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GUARDA MUNICIPAL
LÍNGUA PORTUGUESA
DIREITO CONSTITUCIONAL 
DIREITO PENAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DIREITO ADMINISTRATIVO
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INFORMÁTICA 
ABEPRJ
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. LÍNGUA PORTUGUESA
1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS
2. RECONHECIMENTO DE TIPOS DE GÊNEROS TEXTUAIS.
3. DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL 
4. EMPREGO DAS LETRAS
5. EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
6. DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL
7. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, DE CONECTORES E
OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL.
8. EMPREGO\CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.
9. DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO.
10. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.
11. RELAÇÃO DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DE ORAÇÃO.
12. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO.
13. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
14. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.
15. COLOCAÇÃO DE PRONOMES ÁTONOS.
16. REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE
17. CORRESPONDÊNCIA OFICIAL(CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA).
18. ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO.
19. ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS
Compreensão de textos
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do texto. É verificar o que realmente está escrito
nele. Tem que estar escrito e não imaginar o que o autor quis dizer, ou seja, todas as informações devem
estar presente no texto
Deve-se analisar os dados concretos e objetivos do texto.
Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a compreensão do texto:
Segundo o autor….
Segundo o texto….
O texto informa que….
No texto…..
O autor afirma que….
De acordo com o autor….
De acordo com o texto….
Fica claro nas expressões acima que as respostas deverão estar clara no texto, ou seja, você deve
compreender o texto para tirar as conclusões.
Interpretação de textos
A interpretação de texto imagina o que as ideias do texto tem a ver com a realidade.
O leitor tira conclusões subjetivas do texto (deduzir o que o autor do texto quis dizer).
As informações não estão escrita claramente no texto, elas estão fora do texto, mas tem ligação com ele.
Você deve deduzir o que o autor está querendo dizer dentre as ideias que foram escritas no texto.
Para você fazer uma boa interpretação de um texto é necessário que você tenha algum conhecimento prévio
sobre o assunto que está sendo abordado pelo autor. Você deve fazer uma análise pessoal e crítica para ter
uma conclusão mais completa.
Existem algumas expressões que fica claro que o que se quer analisar é a interpretação do texto:
Conforme o texto, podemos concluir…
Pela leitura do texto é possível perceber…
É possível inferir que através….
O texto permitem levantar a hipótese de que…..
Conclui-se do texto que…
O texto encaminha o leitor para…
Para você fazer uma boa compreensão e interpretação do texto você deve ler atentamente todo o texto. Se
possível releia o texto, pois você terá uma ideia melhor do que está escrito.
Grife as partes que você ache mais importante.
Analise o que é fato (compreensão) e o que é opinião (interpretação).
Observe que de um parágrafo a outro pode indicar uma conclusão ou uma continuação de alguma ideia.
E para concluir preste muita atenção nas colocações das vírgulas, elas podem dar um sentido
completamente diferente em um texto.
Existem vários tipos de gêneros discursivos, que na verdade são os tipos de textos.
OS gêneros textuais são realizações linguísticas concretas, definidas por propriedades socio-comunicativas
e Costumam classificar os gêneros nos seguintes grupos:
Narrativo: Neles tem um personagem em algum lugar e época. Tem a introdução, desenvolvimento, tensão e
seu final. Ex.: Romance, contos, Crônica, fábulas e novelas.
Descritivo:É a descrição de uma pessoa, lugar ou objeto mostrando suas características, com o objetivo de
transmitir para a pessoa com quem fala uma visualização que muitas vezes pode ver e sentir o que ele quer
passar.
Ex.: Diário, classificados de jornais, cardápios e currículo
Dissertativo argumentativo: Seu objetivo é defender um ponto de vista através da argumentação. Você
introduz o assunto ou tema, desenvolve com seus motivos e depois conclui fechando a argumentação.
Ex.: Editorial, manifesto e sermões
Dissertativo Expositivo: Seu objetivo é expor e esclarecer uma ideia através de comparações e pontos de
vista sem o objetivo de tentar convencer e sim de informar.
Ex.: Textos jornalísticos, resumos escolares e enciclopédias
Injuntivo: Tem o objetivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa liberdade para
quem recebe a informação.
Ex.: Bula de remédios, receitas de bolo e manuais de instrução
Prescritivo: Como o injuntivo, seu objetivo é instruir guiando a pessoa como deva proceder.Mas ele não dá
nenhuma liberdade de ação à pessoa que recebe a informação, ela obriga, ou seja, ordena que deve ser
cumprida a risca a determinação.
Ex.: Leis e editais de concursos.
Agora Falarei sobre os alguns gêneros discursivos como romance, conto, novela, crônica, poesia, editorial,
entrevista, receita e cantiga de roda.
Romance:É uma descrição longa de ações e sentimentos de personagens fictícios, podendo ser de
comparação com a realidade ou totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma novela é a
extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No romance é usado muitas formas de narração
estilizadas e harmoniosas para dar mais emoção ao texto. No romance nós temos uma historia central e
várias histórias secundárias.
Conto:É uma obra de ficção em que são criados seres e locais totalmente imaginário. Linguagem linear e
curta, envolve poucas personagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única ação, dada em
um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações encaminham-se diretamente para um desfecho. A
diferenciação entre o conto, a novela e o romance também se baseia na sua extensão, ou seja, dos três ele é o
que tem o texto mais curto. Outro diferencial do conto com o romance é que só tem uma história central, ou
seja, não se desenvolve outras histórias secundárias.
Novela: A novela é muito parecida com o conto e o romance, diferenciado por sua extensão. ela fica entre o
conto e o romance
Ela tem a história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na novela é baseada no
calendário. O tempo e local são definidos pelas histórias dos personagens. Se for uma novela de época é
usado a linguagem da época. Outra característica é a quantidade de personagem, ou seja, é bem superior
ao de um conto.
A história (enredo) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais curto.
Crônica:É um texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que nós mesmos já vivemos e normalmente
é utilizado a ironia para mostrar um outro lado da mesma história. Gênero que apresenta uma narrativa
informal ligada à vida cotidiana. Apresenta certa dose de lirismo e sua principal característica é a brevidade.
Na crônica o tempo não é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos como horas ou
mesmo minutos.
O cronista descreve os acontecimentos em ordem cronológica e desafiando o leitor dando a sensação de
diálogo mostrando uma visão própria dos fatos.
Poesia: Caracteriza-se por apresentar um trabalho voltado para o estudo da linguagem, fazendo-o de maneira
particular, refletindo o momento, a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
imagens.
Editorial:É um texto dissertativo argumentativo em que expressa a opinião do editor através de argumentos e
fatos sobre um assunto que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é convencer o leitor a
concordar com ele. Normalmente o editorial reflete não só a opinião e princípios do editor, mas tambémda
empresa que ele trabalha.
Entrevista: Ele é um texto expositivo e é marcado pela conversa de um entrevistador e um entrevistado para
a obtenção de informações. Ela também tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas de
destaque sobre algum assunto de interesse. Algumas revistas têm uma seção dedicada a esse gênero.
Receita:É um texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo de informar, aconselhar, ou seja,
recomendam dando uma certa liberdade para quem recebe a informação.
Cantiga de roda: Concebida como um gênero empírico, que na escola se materializa em uma concretude da
realidade. A cantiga de roda permite as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
Diferenças entre gêneros e tipos textuais
Algumas diferenças podem ser denotadas quando nos referimos aos gêneros e aos tipos textuais e, apesar de
estarem intimamente relacionados, apresentam peculiaridades.
 • Você já deve ter ouvido falar sobre gêneros e tipos textuais, certo? Mas será que você sabe como
diferenciar essas duas noções?
Diferenciar gêneros e tipologias textuais não é tarefa fácil, contudo é importante que saibamos alguns
aspectos que possam defini-los para, dessa forma, facilitar nossos estudos. Vamos então à análise:
Gêneros textuais
Os gêneros textuais são aqueles que encontramos em nossa vida diária, inclusive em nossos momentos de
interação verbal. Quando nos comunicamos verbalmente, fazemos, intuitivamente, uso de algum gênero
textual. Sendo assim, a língua, sob a perspectiva dos gêneros textuais, é compreendida por seus aspectos
discursivos e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. Os gêneros privilegiam a funcionalidade
da língua, ou seja, a maneira como os falantes podem dela dispor, e não seus aspectos estruturais.
São inúmeros os gêneros textuais utilizados em nossas ações sócios comunicativos:
Telefonema
Carta comercial
Carta pessoal
Poema
Cardápio de restaurante
Receita culinária
Bula de remédio
Bilhete
Notícia de jornal
Romance
Edital de concurso
Piada
Carta eletrônica
Formulário de inscrição
Inquérito policial
História em quadrinhos
Entrevista
Biografia
Monografia
Aviso
Conto
Obra teatral
É importante ressaltar que os gêneros textuais são passíveis de modificação, pois devem atender às
situações comunicativas do cotidiano. Podemos destacar também que os gêneros atendem a necessidades
específicas, que vão desde a elaboração do cardápio do restaurante à elaboração de um e-mail. Novos
gêneros podem surgir (ou desaparecer) de acordo com a demanda linguística dos falantes.
