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Tecnicas Cirurgicas - Parte (2)

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1 - Introdução: em grandes existe a limitação do ambiente - verificar o local do decúbito, realizar na grama e com sombra de preferência.
 Cirurgias mais comum: são as de rumenotomia e laparotomia.
 (a) Rumenotomia: abertura do rumem.
 (b) Laparotomia: acesso a cavidade abdominal pelo flanco - ou acesso abdômen de forma geral nos grandes.
 PS: em pequenos é chamada de celiotomia quando pela linha media. 
 PS2: em grandes por conversão o acesso a cavidade de forma geral é chamado de laparotomia.
 Revisão anatomia: as fossas paralombar (flancos) podem ser acessadas pelo lado direito ou esquerdo - de preferência escolher apenas uma (lado ideal), de acordo com o diagnostico ou suspeita.
 Lado esquerdo: pode se verificar
 Rumem: boa parte ocupado pelo rumem - do 7 ao 8 EIC até a entrada da pelve (varia com o tamanho do animal).
 Reticulo: entre 5º e 7º EIC
 Baço
 Lado direito: 
 ID e IG
 Fígado
 Abomaso: da cartilagem tifoide até o 9 ou 10 EIC.
 PS: não existe acesso cirúrgico para o omaso (7 e 11 EOC).
geralmente se abre o lado esquerdo (baço, rumem, reticulo) - ambos em situações pontuais (ID e IG, fígado, abomaso)
E D
 Anestesia: geralmente pode ser feito a campo e com BL - anestesia geral é rara (não precisa colocar em decúbito em dorsal - pode e é preferível em estação pelo flanco).
 PS: fenotiazínicos podem ser feito para tranquilização quando se planeja derrubar o animal (pode derrubar mesmo em dose baixa).
2 - Laparotomia: pode ser feita como recurso de diagnóstico (laparotomia exploratória nas causas desconhecidas).
 2.1 - Acesso:
 Laparotomia pelo flanco: pode ser feita com animal em estação (preferível) - lado escolhido de acordo com a suspeita.
 Flanco esquerdo - Possibilidades: laparotomia exploratória geral (já que geralmente o rumem e reticulo são as estruturas mais comumente afetadas), rumenotomia, abomasopexia, cesariana.
 Vantagens: volume e posição do rúmen evitam ocorrência do deslocamento e exposição dos órgãos abdominais (se para fora tem maior risco de contaminar) // quando o problema é desconhecido se recomenda começar pelo lado esquerdo 
 Flanco direito - Possibilidades: laparotomia exploratória geral, abomasopexia (fixação do abomaso - deslocamento deste é comum, para lado direito ou esquerdo), omentopexia (também pra deslocamento), cesariana (nos casos em que o feto fica deslocado ou é muito grande, o que é menos comum - hidroxia acumulo de liquido, feto deslocado ao lado direito, remem distendido) // verificação do ID, ceco e cólon.
 PS1: linha vermelha para cesariana, um pouco mais ventral para facilita tração do bezerro - feita de 10 a 15 cm, porem pode ser aumentada se necessário.
 PS2: para cirurgia no rumem e reticulo usar a linha mais dorsal e um pouco mais próximo a costela (cuidado nas distinções abdominais) - também aumentar se necessário.
 Paramediana ventral: incisão paralelo a linha media (entre a linha media e veia abdominal subcutânea - necessita de decúbito dorsal, o que é complicado a campo (contenção física ou química necessária).
 Vantagens: indicado para abomasopexia ventral e cesariana (se muito grande, enfisematoso e com problema no útero - fica mais fácil para visualizar o útero e puxar o feto). 
 Desvantagens:
 I - Pressão na linha de sutura muito intensa (órgãos do animal são muito pesados) - pôs operatório mais complicado.
 II - Animal se deita com frequência para ruminar, porem este tipo de acesso gera incomodado e o animal pode contaminar a sutura.
 Oblíqua ventrolateral (menos comum): pode ser feita pelo lado direito ou esquerdo, em decúbito lateral (?) - indicações sendo:
 I - Cesarianas.
 II - Em vacas leiteiras com grandes veias abdominais (complica o acesso pela paramediana).
 2.2 - Preparo do animal:
 I - Tricotomia ampla deve ser ampla - seguida de antissepsia com PDPI, álcool, degermante.
 II - Bloqueio anestésico: podendo ser uma das técnicas.
 (a) Infiltrativa linear na linha de incisão.
 (b) L. invertido.
 (c) Paravertebral proximal (entre T13 e L1 // L1 e L2 // L2 e L3)
 (d) Paravertebral distal (pula L3).
 2.3 - Laparotomia em bovinos (pelo flanco): 
 1ª - Incisão vertical no meio da fossa paralombar (5 a 6 cm das apófises transversas), com cerca de 10 a 15 cm de comprimento (ou maior, dependendo do caso).
 PS: fazer pressão sobre o bisturi (pele mais espessa) - pele deve ser aberta em um só movimento.
