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Marcos é terapeuta ocupacional em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) localizada em uma comunidade periférica. Durante uma ação do Programa Saúde na Escola (PSE), ele identifica um grupo de crianças com dificuldades no desempenho de atividades escolares, como segurar o lápis, manter atenção nas tarefas e participar de brincadeiras em grupo. Diante desse cenário, ele precisa definir a intervenção mais adequada dentro do escopo da atenção básica.
É correto o que se afirma em:
A O terapeuta ocupacional deve encaminhar as crianças diretamente para reabilitação especializada, pois intervenções na UBS são restritas a pacientes com diagnóstico.
B O terapeuta ocupacional deve promover atividades que estimulem o desenvolvimento infantil, articulando ações com a família, a escola e outros profissionais da equipe de saúde.
C A intervenção deve focar exclusivamente na criança e em suas habilidades motoras, sem necessidade de envolver a família ou a escola.
D A principal função do terapeuta ocupacional na atenção primária é acompanhar adultos com incapacidade, não sendo comum sua atuação com crianças.
E A atuação do terapeuta ocupacional na atenção básica se limita à prescrição de órteses e adaptações físicas no domicílio.
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Avaliação I - Baseada em Evidencias
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Vamos analisar cada uma das alternativas para encontrar a correta: A) O terapeuta ocupacional deve encaminhar as crianças diretamente para reabilitação especializada, pois intervenções na UBS são restritas a pacientes com diagnóstico. - Esta afirmação é incorreta, pois o terapeuta ocupacional pode atuar na UBS e realizar intervenções sem necessariamente encaminhar para reabilitação especializada. B) O terapeuta ocupacional deve promover atividades que estimulem o desenvolvimento infantil, articulando ações com a família, a escola e outros profissionais da equipe de saúde. - Esta alternativa está correta, pois a atuação do terapeuta ocupacional na atenção básica envolve promover o desenvolvimento infantil e trabalhar em conjunto com a família e a escola. C) A intervenção deve focar exclusivamente na criança e em suas habilidades motoras, sem necessidade de envolver a família ou a escola. - Esta afirmação é incorreta, pois a intervenção deve considerar o contexto da criança, incluindo a família e a escola. D) A principal função do terapeuta ocupacional na atenção primária é acompanhar adultos com incapacidade, não sendo comum sua atuação com crianças. - Esta afirmação é incorreta, pois o terapeuta ocupacional também atua com crianças na atenção primária. E) A atuação do terapeuta ocupacional na atenção básica se limita à prescrição de órteses e adaptações físicas no domicílio. - Esta afirmação é incorreta, pois a atuação do terapeuta ocupacional vai além da prescrição de órteses e envolve diversas intervenções. Portanto, a alternativa correta é: B) O terapeuta ocupacional deve promover atividades que estimulem o desenvolvimento infantil, articulando ações com a família, a escola e outros profissionais da equipe de saúde.

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Gabriela é uma terapeuta ocupacional recém-chegada a uma clínica de reabilitação infantil. Ao iniciar seu atendimento com Matheus, uma criança de 6 anos com dificuldades no desempenho escolar e pouca autonomia nas atividades do dia a dia, ela decide realizar uma avaliação estruturada e baseada em protocolos reconhecidos na área de Terapia Ocupacional Pediátrica. Gabriela está ciente da importância de utilizar instrumentos específicos da profissão para tornar suas intervenções mais eficazes e fundamentadas.
Sobre o exposto, assinale a alternativa correta:
A Os protocolos utilizados em adultos podem ser aplicados diretamente às crianças sem adaptações, uma vez que os objetivos terapêuticos são os mesmos.
B A avaliação em Terapia Ocupacional Pediátrica deve ser contínua, envolvendo o raciocínio clínico e instrumentos específicos que favoreçam a análise do desempenho ocupacional da criança.
C Gabriela deve evitar o uso de protocolos formais na avaliação de Matheus, pois, na área pediátrica, as avaliações baseiam-se exclusivamente na observação espontânea e no brincar livre.
D A aplicação de protocolos padronizados é desnecessária na prática clínica, pois são raramente citados na literatura brasileira e não têm aplicabilidade prática.
E O uso de instrumentos de avaliação na Terapia Ocupacional não influencia na credibilidade da prática profissional, pois o mais importante é a experiência empírica do terapeuta.

