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Ketlyn L A Bueno 1 Sistema Cardiovascular ASPECTOS GERAIS: - Primeiro sistema a funcionar, mas não o primeiro a aparecer, que é o sistema nervoso. - Inicialmente é em formato de tubo. - Originado do mesoderma esplâncnico (o que acompanha o endoderma) e células da crista neural. - Vasculogênese e angiogênese: formação de vasos. No primeiro é a formação inicial, em que os mioblastos se diferenciam em fibras musculares e parte se diferencia em células sanguíneas. Já angiogênese é o aparecimento de vasos, por brotamento, a partir de vasos pré existentes. - Alça cardíaca: o tubo por dobramentos, se transforma no coração definitivo. - Coração primitivo: septações (câmaras, válvulas, pois antes havia comunicações entre essas partes). - Muitos genes envolvidos: BMP, FGF8; além de ácido retinóico. - Arcos aórticos. - Circulação fetal e circulação neonatal. ESTABELECIMENTO DA ÁREA CARDIOGÊNICA: - Começa a se formar na 3ª semana, junto da neurulação. - Ilhotas sanguíneas (mesoderme): vasculogênese, início do processo de formação do coração. - Área cardiogênica: local de origem do coração, então o coração de forma inicialmente no exterior do feto, perto da membrana bucofaríngea (área vermemlha – ilhotas sanguíneas). As células estão dispostas em formato de ferradura, sendo vistos de um lado do feto e do outro, sendo dois tubos cardíacos primitivos, um de cada lado. - Cavidade pericárdica: é o celoma perricárdioc, que é para onde o coração irá migrar. - Aortas dorsais (vasos longitudinais). FORMAÇÃO E POSIÇÃO DO TUBO CARDÍACO: - Dobramentos cefalocaudal e laterais: posicionamento do coração em seu local definitivo, eles arrastam a membrana bucofaríngea, que arrasta consigo a massa cardíaca. O cefalocaudal faz com que o coração entre para a região ventral. O dobramento lateral faz com que se fundam os dois tubos cardíacos primitivos. Nesse movimento o coração passa pela membrana bucofaríngea e fica atrás dela. - Tubo cardíaco primitivo ou alça cardíaca primitiva (formado depois dos dobramentos e fusão): por sinalização há uma modificação do vaso, com migração e diferenciação de células, dando origem ao endocárdio, miocárdio e epicárdio. - Extremidades do tubo, arteriais, cefálica, tronco arterial (faz contato com os arcos faríngeos) e venosas, caudal, seio venoso (faz contato com o septo transverso). Pela região arterial saem arcos aórticos duplos para a região cefálica. Ketlyn L A Bueno 2 FORMAÇÃO DA ALÇA CARDÍACA: - Completa até o 28º dia. - Tronco arterial (se alonga, mas não se dilata – preto), bulbo cardíaco (mais dilatada, será o ventrículo direito – verde), ventrículo (será o ventrículo esquerdo – azul), átrio (se expande na lateral e abraça o ventrículo superiormente – vermelho em contato com ventrículo), seio venoso (vermelho da ponta inferior). - Dobramentos (para colocar em ordem as partes do tubo cardíaco): porção cefálica (ventralmente, caudalmente e para a direita) e porção caudal (dorsocranialmente e para a esquerda). - Septação (para separar as câmaras e válvulas). - Ao mesmo tempo que irá dobrar, está ocorrendo a dilatação das partes do tubo. - Coração incorporado à cavidade pericárdica, após todo esse processo de dobramento e dilatação. - Expansões ao longo do tubo. - Comunicações entre cavidades. - Cortes e visões do coração até o momento: • Corte sagital: cavidades e comunicações. • Visão dorsal: seio venoso (subiu e foi para trás e parte entra dentro do átrio). • Visão ventral: tronco arterioso (de onde sai pares de vasos, que atravessam os arcos faríngeos correspondentes, e vão para a região dorsal, para as duas aortas dorsais). Ketlyn L A Bueno 3 ÁTRIOS: - O átrio primitivo é único. - Desenvolvimento do seio venoso: • Cornos sinusoidais direito e esquerdo (os dois lado são iguais, com vv umbilical, vitelínica e cardinal). • Corno direito incorporado ao átrio direito (paredes lisas). • Corno esquerdo é o seio coronário. Várias veias se colabam e diminuem, sendo menos desenvolvido, formando o seio coronário com a veia oblíqua. - Diferenciação adicional dos átrios: • O ramo direito continua desenvolvendo se • Veia pulmonar: brotamento da parede atrial esquerda. • A veia pulmonar e seus ramos são incorporados ao átrio esquerdo (parte nova é as paredes lisas – azul clara/laranja claro). • O seio cavernoso incorporado da origem ao átrio direito. • A parte trabeculada é a parte do átrio primitivo. • Ao mesmo tempo há a septação entre átrio direito e esquerdo. FORMAÇÃO DOS SEPTOS CARDÍACOS: • Por crescimento de massas celulares que se aproximam (migram uma em direção a outra) e se fundem (coxins, cristas). (A,B,C) • Fusão de duas porções do mesmo lado que se expandem, para migrar até o outro lado da parede, mas já existia um pequeno septo. (D,E,F) • Separação do átrio do ventrículo (B) e separação de átrios (C), separação entre ventrículos (D, E, F). septação do canal atrioventricular, por coxins endocárdicos, fechando parcialmente o átrio do ventrículo Ketlyn L A Bueno 4 - Formação do septo no átrio comum: • Há o abaixamento de uma membrana em direção aos coxins endocárdicos, separando os dois átrios • Septos: primário (membrana que desce até os coxins – laranja/rosa pink) e secundário (septo que desce junto com o surgimento do óstio secundário no septo primário, tendo formato de meia lua – azul/rosa claro). O septo primário será recoberto pelo septo secundário, esse nunca se encontra, formando o forame oval. • Óstios (primário e secundário): primário (buraco no septo primário, irá sumir assim que o septo primário se fundir com os coxins) e secundário (por morte celular, na região superior do septo primário, surgem antes do desaparecimento do óstio primário, mas esse septo secundário não some). • Forame oval: se localiza mais na parte inferior e faz uma comunicação entre os dois átrios, é uma membrana fina que pela pressão do sangue se desloca para a esquerda, permitindo a passagem do sangue da direita para a esquerda, pois a pressão no lado direito é maior. Posteriormente ocorre o fechamento pelo aumento da pressão no átrio esquerdo após nascimento, feito pelo início da circulação pulmonar, além de que os septos primários e secundários se fundem. - Formação do septo no canal atrioventricular: • Coxins endocárdicos atrioventriculares: crescem um em direção ao outro para diminuir a comunicação entre átrio e ventrículo. Não separam completamente. • Valvas atrioventriculares: mitral e tricúspide. Depois de quase se fundirem os coxins endocárdicos, há a formação das valvas. Ketlyn L A Bueno 5 também é mostrado nessa última figura a formação do septo interventricular muscular VENTRÍCULOS: - Ventrículo primitivo e bulbo cardíaco. - Expansões: septo interventricular. - Cavitações: o sangue vai esculpindo o formato do coração por dentro. FORMAÇÃO DO SEPTO NOS VENTRÍCULOS: • Paredes: septo interventricular muscular. • Parte membranosa: projeção do coxim endocárdico atrioventricular inferior e dilatações direita e esquerda do tronco cone (região acima dos ventrículos). - Formação do septo no tronco arterioso (ou tronco cone) e no cone cardíaco: • Cristas do tronco (amarelo): projeções da parede, superior direita e inferior esquerda. • Crescimento em espiral e fusão (vão se enrolando, com formato espiralado). • Septo aórtico pulmonar: canal aórtico e canal pulmonar. Pelas projeções da crista formam esses dois canais. • Dilatações semelhantes no cone cardíaco: a porção inferior participa da formação da porção membranosa do septo interventricular, se fundem com o coxim endocárdicoinferior. • Células da crista neural que migraram para essa região. Ketlyn L A Bueno 6 • Valvas semilunares: são expansões de membrana que crescem uma em direção a outra, mas que não se fundem, uma no canal aórtico e outra no canal pulmonar. No início são mais espessas, mas posteriormente o sangue irá esculpir deixando-as mais finas. FORMAÇÃO DO SISTEMA DE CONDUÇÃO DO CORAÇÃO: - Inicialmente na parte caudal do tubo. - Seio venoso. - Átrio direito: nó sinoatrial, se localizava no seio venoso direito, que é incorporado pelo átrio direito, então o nó passa a fazer parte do átrio. - Nó atrioventricular e feixe atrioventricular (mesmo esquema do nó sinoatrial): • Células na parede esquerda do seio venoso. • Células do canal atrioventricular. CORAÇÃO COM QUATRO CÂMARAS EM FETO DE 20 SEMANAS: DERIVADOS DOS ARCOS AÓRTICOS: - Arcos aórticos derivam se por angiogênese do saco aórtico em continuidade com o tronco e vão em direção das duas aortas principais. E desses arcos se desenvolvem inúmeras artérias do corpo humano. Eles atravessam os arcos faríngeos, se tornando componentes deles. • 1º par: - Artérias maxilares. • 2º par: - Artérias estapédicas e hioidea. • 3º par: - Artérias carótidas comuns e carótidas internas (aorta dorsal). • 4º par: - 4º arco aórtico esquerdo: parte do arco da aorta. - 4º arco aórtico direito: parte proximal da artéria subclávia direita. • 6º par: - 6º arco aórtico esquerdo: artéria pulmonar esquerda e ducto arterioso. - 6º arco aórtico esquerdo: artéria pulmonar direita. Ketlyn L A Bueno 7 conforme há o desenvolvimento, os arcos aórticos vão desaparecem para gerar a conformação normal do ser humano. CIRCULAÇÕES: - Fetal: o sangue chega pela placenta, atravessa o fígado, onde se mistura com o sangue fetal, depois chega ao coração e sofre novas misturas, chega ao átrio direito e já passa ao átrio esquerdo, ao sair do coração há outro canal de comunicação entre o tronco pulmonar e a aorta (ducto arterioso), já que os pulmões ainda não possuem função. - Após o nascimento: há o fechamento dos locais de mistura do sangue. Fechamento das artérias umbilicais, veia umbilical, ducto venoso, forame oval e ducto arterioso. CLÍNICA: - Transposição dos grandes vasos: por defeitos dos dobramentos do coração, causando uma variação na localização dos vasos. - Tetralogia de Fallot: são um conjunto de alterações cardíacas, mas que podem ser independentes. Há a hipertrofia do ventrículo direito, estenose da veia pulmonar, aorta cavalgante (se abre acima do septo interventricular, porque o septo membranoso não se forma), formação do ducto arterioso patente (não fecha o ducto arterioso). - Ectopia cordis: coração fora da cavidade e fora do corpo, por mal formação do esterno e costelas.
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