 2ª - Incisar pele e subcutâneo // incisar oblíquo abdominal externo, interno e transverso - ao chegar no transverso se deve pinçar com 2 alles, partindo incisão mais delicada e cuidadosa para não perfurar abdômen e rumem ao perfurar o musculo: ao chegar no peritônio este também deve ser pinçando, de preferência ampliado com tesoura de metzenbaum (dedos por baixo para proteção).
 PS1: divulsão sem incisão é mais difícil, porem pode ser viável em vacas mais magras.
 PS2: incisão de 3 a 5 cm dos processos transversos (20-25 cm de comprimento - varia com caso e animal).
(exemplo de sequencia de eventos a ser seguidos)
 3ª - Realizar a inspeção do lado esquerdo: algumas estruturas da direita podem ser palpadas e visualizadas pelo lado esquerdo (no caso de intervenção abrir o lado direito).
 (a) Observar peritônio parietal: na peritonite fica irregular com acumulo de liquido abdominal (com processo séptico ou não) // aparência do liquido peritoneal (fibrina no liquido, muito quantidade, sangue).
 PS1: processos sépticos abdominais são comuns em ruminantes.
 PS2: liquido ajuda no deslizamento dos órgãos - normalmente tem aparência clara e serosa.
 
 (b) Avaliar: rim esquerdo, ovário, útero (torção, feto), bexiga (rompida, cheia), ureter, linfonodos e região inguinal - abscessos, aderências (processos sépticos facilitam), etc.
 (c) Avaliar: colón descendente (cólon menor), corpo do ceco e alças do jejuno - quanto a abcessos de forma geral (reticulo parede do reticulo, fígado) e aderências (sepctemia e inflamações fica aumentado).
 (d) Rumem, baço, reticulo, diafragma, lobo esquerdo do fígado, impulso cardíaco (lado esquerdo e ventral no canto) - aderências, perfurações , abscessos...
 PS: avaliar tudo, na suspeita ou confirmado - ajuda no prognostico e identificar problemas secundários.
 3ª - Realizar a inspeção do lado direito: tem número maior de estruturas visíveis.
 (a) Omento (maior) > mesoduodeno (mesentério do duodeno) > duodeno > piloro > abomaso > reticulo > parede abdominal > diafragma > impulso cardíaco.
 (b) Seguindo do abomaso > superfície visceral do fígado > vesícula biliar > superfície cranial do fígado > diafragma.
 (c) Cólon descendente > alças do jejuno > corpo do ceco > cólon espiralado (ruminante) > raiz do mesentério.
 (d) Seguindo colón descendente (colón menor) - reto > útero e ovários > bexiga
 (e) Gordura perirenal direita e esquerda > rins direito e esquerdo.
 Avaliar: abcessos e posicionamento dos órgãos são alterações mais comuns - deslocamento do abomaso, alças, torção, vólvulo, intuscepções.
 4ª - Laparorafia: sutura é feita em 3 camadas 
 I - Peritônio junto com abdominal transverso - pontos simples contínuos ou isolado (sultan ou X) // absorvível 0 ou 1.
 PS: suturar de ventral para dorsal - facilita para que o órgão não sair da incisão (mantem dentro da cavidade).
 II - Obliquo abdominal interno: preferencialmente de ventral para dorsal (pressão dor órgãos, pra fora, menos problemano lado esquerdo).
 III - Obliquo abdominal externo: única camada junto com o interno ou separadamente, de acordo com o tamanho do animal.
 PS - Em 2 camadas: em mais magros pode envolver os 2 últimos grupos musculares juntos.
 PS - Ancoramento: especialmente útil em continuas - se romper um ponto rompe tudo - realizar a cada 3 a 4 pontos, passando a agulha sobre a camada de baixo: gera mais sustentação e segurança.
 5ª - Sutura da pele: geralmente com Wolf (U invertido).
 PS: pode ser feita com grampo cirúrgico ou agrafe - muito útil em ruminantes, já que a quantidade de pontos é enorme // em equinos o uso é limitado e necessita de grampo especifico - só pode na pele (geral).
 Conduta pós-operatória:
 (a) Antibioticoterapia: dependendo do caso - cesariana pode não precisar por exemplo.
 (b) Tratamento suporte: de acordo o processo - se apresentar desidratação e acidose (na torção de alça intestinal) por exemplo.
 (c) Retirada dos pontos (2 a 3 semanas): mais que 10 a 14 dias pois vive com vários outros animais (contato físico atrasa cicatrização) - 
além disto a pressão abdominal é muito grande também, o que prolonga o processo.
 Complicações e prognóstico
 (a) Peritonite e aderência: pela entrada na cavidade e manipulação de alças - minimizar pelo manejo, porem praticamente inevitável.
 (b) Infecção da ferida cirúrgica: recorrente - especialmente em rumenotomia.
 PS: administração pré-operatória de antibióticos pode ser utilizada dependendo da complexidade do caso.
3.1 - Rumenotomia: abertura do rumem - maior parte dos problemas digestórios em ruminantes estão relacionados ao rumem, sendo assim é muito comum.
 Indicações:
 (a) Remoção de corpos estranhos: vaca não seleciona muito com a língua - podem gerar reticulopericardite traumática: metais e plásticos geralmente
 PS1: no caso de corpos estranhos no esôfago distal o acesso deve ser feito mais próximo da última costela (pela rumenotomia) - feito com o braço entrando pelo rumem.
