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Exacerbação de DPOC DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA Dispneia + Tosse produtiva Sintoma precoce mais comum: ➢ Dispneia aos esforços Sintomas menos comuns: ➢ Sibilância ➢ Aperto torácico TABAGISMO ➢ Carga tabágica de 40 anos-maço ➢ Pode ser justificado a partir de 20 anos-maço ➢ Fator de risco – 80% dos pacientes com DPOC tem o antecedente de tabagismo ➢ DPOC genético (deficiência de alfa-1-antitripsina) ➢ Exposição à fumaça (ex. exposição diária à fogão à lenha) RADIOGRAFIA DE TÓRAX ➢ Hiperinsuflação ➢ Retificação das cúpulas diafragmáticas ➢ Apagamento da trama vascular ➢ Dilatação dos vasos pulmonares (hipertensão pulmonar secundária ao DPOC – cor pulmonale) *Rx não é diagnóstico; serve para afastar outros diagnósticos diferenciais ESPIROMETRIA (DIAGNÓSTICO) ➢ VEF1 ↓↓ ➢ CVF ↓/ NL / ↑ *Mesmo após BD, o VEF1 não melhora a ponto de normalizar – se em algum momento essa relação estiver >0,7 esta DESCARTADO DPOC! *Padrões obstrutivos irreversíveis não necessariamente dão diagnóstico de DPOC – precisa de um contexto clínico para ser feito o diagnóstico ESTADIAMENTO DPOC Gravidade da limitação ao fluxo aéreo em DPOC *Classificação pouco funcional, pois não é correlacionada com o tipo de tratamento que será proposto MMRC dyspnea scale Grau Nível dos sintomas 0 Só tenho falta de ar com esforço intenso 1 Tenho falta de ar quando apresso o meu passo ou subo escadas/ladeira 2 No plano, eu caminho mais devagar do que outras pessoas da minha idade devido falta de ar ou preciso parar por falta de ar quando ando no meu passo 3 Preciso parar por falta de ar após andar 100 metros ou após poucos minutos de caminhada no plano 4 Sinto muita falta de ar para sair de casa ou para me vestir CAT (COPD Assessment Test) – gradua sintomas gerais da DPOC Obs. na classificação por sintoma e exacerbações por ano, escolhe-se o critério mais grave determinado pelo paciente TRATAMENTO AMBULATORIAL ➢ Cessação do tabagismo – gera impacto na sobrevida! ➢ Vacinação para Influenza e Pneumococo ➢ Avaliação nutricional (desnutrição/obesidade) ➢ Educação em relação à doença ➢ Tratamento medicamentoso TRATAMENTO MEDICAMENTOSO →SABA (beta agonista de curta duração) → Salbutamol → Alívio sintomático (A, se sintoma) →LABA (beta agonista de longa duração) → Formoterol → Melhora sintomática (B/D) →LAMA (anticolinérgico de longa duração) → Tiotrópio → Reduz nº de exacerbações (C/D) → Melhora sintomática (B/D) →ICS (glicocorticoide inalatório) → Beclometasona / budesonida / fluticasona →GRUPO A – SABA, se sintoma →GRUPO B (sintomas) – LABA ou LAMA (↓sintomas) →GRUPO C (exacerbações) – LAMA (↓ exacerbações) →GRUDO D (sintomas + exacerbações) – LABA + LAMA OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR (tem impacto na sobrevida) ✓ Hipoxemia arterial – PaO2≤55mmHg ou Sat≤88% ✓ Cor pulmonale / Ht >55% – PaO2 55-59mmHg ou Sat≤89% ➢ Prescrever O2 para manter Sat≥90% ➢ Cateter nasal de 1-6L/min (menor valor possível que mantenha a Sat≥90%) ➢ Reavaliar em 2-3 meses (gasometria) ➢ Se oxigênio ainda for indicado, manter prescrição *Lembrar que o pcts com DPOC é um retentor crônico que CO2; a hiperventilação apenas ocorre devido a hipoxia; se for fornecido MUITO oxigênio para esse paciente, ele irá hipoventilar provocando uma retenção aguda de CO2 = obnubilação, RNC DPOC EXACERBADA ➢ Piora da tosse ➢ Piora da dispneia ➢ Aumento no volume da secreção ➢ Mudança na característica da secreção *Principal causa da exacerbação = infecções (traqueobronquites, não chega a ser PNM e ter consolidação) *Em vermelho = sintomas cardinais (graduar a gravidade da exacerbação); 1=Leve, 2=Moderada, 3=Grave DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS → ICAD → PNM (consolidação no RX, leucocitose) → TEP → Pneumotórax (dispneia súbita, dor ventilatório dependente, ausculta assimétrica) *Principalmente se a queixa por piora da dispneia TRATAMENTO NO PS ➢Ofertar oxigênio (alvo 88-92%) ➢ Cateter nasal (FiO2 24-45%, 6-15L/min) – domiciliar ➢ Máscara de Venturi (FiO2 24-50%) – mais eficiente na emergência ➢ Máscara com reservatório (FiO2 60-100%) ➢ Fluxômetro (1 a 15L/min) ➢ BIPAP (VNI) – se acidose respiratória – pH <7,35 e PaCO2>45 mmHg ➢Beta-agonista de curta duração ➢ Salbutamol (10-20 gotas) ou spray ➢ Terbutalina (8-10 gotas) ➢ Fenoterol (8-10 gotas) ➢Anticolinérgico de curta duração ➢ Brometo de ipratrópio (20-40 gotas) Salbutamol + brometo de ipratrópio + SF 0,9% ➢Glicocorticoide sistêmico ➢ Prednisona oral 40mg, 5 dias ➢ATB ✓ Pcts internados ✓ Exacerbação moderada ou grave (2 ou 3 sintomas cardinais) ANTIBIOTICOTERAPIA Tratamento ambulatorial ➢ Amoxicilina + clavulanato ou ➢ Macrolídeos (Claritromicina, AZT) ➢ Levofloxacina (se risco de Pseudomonas) Tratamento hospitalar ➢ Levofloxacina ➢ Ceftriaxona ➢ Amoxacilina + clavulanato ➢ Levofloxacina / cefepime / ceftazidima / piperacilina + tazobactam (Pseudomonas) ➢ Isolamento prévio de Pseudomonas (cultura) ➢ Presença de bronquiectasia (exame de imagem) ➢ Administração frequente de ATB ➢ Uso de glicocorticoide sistêmico recentemente ➢ Hospitalizações frequentes ➢ VEF1<50% (GOLD 3 E 4) ➢ Isolamento prévio de Pseudomonas (cultura) ➢ Presença de bronquiectasia (exame de imagem) ➢ Administração frequente de ATB ➢ Uso de glicocorticoide sistêmico recentemente ➢ Hospitalizações frequentes
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