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Curso: Nutrição. Prof. MSc. Jorge Belém Oliveira Jr. • Carne - meio de cultura ideal para o desenvolvimento microbiano: – Atividade de água (Aa), substâncias nitrogenadas, minerais e fatores de crescimento. – pH (5,6) é favorável à maioria dos microrganismos. Quantidade e tipos de microrganismos ✓ Condições de abate, estresse do animal e higiene durante a manipulação. Composição aproximada de carnes a partir de diversas fontes • A microbiota inicial da carne é muito variada; • A maioria dos microrganismos que alteram a carne - bactérias psicrotróficas (Pseudomonas, Moraxella e Acinetobacter); - Espécies anaeróbias facultativas: enterobactérias psicrotróficas (Aeromonas spp., Shewanella putrefacins) e Gram-positivos (Lactobacillus spp. e Brochothrix thermosphaca). - Inaceitável para consumo. • A multiplicação de patógenos causadores de toxinfecções alimentares, como: • Salmonella, Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Clostridium perfringens e Staphylococcus aureus. • Tipos de deterioração de carnes: - De acordo com ambiente; - Bactérias e fungos (bolores ou leveduras); • Modificações: valor nutricional, cor, sabor, aroma e gordura. • A temperatura é outro fator que influenciará no tipo de deterioração: - temperatura: limosidade superficial, alterações de cor e pontos de crescimento superficial. - temperatura: putrefação. • A pele de aves pode carregar: Pseudomonas spp. Moraxella spp. Acinetobacter spp. Enterobacter spp. Shewanella putrefaciens, Brochothrix thermosphacta Lactobacillus spp. Clostridium jejuni Salmonella enterica (ovários ovidutos) Clostridium perfringens (carne crua de frango) Staphylococcus aureus, Listeria monocytogenes, Clostridium botulinum • Os microrganismos chegam à carne: animal vivo (contaminação endógena) ou invasão post mortem (contaminação exógena); • Altamente prejudiciais; – Bovina, suína e de frangos; • Cadeia de produção: – Pasto até o prato. – Antes do abate (fazenda, pesagem, caminhões de transporte ou currais a espera do abate) e após o abate. • Enquanto aguarda o sacrifício - cuidados higiênicos devem ser redobrados; Etapas específicas: sangria, esfolamento, evisceração, corte e desossa - favorecem a colonização por microrganismos deteriorantes e patogênicos • O contato dos animais (pele e pelos) com as fezes e outros animais (não sadios); – Uma grande contaminação do exterior do animal. – Contaminação cruzada. • Prevenção é a palavra chave; – Lavagem do animal antes do abate. – Retirada do couro - evitar que partes externas ou vísceras e órgãos entrem em contato com a carcaça bovina – potencializa a contaminação. Fontes - Contaminação nos Matadouros • Pele e pelo: sujidade e fezes (bactérias); • Ar e poeira; • Água: lavagem da carcaça, equipamentos, utensílios (faca, serras e ganchos) e recipientes; • Manipuladores; Alterações da Carne Nem todas as alterações são prejudiciais!! • São diversas espécies microbianas que causam alterações; • Poucos casos fatais; Alterações da Carne Microrganismos Pseudomonas Alcalígenes • Temperatura de armazenamento e quantidade de água disponível; • Limosidade superficial: Micrococcus Leveduras Carnes Produtos Cárneos (salsicha e linguiça) Aa Bolores Aa Alterações da Carne • Os pigmentos da carne: hemoglobina (sangue) e mioglobina (músculos); – Tons verde, marrom e cinza: produção de H2S e peróxidos. • Cor: Carne bem irrigada: 80-90% de mioglobina. Alterações da Carne • Carnes processadas - Tons esverdeados: • Cor: Microrganismos Lactobacillus viridescens Leuconostoc Enterococcus faecium Enterococcus faecalis H2O2: salsichas e outras carnes curadas (embaladas a vácuo) – exposição do produto ao ar. Alterações da Carne • Carnes processadas - Tons esverdeados: • Cor: Microrganismos Pseudomonas mephitica Shewanella putrefaciens Lactobacillus sake H2S: carnes vermelhas frescas (embaladas a vácuo) – 1ºC a 5ºC. Carnes com pH abaixo de 6,0 – não ocorre esverdeamento. Alterações da Carne • Carnes processadas - Tons esverdeados: • Cor: Alterações da Carne • Cor; Microrganismos Alteração Serratia marcescens Pigmento vermelho Pseudomonas syncyanea Pigmento azul Alterações da Carne • Cor; Microrganismos Alteração Mucor, Rhizopus e Thamnidium Multiplicação semelhante a bigode de gato (“whiskers”) Cladosporium herbarum e Cladosporium cladosporioides Manchas negras Penicillium spp. e Cladosporium spp. Cor amarela e verde - endósporos Sporotrichum carnis Manchas brancas Leveduras Pigmento branco, creme, rosa ou marrom Fungos Alterações da Carne • Microrganismos lipolíticos: • Rancificação: Microrganismos Pseudomonas