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Em reclamação trabalhista ajuizada em face da empresa “Y”, José postula assinatura da CTPS, horas extras e diferenças salariais com fundamento em e...

Em reclamação trabalhista ajuizada em face da empresa “Y”, José postula assinatura da CTPS, horas extras e diferenças salariais com fundamento em equiparação salarial e pagamento de adicional de periculosidade. Na defesa oferecida, a empresa nega ter o empregado direito à assinatura da CTPS, dizendo ter o obreiro trabalhado como autônomo; quanto às horas extras, nega o horário alegado, se reportando aos controles de frequência, que demonstram, segundo alega, que o reclamante não as realizava; e, quanto às diferenças salariais, sustenta que o reclamante era mais veloz e perfeito na execução do serviço do que o paradigma apontado. Considerando as normas processuais sobre a distribuição do ônus da prova, estabeleça, através de fundamentos jurídicos, a quem cabe o ônus da prova em relação a cada uma das alegações contidas na defesa apresentada pelo reclamado?

Respostas: Ao negar o trabalho em horas extras, o ônus de prová-lo é do reclamante uma vez que se trata de fato constitutivo do direito alegado por ele, nos termos do art. 818, I, da CLT. Ao alegar que o empregado José era autônomo, a empresa trouxe fato impeditivo do reconhecimento do vínculo empregatício e com isso atraiu, parra si, o ônus de prova, nos termos do art. 818, II, da CLT. Com relação à equiparação salarial, a empresa não trouxe nenhum fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito à equiparação. Aliás, a empresa confessou que o reclamante era mais veloz e perfeito na execução do serviço do que o paradigma apontado. Sendo assim, quanto a esse assunto, não há que se falar em ônus de prova, visto que não dependem de provas os fatos afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, nos termos do art. 374 II, do CPC.

Essa pergunta também está no material:

CADERNO FELIX NOVO
162 pág.

Processo do Trabalho II Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

Respostas

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No caso apresentado, o ônus da prova cabe ao reclamante em relação às horas extras, uma vez que se trata de fato constitutivo do direito alegado por ele, nos termos do art. 818, I, da CLT. Já em relação à alegação de que o empregado José era autônomo, a empresa trouxe fato impeditivo do reconhecimento do vínculo empregatício e, portanto, atraiu para si o ônus de prova, nos termos do art. 818, II, da CLT. Por fim, em relação à equiparação salarial, a empresa não trouxe nenhum fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito à equiparação, e confessou que o reclamante era mais veloz e perfeito na execução do serviço do que o paradigma apontado, não havendo que se falar em ônus de prova, nos termos do art. 374 II, do CPC.

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