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Patologia da Nutrição e Dietoterapia nas Enfermidades do Sistema Cardiovascular_ Infarto Agudo do Miocárdio

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Patologia da Nutrição e Dietoterapia nas 
Enfermidades do Sistema 
Cardiovascular: Infarto Agudo do 
Miocárdio
APRESENTAÇÃO
O infarto agudo do miocárdio está entre as doenças de maior mortalidade no mundo inteiro. Para 
os sobreviventes desses eventos cardiovasculares, a prevenção de novos eventos é de extrema 
importância, e a nutrição exerce um papel fundamental sobre essa situação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar o que está acontecendo metabolicamente no 
momento do infarto agudo do miocárdio, bem como seus fatores de risco; também irá identificar 
quais as metas que estão estabelecidas para a prevenção secundária após a ocorrência do infarto 
agudo de miocárdio, e que cuidados dietoterápicos devem ser observados para estes pacientes.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer a patogênese, os métodos diagnósticos e fatores de risco do infarto agudo do 
miocárdio.
•
Identificar as metas para prevenção secundária do infarto agudo do miocárdio.•
Descrever as especificidades da terapia nutricional no infarto agudo do miocárdio.•
DESAFIO
Natália é uma professora do ensino superior, de 58 anos de idade, que apresenta dislipidemia e 
hipertensão arterial sistêmica (HAS), sendo ambas as enfermidades sem controle adequado.
• Tem uma rotina de trabalho com aulas para ministrar nos três turnos, de segunda à quinta-feira, 
em duas instituições de ensino diferentes. 
• É tabagista (fuma somente nos finais de semana). 
• É sedentária.
Procurou atendimento médico na emergência de um hospital cardiológico, pois está se sentindo 
muito estressada e com dores no peito. No atendimento, não foi evidenciado nenhuma alteração 
cardíaca compatível com infarto do miocárdio no momento, porém, Natália foi encaminhada ao 
ambulatório de prevenção cardiovascular para acompanhamento.
Diante dessa situação hipotética, e supondo que você fosse o nutricionista da equipe 
multidisciplinar que irá atender a Natália, responda as seguintes questões:
A) Natália apresenta condições que predispõem ao infarto agudo do miocárdio? Justifique: 
B) Em termos de mudança no estilo de vida, especificamente sobre os cuidados alimentares, que 
orientações você daria à Natália? 
C) Que outras medidas preventivas você acha que são pertinentes e que deveriam ser dadas à 
Natália, no sentido de redução de risco para o infarto do miocárdio?
INFOGRÁFICO
O infarto agudo do miocárdio é uma situação potencialmente fatal, que ocorre por falta de 
oxigenação adequada do músculo cardíaco, levando-o a sofrer necrose (morte tecidual). Trata-se 
de um dos principais e mais perigosos eventos cardiovasculares que acomete os indivíduos em 
todo o mundo, sendo que diversos são os fatores de risco que podem originar tal situação. 
Conhecer a fisiopatologia do IAM, assim como seus sintomas, é condição fundamental para o 
atendimento em nutrição.
CONTEÚDO DO LIVRO
Você sabe como se dá a prevenção secundária e a terapia de redução de risco em pacientes que 
sofreram infarto agudo do miocardio? No capítulo Patologia da nutrição e dietoterapia nas 
enfermidades do sistema cardiovascular: infarto agudo do miocárdio, você vai estudar sobre 
esses detalhes, além de conhecer também as especificidades da terapia nutricional no IAM. O 
capítulo selecionado faz parte do livro Patologia da nutrição e dietoterapia, base teórica desta 
Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
PATOLOGIA DA 
NUTRIÇÃO E 
DIETOTERAPIA
Sandra Muttoni
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
Revisão técnica:
Juliana S. Closs Correia
Nutricionista (Centro Universitário São Camilo)
Mestre em Biologia Odontológica (UNITAU)
Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UniSL)
Coordenadora do Curso de Nutrição do UniSL
Secretária da Associação Brasileira de Educação 
em Nutrição (ABENUT)
M992p Muttoni, Sandra.
 Patologia da nutrição e dietoterapia / Sandra Muttoni ; 
 revisão técnica: Juliana S. Closs Correia. – Porto Alegre : 
 SAGAH, 2017.
 373 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-100-6
 1. Nutrição - Doença. 2. Dietoterapia. 3. Nutrição – 
 Alimentação I. Título. 
