: febre alta, cefaleia, mal-estar, náusea, cólicas abdominais e diarreia intensa, com fezes aquosas e sanguinolentas; ✓ A doença dura de 7 a 10 dias. Toxina: Campylobacter ✓ Diagnóstico: isolamento bacteriano a partir de fezes; ✓ Identificação por ensaios imunológicos. ✓ Infecções graves são observadas em crianças; ✓ Tratamento (precoce): eritromicina e quinolona (alternativa quando há diarreia grave); ✓ Prevenção: higiene pessoal adequada e lavagem de utensílios; Toxina: Campylobacter • Pseudomonas ✓ Vivem, especialmente, solos e água salgada e doce; ✓ Importantes na deterioração: pescados, carnes e derivados, aves, leites e derivados - odor desagradável; ✓ Encontradas em alimentos de origem animal e vegetal: P aeruginosa sintetiza substâncias tóxicas e são patógenos humanos oportunistas; ✓ Psicrotróficas - presentes em alimentos refrigerados e congelados. • Halobacterium e Halococcus ✓ Vivem em ambiente com alta concentração de cloreto de sódio (ex.: salinas, lagos e materiais salgados – charque, etc.; ✓ Responsáveis pela “vermelhidão do charque” – suas células possuem pigmentos; ✓ Produzem odor extremamente desagradável. • Acetobacter ✓ A. aceti - produção de vinagre; ✓ Produzem ácido acético a partir do etanol; ✓ Importantes na produção de vinagre e deterioração de bebidas e vinagre. ✓ Têm coloração de Gram variável - idade da cultura ✓ Encontram-se em frutas e vegetais, causando deterioração em sucos de frutas e em bebidas alcoólicas como vinhos e cervejas. • Acinetobacter ✓ Vivem, principalmente, no solo e na água; ✓ Podem provocar problemas de deterioração de alimentos conservados pelo frio, especialmente carnes e pescados não conservados. ✓ Importantes agentes de deterioração de alimentos crus e processados, como carnes e carcaças de aves. • Brucella ✓ Algumas espécies são patogênicas, como B. abortus (bovino) e B. suis (suínos); ✓ Causam brucelose no homem - infecta leite cru e laticínios, carnes cruas e seus derivados; ✓ São facilmente destruídas pelo calor (pasteurização). • Moraxella ✓ Produtores de pigmentos (amarelo ou vermelho) - depende da temperatura; ✓ Deterioração de vegetais frescos e congelados, pescados, carnes e derivados; ✓ Encontradas em solo, água, animais (incluindo humanos) e alimentos (vegetais frescos e congelados, pescado, carne e derivados, e aves. • Escherichia, Edwardsiella, Citrobacter, Klebsiella, Serratia, Proteus e Erwinia ✓ Família Enterobacteriaceae; ✓ Vivem no trato intestinal dos animais, incluindo o homem; ✓ Podem viver como saprofíticas em plantas ou patógenos em vegetais. ✓ Indicadores de contaminação fecal; ✓ Deterioradores: ✓ Proteus ✓ Serratia ✓ Erwinia • Citrobacter ✓ São coliformes intestinais, encontrados em diversos alimentos, podendo causar sua deterioração; ✓ C. freundii é a mais encontrada em alimentos. • Edwardsiella ✓ Algumas espécies são patogênicas para o homem, porém sua transmissão pelos alimentos ainda não foi demonstrada. • Enterobacter ✓ Compõem a microbiota intestinal do homem e são coliformes, causando deterioração de alimentos. • Erwinia ✓ Causadoras de doenças em plantas. • Escherichia ✓ Espécie mais importante - E. coli, pertencente ao grupo dos coliformes fecais, que indicam contaminação fecal de alimentos; ✓ Podem causar reações indesejadas nos alimentos e diversas linhagens são patogênicas aos animais/homem; • Escherichia - patogênicas ✓ Grande parte não é patogênica, já que constitui a microbiota intestinal; ✓ As patogênicas produzem potentes enterotoxinas, que causam diarreia e infecções do trato urinário. • Escherichia - entero-hemorrágica ✓ Produzem a enterotoxina – verotoxina - produzida no intestino após o paciente ingerir alimento ou água contaminada; ✓ Esta toxina causa diarreia hemorrágica e insuficiência renal; ✓ A infecção é oriunda: cames contaminadas, cruas ou mal cozidas, como carne moída processada em grande