spp. e outros Gram - Bacillus spp. Leveduras Bolores Quebra das gorduras ácidos graxos + glicerol Alterações da Carne • Fosforescência: - É um fenômeno raro; - Relacionado à capacidade de emitir luz, mesmo no escuro; Microrganismos (Luminescentes ou fosforescentes) Photobacterum Alterações da Carne • São perceptíveis antes de qualquer outro sinal; – Ácido fórmico, acético, butírico e propiônico – odor ácido. • Odores e sabores estranhos: “Aroma de geladeira” • Bolores: – Carne viscosa, pegajosa; Alterações da Carne • Bactéria que crescem no interior da carne (ausência de O2); • Condição de Anaerobiose: Acidificação: Acúmulo de ácido orgânico (fórmico, acético, propiônico) – Clostridium butyricum Alterações da Carne • Bactéria que crescem no interior da carne (ausência de O2); • Condição de Anaerobiose: Putrefação: H2S, indol, escatol, putrescina, cadaverina, etc. – Clostridium butyricum Alterações da Carne Vida útil de produtos embalados em ar armazenados sob refrigeração (0 a 4°C). Alterações da Carne • Bactéria causadora – conteúdo intestinal; • Deterioração: Odores estranhos – 2.5 milhões de UFC/cm². • Crescem na pele, parte interna da cavidade do corpo e quaisquer superfícies cortadas; Microrganismos Pseudomonas spp. Torulopsis spp. Rhodotorula spp. Frango eviscerado (< 10ºC) Leveduras Alterações da Carne • Bactéria causadora – conteúdo intestinal; • Deterioração: Odores estranhos – 2.5 milhões de UFC/cm². • Crescem na pele, parte interna da cavidade do corpo e quaisquer superfícies cortadas; Microrganismos Alcaligenes spp. Flavobacterium spp. Frango eviscerado (> 10ºC) Alterações da Carne • Limosidade na superfície; • Deterioração: Odores estranhos • Pigmento pioverdina – Pseudomonas spp.; Microrganismos Alcaligenes spp. Pseudomonas spp. • Uma das principais fontes de proteínas; - Atividade de água elevada, composição química teor de gorduras e pH mais deteriorável. • Autólise, oxidação e atividade bacteriana; Deterioração Ocorre mais rapidamente do que nos produtos cárneos Autólise e pH - Crustáceos (camarão, lagosta e caranguejo) apresentam mais carboidratos. - Moluscos (ostras, mariscos e lulas) superior a ambos. • A microbiota dos pescados é influenciada: Influências Habitat Qualidade da água (doce ou salgada) Sazonalidade Temperatura Presença de poluentes Condições de captura Armazenamento Manipulação, Conservação. - A microbiota do pescado é encontrada no intestino, guelras e superfície corporal. - Em pescados sadios - tecidos e órgãos internos são estéreis. • A microbiota dos pescados é influenciada: Microbiota dos Pescados Pseudomonas Moraxella Shewanella Flavobacterium Vibrio Micrococcus - Deterioração. - Pseudomonas fluorescens, Pseudomonas fragi e Shewanella putrefaciens. - Mais responsáveis: psicrotrófica e substâncias nitrogenadas não-proteica para seu desenvolvimento. Crustáceos e Pescados exibem a mesma microbiota!!! • A microbiota dos crustáceos: Microbiota Serratia Pseudomonas Proteus Clostridium Shewanella Escherichia Enterobacter Flavobacterium - Evoluindo a deterioração, aumentam: Pseudomonas e Acinetobacter-Moraxella. - Enterococos, lactobacilos e leveduras – último estágiode deterioração. • Pseudomonas spp. causa odor de frutas; Alterações do Pescado • Substâncias nitrogenadas não-proteica acabam - as bactérias aprofundam a deterioração; - Amolecimento dos tecidos e aumento do odor nauseante. Processo deteriorativo de origem bacteriana Alterações do Pescado 1. Aminoácidos e substâncias nitrogenadas não- proteica são utilizados pelos microrganismos após o término do rigor mortis; - Região externa para interna. Igual nos crustáceos Processo deteriorativo de origem bacteriana Alterações do Pescado 2. Pseudomonas e Shewanella usam estes compostos originando odor desagradável e alteração do substrato; Igual nos crustáceos Processo deteriorativo de origem bacteriana Alterações do Pescado 3. Inicia o processo proteolítico – aumento ou reposição de aminoácidos no substrato; Igual nos crustáceos Processo deteriorativo de origem bacteriana Alterações do Pescado 4. Aumento de bases e compostos voláteis (H2S) acelera a decomposição; Igual nos crustáceos • Bactérias halotolerantes: Micrococcus. Alterações do Pescado - Alteram a cor - vermelhidão. • Ou halofílicas: Halococcus e Halobacterium. • Ostras: Alterações do Pescado • pH para observar a qualidade microbiológica; Escala de pH 5,9 – 6,2 Boa 5,8 Inadequada 5,5 – 5,7 Inadequada < 5,2 Deteriorada (azedo e pútrido) Neisseria meningitidis Vibrio vulnificius junniorbiologia@hotmail.com @prof.jorgebelem FIM
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