CDU 616.39
Iniciais_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 2 27/06/2017 17:40:07
Patologia da nutrição 
e dietoterapia nas 
enfermidades do sistema 
cardiovascular: infarto 
agudo do miocárdio
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer a patogênese, os métodos diagnósticos e fatores de risco 
do infarto agudo do miocárdio. 
  Identi� car as metas para prevenção secundária do infarto agudo do 
miocárdio. 
  Descrever as especi� cidades da terapia nutricional no infarto agudo 
do miocárdio.
Introdução
Você deve saber que o infarto agudo do miocárdio está entre as doenças 
de maior mortalidade no mundo inteiro. No entanto, para os sobreviven-
tes destes eventos cardiovasculares, aprevenção de novos eventos é de 
extrema importância, e a nutrição exerce um papel fundamental sobre 
esta situação. Neste texto, você vai estudar o que ocorre metabolicamente 
no momento do infarto agudo do miocárdio, bem como seus fatores de 
risco. Você também vai identificar quais as metas que estão estabelecidas 
para a prevenção secundária após a ocorrência do infarto agudo de 
miocárdio, e que cuidados dietoterápicos devem ser observados para 
estes pacientes.
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 228 23/06/2017 15:37:43
Entendendo o infarto agudo do miocárdio
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de morte nos países 
industrializados, e cerca de metade dos óbitos ocorrem no período de uma 
hora após o evento, enquanto 14% dos pacientes morrem antes de receberem 
atendimento médico. 
O infarto agudo do miocárdio, sobretudo, é causado pela limitação do 
fluxo sanguíneo coronário, devido a um estreitamento luminal da artéria. 
Normalmente, esta isquemia prolongada é causada por trombose e/ou va-
soespasmo sobre uma placa aterosclerótica, que culmina com a necrose do 
músculo cardíaco. O que acontece neste processo, na maioria dos eventos, é 
a ruptura súbita e formação de trombo sobre as placas ateroscleróticas vulne-
ráveis que, como já estudamos em outra unidade, estão inflamadas, ricas em 
lipídios e com capa fibrosa fina. Em outros casos, ocorre a erosão da própria 
placa aterosclerótica. 
Dependentemente de vários fatores e também do tempo da evolução, o 
miocárdio sofre uma agressão progressiva, representada pela progressão das 
áreas de isquemia, lesão e necrose, sucessivamente. No momento da isquemia 
predominam os distúrbios eletrolíticos; durante a lesão, as alterações morfoló-
gicas reversíveis, e na necrose já estão instalados os danos definitivos. De modo 
concomitante, essas etapas de progressão do evento se correlacionam com a 
diversidade de apresentações clínicas, que podem ser desde angina instável 
e infarto sem supradesnível do segmento ST, até o infarto com supradesnível 
do segmento ST.
 Estas definições do tipo de infarto são obtidas através do exame do eletrocardio-
grama, e dizem respeito ao quanto o miocárdio está comprometido. O infarto com 
supradesnível do segmento ST é o mais grave, e indica que uma parede toda 
do miocárdio foi afetada. Por esta razão, o diagnóstico e manejo do infarto devem 
ser muito rápidos, para que se faça uma desobstrução imediata da artéria coronária 
culpada, para manutenção do fluxo sanguíneo e prevenção da embolização, com o 
objetivo de reverter as complicações potencialmente fatais, como arritmias, distúrbios 
mecânicos e falência cardíaca.
229Patologia da nutrição e dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 229 23/06/2017 15:37:44
Diagnóstico
O diagnóstico do IAM é baseado no quadro clínico, nas alterações do ele-
trocardiograma e na elevação dos marcadores bioquímicos de necrose. O 
eletrocardiograma, no entanto,é o principal instrumento para o diag-
nóstico, uma vez que os sintomas podem apresentar muitas variações, e que 
os marcadores bioquímicos começarão a se elevarem cerca de 6 horas após o 
início da dor. Se o eletrocardiograma apresentar supradesnível do segmento 
ST, ou o bloqueio agudo de ramo esquerdo, já se tem critérios sufi cientes 
para entrar com a tentativa imediata de reperfusão em um paciente com uma 
história indicativa para ocorrência de infarto.
Quadro clínico
Normalmente o infarto se apresenta com dor precordial de grande intensidade 
em aperto à esquerda, irradiada para o membro superior esquerdo, com dura-
ção prolongada (superior a 20 minutos). Esta dor não melhora ou tem apenas 
alívio parcial com repouso ou nitratos sublinguais. Também é possível sua 
irradiação para o membro superior direito, dorso, ombros e epigástrico. É 
preciso estar atento, pois pacientes diabéticos, idosos ou em período pré-
-operatório podem infartar com ausência de dor, e por sua vez, sentirem 
náuseas, mal-estar, dispneia ou até mesmo confusão mental.