Tipos textuais
Os tipos textuais diferem dos gêneros textuais por serem limitados, abrangendo categorias conhecidas
como:
Narração
Argumentação
Exposição
Descrição
Injunção (imposição)
O termo Tipologia textual designa uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição, ou
seja, está relacionado com questões estruturais da língua, determinadas por aspectos lexicais, sintáticos,
relações lógicas e tempo verbal.
Apesar dessa tentativa arbitrária de diferenciação entre gêneros e tipos textuais – o tema costuma provocar
polêmica até mesmo entre linguistas –, é importante observar que essas duas noções estão intrinsecamente
relacionadas. Um texto narrativo (tipo textual) poderá contar com elementos descritivos (gênero textual), e,
para classificá-lo, a predominância de um elemento sobre o outro deve ser observada, pois um texto pode
ser tipologicamente variado.
Apesar de ainda ser bastante confundida com os gêneros textuais, a tipologia textual é uma área de estudo
distinta, que apresenta características mais facilmente delimitadas do que os gêneros. Enquanto os gêneros
são compostos por uma infinidade de textos, a  tipologia textual gira em torno de cinco tipos de texto, que
conheceremos a seguir.
A tipologia textual está associada à estrutura do texto, ou seja, à maneira como o discurso organiza-se a
partir de suas características preponderantes. Ao estabelecermos tipologias claras e concisas, interpretar e
produzir textos tornam-se tarefas mais fáceis, pois de acordo com a maneira com a qual os enunciados estão
organizados, em uma rápida leitura, já é possível identificar a que tipo um texto pertence.
A tipologia textual define os seguintes textos em prosa e seus gêneros orais e escritos:
Narrativo
Crônica, conto, romance, fábula, biografia, etc. A narração apresenta elementos como tempo, espaço, enredo
e personagens para contar uma história ou narrar algum acontecimento, verídico ou não.
Dissertativo/Argumentativo Ensaio, carta argumentativa, dissertação argumentativa, editorial, etc. O texto
dissertativo-argumentativo é o texto da opinião, no qual as ideias são desenvolvidas com a intenção de
convencer o leitor. É preferencialmente escrito na terceira pessoa, configurando assim o discurso indireto.
Expositivo:
Reportagem, resumo, fichamento, artigo científico, seminário, etc.
O texto expositivo apresenta informações sobre um objeto ou fato específico, enumerando suas
características através de uma linguagem clara e objetiva que facilite o entendimento do leitor/interlocutor.
Injuntivo:
Manual de instruções, receitas culinárias, regulamentos, editais, etc.
São os textos que têm por finalidade instruir o leitor/interlocutor, por isso o predomínio dos verbos no
imperativo.
Descritivo:
Laudo, relatório, ata, guia de viagem, etc.
Pode ser uma descrição objetiva ou subjetiva. Nesse tipo de texto há o predomínio do pretérito imperfeito e
do tempo presente, frases nominais (sem verbo) e verbos de ligação.
Agora que você já sabe o que é  tipologia textual, ficará mais fácil distinguir a tipologia dos gêneros, textos
que se organizam através de uma estrutura previamente definida–os tipos –, cuja finalidade nasce do
dinamismo das interações sociocomunicativas. Os tipos textuais não sofrem variações e são apenas cinco,
enquanto os gêneros sequer podem ser enumerados.
Sempre cai nas provas o assunto “Tipologia textual” (Tipos textuais) mas muita gente confunde
com “Gêneros Textuais” (gêneros discursivos).
Querem dizer a mesma coisa?
Não.
Estas são duas classificações que recebem os textos que produzimos a longo de nossa vida, seja na forma
oral ou escrita.
Sendo que a primeira leva em consideração estruturas específicas de cada tipo, ou seja, seguem regras
gramaticais, algo mais formal.
Já a segunda preocupa-se não em classificar um texto por regras, mas sim levando em consideração
a finalidade do texto; o papel dos interlocutores; a situação de comunicação. São inúmeros os gêneros
textuais: Piada, conto, romance, texto de opinião, carta do leitor, noticia, biografia, seminário, palestras,
etc.
O Que É Tipologia Textual?
Como dito anteriormente, são as classificações recebidas por um texto de acordo com as regras
gramaticais, dependendo de suas características. São as classificações mais clássicas de um texto:
A narração, a descrição e a dissertação. Hoje já se admite também a exposição e a  injunção. Ao todo são
5 (cinco) tipos textuais.
NARRAÇÃO
Ao longo de nossa vida estamos sempre relatando algo que nos aconteceu ou aconteceu com outros, pois
nosso dia-a-dia é feito de acontecimentos que necessitamos contar/relatar. Seja na forma escrita ou na
oralidade, esta é a mais antiga das tipologias, vem desde os tempos das cavernas quando o homem
registrava seus momentos através dos desenhos nas paredes.
Regra gramatical para este tipo de texto (NARRAÇÃO):
Narrar é contar uma história que envolve personagens e acontecimentos. São apresentadas ações e
personagens: O que aconteceu, com quem, como, onde e quando.
Segue a seguinte estrutura:
NARRAÇÃO/NARRAR  CONTAR)
Personagens (com quem/ quem vive a história – reais ou imaginários)
Enredo (o que/ como – fatos reais ou imaginários)
Espaço(onde? /quando? )
Exemplo:
Minha vida de menina
Faço hoje quinze anos. Que aniversário triste! Vovó chamou-me cedo, ansiada como está, coitadinha e disse:
“Sei que você vai ser sempre feliz, minha filhinha, e que nunca se esquecerá de sua avozinha que lhe quer
tanto”. As lágrimas lhe correram pelo rosto abaixo e eu larguei dos braços dela e vim desengasgar-me aqui
no meu quarto, chorando escondida.
Como eu sofro de ver que mesmo na cama, penando com está, vovó não se esquece de mim e de meus
deveres e que eu não fui o que deveria ter sido para ela! Mas juro por tudo, aqui nesta hora, que eu serei um
anjo para ela e me dedicarei a esta avozinha tão boa e que me quer tanto.
Vou agora entrar no quarto para vê-la e já sei o que ela vai dizer: “Já estudou suas lições? Então vá se deitar,
mas antes procure alguma coisa para comer. Vá com Deus”. Helena Morley
DESCRITIVO
A intenção deste tipo de texto é que o interlocutor possa criar em sua mente uma imagem do que está sendo
descrito. Podemos utilizar alguns recursos auxiliares da descrição. São eles:
A-) A enumeração: Pela enumeração podemos fazer um “retrato do que está sendo descrito, pois dá uma
ideia de ausência de ações dentro do texto.
B-) A comparação: Quando não conseguimos encontrar palavras que descrevam com exatidão o que
percebemos, podemos utilizar a comparação, pois este processo de comparação faz com que o leitor associe
a imagem do que estamos descrevendo, já que desperta referências no leitor. Utilizamos comparações do
tipo: o objeto tem a cor de..., sua forma é como …, tem um gosto que lembra ..., o cheiro parece com ..., etc.
C-) Os cinco sentidos:Percebemos que até mesmo utilizando a comparação para poder descrever, estamos
utilizando também os cinco sentidos: Audição, Visão, Olfato, Paladar, Tato como auxílio para criação desta
imagem, proporcionando que o interlocutor visualize em sua mente o objeto, o local ou a pessoa descrita.
Por exemplo: Se você fosse descrever um momento de lazer com seus amigos numa praia. O que você
perceberia na praia utilizando a sua visão (a cor do mar neste dia, a beleza das pessoas à sua volta, o
colorido das roupas dos banhistas) e a sua audição (os sons produzidos pelas pessoas ao redor, por você e
pelos seus amigos, pelos ambulantes). Não somente estes dois, você pode utilizar também os outros sentidos
para caracterizar o objeto que você quer descrever.
Regra Gramatical para este tipo de texto (Descrição):
Descrever é apresentar as características principais de um objeto, lugar ou alguém.
Pode ser:
Objetiva: Predomina a descrição real do objeto, lugar ou pessoa descrita. Neste tipo de descrição não há a
interferência da opinião de quem descreve, há a tendência de se privilegiar o que é visto, em detrimento do
sujeito que vê.
Subjetiva: aparecem, neste tipo de descrição, as opiniões, sensações e sentimentos de quem descreve
pressupondo que haja uma relação emocional de quem descreve com o que foi descrito.
Características do texto descritivo;
 • - É um retrato verbal
 • - Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases
 • - As classes gramaticais mais utilizadas são: substantivos, adjetivos e locuções adjetivas
 • - Como na narração há a utilização da enumeração e comparação
 • - Presença de verbos de ligação
 • - Os verbos são flexionados no presente ou no pretérito (passado)
 • - Emprego de orações coordenadas justapostas
DESCRIÇÃO:
A estrutura do texto descritivo.
A descrição apresenta três passos básicos:
 Introdução: apresentação do que se pretende descrever. Desenvolvimento: caracterização
subjetiva ou objetiva da descrição. - Conclusão:  finalização da apresentação e caracterização de algo.