 PS2: se com acumulo de gás (impedem eructação) - sondar antes do procedimento.
 (b) Evacuação do conteúdo ruminal: 
 I - Timpanismo espumoso e acidose ruminal: deve ser retirado // junto a correção por terapia.
 II - Impactação ruminal: ocorre em dieta muito ressecado no rumem sem digestão.
 Procedimento:
 1ª - Abertura similar ao já comentado na laparotomia - incisão paralombar com animal em estação.
 PS: antes de abrir rumem fazer a exploração da cavidade abdominal.
 2ª - Expor o rumem: antes de abrir este é importante fazer a fixação, a fim de evitar contaminação da cavidade e peritônio com liquido ruminal (e consequente peritonite) - pode ser feito com
 (a) Dispositivos de fixação (Weingarth): atua como placa de fixação - pode ser feito em material esterilizável. 
 (b) Suturas: com sutura contínua (Cushing) - feita com fio não absorvível (nylon ou polipropileno), já que é temporária - é desfeita após suturar o rumem: a sutura deve conter a pele + serosa e muscular (não entra no lumem do rumem). 
(cushing - iniciar com dois pontos no aspecto ventral da incisão para sustentação, depois realizar os outros)
 (c) Pinças: mais complicado pois tem maior motilidade - pode não segurar adequadamente.
 PS1: isolar com pano de campo também.
 PS2: dificultado se com acumulo de gás - esvaziar antes de exteriorizar.
 3ª - Incisar o rumem e realizar a exploração: avaliar mucosa ruminal, papilas, conteúdo, orifício reticulo-omasal e realizar manobra especifica // explorar o retículo, principalmente quanto a corpos estranhos (geralmente acompanhados de aderências) e abscessos.
 PS - Manobra: beliscar a prega no orifício reticulo-omasal, o que gera contração do rumem pela inervação do vago - esta prega pode estar flácida na indigestão vagal.
 PS2: o reticulo é o local mais comum de perduração por CE (e consequente reticulo pericardite traumática), o que é favorecido devido a mucosa em favos de mel - em alguns casos o CE pode já ter formado aderências e abscessos, mas não gerar complicações ao animal.
 PS3: pode-se usar imã ou detector de metal para a busca de corpos estranhos metálicos.
 PS4: abscessos devem ser perfurados com a ponta do bisturi (palpar antes para localizar), sendo que no geral tem bom prognóstico - amarrar o bisturi na mão para não perder // não romper pela cerosa, e sim por dentro do rumem.
 4ª - Preencher o rúmen antes de fechar - importante para manter a movimentação: feito com liquido ruminal (de abatedouro) ou capim verde picado: se vazio tem consequências no pós-operatório.
 PS: feito apenas nos casos de alteração de flora do rumem ou quando este precisa ser esvaziado. 
 
 5ª - Suturar o rumem: feito com 2 padrões - schmieden e cushing (invaginante) // cushing e cushing (ultima sempre deve ser invaginante para órgãos ocos): com fio sintético absorvível número 1 ou 2.
 PS1: se deve trocar a luva para o segundo padrão de sutura (ou ainda antes do primeiro padrão de sutura).
 PS2: importante que a última seja invaginante pois (1) o ponto não pode entrar na mucosa e (2) a movimentação do ponto na serosa pode gerar atrito e aderências na cavidade, o que não ocorre na invaginante (tem seus pontos ocultos).
 PS3: antes da sutura se deve lavar cerosa do rumem intensamente - com solução salina aquecida: importante para remover conteúdo aderido.
 6ª - Remover pontos de ancoragem // aparelho de fixação.
 7ª - Realizar a limpeza da incisão cirúrgica com solução salina e suturar a musculatura e pele - similar a laparotomia.
 
 Conduta pós operatória: depende da condição.
 I - Antibióticos
 II - Fluidoterapia (pp na sobrecarga)
 III - Laxantes
 Complicações e prognóstico:
 (a) Contaminação peritoneal: a mais comum.
 (b) Infecção dos pontos musculatura e pele: também comum, especialmente nos casos de sobrecarga.
 PS: importante fazer a palpação dos pontos e fixação do rúmen para ter certeza que está bem vedado.
 
 (c) Edema e infecção no local da incisão
 Prognóstico: varia com o diagnóstico da doença - por exemplo na peritonite séptica é reservado. 
3.2 - Rumenotomia: consiste na fistulização do rumem - útil em algumas situações clinicas (timpaniza demais e de forma recorrente).
 Indicações
 I - Experimental
 II - Timpanismo crônico (ingestão vagal por exemplo).
 III - Lesões vagais (motilidade do rumem)
 IV - Reticuloperitonite
 V - Abscesso hepático
 VI - Alteração da microbiota ruminal
 VII - Recurso terapêutico
 VIII - Para doação de liquido.
 
 Anestesia e preparação cirúrgica
 I - Nos casos onde há timpanismo ruminal é necessário sondar o animal para esvaziar o rumem do gás.
 II - Realizar o preparo da fossa paralombar esquerda.