Exame físico
O paciente que está infartando apresenta-se ansioso e com agitação psicomo-
tora em razão da dor precordial. Também pode apresentar taquicardia, que é 
indicativo de pior prognóstico, sopros valvares, por causa de disfunção valvar 
isquêmica, e terceira bulha (associada com insufi ciência ventricular aguda). 
Hipotensão pode ser sintoma de choque cardiogênico inicial, e a ausculta de 
estertores pulmonares em pacientes dispneicos é um sinal de falência ventri-
cular em pacientes de alto risco.
Exames subsidiários
Eletrocardiograma: como já foi dito, é o exame mais importante no diagnós-
tico de IAM. Deve ser realizado seriadamente nas primeiras 24 horas, e após 
o primeiro dia, diariamente. Este exame, além de determinar o diagnóstico, 
dá a topografi a do infarto e permite inferir a artéria culpada.
Patologia da nutrição e dietoterapia230
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 230 23/06/2017 15:37:44
Ecocardiograma: este exame pode detectar disfunção segmentar do ven-
trículo, o que auxilia o diagnóstico. Na evolução do IAM, o ecocardiograma 
quantifica a função cardíaca, evidencia o envolvimento do ventrículo direito 
e permite o diagnóstico de complicações mecânicas valvares e miocárdicas, 
além da presença de trombos nos átrios e ventrículos. Também auxilia na 
exclusão de diagnósticos diferenciais, tais como: dissecção da aorta, derrame 
do pericárdio ou embolia pulmonar maciça. É um exame de baixo custo, não 
invasivo e pode ser realizado à beira do leito.
Marcadores de necrose: é realizada a dosagem seriada dos marcadores de 
necrose: CPK (creatinofosfoquinase), mioglobina e troponina. A troponina é 
bastante específica para injúria miocárdica; valores > 0,5 mg/mL demonstram 
o dano cardíaco. Além disso, níveis elevados de troponina estão relacionados 
com pior prognóstico e risco de mortalidade. No entanto, a sua dosagem 
sequencial deve ser procedida ao longo do período de observação, pois sua 
sensibilidade à admissão é baixa. Também é feita a coleta seriada de CKMB, 
mas sua elevação só inicia algumas horas após o início dos sintomas. O pico 
costuma ocorrer dentro das primeiras 24 horas, e está correlacionado com a 
extensão do infarto.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para a ocorrência de infarto agudo do miocárdio 
são:
  herança genética;
  sexo masculino;
  idade > 45 para os homens, e > 55 anos para as mulheres;
  presença de hipertensão arterial;
  presença de diabetes melito;
  presença de dislipidemias;
  obesidade;
  tabagismo;
  estresse;
  alterações hemostáticas.
231Patologia da nutrição e dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular
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Para todo paciente com dor torácica e com suspeita de provável ou definitiva síndrome 
isquêmica aguda é realizado um conjunto de condutas médicas padronizadas. O plano 
terapêutico inicial consiste em: 
  fornecimento de nitrato 5 mg sublingual (até três vezes se necessário); 
  nitroglicerina intravenosa 10 a 50 mg/min; 
  AAS (ácido acetilsalicílico) 200 mg mastigado; 
  oxigênio nasal ou máscara 2 a 3 L/min; 
  para analgesia, morfina 2 a 4 mg intravenosa a cada cinco minutos;
  e dieta zero, pois o paciente pode apresentar parada cardíaca, e por esta razão 
deve permanecer em jejum nas primeiras seis horas.
Prevenção secundária e terapia de redução de 
risco em pacientes que sofreram IAM
Você sabia que já está estabelecido na comunidade científi ca que o controle 
dos fatores de risco em pacientes que sofreram alguma doença vascular ate-
rosclerótica, como IAM, têm uma variedade de benefícios? Entre elas, a 
sobrevivência melhorada, menos eventos cardiovasculares recorrentes, e 
melhora na qualidade de vida. 