Exemplo: Alguns dados sobre Rudy Steiner “Ele era oito meses mais velho do que Liesel e tinha
pernas ossudas, dentes afiado, olhos azuis esbugalhados e cabelos cor de limão. Como um dos seis filhos
dos Steiner, estava sempre com fome. Na rua Himmel, era considerado meio maluco …”
DISSERTAÇÃO
Podemos dizer que dissertar é falar sobre algo, sobre determinado assunto; é expor; é debater. Este tipo de
texto apresenta a defesa de uma opinião, de um ponto de vista, predomina a apresentação detalhada de
determinados temas e conhecimentos.
 Para construção deste tipo de texto há a necessidade de conhecimentos prévios do assunto/tema
tratado.
 Regra gramatical para esse tipo de texto (Dissertação):
 Dissertar é expor os conhecimentos que se tem sobre um assunto ou defender um ponto de vista sobre
um tema, por meio de argumentos.
 Estrutura da dissertação
EXPOSITIVA
Predomínio da exposição, explicação
ARGUMENTATIVA 
Predomínio do uso de argumentos, visando o convencimento, à adesão do leitor.
Introdução
Apresentação do assunto sobre o qual se escreve
 (Apresentação da tese).Apresentação do assunto sobre o qual se escreve 
(apresentação da tese) e do ponto de vista assumido em relação a ele.
Desenvolvimento: Exposição das informações e conhecimentos a respeito do assunto 
(é o momento da discussão da tese)
A fundamentação do ponto de vista e sua defesa com argumentos. (Defende-se a tese proposta)
Conclusão finalização do texto, com o encerramento do que foi dito
 Retomada do ponto de vista para fechar o texto de modo mais persuasivo
 Exemplo: Redução da maioridade penal, grande falácia
 O advogado criminalista Dalio Zippin Filho explica por que é contrário à mudança na maioridade
penal. 
 Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado por um
adolescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõe os artigos 27 do CP, 104 do ECA e 228 da
CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da maioridade penal, mas logo descobrirá
que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais discussão, para reduzir para 14 ou 12 anos.
Analisando a legislação de 57 países, constatou-se que apenas 17% adotam idade menor de 18 anos como
definição legal de adulto.
 Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, estamos admitindo
que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei e não lhes deu a proteção
constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando que retira o indivíduo infrator da sociedade
com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, para depois reintegrá-lo. Com a redução da menoridade
penal, o nosso sistema penitenciário entrará em colapso.
 Cerca de 85% dos menores em conflito com a lei praticam delitos contra o patrimônio ou por atuarem
no tráfico de drogas, e somente 15% estão internados por atentarem contra a vida. Afirmar que os
adolescentes não são punidos ou responsabilizados é permitir que a mentira, tantas vezes dita, transforme-
se em verdade, pois não é o ECA que provoca a impunidade, mas a falta de ação do Estado. Ao contrário do
que muitos pensam, hoje em dia os adolescentes infratores são punidos com muito mais rigor do que os
adultos.
 Apresentar propostas legislativas visando à redução da menoridade penal com a modificação do
disposto no artigo 228 da Constituição Federal constitui uma grande falácia, pois o artigo 60, § 4º, inciso
IV de nossa Carta Magna não admite que sejam objeto de deliberação de emenda à Constituição os direitos
e garantias individuais, pois se trata de cláusula pétrea.
 A prevenção à criminalidade está diretamente associada à existência de políticas sociais básicas e não
à repressão, pois não é a severidade da pena que previne a criminalidade, mas sim a certeza de sua
aplicação e sua capacidade de inclusão social.
Dalio Zippin Filho é advogado criminalista. 10/06/2013
Texto publicado na edição impressa de 10 de junho de 2013
EXPOSIÇÃO
 
 Aqueles textos que nos levam a uma explicação sobre determinado assunto, informa e esclarece sem a
emissão de qualquer opiniãoa respeito, é um texto expositivo. Regras gramáticas para este tipo textual
(Exposição):
 Neste tipo de texto são apresentadas informações sobre assuntos e fatos específicos; expõe ideias;
explica; avalia; reflete. Tudo isso sem que haja interferência do autor, sem que haja sua opinião a respeito.
Faz uso de linguagem clara, objetiva e impessoal. A maioria dos verbos está no presente do indicativo.
 Exemplos: Notícias Jornalística
 INJUNÇÃO
 Os textos injuntivos estão presentes em nossa vida nas mais variadas situações, como por exemplo
quando adquirimos um aparelho eletrônico e temos que verificar manual de instruções para o funcionamento,
ou quando vamos fazer um bolo utilizando uma receita, ou ainda quando lemos a bula de um remédio ou a
receita médica que nos foi prescrita. Os textos injuntivos são aqueles textos que nos orientam, nos ditam
normas, nos instruem.
 Regras gramaticais para este tipo de texto (Injunção):
 Como são textos que expressão ordem, normas, instruções tem como característica principal a
utilização de verbos no imperativo. Pode ser classificado de duas formas:
 -Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
 -Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
 
 Exemplo: BOLO DE CENOURA
 Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina
Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.
Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
 Breve Resumo Para Fixação
Narração: Personagens, Enredo, Espaço…
 Descrição: Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...
 Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater...
 Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)
 Exposição: Fatos, Impessoal (Notícias Jornalísticas)
 
 
 
 
 
Ortografia oficial
O que é Ortografia Oficial?
Ortografia Oficial, ou simplesmente Ortografia, é a parte da nossa gramática que se dedica a estudar a
escrita correta das palavras.
Vamos para a origem dos componentes do termo “Ortografia”:
 • Orthos – palavra grega que exprime a idéia de direito, reto, exato.
 • Graphia – palavra latina que significa “escrever”.
Sendo assim, praticar Ortografia é escrever corretamente, conhecer as regras gramaticais que tornam a
escrita de acordo com as regras da Língua Portuguesa, em nosso caso.
Quando falamos de “Ortografia Oficial” estamos nos referindo à Ortografia definida oficialmente no Brasil
como a correta.
Alfabeto, consoantes e vogais
Essa é uma parte bem simples, mas gostaria de falar um pouco.
Lembre-se que uma das bases de qualquer língua, inclusive a Língua Portuguesa, é o alfabeto, onde estão
definidos quais os sinais gráficos e quais os sons que cada sinal representa.
O alfabeto é formado pelas vogais (A, E, I, O, U) e pelas consoantes (B, C, D, F, G…).
Uma curiosidade sobre a classificação de vogais e consoantes se refere ao uso das letras Y, K e W.
Quando utilizá-las no Português? Vejo muito concurseiro errando questões com pegadinhas desse tipo. Mas
a partir de agora você não erra mais. Veja as duas possibilidades para a utilização dessas letras:
 1. Na transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados portugueses: Katy Perry, Nova York,
Disney World, etc.
 2. Nas abreviaturas e símbolos de uso internacional: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro), etc.
Se na parte de Ortografia Oficial do seu concurso for perguntado se qualquer substantivo comum (iogurte,
ilha, vale, cabelo, cansaço) pode ser escrito com Y, K ou W não faça a besteira de escrever que sim.
Y, K e W só para abreviaturas e nomes próprios!
Os acentos
Quem nunca teve dúvida se uma palavra admite ou não acento? Esse é um dos principais erros nas questões
de Ortografia Oficial dos diversos concursos. Para entendermos melhor sobre acentuação, é melhor saber
para que serve a acentuação.
De maneira geral, a acentuação serve para modificar o som de alguma letra, fazendo com que palavras de
escrita semelhante tenham leituras diferentes e, portanto, significados diferentes. Assim, o acento é utilizado
para diferenciar SECRETÁRIA de SECRETARIA. BABA e BABÁ. MAGOA e MÁGOA.
Sem os acentos, essas diferenciações não poderiam ser feitas.
De maneira geral, podemos definir os acentos da seguinte forma:
 • ACENTO AGUDO: é representado por um traço voltado para a direita. É colocado sobre as vogais
indicando que a sílaba onde ele está é tônica (tem o som mais forte). O acento agudo faz com que a vogal
seja pronunciada de forma aberta. Exemplos: maré, jacaré, tórax, célebre.
 • TIL: o til é representado por um traço sinuoso (um “S” deitado). Ele torna nasal o som das letras A e
O. Exemplos: canhão, interpõe, barão, constituição, leões.
 • ACENTO CIRCUNFLEXO: é representado pelo famoso “chapéu” em cima das vogais A, O e E. O
acento circunflexo indica que a vogal deve ser pronunciada de forma fechada. Exemplos: judô, bônus,
ângulo, acadêmico.
 • ACENTO GRAVE: o acento grave é semelhante ao agudo, só que virado para o lado esquerdo. Ele
indica a ocorrência de crase. Mas sobre isso vamos falar mais adiante, de maneira mais aprofundada. Por
enquanto, basta saber que o acento existe.
Você sabe utilizar os acentos adequadamente? Uma dica é falar a palavra mentalmente e tentar verificar se
o som está de acordo com o significado e com o que está escrito.
Recapitulando: o acento agudo deixa o som da vogal mais aberto. O til faz com que o som fique anasalado.
O circunflexo faz com que o som fique fechado.
Esse é outro tópico frequentemente cobrado no conteúdo de ortografia oficial.
Palavras homônimas e parônimas: fique atento a estas pegadinhas!
É importante você estar atento dois conceitos importantíssimo, que tem feito muita gente boa cair em cascas
de banana nas questões de Ortografia Oficial. Você já ouviu falar em palavras parônimas e homônimas?