Ana Luíza é terapeuta ocupacional em uma clínica de reabilitação neurológica e está atendendo João, um paciente de 58 anos que sofreu um AVC isquêmico há 3 meses. Ele apresenta hemiparesia no lado direito e dificuldades em realizar atividades básicas de autocuidado, como se vestir, alimentar-se e escrever. Ana Luíza deseja planejar uma intervenção baseada em evidências científicas para melhorar a funcionalidade de João, respeitando suas limitações e preferências. Para isso, ela realiza uma busca em bases científicas, encontra estudos clínicos e revisões sistemáticas, e decide aplicar uma abordagem centrada no cliente, integrando seus conhecimentos profissionais com os dados mais atualizados da literatura.
Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:
I. A prática baseada em evidência contribui para decisões clínicas mais seguras e com melhor custo-benefício para o paciente.
II. A utilização de revisões sistemáticas e ensaios clínicos randomizados bem delineados corresponde aos níveis mais altos de evidência científica.
III. Estudos de caso-controle e coorte, embora com menor grau de evidência que ensaios randomizados, ainda são fontes válidas na prática baseada em evidência.
IV. A terapeuta ocupacional está aplicando o conceito de prática baseada em evidência ao combinar dados científicos, sua experiência clínica e as preferências do paciente.
A II e IV, apenas.
B I, II e III, apenas.
C III e IV, apenas.
D I, II, III e IV.
E I, apenas.

Lucas tem 6 anos e foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Durante os atendimentos com a terapeuta ocupacional são desenvolvidas atividades que envolvem o uso de brinquedos estruturados, rotina com pictogramas, atividades de coordenação motora e tarefas de autocuidado, como escovar os dentes e vestir-se. Com o tempo, Lucas apresenta avanços na comunicação não verbal e maior autonomia em suas atividades diárias.
Sobre o exposto, assinale a alternativa correta:
A A terapia ocupacional promove a autonomia da criança por meio de atividades que favorecem o desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial e social.
B A atuação do terapeuta ocupacional limita-se à prescrição de órteses e adaptações posturais.
C A terapia ocupacional na infância tem como objetivo o fortalecimento muscular, sendo indicada apenas para crianças com limitações físicas severas.
D O objetivo da terapia ocupacional é substituir o papel dos pais na rotina da criança, promovendo dependência funcional.
E A terapia ocupacional na infância é voltada apenas para o lazer, sem vínculo com o desenvolvimento de habilidades funcionais.

Leandro, 36 anos, está em atendimento em um CAPS há quatro meses com diagnóstico de transtorno afetivo bipolar. Durante as sessões com a terapeuta ocupacional, ele compartilhou informações pessoais sobre conflitos familiares e uso de substâncias. Recentemente, a terapeuta foi questionada por um parente próximo sobre o conteúdo das sessões e sobre o progresso clínico de Leandro. A profissional se viu diante de um dilema ético sobre o que poderia ou não ser compartilhado.
É correto o que se afirma em:
A A profissional deve orientar o familiar a buscar informações com o paciente, mantendo o sigilo profissional, a menos que haja risco iminente à integridade do próprio paciente ou de terceiros.
B A ética profissional exige que, em todas as situações, a terapeuta compartilhe informações com a equipe de saúde e com familiares para garantir o cuidado integral.
C A terapeuta ocupacional deve compartilhar informações clínicas com familiares quando solicitado, considerando o bem-estar do paciente como prioridade, mesmo sem seu consentimento.
D Em caso de transtornos mentais, o sigilo profissional é automaticamente flexibilizado, permitindo ao profissional relatar detalhes clínicos aos familiares.
E O código de Ética permite que a profissional revele dados do paciente a terceiros, sempre se for parentesco direto, em casos de transtorno mental.

Helena é terapeuta ocupacional e atende em uma clínica multiprofissional especializada em reabilitação infantil. Recebeu o caso de João, de 5 anos, que apresenta atrasos no desenvolvimento motor e dificuldades de interação social. Ao iniciar a avaliação, Helena opta por utilizar protocolos específicos da Terapia Ocupacional para organizar melhor o plano de intervenção e gerar registros confiáveis de sua evolução.
Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:
I. A avaliação deve ser contínua e associada ao raciocínio clínico-terapêutico, sendo adaptada às especificidades da criança atendida.
II. Protocolos aplicáveis à população pediátrica devem considerar o brincar, as interações sociais e a autonomia nas atividades cotidianas.
III. A coleta de dados por meio de instrumentos validados auxilia o terapeuta a compreender melhor o desempenho ocupacional da criança.
IV. A escolha de protocolos deve considerar fatores como idade da criança, contexto familiar e metas terapêuticas, garantindo avaliações mais relevantes e direcionadas.
A III e IV, apenas.
B II e IV, apenas.
C I, II e III, apenas.
D I, apenas.
E I, II, III e IV.