Dessa forma, baseado nas evidências científicas existentes na atualidade, 
a American Heart Association (AHA), juntamente com a American College 
of Cardiology Foundation (ACCF) estabeleceram diretrizes para a prevenção 
secundária e redução dos riscos em pacientes com doenças coronárias ou outras 
doenças ateroscleróticas. Veja a seguir algumas metas (e suas respectivas 
recomendações) dos fatores relacionados ao estilo de vida e alimentação destes 
pacientes em mais detalhes: 
  Tabagismo
 ■ Meta: cessação completa do hábito de fumar e não exposição ao 
fumo passivo. Veja as recomendações que podem contribuir para 
o alcance da meta: 
 – os pacientes devem ser questionados sobre o tabagismo em cada 
consulta;
Patologia da nutrição e dietoterapia232
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 232 23/06/2017 15:37:44
 – em cada consulta, os fumantes devem ser orientados a parar de 
fumar;
 – a cada consulta, deve ser avaliada a disposição de fumantes em 
cessar o hábito;
 – os pacientes devem ser assistidos por aconselhamento e desen-
volvimento de um plano para parar de fumar, que pode incluir 
farmacoterapia e/ou encaminhamento para um programa de ces-
sação do tabagismo;
 – é recomendado um programação de ação de acompanhamento;
 – todos os pacientes devem ser orientados, em cada consulta, a 
evitarem a exposição ao tabagismo passivo no trabalho, em casa, 
e em locais públicos.
  Controle da pressão arterial
 ■ Meta: pressão arterial < 140/90 mmHg. Veja as recomendações que 
podem contribuir para o para alcance da meta:
 – todos os pacientes devem ser orientados sobre a necessidade de 
mudança de estilo de vida, como controle do peso, aumento da 
prática de atividade física, moderação do consumo de álcool, 
redução do consumo de sódio, aumento do consumo de frutas e 
vegetais frescos, e produtos com baixo teor de gordura;
 – pacientes com pressão arterial ≥ 140/90 mmHg devem ser tra-
tados, conforme tolerância, com medicações anti-hipertensivas, 
inicialmente com betabloqueadores e/ou inibidores da enzima de 
conversão da angiotensina, com a adição de outros medicamentos 
necessários para atingir a meta de controle da pressão arterial.
  Controle do perfil lipídico
 ■ Meta: tratamento terapêutico com estatinas; uso de estatinas para 
alcançar LDL-c < 100 mg/dL; para pacientes de alto risco é razoável 
um LDL-c < 70 mg/dL; se triglicerídeos estiverem ≥ 200 mg/dL, o 
colesterol não-HDL deve estar < 130 mg/dL, ou < 100 mg/dL para 
pacientes de alto risco.Veja as recomendações que podem contribuir 
para o para alcance da meta: 
 – o perfil lipídico de todos os pacientes deve ser estabelecido, e para 
os pacientes hospitalizados a terapia hipolipemiante recomendada 
deve iniciar antes mesmo da alta hospitalar;
 – modificações de estilo de vida incluem atividades físicas diárias 
e controle do peso para todos os pacientes;
 – dietoterapia para todos os pacientes inclui controle da ingestão de 
gorduras saturadas (para < 7% do total de calorias), controle da 
233Patologia da nutrição e dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 23323/06/2017 15:37:45
ingestão de gordura trans (< 1% do total de calorias), e controle 
da ingestão de colesterol (< 200 mg/dia);
 – em adição à terapiade modificação do estilo de vida, terapia de 
estatina deve ser prescrita na ausência de contraindicações ou 
efeitos adversos documentados;
 – uma dose adequada de estatina deve ser usada para reduzir LDL-c 
para < 100 mg/dL e alcançar uma redução de pelo menos 30% 
do LDL;
 – pacientes com triglicerídeos ≥ 200 mg/dL devem ser tratados com 
estatinas para reduzir o colesterol não HDL para < 130 mg/dL; 
 – pacientes com triglicerídeos > 500 mg/dL devem iniciar tera-
pia com fibratos em adição à terapia de estatinas para prevenir 
pancreatite;
 – se o tratamento com estatina não atingir a meta adequada ao 
paciente, é indicado intensificar a terapia medicamentosa com 
sequestradores de ácidos biliares ou niacina;
 – para pacientes que não toleram estatinas, a terapia medicamentosa 
com sequestradores de ácidos biliares ou niacina é indicada;
 – é razoável tratar pacientes dealto risco com terapia de estatina 
para reduzir o LDL-c para < 70 mg/dL;
 – pacientes de alto risco que apresentam triglicerídeos ≥ 200 mg/dL, 
uma meta de colesterol não HDL < 100 mg/dL é indicada;
 – o uso de Ezetimiba pode ser considerado para pacientes que não 
toleram ou não alcançam a meta com terapia de estatinas, seques-
tradores de ácidos biliares e/ou niacina; 
 – para todos os pacientes, pode ser indicado o uso de ácidos graxos 
ômega-3 advindos de peixe ou cápsulas de óleo de peixe (1 g/dia) 
para reduzir o risco de doença cardiovascular.