Entenda:
 • PARÔNIMAS são palavras com pronúncia e grafia semelhantes mas significado diferente. Exemplos:
deferir (acatar) e diferir (adiar); tráfico (comércio) e tráfego (trânsito); flagrante (evidente) e fragrante
(aromático).
 • HOMÔNIMAS são palavras que possuem a mesma pronúncia, mas significado diferente. Exemplos:
conserto (correção) e concerto (apresentação); são (do verbo ser e sadio); ser (verbo e substantivo).
Como gera muita confusão, esse é um tema bastante cobrado em questões de concurso. Fique atento a ele.
A partir de agora vou abordar diretamente dúvidas comuns entre candidatos que têm dificuldade em
Ortografia Oficial. É hora de aprender, na prática, como escrever corretamente.
Antes disso, quero lhe pedir para deixar um comentário dizendo o que está achando deste artigo. Sua
opinião é fundamental para continuar publicando aqui.
Mal e Mau
Essa é uma das grandes dúvidas de quem escreve: devemos escrever “MAU” ou “MAL”?
Acho essa uma questão bem fácil de entender. “Mal” é o oposto de bem, e “mau” é o oposto de bom.
“Mal” será substantivo, quando estiver acompanhado de artigo ou pronome.
Exemplo: Preciso me curar desse mal.
“Mal” será advérbio quando modificar um verbo ou um adjetivo.
Exemplo: Mal me olhou e foi embora.
Já a palavra “mau” exerce sempre a função de adjetivo.
Exemplo: Você é um homem mau.
Para não errar, basta substituir “mau” ou “mal” por “bom” ou “bem”, e assim confirmar o correto uso
gramatical da palavra.
Uso dos Porquês
Esse é outro grande dilema entre os candidatos a concurso público: como saber o correto uso dos porquês?Aqui vai o esclarecimento definitivo dessa questão.
 • Porque (junto e sem acento) – o “porque” é uma conjunção explicativa. É um substituto da palavra
“pois”. Então, quando couber essa substituição pode errar sem medo o “porque” junto e sem acento.
Exemplo: eu estou gripado porque  tomei suco gelado.
 • Por que (separado e sem acento) –  o “por que” é utilizado no início de perguntas, ou como substituto
de “o motivo pelo qual”. Exemplo (pergunta): por que você foi para o bar?. Outro exemplo (motivo pelo
qual): ninguém explicou por que nós brigamos.
 • Porquê (junto e com acento) – “porquê” nada mais é que um substantivo. Ele vem acompanhado de
artigo, numeral, adjetivo ou pronome. Exemplo: ainda me pergunto o porquê desta multa.
 • Por quê (separado e com acento) – É usado no final de frases interrogativas. Exemplo: você deixou o
livro no armário por quê?
Simplificando:
PORQUE – substitui por pois.
POR QUE – início de pergunta ou substitui por motivo pelo qual.
PORQUÊ – substantivo.
POR QUÊ – final de pergunta.
E aí, alguma dúvida?
Uso do X e CH
Uma das dificuldades no aprendizado da Língua Portuguesa diz respeito à quantidade de exceções
existentes em relação a determinadas regras. O uso do “x” e do “ch”, por exemplo, traz essa dificuldade
para os candidatos.
Mas podemos, de maneira geral, apontar as seguintes circunstâncias para o uso ou não uso dessas
estruturas na ortografia oficial:
 • Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “me”. Exemplo: mexendo e mexicano.
 • Costuma-se utilizar o “X” depois da sílaba inicial “en”. Exemplo: enxergar e enxugar.
 • Costuma-se utilizar o “X” depois de ditongos. Exemplo: caixa, abaixar.
 • Costuma-se utilizar o “X” em palavras de origem indígena e africana. Exemplo: orixá e abacaxi.
Esses são os casos básicos onde você deverá usar o “x” no lugar do “ch”. Mas minha sugestão é que você
leia muito e assimile a grafia das palavras independentemente das regras. Vai lhe ajudar muito mais na sua
prova.
Uso da crase
Quem nunca se viu em dúvida na utilização da crase em um texto? Vamos sanar agora as dúvidas que você
tem em relação a isso.Antes de qualquer coisa você precisa saber que crase é a junção da preposição “a”
com o artigo “a”. Ela é marcada com o uso do acento grave (`) na letra “a”.
Para saber se devemos ou não usar a crase devemos analisar a palavra que vem antes e a palavra que vem
depois do “a”. Veja a frase:
Eu fui à escola
Nesse caso, o verbo “fui” exige uma preposição “a”. Já o substantivo “escola” exige um artigo “a”.
Para tirar a prova, basta substituir por uma palavra masculina. Se a frase fosse “Eu fui ao teatro” teríamos
a preposição “a” mais o artigo “o”. Como não existe a palavra “aa”, usa-se a crase para designar essa
junção entre a preposição e o artigo.
A crase também pode ser utilizada como a fusão das preposições “aquele” ou “aquela” com o artigo “a”.
Exemplo: devemos tudo àqueles homens.
O professor Pasquale, um dos grandes mestres da Língua Portuguesa, deu uma entrevista interessante
à BBC Brasil dizendo como identificarmos o correto uso da crase:
Pasquale dá o exemplo da clássica canção “Você já foi à Bahia?”, de Dorival Caymmi.
“Se você foi, você foi a algum lugar. O verbo ‘ir’ – ‘você foi’, verbo ‘ir’ -, no português tradicional, rege a
preposição “a”. Ir a algum lugar”, explica.
E que lugar é esse? No exemplo dado, é a Bahia.
“Bahia é um substantivo que dá nome a lugar e pede artigo”, disse Pasquale.
Ele mostra formas simples de perceber isso: “’Eu moro na Bahia’ – o que é ‘na’? Não é ‘em’ mais ‘a’? ‘Eu
acabei de chegar da Bahia’. O que é ‘da’? ‘De’ mais ‘a’. É fácil perceber que Bahia pede artigo.”
Neste caso, ocorre a crase – a fusão – entre duas vogais: a preposição “a”, que sucede o verbo ir, se junta
com artigo “a”, que antecede o substantivo feminino Bahia, ocorrendo o acento grave.
O resultado é: “Você já foi à Bahia?” – o significa a mesma coisa que “Você já foi para a Bahia?”.
Mas se a pergunta fosse sobre Santa Catarina – “Você já foi a Santa Catarina?” -, não haveria fusão, já que
Santa Catarina não pede artigo – diz-se “Eu moro em Santa Catarina” e não “Eu moro na Santa
Catarina”.
“Moral da história, esse ‘a’ de ‘Você já foi a Santa Catarina?’ não passa de uma preposição que não se
fundiu com nada”, explica Pasquale. “Esse ‘a’ não receberá acento por uma razão muito simples: não
houve fusão.”
Pasquale Cipro Neto
Ainda tem dúvida? Veja a explicação dele em um vídeo de apenas 2 minutinhos:
Uso de S ou Z
Outra pedra no sapato é a confusão que muitos de nós fazemos quando vamos utilizar as letras “s” e “z”.
Aqui vão algumas regrinhas:
 • Utiliza-se o “s” nas palavras derivadas de outras que já apresentam “s” no radical. Exemplo:
análise/analisar, casa/casinha/casarão.
 • Utiliza-se o “s” nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. Exemplo:
portuguesa, milanesa, burguesia.
 • Utiliza-se o “s” nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa”. Exemplo: gostoso,
catarinense, populoso, amorosa.
 • Utiliza-se o “s” nos sufixos “ese”, “isa”, “ose”. Exemplo: catequese, glicose, poetisa.
A dúvida em torno do emprego do “s” ou do “z” novamente pode ser melhor compreendido a partir de uma
boa dose de leitura. Existem muitas regras, com muitas exceções, inviabilizando um conhecimento
sistemático e seguro.
Uso de C, Ç, S ou SS
Outro ponto um tanto confuso da Ortografia Oficial é essa parte de uso de c, ç, s ou ss. Para começar, veja
o vídeo a seguir, do professor Sérgio Nogueira. Só 2 minutinhos:
Aqui vai uma dica genial para quando você estiver no dilema de escrever “s” ou “ss”: nas palavras em que
empregamos apenas um “s”, ele aparece entre uma vogal e uma consoante. Exemplo: diversão, ofensa.
Quando estamos falando de dois “ss”, eles vêm entre duas vogais. Exemplo: processo, passivo
Uso de J e G
Vamos a outro ponto bem difícil de definir todas as regras, mas que podemos facilitar um pouco: o uso de
“j” e “g”.
 • Usa-se “j” nas palavras de origem árabe, indígena, africana ou exótica. Exemplo: jiboia e acarajé.
 • Usa-se “j” nos verbos terminados em “jar” ou “jear”. Exemplo: sujar e gorjear.
 • Usa-se “j” na terminação “aje”. Exemplo: laje, traje.
Aqui reafirmo o que disse antes: a leitura irá lhe ajudar a avançar no reconhecimento da correta escrita da
maioria das palavras.
A melhor forma de aprender Ortografia Oficial
Por mais que você tente, dificilmente irá memorizar as centenas de regras da Língua Portuguesa (uma das
mais difíceis do mundo).