A prática baseada em evidência (PBE) utiliza sistemas hierárquicos para classificar a qualidade das evidências científicas, considerando especialmente o delineamento metodológico dos estudos. Essa classificação é essencial para orientar decisões clínicas mais seguras e fundamentadas.
É correto o que se afirma em:
A A classificação dos níveis de evidência ajuda o profissional a avaliar criticamente os resultados dos estudos e tomar decisões fundamentadas.
B As classificações hierárquicas das evidências são úteis apenas para pesquisadores e não são exigidas na prática clínica.
C As evidências científicas só são válidas quando provêm de pesquisas secundárias, como revisões sistemáticas.
D O conhecimento sobre os níveis de evidência não influencia a tomada de decisão profissional.
E A PBE considera apenas estudos qualitativos descritivos, pois são mais sensíveis à realidade dos pacientes.

Júlia é terapeuta ocupacional recém-formada e iniciou sua atuação em uma Unidade de Saúde da Família (USF). Durante o atendimento de um grupo de idosos com queixas de dores articulares e limitações nas atividades cotidianas, ela decide propor uma intervenção baseada em um artigo científico que leu recentemente, o qual demonstrava bons resultados com oficinas de atividades manuais. Antes de implementar a proposta, Júlia decide revisar outras fontes, verificar a metodologia do estudo e discutir com a equipe de saúde da unidade.
É correto o que se afirma em:
A Selecionar estratégias baseadas apenas na experiência dos profissionais mais antigos da equipe, desconsiderando evidências científicas recentes.
B Aplicar diretamente as intervenções descritas no artigo, confiando na autoridade dos autores e na validade da revista científica.
C Validar a proposta de intervenção analisando criticamente o artigo, comparando com outras evidências, dialogando com a equipe e adaptando à realidade dos pacientes.
D Propor as oficinas como forma de inovar no atendimento, mesmo sem considerar o contexto da USF ou os objetivos terapêuticos de cada idoso.
E Priorizar a tradição e costume da comunidade local, evitando qualquer abordagem nova que não seja culturalmente conhecida.

Lívia é terapeuta ocupacional e faz parte da equipe de uma Estratégia Saúde da Família (ESF). Ela atende regularmente a crianças da comunidade, com foco no desenvolvimento infantil. Durante um atendimento domiciliar, ela conhece Lucas, um menino de 5 anos que apresenta dificuldade em se concentrar, atraso no desenvolvimento da linguagem e pouco interesse em interações sociais. A mãe relata preocupação com o desempenho escolar do filho, mesmo em fase pré-escolar, e pede apoio à profissional.
Sobre o exposto, analise as afirmativas a seguir:
I. A atuação da terapeuta ocupacional deve incluir a promoção de ocupações significativas, como o brincar e o estímulo às habilidades cognitivas e socioafetivas da criança.
II. Como a criança ainda não tem diagnóstico clínico, não é papel da terapeuta ocupacional intervir diretamente, devendo apenas encaminhar para avaliação médica especializada.
III. A atuação da terapeuta ocupacional se restringe somente ao ambiente clínico, sendo pouco aplicável nas visitas domiciliares no contexto da atenção primária.
IV. A participação da terapeuta ocupacional no cuidado infantil deve ocorrer apenas em casos de deficiência física ou sensorial já estabelecida, não incluindo atrasos leves ou dificuldades escolares.
A I, II, III e IV.
B II e IV, apenas.
C III e IV, apenas.
D I, apenas.
E I, II e III, apenas.

Camila, 24 anos, universitária, procurou atendimento no CAPS após ser encaminhada por uma equipe de atenção básica. Ela apresenta sinais de isolamento social, episódios de tristeza profunda, insônia e perda de interesse por atividades que antes apreciava, como desenho e dança. Durante a escuta terapêutica, relatou que os sintomas se intensificaram durante o período da pandemia da COVID-19, e que sente vergonha de buscar ajuda, por receio do julgamento da família.
Com base no exposto, analise as sentenças a seguir:
I. A Terapia Ocupacional pode atuar na reconstrução do cotidiano da usuária, promovendo o resgate de atividades significativas que favoreçam a autonomia e o bem-estar.
II. O terapeuta ocupacional deve considerar o contexto social, familiar e ambiental da usuária para planejar intervenções centradas na pessoa e nas suas possibilidades de participação social.
III. A abordagem centrada na ocupação permite que a intervenção terapêutica favoreça a expressão emocional da usuária, ajudando-a a ressignificar experiências e desenvolver estratégias de enfrentamento.
IV. A atuação do terapeuta ocupacional, dentro dos princípios da Reforma Psiquiátrica e da RAPS, deve considerar a escuta qualificada, o cuidado em liberdade e a articulação intersetorial para apoio contínuo à usuária.
A I, II e III, apenas.
B I, II, III e IV.
C II e IV, apenas.
D III e IV, apenas.
E I, apenas.

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