  Atividade física
 ■ Meta: no mínimo 30 minutos, 7 dias por semana (mínimo de 5 dias 
por semana). Veja as recomendações que podem contribuir para o 
para alcance da meta: 
 – para todos os pacientes, deve-se encorajar a realização de 30 a 
60 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada, no 
mínimo 5 dias por semana, mas preferencialmente 7 dias por 
semana, suplementada por um aumento das atividades diárias 
relacionadas ao estilo de vida, como pausas para caminhadas no 
trabalho, jardinagem, atividades domésticas, com o objetivo de 
melhorar a capacidade cardiorrespiratória;
Patologia da nutrição e dietoterapia234
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 234 23/06/2017 15:37:45
 – para todos os pacientes, é recomendada uma avaliação com o his-
tórico de atividade física e/ou teste físico para guiar o prognóstico 
e prescrição adequada;
 – os pacientes devem ser orientados a reportarem seus sintomas 
relacionados ao exercício; 
 – pode ser benéfica a recomendação de um treinamento de resistência 
complementar no mínimo dois dias por semana.
  Controle do peso
 ■ Meta: índice de massa corporal entre 18,5 e 24,9 kg/m²; circun-
ferência da cintura < 89 cm para as mulheres e < 102 cm para os 
homens. Veja as recomendações que podem contribuir para o para 
alcance da meta:
 – o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência da cintura 
devem ser avaliados a cada consulta, e deve ser encorajada a perda 
ou manutenção de peso consistentemente, através de um balanço 
adequado do estilo de vida, com a realização de exercícios, con-
sumo energético, e programas comportamentais formais quando 
indicados para atingir o IMC da meta;
 – se a circunferência da cintura (medida horizontalmente na crista 
ilíaca) for ≥ 89 cm em mulheres e ≥ 102 cm em homens, inter-
venções terapêuticas de estilo de vida devem ser intensificadas e 
focadas no controle do peso;
 – o primeiro objetivo da terapia para perda de peso deve ser reduzir 
o peso corporal em aproximadamente 5% a 10% do peso inicial. 
Alcançada esta meta, se ainda indicado, maior perda de peso 
pode ser tentada.
  Controle do diabetes tipo 2
 ■ Meta: controle do diabetes tipo 2. As recomendações que podem 
contribuir para o para alcance da meta:
 – o cuidado do diabetes deve ser coordenado pelo médico de atenção 
primária ou endocrinologista do paciente;
 – são recomendadas para todos os pacientes diabéticos modificações 
de estilo de vida que incluem: prática diária de atividade física, 
controle do peso, controle da pressão arterial e controle do perfil 
lipídico;
 – ametformina é um fármaco de primeira linha efetivo e pode ser 
útil se não contraindicado por alguma razão;
235Patologia da nutrição e dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 235 23/06/2017 15:37:45
 – é razoável individualizar a intensidade das intervenções hipogli-
cemiantes baseada no risco individual de hipoglicemia durante 
o tratamento;
 – a meta de uma hemoglobina glicada ≤ 7% pode ser considerada;
 – metas menos rigorosas de hemoglobina glicada podem ser conside-
radas para pacientes com história de severa hipoglicemia, expec-
tativa de vida limitada, complicações micro ou macrovasculares 
avançadas, ou extensas comorbidades, ou para aqueles cuja meta é 
difícil de alcançar, apesar de intervenções terapêuticas intensivas.
Desde 1948 cientistas têm estudado a população de Framingham, em Massachusetts, 
Estados Unidos, para determinar a prevalência e incidência de doenças cardiovasculares, 
assim como a sua relação com os fatores de risco. Através deste estudo foi possível 
observar que os fatores de risco modificáveis, ou seja, relacionados ao estilo de vida, 
não apenas previam a doença em adultos saudáveis, como também contribuíam para o 
processo de doença naqueles que tinham doença aterosclerótica. A partir deste estudo, 
foi criado um algoritmo, que é utilizado para determinar o risco de desenvolvimento 
de doença cardiovascular em um período de 10 anos.
Existem três categorias neste sistema, veja quais são: 
1. Risco mais alto (i.e., 20% dos indivíduos desenvolverão doença arterial coronariana 
ou terão um evento recorrente em 10 anos).
2. Risco moderado (i.e., um risco de 10 a 20% de nova doença arterial coronariana 
dentro de 10 anos).
3. Baixo risco (menos de 10% de risco). Com cada fator de risco adicional, o risco 
estimado para doença arterial coronariana coronária ou acidente vascular cerebral 
aumenta significativamente. Os escores de pontos de Framingham são diferentes 
para homens e mulheres. 