A melhor forma de aprender a Ortografia Oficial é, realmente, cultivar o hábito da leitura. Assim você vai
assimilando a escrita das palavras no automático, nos contextos em que elas são empregadas.
Ter um vocabulário amplo irá lhe ajudar muito a acertar questões que lhe perguntem sobre o verdadeiro uso
das palavras na prova do seu concurso.
Não importa o que você leia, o importante é ler! Mas se você quer dicas de leituras “fortes”, ou seja, que
irão lhe desafiar e tornar você um craque em ortografia, tenho as dicas a seguir – livros completamente
gratuitos de literatura brasileira:
 • A obra completa de Machado de Assis
 • A obra completa de José de Alencar
Esses são clássicos da Língua Portuguesa, que farão toda a diferença para você! Se quiser ficar fora da
média, vale a pena enfrentar esses clássicos!
Como saber a escrita correta de uma palavra?
Mesmo sendo um bom leitor sempre bate aquela dúvida sobre a correta escrita de uma palavra. Como saber
exatamente se a ortografia de uma palavra está de acordo com as normas?
Existe uma ferramenta pouco conhecida chamada “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, o
VOLP, da Academia Brasileira de Letras, que resolverá seu problema de conferência sobre a escrita de
qualquer palavra.
O VOLP contém 381.000 verbetes, as respectivas classificações gramaticais e outras informações conformedescrito no Acordo Ortográfico.
Basta escrever a palavra e ele descreve a estrutura da escrita.
Quer mais notícias boas? Primeiro: o VOLP está disponível em aplicativo para celular – Android e  iOS.
Segundo: também é possível mandar sua dúvida para a Academia Brasileira de Letras.
Qualquer pergunta sobre ortografia ou outra área da língua portuguesa pode ser respondida por eles.
Fantástico!
O Novo Acordo Ortográfico
Embora já esteja em vigor desde 2016, ainda tem muita gente sem saber direito o que significa e o que
mudou com o mais recente Acordo Ortográfico, que mudou regras da nossa Ortografia Oficial. Veja aqui as
regras de maneira objetiva e simples:
Mudança no alfabeto
 • Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
 • Depois: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Na prática, as letras “k”, “w” e “y” são usadas em várias situações, como na escrita de símbolos de
unidades de medida (Ex.: km, kg) e de palavras e nomes estrangeiros (Ex.: show, William).
Uso do trema
Não se usa mais o trema, exceto em nomes próprios estrangeiros ou derivados, como por exemplo: Müller,
mülleriano, Hübner, hüberiano etc.
 • Antes: cinqüenta, freqüente
 • Depois: cinquenta, frequente
Acentuação
Perdem o acento os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico
na penúltima sílaba).
 • Antes: assembléia, jóia
 • Depois: assembleia, joia
Perdem o acento o “i” e o “u” tônicos nas palavras paroxítonas, quando eles vierem depois de ditongo.
 • Antes:  feiúra, Bocaiúva
 • Depois:  feiura, Bocaiuva
Perdem o acento as palavras terminadas em êem e ôo(s).
 • Antes: abençôo,  lêem
 • Depois: abençoo,  leem
Perdem o acento diferencial as duplas: pára/para, péla(s)/ pela(s), pólo(s)/polo(s), pêlo(s)/pelo(s),
pêra/pera.
 • Antes: Ele foi ao Pólo Norte.
 • Depois: Ele foi ao Polo Norte.
Atenção: Permanece o acento diferencial:
 1. Nas duplas: – pôde/pode Ex.: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. – pôr/por Ex.:
Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
 2. No plural dos verbos ter e vir, assim como das correspondentes formas compostas (manter, deter, reter,
conter, convir, intervir, advir etc.). Ex.: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Obs: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Ex.: Qual é a
forma da fôrma do bolo? O circunflexo sai da palavra côa (do verbo coar).
Perde o acento o u tônico das formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) nos grupos que e qui/gue e
gui.
 • Antes: ele argúi
 • Depois: ele argui
Hífen
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as letras r ou s,
que serão duplicadas.
 • Antes: auto-retrato e anti-social
 • Depois: antissocial e autorretrato
Atenção: Mantém-se o hífen quando os prefixos hiper, inter e super se ligam a elementos iniciados por r.
Ex.: hiper-requisitado; inter-regional; super-resistente.
a-se o hífen quando o prefixo termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
 • Antes: antiinflamatório
 • Depois: anti-inflamatório
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da que inicia o segundo elemento.
 • Antes: auto-escola
 • Depois: autoescola
Atenção: Não se usa o hífen com o prefixo co, ainda que o segundo elemento comece pela vogal o. Ex.:
coocupante, cooptar.
Não se usa hífen em palavras compostas que, pelo uso, passaram a formar uma unidade.
 • Antes: manda-chuva
 • Depois: mandachuva
Emprego das letras 
A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está
relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos
fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de
grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua
portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário
sempre que houver dúvida.
O Alfabeto
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minúscula e
outra maiúscula. Veja:
a A (á)
b B (bê)
c C (cê)
d D (dê)
e E (é)
f F (efe)
g G (gê ou guê)
h H (agá)
i I  (i)
j J (jota)
k K (cá)
l L (ele)
m M (eme)
n N (ene)
o O (ó)
p P (pê)
q Q (quê)
r R (erre)
s S (esse)
t T (tê)
u U (u)
v V (vê)
w W (dáblio)
x X (xis)
y Y (ípsilon)
z Z (zê)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras:  a, o, e u em
determinadas palavras.
Emprego das letras K, W e Y
Utilizam-se nos seguintes casos:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados.
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados.
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano.
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional.
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.
 
Emprego de X e Ch
Emprega-se o   X:
1) Após um ditongo.
 Exemplos: caixa, frouxo, peixe
 Exceção: recauchutar e seus derivados
2) Após a sílaba inicial "en".
 Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca
 Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-"
 Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente,
enchimento, preencher...)
3) Após a sílaba inicial "me-".
 Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão
 Exceção: mecha
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas.
 Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu
5) Nas seguintes palavras:
 bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo,
vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc.
Emprega-se o dígrafo   Ch: 
1) Nos seguintes vocábulos:
 bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada,
fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.
Emprego das Letras G e J
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo
com a origem da palavra. Veja os exemplos:
 gesso: Origina-se do grego gypsos
jipe: Origina-se do inglês  jeep.
Emprega-se o   G: 
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem
 Exemplos:  barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem
 Exceção: pajem
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio
 Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
 Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)4) Nos seguintes
vocábulos:
 algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge,
rabugento, vagem.
Emprega-se o   J: 
 1)  Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear
 Exemplos:
 arranjar: arranjo, arranje, arranjem
despejar:despejo, despeje, despejem
gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando
enferrujar: enferruje, enferrujem
viajar: viajo, viaje, viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)
 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica
 Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé,  jerico, manjericão, Moji
 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j
 Exemplos:
laranja- laranjeira
loja- lojista
lisonja - lisonjeador
nojo- nojeira
cereja- cerejeira
varejo- varejista
rijo- enrijecer
jeito- ajeitar
 4) Nos seguintes vocábulos:
 berinjela, cafajeste,  jeca,  jegue, majestade,  jeito,  jejum, laje, traje, pegajento
Emprego das Letras S e Z
Emprega-se o S:
1) Nas palavrasderivadas de outras que já apresentam s no radical
Exemplos:
análise- analisar
catálise- catalisador
casa- casinha, casebre
liso- alisar
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem
Exemplos:
burguês- burguesa
inglês- inglesa
chinês- chinesa
milanês- milanesa
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa
Exemplos:
catarinense
gostoso- gostosa
amoroso- amorosa
palmeirense
gasoso- gasosa
teimoso- teimosa
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -ose
Exemplos:
 catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose       
5) Após ditongos
Exemplos:
 coisa, pouso, lousa, náusea
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados
Exemplos:
 pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos
repus, repusera, repusesse, repuséssemos
7) Nos seguintes nomes próprios personativos:
 Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás8)
 
 • Nos seguintes vocábulos:
 abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível,
maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura,
usura, vaso, vigésimo, visita, etc.
Emprego da letra Z
Emprega-se o Z:
 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical. Exemplos:
 deslize- deslizar
razão- razoável
vazio- esvaziar
raiz- enraizar
cruz-cruzeiro
 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos
 Exemplos:
inválido- invalidez
limpo-limpeza
macio- maciez
rígido- rigidez
frio- frieza
nobre- nobreza
pobre-pobreza
surdo- surdez
 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos
 Exemplos:
civilizar- civilização
hospitalizar- hospitalização
colonizar- colonização
realizar- realização
 4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita
 Exemplos:
 cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita
 5) Nos seguintes vocábulos:
 azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza,
vizinho, xadrez, verniz, etc.