quantidade; • Escherichia – (outras) ✓ Podem causar “diarreia do viajante”: diarreia aquosa e inúmeras evacuações; ✓ E. coli enterotoxigênica: principal veículo de contaminação os alimentos, como verduras, legumes frescos (alface) e água; ✓ A incidência dessa diarreia em viajantes ocorre pela água contaminada – a população local adquire resistência aos patógenos pela exposição diária; • Escherichia – (outras) ✓ Diagnóstico: cultura nas fezes e identificar os antígenos lipopolissacarídico e flagelar, toxinas por análise molecular ou testes sorológicos; ✓ Tratamento: monitoramento da função renal, da hemoglobina e das plaquetas; ✓ Em casos mais graves, utiliza-se antimicrobianos. • Escherichia – (outras) ✓ Prevenção: consiste na cocção (cozimento) criteriosa da carne; ✓ Manipulação adequada dos alimentos, purificação da água e hábitos de higiene. • Klebsiella ✓ Constituem o grupo dos coliformes. Causam reações indesejadas nos alimentos; ✓ Não se sabe se sua patogenicidade é veiculada pelos alimentos; • Salmonella ✓ Encontram-se no trato gastrointestinal de animais (aves e suínos), incluindo o homem; ✓ Envolvem espécies que causam febre tifoide (S. typhi), febres entéricas (S. paratyphi A, B e C) e enterocolites - salmoneloses. • Shigella ✓ Encontram-se no trato gastrointestinal do homem; ✓ Shigelose (disenteria bacilar), podendo ser de origem alimentar. ✓ Doença gastrointestinal; ✓ Sintomas começam após a colonização do intestino pelo patógeno - S. typhimurium e S. enteriditis; ✓ A salmonelose mais conhecida é a enterocolite - doença ocorre de 8 a 48 h após a ingestão; Toxina: Salmonella ✓ Libera endotoxinas, enterotoxinas e citotoxinas que danificam e matam as células hospedeiras, levando ao início dos sintomas; ✓ Sintomas: cefaleia, calafrios, vômitos, diarreia e febre; ✓ A doença finaliza entre 2 e 5 dias; Toxina: Salmonella ✓ Diagnóstico: análise dos sintomas clínicos, últimos alimentos consumidos e cultura do microrganismo nas fezes; ✓ Enterocolite, não é necessário tratamento; ✓ Alimentos cozidos de forma adequada: 70°C por 10 min - seguros quando consumidos (imediato), armazenados a 50°C ou conservados (imediato) a 4°C. Toxina: Salmonella ✓ São mais comuns no verão - condições ambientais mais propícias ao desenvolvimento de microrganismos em alimentos; ✓ Legislação e exigências podem variar: os manipuladores são afastados de suas funções até que três culturas de fezes sejam negativas para Salmonella. Toxina: Salmonella • Plesiomonas ✓ P. shigelloides é patogênica ao homem, encontrada em água, peixes, caranguejos e ostras cruas; • Vibrio ✓ V. cholerae é patógeno em alimentos; ✓ Encontra-se no trato gastrointestinal de humanos, água e alimentos. c • Bolores: ✓ São fungos filamentosos formados por hifas – em conjunto formam micélio; ✓ O micélio tem como função: fixação e reprodução; ✓ Suas colônias podem apresentar aspecto algodonoso, secas, úmidas, compactas, aveludadas, gelatinosas e com variadas colorações. • Alternaria ✓ É o bolor mais comum em deterioração do tomate, pimentões, maçãs e frutas cítricas – escurecimento dos tecidos; • Aspergillus ✓ Há mais de 100 espécies utilizadas na produção de alimentos e outras são deteriorantes – algumas produtoras de micotoxinas; ✓ A. niger - muito comum em casca de cebola semelhante a “poeira preta”. ✓ Micotoxinas: aflatoxinas(A. flavus e A. parasiticus) B1 e B2 (coloração azul), G1 e G2 (fluorescência verde) e M (isolada do leite). Toxina: Aspergillus ✓ Temperatura de 23°C a 26°C favorece a produção de aflatoxinas – altas temperaturas não inativa as aflatoxinas por completo: amendoins; ✓ Ideal: agentes químicos inativadores (amônia): em grãos de milho no armazenamento, mas pode alterar a coloração dos grãos. Outra opção: sulfitos e bissulfitos: ambos demonstraram resultados promissores. Toxina: Aspergillus ✓ Ocratoxinas são sintetizadas pelo fungo A. alutaceus: contaminante de nozes, castanhas, grãos de cereais (cevada, milho, trigo, aveia, soja, arroz, amendoim), frutas cítricas, algodão, pimenta-do-remo e alguns produtos fermentados à base de peixe. Toxina: Aspergillus ✓ Esterigmatocistina é derivada: A. versicolor, A. nidulans e A. rugulosus; ✓ Acomete trigo, aveia e café • Penicillium ✓ Utilizados na produção de queijo; ✓ Deteriorantes de pães, bolos, queijos e outros. ✓ Envolve a toxina “rubra toxina” (P. rubrum); ✓ Causa doenças hemorrágicas em animais (aves, suínos, gado bovino); ✓ Associada à produção de pigmento vermelho - milho e cereal mais acometidos; ✓ A toxina patulina (P. expansum, P. cIaviforme e P. urticae) tem ação antimicrobiana; ✓ Encontrada em frutas em deterioração e são estáveis em condições ácidas (ex.: suco de maçã). Toxina: Penicillium ✓ Outras toxinas: luteosquirina, cicloclorotina, islanditoxina, eristroquinina, rugulosina, ácido micofenólico, decumbina, ácido betanitropropanoico, ácido ciclopiazônico, griseofulvina, xantocilina, viridicatina, ácido vindicático, ciclopenina e ciclopenol; Toxina: Penicillium • Fusarium ✓ Deteriorantes de frutas e hortaliças. ✓ Produzem três micotoxinas: tricotecenos, fumonisinas e zearalenona; ✓ Tricotecenos: responsáveis pela síndrome aleucia tóxica alimentar - trigo, cevada, aveia, centeio e milho (principalmente no inverno); ✓ É uma doença grave - destruição da medula óssea; ✓ Horas após a ingestão: queimação na boca, faringe, esôfago e estômago, gastrenterite com vômitos e diarreia por dias. Leucemia, agranulocitose, anemia e plaquetopenia. Pele com petéquias hemorrágicas subcutâneas, necrose (pele e músculos), abscessos e hemorragias, podendo ter como quadro final a morte do paciente (taxa de mortalidade de até 80%). Toxina: Fusarium • Cloviceps ✓ C. purpurea e C. paspali dão origem a uma micotoxicose chamada ergotismo; ✓ Duas formas: gangrenado (sensação de queimação nos pés e mãos pela redução gradativa do fluxo sanguíneo, levando à gangrena) e convulsivo (causa alucinações e até morte – neurotoxina); ✓ Nos casos mais graves: amputação dos membros afetados; • Cloviceps ✓ Ergotismo: associado aos cereais, como centeio, aveia, cevada e trigo; ✓ O fungo ataca a planta com uma estrutura de aparência granulosa de cor marrom-avermelhada, contendo o material tóxico; • Mucor ✓ Deteriorantes de vegetais e frutas; ✓ Muitas espécies são utilizadas na produção de queijos e alimentos fermentados. • As doenças alimentares de origem viral envolvem gastrenterites: – Diarreia, náuseas e vômitos, mas com recuperação rápida (24-48h). • Hepatite A, poliomielite e gastrenterites por rotavírus. • Incluem-se: • Hepatite A ✓ Este vírus pertence ao grupo dos enterovírus, transmitido via fecal-oral: veículos - água e alimentos contaminados; ✓ O vírus ataca a mucosa intestinal e segue ao fígado: necrose celular hepático e proliferação nas células de Kupffer, havendo acúmulo de macrófagos, linfócitos e leucócitos nas áreas de necrose. • Hepatite A ✓ Os pacientes mantêm-se infectantes de 2-3 semanas antes do surgimento da icterícia; ✓ Este vírus apresenta: alta resistência ao calor, suportando temperaturas de 60°C por 30 min; • Poliomielite ✓ Tem como hospedeiro o homem e como habitat o intestino; ✓ Essa doença se encontra praticamente erradicada, pela vacinação e pela pasteurização do leite; ✓ Águas, verduras cruas e mariscos também são vias de transmissão. • Gastrenterites por rotavírus ✓ Causam alterações no fluxo de água e eletrólitos na mucosa intestinal - interferindo na reabsorção de fluidos intestinais, causando diarreia e lesões intestinais; ✓ O processo infeccioso inicia-se em 48h e regride de 3-5 dias depois; ✓ São mais comuns em meses de inverno e têm como veículos de transmissão a água e os alimentos. junniorbiologia@hotmail.com @prof.jorgebelem FIM
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