Especificidades da terapia nutricional no infarto 
agudo do miocárdio
Como vimos, o cuidado nutricional é de extrema importância na prevenção 
secundária do IAM. Por esta razão, a seguir você vai estudar algumas espe-
cifi cidades da dietoterapia do IAM, que devem ser levadas em consideração 
Patologia da nutrição e dietoterapia236
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 236 23/06/2017 15:37:45
na hora de elaborar o plano dietético deste pacientes. Para tanto, é preciso ter 
em mente que os objetivos da conduta dietoterápica são: diminuir a sobrecarga 
cardíaca, através de uma alimentação saudável, equilibrada e individualizada, 
para que possibilite a recuperação e a manutenção do estado nutricional, sempre 
levando em conta fatores como idade, sexo, peso e presença de patologias 
associadas.
Para avaliação do estado nutricional, podem ser utilizados:
  registros alimentares, a fim de obter informações quanto à ingestão, fre-
quência e quantidade dos alimentos que são consumidos pelo paciente;
  dados antropométricos: pregas cutâneas, índice de massa corporal 
(IMC), circunferências musculares e porcentagem de perda de peso;
  exames laboratoriais: hemograma, creatinina, ureia, perfil lipídico, 
eletrólitos e indicadores de função imunológica;
  avaliação da composição corpórea: bioimpedância, densitometria por 
duplo fóton, etc.
Cálculo das necessidades energéticas
Para o cálculo das necessidades energéticas, pode-se utilizar a fórmula de 
Harris Benedict, lembrando-se de acrescentar os fatores de injúria e estresse. 
Entretanto, o fornecimento de 20 a 30 kcal/kg/dia é um cálculo prático que 
atende a necessidade energética para a maioria de pacientes.
Como você já leu anteriormente, o paciente deverá permanecer em jejum 
nas primeiras 4-12 horasapós o diagnóstico de IAM, e após isso, o retorno 
da alimentação deve seguir as seguintes recomendações:
  Fracionamento da dieta em 4 a 6 refeições por dia, para que seja ofertada 
em pequenos volumes, várias vezes. O objetivo é evitar a sobrecarga 
do trabalho cardíaco fazendo a digestão dos alimentos.
  Consistência líquido-pastosa, a fim de facilitar a mastigação, deglutição 
e digestão.
  Evitar preparações com temperaturas extremas dos alimentos (quente-
-frio), para prevenir resposta vagal.
  Incluir fibras alimentares, tanto solúveis quanto insolúveis, na alimenta-
ção do paciente, a fim de facilitar o funcionamento intestinal, aumentar 
o bolo fecal e retardar a absorção do amido e, por consequência, da 
glicose. No IAM, na maioria das vezes existe a necessidade de repouso 
237Patologia da nutrição e dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd 237 23/06/2017 15:37:46
absoluto durante a fase aguda, o que pode levar à obstipação intestinal. 
A quantidade de fibras recomendada deve ficar entre 20 a 30 g/dia.
  Suplementos orais hipercalóricos podem ser indicados conforme o 
estado clínico do paciente para aumentarem o aporte calórico da dieta.
  O fornecimento de macro e micronutrientes deve estar de acordo com 
o quadro clínico e os resultados laboratoriais.
  Recomendações de necessidade hídrica: paciente adulto, 1500 mL/dia 
(30 mL/kg/dia); paciente idoso acima de 65 anos, mínimo de 1700 mL/dia 
(30 mL/kg/dia). Em alguns casos, conforme o quadro clínico, pode 
haver necessidade de restrição hídrica.
Em resumo, a dietoterapia de pacientes que sofreram um infarto agudo 
do miocárdio deve tentar corrigir as alterações metabólicas apresentadas, 
buscando modificações de hábitos alimentares e do estilo de vida.
Em relação à avaliação antropométrica, é preciso considerar as particularidades do 
paciente idoso. O risco de IAM aumenta conforme a idade e, portanto, é provável 
que muitos dos pacientes que sofreram um evento cardiovascular encontrem-se com 
idade mais avançada. Neste contexto, é importante saber que o processo de envelhe-
cimento altera a composição do corpo do indivíduo, no qualocorre um aumento da 
quantidade de tecido adiposo e redução do tecido muscular. Além disso, diminuem 
a elasticidade e hidratação da pele, bem como o tamanho das células de gordura, o 
que pode acarretar em aumento da compressibilidade da gordura subcutânea e de 
tecidos conjuntivos. Por tudo isso, a avaliação do estado nutricional deve ser baseada 
em referências específicas para este grupo etário. Tanto o índice de massa corporal 
(IMC) como pregas cutâneas apresentam pontos de corte diferenciados para idosos. 