 6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z
 Exemplos:
 cozer (cozinhar) e coser (costurar)
prezar( ter em consideração) e presar (prender)
traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior)
 Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos:
 exame - exato - exemplo - existir - exótico - inexorável
Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe:
 Emprega-se o S:
 Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir", "ender", "verter" e "pelir"
 Exemplos:
expandir- expansão
pretender- pretensão
verter- versão
expelir- expulsão
estender- extensão
suspender- suspensão
converter - conversão
repelir- repulsão
 Emprega-se Ç:
 Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer"
 Exemplos:
ater- atenção
torcer- torção
deter- detenção
distorcer-distorção
manter- manutenção
contorcer- contorção
 Emprega-se o   X: 
 Em alguns casos, a letra X soa como Ss
 Exemplos:
 auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe
 Emprega-se Sc:
 Nos termos eruditos
 Exemplos:
 acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível,
miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.
 Emprega-se   Sç: 
 Na conjugação de alguns verbos
 Exemplos:
 nascer- nasço, nasça
crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça
 Emprega-se     Ss: 
 Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "meter", "ceder", "cutir" e
"primir"
 Exemplos:
 agredir- agressão
progredir- progressão
 demitir- demissão
transmitir- transmissão
 remeter- remessa
comprometer- compromisso
 ceder- cessão
exceder- excesso
 discutir- discussão
repercutir- repercussão
 imprimir- impressão
reprimir- repressão
 Emprega-se o   Xc   e o   Xs: 
 Em dígrafos que soam como Ss
 Exemplos:
 exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar
Observações sobre o uso da letra   X 
1) O X pode representar os seguintes fonemas:
 /ch/ - xarope, vexame
 /cs/ - axila, nexo
 /z/ - exame, exílio
 /ss/ - máximo, próximo
 /s/ - texto, extenso
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
 Exemplos: excelente, excitar
Emprego das letras E e I
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe:
Emprega-se o   E: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
 Exemplos:
 magoar - magoe, magoes
 continuar- continue, continues
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior)
 Exemplos: antebraço, antecipar
3) Nos seguintes vocábulos:
 cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.
Emprega-se o   I   : 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir
 Exemplos:
 cair- cai
 doer- dói
 influir- influi
2) Em palavras formadas com o prefixo anti-  (contra)
 Exemplos:
 Anticristo, antitetânico
3) Nos seguintes vocábulos:
 aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.
Emprego das letras O e U
Emprega-se o O/U:
 A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos:
 comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização)
 soar (emitir som) e suar (transpirar)
 Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume,  moleque.
 Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
Emprego da letra H
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por
força da etimologia e da tradição escrita. A palavra   hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua
origem na forma latina hodie.
 Emprega-se o   H: 
 1)  Inicial, quando etimológico
 Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio
 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh
 Exemplos:  flecha, telha, companhia
 3) Final e  inicial, em certas interjeições
 Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
 4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico
 Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc.
  
 Observações:
 1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados
como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado.
 2) Os vocábulos erva, Espanha e  inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No entanto, seus
derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja:
 herbívoro, hispânico, hibernal.
Emprego das iniciais maiúsculas e minúsculas
1) Utiliza-se inicial maiúscula:
a) No começo de um período, verso ou citação direta.
 Exemplos:
 Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar
no Paraíso."
 "Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que à luz do sol encerra
As promessas divinas da Esperança…"
(Castro Alves)
 Observações:
 - No início dos versos que não abrem período, é  facultativo o uso da letra maiúscula.
 Por Exemplo:
 "Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro."- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
 Por Exemplo:
 "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
Exemplos:
Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
c) Nos topônimos, reais ou fictícios.
Exemplos:
Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
d) Nos nomes mitológicos.
Exemplos:
Dionísio, Netuno.
e) Nos nomes de festas e festividades.
Exemplos:
Natal, Páscoa, Ramadã.
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
Exemplos:
ONU, Sr., V. Ex.ª.
g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas.
Exemplos:
Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc.
Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou
indeterminado.
Exemplo: 
Todos amam sua pátria.
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula:
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
Exemplos:
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade
Igreja do Rosário ou  igreja do Rosário
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo
Emprego das iniciais minúsculas
2) Utiliza-se inicial minúscula:
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes.
Exemplos:
carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
 Exemplos:
janeiro, julho, dezembro, etc.
segunda, sexta, domingo, etc.
primavera, verão, outono, inverno
 c) Nos pontos cardeais.
 Exemplos:
Percorri o país de norte a sul e de  leste a oeste.
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste.
 Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra
maiúscula.
 Exemplos:
Nordeste (região do Brasil)
Ocidente (europeu)
Oriente (asiático)
 Lembre-se:
 Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula.
 Exemplo:
 "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
 
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula:
 a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica.
 Exemplos:
Crime e Castigo ou Crime e castigo
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido
 b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças
religiosas.
 Exemplos:
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor
Santa Maria ou santa Maria.
 c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas.
 Exemplos:
Português ou português
Línguas e Literaturas Modernas ou  línguas e literaturas modernas
História do Brasil ou história do Brasil
Arquitetura ou arquitetura
Na língua portuguesa escrita, a acentuação é um dos elementos mais difíceis de serem memorizados. Porém,
ao contrário do que se pensa, os acentos em nossa escrita não são tão complicados de serem aprendidos. A
acentuação, na maioria das vezes, é feita para indicar a tonicidade de uma palavra escrita. Embora
oralmente nós possamos nem notar, o acento faz uma grande diferença na hora de escrever as palavras.
Tipos de acentos gráficos
Aprender quais são os acentos gráficos da língua portuguesa e quais são suas funções é tão importante
quanto aprender onde usá-los. No português, utilizamos quatro acentos, cada um representado por um
símbolo. São eles:
 • Acento Agudo (´) – Sua função é simples: indicar a as vogais tônicas. O acento agudo sempre será
usado na vogal da sílaba tônica. Quando aparece sobre o “e” e “o” também indica um timbre aberto.
 ◦ É representando pelo [ ´  ]
O acento agudo possui uma função muito importante nas palavras, pois ele é responsável por indicar
a sílaba tônica, ou seja, a sílaba forte. É necessário ficar atento na grafia das palavras para não omitir esse
acento, já que a ausência dele pode comprometer a comunicação.
Para fazer a acentuação correta é preciso se atentar a dois fatores. O primeiro fator é a sílaba tônica de
cada palavra, a sua tonicidade. É através da tonicidade que as palavras são classificadas como: palavras
oxítonas, palavras paroxítonas e palavras proparoxítonas.
O segundo fator é a  terminação de cada palavra. De acordo com sua terminação, a palavra terá uma regra
de acentuação diferente.
Palavras com acento agudo
Observe as situações onde o acento agudo é empregado:
Palavras oxítonas com acento agudo
• Sofá
• Crachá
• Parabéns
• Jacarés
• Açaí
• Piauí
• Cipós
• Dominó
• Baú
• Grajaú
Palavras paroxítonas com acento agudo
• Álbum
• Fácil
• Réptil
• Éden
• Ímpar
• Vírus
• Sótão
• Tórax
• Túnel
• Júri
Palavras proparoxítonas com acento agudo
• Plástico
• Gráfico
• Espécie
• Célebre
• Míope
• Líquido
• Próximo
• Fósforo
• Último
• Público
Regras :O acento agudo é usado:
Em vogais tônicas abertas e semiabertas “a”, “e” e “o”, por exemplo:
• Sofá
• Estádio
• Átomo
• Réptil
• Sintético
• Parabéns
• Sólido
• Ótica
• Dominó
Em vogais tônicas “i” e “u”, por exemplo:
• Íngreme
• Almíscar
• Líquen
• Útil
• Inútil
• Úmido
Acento agudo e reforma ortográfica
De acordo com o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, o acento agudo foi retirado em três
situações. Veja a seguir cada uma delas:
Em ditongos abertos - encontro de duas vogais proferidas em uma só sílaba:  "ei" e "oi" das palavras
paroxítonas.
Antes do acordo
• Assembléia     
• Heróico     
• Idéia     
• Jibóia
Depois do acordo
• Assembleia
• Heroico
• Ideia
• Jiboia
Entretanto, as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos  terminados em "éi", "éu" e "ói" continuam com
o acento (no singular e/ou no plural). 
• Exemplos: herói(s), ilhéu(s), chapéu(s), anéis, dói, céu.
Em palavras paroxítonas com "i" e "u" tônicos que formam hiato - duas vogais que pertencem a sílabas
distintas - com a vogal anterior, quando essa fizer parte de um ditongo.
Antes do acordo
• Baiúca     
• Boiúna     
• Feiúra
Depois do acordo
• Baiuca
• Boiuna
• Feiura
As letras "i" e "u" continuam sendo acentuadas se formarem hiato ou aparecerem sozinhas na sílaba ou
seguidas de “s”. 
• Exemplos: baú, baús, saída. 
Nas palavras oxítonas, nas mesmas condições citadas acima, o acento continua sendo empregado. 
• Exemplos: tuiuiú, Piauí.
Formas verbais que possuem o acento tônico na raiz, com o "u" tônico precedido das letras "g" ou "q" e
seguido de "e" ou "i". Esses casos não acontecem frequentemente na nossa língua: somente nas verbais de
"arguir" e "redarguir".