 III - Anestésico local: bloqueio circular ventral ao processo transverso, com cerca de 10 cm de diâmetro - lidocaína com VC (não é extremidade).
 Técnica cirúrgica
 1ª - Realizar remoção da pele em área de cerca de 4 cm.
 2ª - Fazer a dissecção romba dos músculos abdominais e peritônio: servem como válvulas para saída de gás do rumem - abre e facilita saída do gás // fecha se não tiver.
 PS: as vezes se incisa apenas o abdominal transverso para facilitar exposição do rumem.
 3ª - Expor o rumem e fazer o pinçamento (atraumática ou acolchoada com gazes) da parede ruminal: ancorar o rumem na pele com colchoeiro horizontal - 4 pontos de ancoramento, com nylon.
 PS: sutura pode perfurar o rumem (entra na mucosa). 
 4ª - Fazer incisão circular na parte central do rúmen a ser removida - diâmetro de fístula é de 2 a 3cm.
 5ª - Realizar fixação da borda incisada do rúmen - feita com pontos simples interrompidos e fio inabsorvível
(tamanho pode ser maior no uso de cânula)
 6ª - Músculos divulsionando servem como válvula - impede entrada de ar, mantendo ambiente anaeróbico // no acumulo de gás se abre.
 PS: este tipo fica patente por pouco tempo - a fistula comercial (com cânula) é mais utilizada na prática , a qual possui tampa.
 Conduta pós-operatória:
 I - Uso de antibióticos: em procedimentos bem efetuados não é necessário.
 II - Cuidados pós-operatórios: habituais
 PS1: em alguns animais a fístula é permanente // outros com fistula patente por tempo suficiente para efeito terapêutico apenas.
 PS2: fistulas menores podem ficar patentes por tempo menor. 
 Complicações e prognóstico: geralmente bom - FC, FR e ECG não alteram após os primeiros 20 dias pós-operatório, possuindo apenas efeitos temporários de aumento de pH ruminal, AGV’S, FC e FR.
4 - Orquiectomia (equinos):
 Anatomia:
 Indicações: para facilitar o manejo - se em animal com mais de 12 a 18 meses (em precoces não é recomendado)
 PS: verificar se os dois testículos desceram - criptorquidismo tem técnica diferente.
 Técnicas:
 Aberta: incisa a túnica vaginal (prolongamento do peritônio) - segura de correta.
 Fechada: disseca a TV, mas não a abre - desvantagem de menor segurança dos nós da ligadura.
 Animal em estação ou decúbito: escolhido de acordo com temperamento do animal, experiencia do cirurgião e o ambiente (preferível em estação se contaminado).
 Castração com o a animal em estação:
 (a) Anestesia: se utiliza 
 I - Sedação ou tranquilização: geralmente com neuroleptoanalgesina (xilazina/detomidina + butorfanol, opioide)
 II - BL: infiltração com anestésico local na pele e intratesticular (ou cordão espermático) 
 (b) Preparação cirúrgica: não tem pelo (pular tricotomia) // antissepsia segue normal.
 Castração com o animal em decúbito
 (a) Anestesia: com xilazina associada a cetamina (miorrelaxante) para indução - como a contenção física não é possível se deve usar anestesia geral.
 PS - Repique de cetamina: se deve usar no máximo 3 repiques - acima disto a recuperação anestésica fica prejudicada.
 PS - Com EGG total intravenosa (TIVA): pode ser usada, porem tem apenas 1 hora de ação.
 PS: o bloqueio local tem grande importância mesmo no uso da anestesia geral - mantem animal no plano adequado e sem se contrair (cordão espermático pode contrair por exemplo).
 (b) Feita em decúbito lateral direito, com a parte superior do membro amarrada cranialmente para acesso adequado ao testículo.
 Procedimento: 
 1ª - Realizar incisões separadas, em cada testículo - cerca de 1 cm da rafe mediana.
 2ª - Fazer a incisão da túnica vaginal comum (se na técnica aberta), divulsionando esta.
 3ª - Penetração do mesórquio com polegares (separar parte vascular e avascular) - cordão espermático vascular // ducto deferente, túnica comum e músculo cremáster externo.
 4ª - Realizar ligadura na parte a ser separadas (parte vascular) - de preferência com transfixação.
 PS: segurar com pinça até testar ligadura - com 3 pinças se não sentir segurança.
 PS2: uma ligadura só? 
 PS3: pinçar a parte avascular de preferência (contem pequenos vasos). 
 Procedimento - Com emasculador (fechada): após expor o cordão espermático dentro da TV - usar o equipamento emasculador por 2 minutos // ou com ligadura.
 Cuidados pós-operatórios
 (a) Profilaxia para tétano: espécie muito sensível - importante para qualquer procedimento (com 2 ampolas).
 (b) Observação (hemorragia): comum pingar por algumas horas (mais de 12 horas passa a ser preucupante).
 (c) Curativo: proteger contra insetos.
 (d) Antibiótico: varia com a técnica e ambiente.
 (e) Anti-inflamatório: importante para controle de dor e inflamação - geralmente com AINEs.