Em relação ao IMC, por exemplo, admitem-se pontos de corte superiores ao do adulto, 
uma vez que o aumento da susceptibilidade a doenças relacionada à idade avançada 
justifica uma maior reserva de tecidos para proteger contra a desnutrição. Além disso, 
para a medida de altura (necessária para o cálculo do IMC), recomenda-se estimar a 
mesma, em razão dos problemas posturais da população idosa. 
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1. Qual é o exame utilizado em IAM 
que permite identificar a topografia 
do infarto e inferir a artéria culpada?
a) Troponina.
b) Ecocardiograma.
c) CKMB.
d) Eletrocardiograma.
e) Dor precordial de 
grande intensidade.
2. Redução do consumo de 
sódio é uma das principais 
recomendações de qual meta de 
prevenção secundária de IAM?
a) Controle da pressão arterial
b) Cessação do tabagismo.
c) Controle do peso.
d) Controle do perfil lipídico.
e) Atividade física.
3. São recomendações para o alcance 
da meta de controle do perfil lipídico:
a) Para os pacientes hospitalizados, 
a terapia hipolipemiante 
deve iniciar somente 
após a alta hospitalar.
b) Pacientes com triglicerídeos 
> 500 mg/dL não tem indicação 
de terapia medicamentosa.
c) O controle da ingestão de 
gordura trans para < 1% 
do total de calorias.
d) Tratar pacientes com alto risco 
com terapia de estatina para 
reduzir o LDL-c para < 50 mg/dL.
e) O uso de ácidos graxos ômega-3 
advindos de peixe ou cápsulas 
de óleo de peixe contendo 
3 g/dia pode ser indicado.
4. Em relação às recomendações 
para alcance das metas de 
prevenção secundária no IAM:
a) Orienta-se a cessação do 
tabagismo, mas não há 
nada que se possa fazer em 
relação ao fumo passivo.
b) Todos os pacientes devem ser 
encorajados para realização de 
30 a 60 minutos de atividade 
aeróbica de intensidade 
moderada, no mínimo 5 dias por 
semana, mas preferencialmente 
7 dias por semana.
c) Pacientes com pressão 
arterial ≥ 120/80 mmHg 
devem ser tratados, conforme 
tolerância, com medicações 
anti-hipertensivas.
d) Metas menos rigorosas do que 
objetivar uma hemoglobina 
glicada de ≤ 7% não devem 
ser utilizadas.
e) O primeiro objetivo da terapia 
para perda de peso deve 
ser reduzir o peso corporal 
em aproximadamente 
15% do peso inicial.
5. O retorno da alimentação após a 
ocorrência de um IAM deve seguir as 
seguintes recomendações: 
a) Poucas refeições por dia.
b) Excluir inicialmente as fibras 
alimentares da dieta.
c) A consistência da dieta 
deve ser normal.
d) As recomendações de 
necessidade hídrica para 
pacientes idosos é de, no 
mínimo, 2 litros/dia.
e) Suplementos orais hipercalóricos 
podem ser indicados conforme 
o estado clínico do paciente.
239Patologia da nutrição e dietoterapia nas enfermidades do sistema cardiovascular
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AVEZUM, Á.; PIEGAS, L. S.; PEREIRA, J. C. R. Fatores de risco associados com infarto 
agudo do miocárdio na região metropolitana de São Paulo: uma região desenvolvida 
em um país em desenvolvimento. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v. 
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CASTRO, L. C. V. et al. Nutrição e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em 
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CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 3. ed. Barueri, SP: Manole, 2002.
FARRET, J. F. Nutrição e doenças cardiovasculares: prevenção primária e secundária. 
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MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. L. Krause: alimentos, nutrição & dieto-
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MARTINO, M. M. F. de et al. Manual de orientação para paciente infartado. Revista 
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PESARO, A. E. R. et al. Infarto Agudo do Miocárdio: síndrome coronariana aguda com 
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n. 2, p. 214-220, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ramb/v50n2/20786.
pdf>. Acesso em: 30 mar. 2017.
REIS, C.; BARBIERO, S. M.; RIBAS, L. O efeito do índice de massa corporal sobre as 
complicações no pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio em 
idosos. Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, São José do Rio Preto, SP, v. 23, n. 4, 
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Acesso em: 30 mar. 2017.