Antes do acordo   
• Argúis     
• Argúem     
• Redargúis     
• Redargúem     
Depois do acordo
• Arguis
• Arguem
• Redarguis
• Redarguem
A reforma ortográfica alterou a acentuação de algumas palavras com acento agudo. (Foto: Dreamstime)
Palavras com e sem acento agudo
Na Língua Portuguesa existem palavras que podem ser escritas com e sem o acento agudo. Veja alguns
exemplos abaixo:
Análise x analise
• A partir da análise dos documentos chegados a uma conclusão.
• É imprescindível que ela analise todos os documentos.
Término x termino
• O apito do juiz marcou o término da Copa América.
• É hoje que eu termino de fazer a lista de casamento.
Privilégio x privilegio
• Em tempos de desemprego, ser funcionário público é um privilégio.
• Eu privilegio um suco natural.
Auxílio x auxilio
• Sempre que você tiver dúvidas pode pedir auxílio.
• Todos os dias, eu auxilio os motoristas no estacionamento.
Porém x porem
• Eu gostaria muito de ir até a França, porém estou não tenho dinheiro.
• Acho melhor vocês porem os óculos de proteção.
Crase
A crase é representada pelo sinal gráfico ( ` ).
A crase aparece antes das palavras femininas, em frases com substantivos e adjetivos que pedem a
preposição “a” e com verbos onde regência é realizadacom a preposição "a", indicando a quem algo se
refere.
• Aquela aluna nunca está prestando atenção à aula.
• Suas palavras são idênticas às de sua madrinha.
• Não aceitar à  falta de responsabilidade dessa mulher!
• É importante obedecer às regras de funcionamento do clube.
• As testemunhas assistiram à cena incrédulas.
A crase também é empregada em expressões adverbiais,  locuções prepositivas e  locuções conjuntivas.  (à
noite, à direita, à toa, às vezes, à deriva, às avessas, à parte, à luz, à vista, à moda de, à maneira de, à
exceção de, à frente de, à custa de, à semelhança de, à medida que, à proporção que)
• Ligo-te hoje à  tarde.
• Ele está completamente à parte do que acontece.
• A aluna apenas conseguiu a nota à custa de muito esforço.
• Meu sobrinho está completamente à deriva: não estuda, não trabalha, não faz nada.
Atenção! A crase pode ser empregada antes de um substantivo masculino contanto que tenha uma palavra
feminina que se encontre subentendida, como no caso das locuções "à moda de" e "à maneira de".
• Decisões à Maria da Paz. (à maneira de Maria da Paz)
• Estilo à Agno Sousa. (à moda de Agno Sousa)
Ocorre crase antes da indicação exata e determinada de horas:
• Minha filha acorda todos os dias às cinco da manhã.
• Chegaremos a Salvador às 15h.
• A missa do galo começará à meia-noite.
Atenção! Quando tiver as preposições "para", "desde", "após" e "entre", não ocorre crase.
• Estou esperando você desde as duas horas.
• Marcaram o jantar para as sete horas da noite.
É Empregada a crase em várias expressões de modo ou circunstância, atuando como fator de transmissão
de clareza na leitura:
• Vou lavar a mão na pia.
• Vou lavar à mão a roupa colorida.
• Ele pôs a venda nos olhos.
• Ele pôs à venda o carro.
• Ela trancou a chave na gaveta.
• Ela trancou à chave a porta.
• Estudei a distância.
• Estudei à distância.
A crase não é empregada nas seguintes situações:
Antes de substantivos masculinos:
• Gosto de andar a pé.
• Este passeio será feito a cavalo.
Antes de verbos:
• O arquiteto está começando a renovar essa casa.
• Meu irmão se dispôs a ajudar no que fosse necessário.
Em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:
• Estamos estudando as expressões mais usadas pelos falantes no dia a dia.
• Gota a gota, minha esperança foi enchendo!
Antes de palavras femininas no plural antecedidas pela preposição "a":
• A polêmica foi relativa a mulheres defensoras da emancipação feminina.
• As bolsas de estudo foram concedidas a alunas da periferia.
Antes de um numeral (exceto horas, conforme mencionado):
• O parque fica a  três quilômetros daqui.
• A motorista dirigia a 180 km/h.
 • 
 • Acento Circunflexo (^) – Só é usado nas vogais “a”, “e” e “o”, e além de indicar a vogal
tônica, indica também o timbre fechado na pronúncia.
 • O acento circunflexo (^) é um tipo de notação léxica utilizado nas vogais tônicas semifechadas: “a”,
“e” e “o”.
No português as semivogais “i” e “u” nunca levam esse tipo de acento. Além do circunflexo, temos o acento
agudo (´) e o grave (`)
Regras e Usos
O acento circunflexo é geralmente usado nas vogais fechadas /â/, /ê/ e /ô/ e nas vogais nasais que aparecem
nos dígrafos “âm”, “ân”, “êm”, “ên’, “ôm” e “ôn”.
Exemplos:
 • Importância
 • Êxito
 • Metrô
 • Âmbito
 • Discrepância
 • Efêmero
 • Essência
 • Nômade
 • Antagônico
O Circunflexo e o Novo Acordo Ortográfico
No Novo Acordo Ortográfico (2009) algumas palavras que recebiam o acento circunflexo foram alteradas.
Portanto, fique atento às novas regras para não errar na hora da escrita.
Nas palavras paroxítonas que possuem o ditongo “ee” e “oo”, o circunflexo foi abolido:
 • Leem
 • Deem
 • Creem
 • Abençoo
 • Enjoo
 • Voo
Você deve lembrar que antes do acordo, a primeira vogal igual levava o acento circunflexo. Sendo assim,
elas eram escritas da seguinte maneira:
 • Lêem
 • Dêem
 • Crêem
 • Abençôo
 • Enjôo
 • Vôo
Nas palavras paroxítonas homógrafas (mesma grafia) o acento circunflexo era mantido para diferenciar
uma da outra, por exemplo:
Pêlo
Pêra
No entanto, depois do acordo essas palavras são grafadas da seguinte maneira:
Pelo: pode significar “por onde” ou “revestimento corporal”.
Exemplo:
Nádia sempre vai pelo mesmo caminho.
Zulmira tem muito pelo no braço.
Pera: pode ser o substantivo fruta ou pelo no queixo (barba ou barbicha).
Exemplo:
Ontem comemos uma pera deliciosa.
Eu gostei da pera no queixo do Ismael.
Por outro lado, alguns acentos circunflexos foram mantidos:
 • Pôr
 • Pôde
 • Têm
 • Vêm
Leia também: O que são Palavras Homófonas?
Curiosidade: Você sabia?
O acento circunflexo é mais usado no português do Brasil do que no de Portugal.
Portanto, segundo o Novo Acordo Ortográfico, algumas palavras podem ser escritas de duas maneiras:
Português do Brasil
Português de Portugal
Bebê
Bebé
Purê
Puré
Bônus
Bónus
Fêmur
Fémur
Patrimônio
Património
Antônimo
Antónimo
Sinônimo
Sinónimo
Antônio
António
Fenômeno
Fenómeno
Gênero
Género
Palavras com Acento Circunflexo
Confira abaixo alguns exemplos de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas que levam acento
circunflexo:
Palavras Oxítonas
Palavras terminadas com vogal “e”:
 • Purê
 • Bebê
 • Nenê
 • Caratê
Palavras terminadas com vogal “o”:
 • Robô
 • Avô
 • Pôs
 • Pôr
Palavras terminadas no ditongo nasal “em”:
 • Advêm
 • Convêm
 • Detêm
 • Retêm
Palavras Paroxítonas
Palavras terminadas com as consoantes “l”, “n”, “r”, “x”:
 • Têxtil
 • Plâncton
 • Câncer
 • Fênix
Palavras terminadas em “ão (s)”, “ei (s)” ou “us”:
 • Zângão
 • Escrevêsseis
 • Tônus
Palavras Proparoxítonas
Palavras terminadas em vogais “a”, “e” e “o”, seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”:
 • Cânfora
 • Lâmpada
 • Amêndoa
 • Amazônia
 • Mântua
 • Tênue
 • Gêmeo
 • Gênio
 • Cômodo
 • Acadêmico
Curiosidade
Algumas palavras escritas com e sem acento circunflexo são utilizadas em contextos diferentes.
Exemplo:
O Japão possui grande  influência na economia mundial.
O Japão influencia muitos países do mundo.
 • 
 • Til (~) – Também conhecido como “tilde”, é usado nas vogais para indicar nasalidade. Não
necessariamente é usado na vogal tônica. Uma palavra pode ter um acento til e outro agudo ou circunflexo.
 • O Til (~) é um sinal gráfico e não um acento. Ele serve para indicar a nasalidade e, na língua
portuguesa, apenas pode acompanhar as vogais a e o. Essas são as suas únicas formas de ocorrência:
 • ã:  lã, anã, fã, anciãs.
 • ãe: mãe, pães, cães, guardiães.
 • ãi: cãibra, cãibo, zãibo, cãibeiro.
 • ão:  instrução, aclamação, adesão, bênçãos.
 • õe: ambições, soluções, calções, compõe.
Vale lembrar que as letras m e n  também podem indicar nasalidade. Exemplos: atum, dançam, bacon.
Sabe qual a diferença entre sinais gráficos e acentos? Leia Notações Léxicas.
Sílaba Átona
Numa palavra em que há ocorrência de til e existe uma sílaba acentuada, a sílaba acentuada é tônica. A
sílaba em que está o til é átona.