 (f) Controle de exercícios: nas primeiras 24 horas deve estar confinado e com exercício limitado (exercícios controlados: duas vezes ao dia para redução de edema) // separação das éguas (pode manter comportamento nos primeiros dias).
 Complicações e prognóstico
 (a) Hemorragia mínima por várias horas: normal.
 (b) Edema de prepúcio ou escroto: pode ocorrer - geralmente por exercício inadequado ou se muito tempo preso.
 (c) Evisceração (hérnia inguinal): ID pode passar pelo anel inguinal - complicação mais grave.
 (d) Infecção aguda da ferida e abcessos: principalmente na técnica aberta.
 (e) Comportamento masculino
 (f) Paralisia peniana: principalmente por uso de fenotiazínicos na MPA, porem incomum.
 (g) Aderências: infecção via acedente da cavidade abdominal (peritonite).
4 - Orquiectomia (bovinos):
 Anatomia: testículos localizados verticalmente (horizontal dentro do escroto no caso dos equinos).
 Indicações: melhora na qualidade da carcaça // evitar nascimentos indesejados // facilidade no manejo.
 Contenção: geralmente pode ser feita apenas com contenção física nos ruminantes (sem contenção química) - porem pode se usar também os alfa 2 agonista (xilazina).
(contenção com brete ou amarrado)
 Método não-cirúrgico: menos recomendado (geralmente fazer sem uso de anestesia // tem maior risco de epididimite).
(com burdizzo - similar ao emasculador, porem sem abertura)
 Método cirúrgico: feita em decúbito lateral ou estação - fazer a antissepsia e bloqueio local (pele, testículo/cordão espermático), com incisão circular no ápice do escroto (em tampa de laranja): resto do procedimento similar à como nos equinos.
(com emasculador - caso abrir usar ligaduras)
 Cuidados pós-operatórios: uso de anti-inflamatório AINEs // exercícios controlados.
 Complicações: 
 (a) Hemorragia: relacionado a ligadura.
 (b) Edema excessivo: falta ou excesso de exercícios.
 (c) Tétano: menos sensíveis que equinos, porem pode ocorrer (especialmente ovinos).
 (d) Infecção da ferida cirúrgica.
5 - Laparotomia (equinos): geralmente em distúrbios abdominais agudos - causas de colica
 Acesso: geralmente pela linha média ventral (paramediana é rara).
 PS: a laparotomia pelo flanco em estação é limitada pelo número de costelas na espécie (18 ou mais) - usada em situações especificas: encarceramento nefro esplênico (colón dorsal esquerdo projeta entre baço e rim), cólica crônica, massa no local, experimental, compactação no cólon menor.
 Anestesia: com BL na linha de incisão junto a sedação // epidural também pode ser usada e a neuroleptoanalgesia pode ser interessante nos caso de cirurgia em animal em estação.
 PS: de preferência em centro cirúrgico: possui mesa, aparelho de inalatória, ventilação mecânica, etc - emergências tendem a descompensar muito.
 Técnica - Linha média ventral (mais utilizada): útil nos casos de cólicas, além de distúrbios abdominais agudos, na ovariectomia e tumores ovarianos.
 1ª - Realizar o preparo do animal (posição, tricotomia e antissepsia) - se não for emergência pode se dar banho no animal antes do procedimento.
 PS: tricotomia feita do púbis até tifoide, com 30cm para os lados - caso não for emergência e o animal for dócil pode ser feita antes da mesa de cirurgia (nem sempre possível).
 2ª - Envolve casco com luvas (mesmo se emergência) // usar cateter urinário nos machos - evitam contaminação // esvaziar bexiga
 3ª - Após limpo e caterizado se deve fechar o prepúcio com sutura (apenas a sonda sai pela linha de sutura) - especialmente nas eletivas. 
 4ª - Incisar pele e subcutâneo na linha alba, de 30 a 40cm cranialmente ao umbigo - no procedimento pela linha média ventral cerca de 75% do trato intestinalpode ser exteriorizado.
 PS: a parte cranial da linha alba é menos resistente a tensão da sutura - quanto mais cranial pode ter sangramento maior (mais delgada na região).
 5ª - Divulsionar o tecido adiposo retroperitoneal, liberando acesso ao peritônio - deve ser levantado com pinça e incisado com cuidado , então ampliado com tesoura de metzenbaum
 PS: durante a manipulação de alça é importante que sejam irrigadas com solução salina contestante - vital para diminuir os risco de aderências.
 6ª - Realizar a exploração sistemática da cavidade (Na linha media ventral) 75% pode exteriorizar.
 A.1 - Ceco (primeira estrutura a localizar) >> prega íleo-cecal (seguindo a tenia dorsal a partir da base do ceco) >> íleo
 Seguindo íleo: jejuno >> duodeno >> estomago - últimos 2 não podem ser exteriorizados.
 A.2 - Ceco >> prega ceco-colica (lado direito do ceco) >> cólon ventral direito. 
 Seguindo CVD: colón ventral esquerdo >> flexura pélvica (local mais comum para compactações) >> cólon dorsal esquerdo >> cólon dorsal direito >> cólon transverso >> colón descendente.