SMITH, S. C. et al. AHA/ACCF secondary prevention and risk reduction therapy for 
patients with coronary and other atherosclerotic vascular disease: 2011 update: a 
guideline from the American Heart Association and American College of Cardiology 
Foundation. Circulation, Baltimore, v. 124, p. 2458-2473, 2011. Disponível em: <http://
circ.ahajournals.org/content/124/22/2458>. Acesso em: 30 mar. 2017.
Leituras recomendadas
Patologia da nutrição e dietoterapia240
U3_C15_Patologia da nutrição e dietoterapia.indd240 23/06/2017 15:37:47
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma condição de alto risco para a saúde e representa a 
principal causa de morte nos países industrializados. Medidas de prevenção, com destaque para 
mudanças no estilo de vida, são fundamentais e devem ser adotadas pelas populações.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) Qual é o exame utilizado em IAM que permite identificar a topografia do infarto e 
inferir a artéria culpada?
A) a) Troponina.
B) b) Ecocardiograma.
C) c) CKMB.
D) d) Eletrocardiograma.
E) e) Dor precordial de grande intensidade.
2) Redução do consumo de sódio é uma das principais recomendações de qual meta de 
prevenção secundária de IAM?
A) a) Controle da pressão arterial.
B) b) Cessação do tabagismo.
C) c) Controle do peso.
D) d) Controle do perfil lipídico.
E) e) Atividade física.
3) São recomendações para o alcance da meta de controle do perfil lipídico:
A) a) Para os pacientes hospitalizados, a terapia hipolipemiante deve iniciar somente após a 
alta hospitalar.
B) b) Pacientes com triglicerídeos >500 mg/dL não têm indicação de terapia medicamentosa.
C) c) O controle da ingestão de gordura trans para <1% do total de calorias.
D) d) Tratar pacientes com muito alto risco com terapia de estatina para reduzir o LDL-c para 
<50 mg/dL.
E) e) O uso de ácidos graxos ômega-3 advindos de peixe ou cápsulas de óleo de peixe 
contendo 3g/dia pode ser indicado.
4) Em relação às recomendações para alcance das metas de prevenção secundária no 
IAM:
A) a) Orienta-se a cessação do tabagismo, mas não há nada que se possa fazer em relação ao 
fumo passivo.
B) b) Todos os pacientes devem ser encorajados para realização de 30 a 60 minutos de 
atividade aeróbica de intensidade moderada, no mínimo 5 dias por semana, mas 
preferencialmente 7 dias por semana.
C) c) Pacientes com pressão arterial ≥ 120/80 mm Hg devem ser tratados, 
conforme tolerância, com medicações anti-hipertensivas.
D) d) Metas menos rigorosas do que objetivar uma hemoglobina glicada de ≤7% não 
devem ser utilizadas.
E) e) O primeiro objetivo da terapia para perda de peso deve ser reduzir o peso corporal em 
aproximadamente 15% do peso inicial.
5) O retorno da alimentação após a ocorrência de um IAM deve seguir as seguintes 
recomendações:
A) a) Poucas refeições por dia.
B) b) Excluir inicialmente as fibras alimentares da dieta.
C) c) A consistência da dieta deve ser normal.
D) d) As recomendações de necessidade hídrica para pacientes idosos é de, no mínimo, 2 
litros/dia.
E) e) Suplementos orais hipercalóricos podem ser indicados conforme o estado clínico do 
paciente.
NA PRÁTICA
Uma das principais mudanças no estilo de vida que contribuem para a prevenção de eventos 
cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico) é a adoção de hábitos 
alimentares saudáveis. Nesse sentido, um dos principais cuidados refere-se ao tipo de gordura 
consumida, que deve ter redução das gorduras saturadas, das gorduras trans e do colesterol, e 
maior preferência às gorduras insaturadas.
Algumas gorduras são bem visíveis: a manteiga que passamos no pão, o óleo vegetal que 
utilizamos no preparo de alimentos, a maionese na salada, a gordura da picanha... Entretanto, em 
outros alimentos, é bem difícil perceber a gordura, embora eles contribuam com quantidades 
significativas de lipídios. A seguir, veja os principais alimentos que “escondem” a gordura:
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Manual de orientação para paciente infartado
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Fatores de risco associados com infarto agudo do miocárdio na região metropolitana de 
São Paulo
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Nutrição e doenças cardiovasculares: os marcadores de risco em adultos
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O efeito do índice de massa corporal sobre as complicações no pós-operatório de cirurgia 
de revascularização do miocárdio em idosos
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V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do 
Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST
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