Exemplos: ór-fão, ór-gão, bên-ção, a-cór-dão. Nessas palavras, as sílabas destacadas são as tônicas.
Sílaba Tônica
O til, entretanto, pode assinalar a sílaba tônica caso não exista outra sílaba acentuada.
Exemplos:  ir-mã, ta-be-li-ães, cãi-bro, sa-bão, ba-lões. Nessas palavras, as sílabas tônicas são as que
recebem o til.
 • 
 • Acento Grave (`) – Mais conhecido como crase, é o acento que indica uma fusão entre as
preposições “a” e “as” com os pronomes demonstrativos “a” e “as”, ou com a letra inicial de “aquela(s)”,
“aquele(s)” e “aquilo”, além dos artigos definidos femininos “a” e “as”.
 • Para começar, uma pergunta importante: Você sabe o que é crase?
Com origem na Grécia, a palavra crase significa mistura ou  fusão.Na língua portuguesa, a crase indica a
contração de duas vogais idênticas, mais precisamente, a fusão da preposição a com o artigo  feminino a e
com o a do início de pronomes. Sempre que houver a fusão desses elementos, o fenômeno será indicado por
intermédio da presença do acento grave, também chamado de acento indicador de crase.
Para usar corretamente o acento indicador de crase, é necessário compreender as situações de uso nas
quais o fenômeno está envolvido. Aprender a colocar o acento depende, sobretudo, da verificação da
ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Acompanhe a seguir cinco dicas simples
sobre o uso da crase que vão eliminar de vez as suas dúvidas sobre quando e como empregar o acento
grave. Atenção e bons estudos!
Cinco dicas simples sobre o uso da crase:
A crase nada mais é do que a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a”, por isso ela não ocorre
antes de substantivos masculinos
1. A crase deve ser empregada apenas diante de palavras  femininas: Essa é a regra básica para quem quer
aprender mais sobre o uso da crase. Apesar de ser a mais conhecida, não é a única, mas saber que – salvo
exceções – a crase não acontece antes de palavras masculinas já ajuda bastante! Caso você fique em dúvida
sobre quando utilizar o acento grave, substitua a palavra feminina por uma masculina: se o “a” virar “ao”,
ele receberá o acento grave. Veja só um exemplo:
As amigas foram à confraternização de final de ano da empresa.
Substitua a palavra “confraternização” pela palavra “encontro”:
As amigas foram ao encontro de final de ano da empresa.
2. Lembre-se de utilizar a crase em expressões que indiquem hora: Antes de  locuções indicativas de horas,
empregue o acento grave. Observe:
Às  três horas começaremos a estudar.
A partida de futebol terá início às 17h.
Ele esteve aqui às 8h, mas foi embora porque não te encontrou.
Mas quando as horas estiverem antecedidas das preposições para, desde e até, naturalmente o artigo não
receberá o acento indicador de crase. Observe:
Ele decidiu ir embora, pois estava esperando desde as 10h.
Marcaram o encontro no restaurante para as 20h.
Fique tranquilo, eu estarei no trabalho até as 9h.
3. Antes de locuções adverbiais femininas que expressam ideia de tempo, lugar e modo. Observe os
exemplos:
Às vezes chegamos mais cedo à escola.
Ele terminou a prova às pressas, pois já passava do horário.
4. A crase, na maioria das vezes, não ocorre antes de palavra masculina: Isso acontece porque antes de
palavra masculina não ocorre o artigo “a”, indicador do gênero feminino:
O pagamento das dívidas foi feito a prazo.
Os primos foram para a fazenda andar a cavalo.
Tempere com pimenta e sal a gosto.
Eles viajaram a bordo de uma aeronave moderna.
Marcos foi a pé para o escritório.
Existe um caso em que o acento indicador de crase pode surgir antes de uma palavra masculina. Isso
acontecerá quando a expressão “à moda de” estiver implícita na frase. Observe o exemplo:
Ele cantou a canção à Roberto Carlos. (Ele cantou a canção à moda de Roberto Carlos).
Ele fez um gol à Pele. (Ele fez um gol à moda de Pelé).
Ele comprou sapatos à Luís XV. (Ele comprou sapatos à moda de Luís XV).
5. Casos em que a crase é opcional:
→ Antes dos pronomes possessivos femininos minha, tua, nossa etc.: Nesses casos, o uso do artigo antes do
pronome é opcional. Observe:
Eu devo satisfações à minha mãe ou Eu devo satisfações a minha mãe.
→ Antes de substantivos femininos próprios: Vale lembrar que, antes de nomes próprios femininos, o uso da
crase é opcional, até porque o artigo antes do nome não é obrigatório. Observe:
Carlos fez um pedido à Mariana.
Ou
Carlos fez um pedido a Mariana.
→ Depois da palavra até: Se depois da preposição até houver uma palavra feminina que admita artigo, a
crase será opcional. Observe:
Os amigos foram até à praça General Osório.
ou
Os amigos foram até a praça General Osório.
 • Crase. Aposto que só de ouvir ou ler essa palavra você já faz cara feia, não é mesmo? A crase está
entre os fenômenos da língua portuguesa que mais geram dúvidas entre os falantes, dúvidas que,
acredite, podem ser facilmente resolvidas. Melhor do que decorar quando o uso da crase será obrigatório,
proibido ou facultativo, é entender as situações de uso nas quais o fenômeno está envolvido, e é por isso
que o sítio de Português trouxe mais uma superdica da língua portuguesa que vai ajudá-lo(a) a eliminar
quaisquer dúvidas sobre o uso do acento grave. Vamos lá? Boa leitura e bons estudos!
Que tal aprender um pouco mais sobre a crase?
A palavra crase tem origem na Grécia e significa mistura ou  fusão. Na língua portuguesa, a crase indica a
contração de duas vogais idênticas, mais precisamente, a fusão da preposição a com o artigo feminino a ou
com o a do início dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo. Sempre que houver a fusão
desses elementos, o fenômeno será indicado pela presença do acento grave, também chamado de acento
indicador de crase. Portanto, não é o acento (`) que se chama crase, mas o fenômeno que suprime o som de
dois “as”.
A crase antes de pronomes: um caso específico
1ª Dúvida: Existe crase antes de pronomes de tratamento?
Essa é uma dúvida simples. No caso dos pronomes de tratamento, vê-se com facilidade que eles não são
precedidos de artigo feminino, afinal de contas, ninguém diz A Sua Excelência, a presidenta, viajará em
comitiva para a China, mas, sim, Sua Excelência, a presidenta, viajará em comitiva para a China, sem o
artigo. Portanto, os pronomes de tratamento não admitem crase antes de si.
OBS.: Os únicos pronomes de tratamento que admitem crase antes de si são senhora e senhorita  . Observe:
Dirijo-me à senhora com todo respeito.
Eu disse à senhorita que não me ligasse mais.
2ª Dúvida: Existe crase antes de pronomes pessoais?
Atenção: Antes dos pronomes pessoais, como eu, tu, ele, ela, nós, vós, mim (pronome pessoal oblíquo) etc.,
não ocorre crase, já que não são antecedidos de artigos. Nessas situações haverá apenas a preposição “a”.
Observe:
Certo: Eu pedi a ela que me esperasse para irmos embora juntos.
Errado: Eu pedi à ela que me esperasse para irmos embora juntos.
Certo: Deu livros a mim.
Errado: Deu livros à mim.
3ª Dúvida: Existe crase antes de pronomes possessivos?
Para responder a essa dúvida, é preciso ficar atento às regras quanto ao uso do artigo diante de pronomes
possessivos. Observe:
â–º Pronome possessivo adjetivo (aquele que acompanha um substantivo): Nessa situação, o uso do artigo é
facultativo, ou seja, você poderá optar por usá-lo ou não usá-lo. Veja os exemplos:
Gosto de sua amiga. (preposição de sem o artigo a)
Gosto da sua amiga. (preposição de com o artigo a)
Gosto de suas amigas (preposição de sem o artigo as)
Gosto das suas amigas. (preposição de com o artigo as)
Nos exemplos acima, a preposição de  foi empregada. Caso você use a preposição a, haverá a formação das
seguintes construções:
Não obedeço a sua coordenadora. (com preposição a, mas sem o artigo a)
Não obedeço à sua coordenadora. (com a preposição a e com o artigo a)
Não obedeço a suas coordenadoras. (com preposição a, mas sem o artigo as)
Não obedeço às suas coordenadoras. (com a preposição a e com o artigo as)
Sendo assim, se houver a preposição a diante de um pronome possessivo adjetivo singular, o emprego do
acento grave indicador de crase será facultativo. Se houver a preposição a diante de um pronome
possessivo adjetivo plural, o emprego do acento grave indicador de crase só ocorrerá se houver as; caso
o a aparecer no singular, haverá somente a preposição: a ou às.
â–º Pronome possessivo substantivo (aquele que não acompanha um substantivo): O uso do artigo diante de
um pronome possessivo substantivo é obrigatório. Observe os exemplos:
Não gosto de sua professora, mas da minha. (minha: pronome possessivo substantivo, portanto, o uso do
artigo será obrigatório)
Não obedeço à sua coordenadora, mas à minha.

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