(prega íleo-cecal e parte do íleo que podem ser exteriorizadas // prega ceco cólica)
 PS1: independente da causa da colica o ceco deve ser a primeira estrutura visualizada - seu ápice é imediatamente visível na abertura da cavidade.
 PS2: lumem do íleo é menor que o jejuno - vascularização paralela no íleo // arvoriforme do jejuno. 
 PS3: sempre que for fazer aspiração de conteúdo se deve fazer a incisão no colón - as tênias tem vascularização menor, sendo um local prático para acesso.
 Parâmetros observados: deslocamento, obstruções, neoplasias, rupturas de alça, isquemias, coloração - maior parte dos casos de cólica tem origem no TGI.
 Partes não exteriorizáveis: estomago, duodeno, íleo distal, corpo dorsal/base do ceco, cólon dorsal direito distal, cólon transverso e cólon menor (em 2 pontos - proximal e distal) - pode ser visualizadas ou palpadas apenas.
 7ª - Laparorafia feita com padrão de sutura em 3 camadas em X - pode ser feito com simples interrompido ou continuo: a SC é mais comum atualmente (apesar do risco de soltar toda a sutura tem menos deposição de corpo estranho).
 PS1: de preferência com absorvível sintético ou natural - o inabsorvível sintético é mais resistente, porem pode formar fissura dos pontos dependo d grau de contaminação da sutura.
 PS2: maioria dos cirurgiões preferem a continua - risco de romper sutura porem deposita menos corpo estranho - irrita e tem risco de peritonite.
 Cuidados pós-operatórios: extremamente importantes.
 (a) Antibioticoterapia sistêmica: profilaxia para a laminite (consequência comum na espécie).
 A.1 - Beta lactâmico a aminoglicosídeo: por exemplo gentamicina (6,6 mg/kg/IV/SID/3 dias) com penicilina procaína (40000 UI/kg/IM/BID/ 7 dias).
 A.2 - Cefalosporina a gentamicina ou em associação com metronidazol (15 mg/kg/IV/QID).
 (b) Crioterapia: é importante como profilaxia para controle do risco de laminite (é alta na celiotomia).
 (c) AINEs: para controle da dor e endotoxemia - geralmente com Flunixim Meglumine: 1,1 mg/kg/IM ou IV/SID.
 PS: pode ser feito com um quarto da dose para efeito anti-endotoxemia (0,25 mg/kg/IM/TID), como adjuvante no tratamento da sepse - nessa dose há inibição das prostaglandinas responsáveis pelos efeitos hemodinâmicos durante a sepse em cavalos, o que ajuda no tratamento da laminite.
 Outros fármacos:
 II - Cetoprofeno: 2,2 mg/kg/IM ou IV/SID
 III - Meloxicam: 0,2 mg/kg/SID
 IV - Fenilbutazona: 2,2 a 4,4 mg/kg/IV/BID
 (d) Alimentação:
 I - Nas Afecções de IG o animal geralmente não apresenta refluxo nasogástrico, podendo retomar a alimentação normal - animal no piquete, com água e alimento liberados.
 II - No caso de afecções do ID se deve fazer jejum hídrico (evita refluxo) e alimentar de 3 a 4 dias, com retorno gradual à alimentação normal - controlado via focinheiras - importante a reposição por fluidoterapia e alimentação por via intravenosa.
 PS: cirurgias no ID são mais delicadas, com maior risco de refluxo gasto entérico espontâneo. 
 (e) Curativos diários da ferida cirúrgica: com iodo povidine tópico e repelente // cintas para proteger ferida ou ataduras.
 (f) Fluidoterapia: importante também para a correção de desequilíbrios acidobásicos e eletrolíticos - com ringer ou ringer com lactato // 
 gluconato de cálcio e/ou coreto de potássio para reposição hidroeletrolítica (quando necessários).
 Complicações: apesar do bom prognostico, ocorrem em 29 a 40% dos casos:
 I - Drenagem pelo local da incisão: pp no uso de pontos separados, com irritação da parede abdominal.
 II - Abscedação.
 III - Fistulização.
 IV - Deiscência.
 V - Herniação: em 15 a 16% dos casos.
 VI - Outros fatores.
6 - Criptorquidismo (equinos): ocorre pela falha de descida do testículo para escroto - fica retido na cavidade abdominal (não passa pelo anel vaginal) ou canal inguinal (passou apenas pelo anel vaginal).
 PS1: relativamente comum em equinos - teoricamente tem caráter hereditário (questionável).
 PS2: pode ser uni ou bilateral - no unilateral o animal tem características sexuais normais (produz e secreta testosterona próximo ao normal), porem com menor produção de esperma.
 Processo normal: gubernáculo (cordão mesenquimal) orienta a migração do testículo para região inguinal.
 1ª - Na fase embriológica o testículo se encontra ligado ao polo caudal do rim pelo ligamento suspensório do testículo e pelo mesórquio.
 2ª - Testículo aumenta de tamanho desce - ao atingir o anel inguinal fica retido no anel vaginal inguinal (ainda no abdômen).
 3ª - Testículo diminui em tamanho em quase 10x // gubernáculo encurta e aumenta de diâmetro // processo vaginal e anel inguinal dilatam - faz com que o epidídimo passa pelo canal vaginal.
