Semanalmente minha psicóloga me auxiliava a refletir sobre o peso de estar nesse lugar, eram inúmeros os meus questionamentos: Era importante recon...
Semanalmente minha psicóloga me auxiliava a refletir sobre o peso de estar nesse lugar, eram inúmeros os meus questionamentos: Era importante reconhecer a dor e o sofrimento do profissional que passa apenas a lidar com casos graves. A dor de quem ainda internado recebe a notícia do óbito de um ou mais familiares. A dor de quem é o principal provedor da família e está impossibilitado de trabalhar. A dor de quem é adulto jovem e teme ter usado toda sua vida trabalhando. E nesse momento, todas as leituras prévias, não foram suficientes para atenuar o sofrimento de pessoas calorosas, punidas pela impossibilidade de serem tocadas. A teoria sozinha não respondia a dor visceral, porque brasileiro é intensidade em tudo que vive.
Compartilhar