 4ª - Testículo passa pelo anel inguinal, porém não desce para escroto ainda - só ocorre quando o testículo volta a crescer.
 5ª - Processo vaginal contrai, impedindo volta. 
(atenção especial - anéis vaginal e inguinal)
 Localizações: pode ficar retido no
 (a) Abdômen (quando não passa do anel vaginal).
 (b) Canal inguinal (quando passa apenas pelo anel vaginal): pode apresentar resolução espontânea (se no abdômen não).
 (c) Subcutâneo
 Diagnóstico:
 I - Palpação externa.
 II - Palpação retal: mais difícil, já que fica retido na cavidade abdominal - observar ducto deferente não passando pelo anel vaginal.
 III - Testes endocrinológicos: níveis de testosterona e estrógeno ajudam no diagnóstico.
 IV - Ultrassonografia na região inguinal: muito útil.
 PS - Presença de cicatrizes de orquiectomia: importante verificar pois muitas vezes realizam castração incompleta quando não localizam um dos testículos.
 Vias de acesso:
 Acesso inguinal: feita em decúbito dorsal, com incisão feita sobre anel inguinal - mais utilizada.
 Acesso para-inguinal: incisão craniomedial ao anel superficial inguinal.
 Laparoscópica com animal em estação.
 Localização: 
 No criptorquidismo inguinal: o testículo fica dentro do canal, entre o anel vaginal e inguinal - é mais fácil de ser localizado: 
 No criptorquidismo abdominal: mais difícil - testículo menor, flácido e dentro da cavidade.
 Procedimento - Acesso inguinal (retido na cavidade abdominal):
 1ª - Realizar a anestesia e preparação cirúrgica - feita em decúbito dorsal com anestesia geral (inalatória ou TIVA): de preferência feita em centro cirúrgico para anestesia mais segura e menor contaminação.
 2ª - Antissepsia na região inguinal.3ª - Realizar incisão na pele sobre o anel inguinal - de 12 a 15cm - realizar dissecação romba (geralmente com ponta dos dedos) até a 
exposição do anel inguinal externo.
 PS: cuidado com os ramos da veia pudenda (precauções para não ter sangramento) - realizar ligaduras .
 4ª - Localizar o anel vaginal: ao ser localizado usar pinças longas através do canal inguinal para tentar prender o processo vaginal (as cegas, por tentativa e erro):
 5ª - Retirada da pinça, com cuidado para não romper o processo vaginal - ao retirar a pinça se deve identificar o gubernáculo:
cordão palpado dentro do processo vaginal evertido (rolar ele entre o polegar e indicador).
 6ª - Prender gubernáculo com pinça e o tracionar até localizar o epidídimo e fazer que o testículo saia pelo anel vaginal e para dentro da túnica vaginal - seguir com a castração como normalmente, após abrir a túnica vaginal (ou não, se for usar a técnica fechada).
 PS: caso a localização do testículo falhar ou na ruptura acidental do processo vaginal se deve fazer a exploração manual do abdômen com toda mão - feito via ampliação do anel vaginal ou do músculo abdominal interno.
 7ª - Sutura geralmente é feita com fio sintético - simples continuo ou interrompido quando na pele.
 PS: suturar anel inguinal externo quando a ando a abertura do anel vaginal é muito grande - existe risco de herniação do ID.
(testículo normal vs retido na cavidade)
7 - Descorna: 
 Indicações:
 I - Brigas entre animais (especialmente na fratura dos chifres).
 II - Para animais de alto valor zootécnico (estética).
 III - Para animais com menos de 1 ano: facilita manejo.
 Procedimento:
 1ª - Contenção do animal com amarras (contenção física) - em decúbito esternal ou lateral, com rumem para cima - neste momento realizar também a assepsia e tricotomia ampla da região.
(com focinheira e com cabeça em direção ao rumem)
 2ª - Realizar a anestesia: pela combinação das técnicas.
 (a) Tranquilização: com A2 agonista (xilasina geralmente) - pode ser usado, já que é feito em decúbito.
 (b) Bloqueio do nervo cornual: seta 1 na imagem.
 (c) Bloqueio local infiltrativo circular: com 5 ml de anestésico (forma de leque) - profundidade de 2 a 3 ml na pele
 3ª - Tricotomia e antissepsia em região ampla ao redor do chifre: realizar 2 incisões elípticas e divulsão romba no SC da pele exposta.
 4ª - Usar serra de giro ou fio serra (fio de gigli) esterilizados para a remoção do chifre.
 PS: muito cruento (normal) - nem tentar fazer a hemostasia (pode perder ate 20% de volemia sem problema).
 5ª - Fechamento da pele com padrão continuo (SC ou festonado).
 PS: em caprinos não se fecha. 
 Complicações e prognóstico: existem 3 erros muito comuns:
 I. Remoção de muita pele na base do chifre: dificulta fechar - as incisões devem ser feitas bem rente ao chifre (1 a 2 cm).
 II. Colocação inadequada da serra/fio: coto pode dificultar a fechar - também deve ser feito rente (ao osso).
 III. Falha em rebater adequadamente as margens cutâneas: na incisão dupla se deve Divulsionar para os 2 lados - esta divulsão deve ser bem feita para permitir o fechamento.
 Complicações: sinusite (mais comum) e cicatrização por segunda intenção (no fechamento inadequado) - porem de forma geral o prognostico é bom.
8 - Técnica de rufião: técnicas que incapacitam o touro para o coito
 Indicações: biotecnologia e reprodução (identificar cios da água): útil para se usar apenas sêmen de animais melhoradores.
 PS: o rufia o geralmente é animal menos favorecido zootecnicamente.
 
 Técnicas (3): translocação // fixação do pênis // epididectomia caudal (método de esterilização).
 PS1: procedimento anual - animal perde interesse na monta, logo é necessário fazer o procedimento em outro animal.
 PS2: fazer 30 dias antes da estação de monta.
 Técnica - Translocação do pênis: colocar em novo orifício em ângulo de 45º (mais em caprinos).
 1ª - Anestesia e preparação cirúrgica: feita em decúbito dorsolateral, com 
 (a) Anestesia geral e sedação: geralmente apenas com contenção física e sedação.
 (b) Tricotomia: deve ser ampla, do orifício prepucial, linha média e ventral do flanco (da extremidade da bainha até a base do escroto).
 (c) Antissepsia.
 (d) Realizar também bloqueio local: feito com 30 mL - geralmente lidocaína.
 2ª - Realizar incisão cutânea do orifício prepucial e da linha media a partir do orifício prepucial, em torno de 3 cm da abertura - prolongar incisão até a base do pênis.
 3ª - Dissecar o subcutâneo, permitindo assim a liberação do pênis, prepúcio e tecido elástico (pênis fico aderido dentro da área).
 PS: recomendável sondar o pênis antes - urina pode contaminar subcutâneo e infeccionar a cirurgia.
 4ª - Criar uma nova abertura em torno de 45º ângulo a partir da saída original do pênis (um pouco mais aberto em caprinos) - feito na área ventral do flanco esquerdo.
 5ª - Criar um túnel no subcutâneo por divulsão romba, ligando a região da base do pênis até o novo orifício.
 6ª - Remover o pênis, orifício prepucial e prepúcio da suas posições iniciais e passa-los pelo túnel, em direção ao novo orifício.
 PS: retirar a sonda para a passagem - de preferência envolver o pênis com uma luva cirúrgica para esta etapa.
 7ª - Suturar a pele do orifício prepucial com a nova incisão circular.
 8ª - Suturar SC e pele na linha media - feita com fio inabsorvível, podendo ser mais espaçado para melhor drenagem.
 Técnica - Fixação peniana: impede a exposição do pênis. 
 1ª - Realizar incisão de em torno de 10 cm no ventre abdominal - pele, tecido subcutâneo e músculo cutâneo do tronco.
 2ª - Fazer a dissecação romba dos músculos até localizar a superfície dorsal do pênis.
 PS: localizar também a uretra em especifico - importante pois quando se fixa o pênis na parede abdominal a sutura não pode envolver a uretra.
 3ª - Exteriorizar o pênis e expor a túnica albugínea - 
 4ª - Antes de suturar o pênis na PA verificar que o Glande e o prepúcio não estejam saído do ostio prepucial - se estiver saindo indica que não tracionou o suficiente: a sutura é feita com 3 a 4 pontos, com intervalos entre estes de 1 a 2cm, devendo conter o pênis e a parede abdominal.
 PS: certificar que a glande e prepúcio não estejam saindo do ostio prepucial - caso estejam o animal ainda pode copular.
 5ª - Suturar a pele - pode ser feita com fio sintético monofilamentar 1 ou 2.
 6ª - Animal deve estar em repouso sexual por 2 a 3 semanas, até que se formem aderências (pênis e musculatura abdominal).
 Técnica - Epididimectomia (esterilização): 
 1ª - Realizar incisão da pele de 3cm, paralela à rafe escrotal.
 2ª - Incisar a túnica vaginal para a exteriorização do epidídimo - fazer a dissecação da cauda do epidídimo
 3ª - Realizar a ligadura do ducto deferente com fio inabsorvível - seccionar o ducto deferente e final do corpo do epidídimo (remoção da cauda do epidídimo).
 4ª - Fechar com sutura da túnica vaginal e pele (fio inabsorvível)
 Conduta pós-operatória
 I - Antibioticoterapia (indicada na translocação)
 II - Retirada dos pontos feita em cerca de 10 dias na translocação peniana // 2 a 3 semanas na fixação peniana.
 III - Retorno das funções sexuais: se deve esperar 4 a 6 semanas no mínimo.
 IV - Avalição do sêmen: importante de ser feita antes da reintrodução do animal (30 dias antes da estação de monta)
 Complicações e prognóstico
 I - Parafimose (na translocação peniana): dificuldade de remover o pênis para cavidade prepucial, levando a exposição permanente deste.
 II - Ruptura dos pontos.
 III - Seroma(muito comum na translocação).
 IV - Retração insuficiente do pênis (na fixação peniana)
 V - Transmissão de DSTs: ainda é possível na deferectomia/epididimectomia.

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