P1 Trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA... VARA DO TRABALHO 
DO... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON DE TAL, casado, balconista atualmente desempregado, filho de 
Beltrana de tal, residente e domiciliado na Av. Bonita, nº. 123, nesta Capital – CEP nº. 
20123-456, inscrito no CPF/MF sob o nº. 555.333.222-11, com CTPS nº. 994422-001/RJ, 
com endereço eletrônicoanderson@fulano.com.br, vem respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência ajuizar: 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
 
Em face de FLORICULTURA FLORES BELAS LTDA., situada à Rua das 
Flores n. 171, Rio de Janeiro, CEP: 22123-456. 
 
 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
Inicialmente requer os benefícios da gratuidade de justiça, consoante dispõe o § 3º 
do art. 790 da CLT, haja vista não poder demandar contra seu ex-empregador sem prejuízo 
do sustento próprio e da sua família. 
DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
 O Reclamante foi contratado pela Reclamada em 01/01/2020, para 
exercer função de balconista, percebendo salário no valor do mínio legal. Laborava de 
segunda-feira à sexta-feira, no horário de 14h30 às 23h30 com intervalo de 1h parar 
refeição e aos sábados das 8h às 12h, sem intervalo. 
 
DAS HORAS EXTRAS 
 
 Ocorre que o Reclamante exercia diariamente hora-extra, vez que 
após o horário que laborava de segunda à sexta, gastava 20 min. para trocar de uniforme, 
por imposição do regulamento interno. 
Sabe-se que de acordo com o artigo 4º da CLT, entende-se que o período que o 
trabalhador permanece à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, 
salvo disposição em contrário, integra a sua jornada, pois se consideram como serviço 
efetivo. 
Vejamos este entendimento do egrégio tribunal: 
 
HORA EXTRA DEVIDA. O tempo utilizado pelo trabalhador antes 
e após a jornada de trabalho para troca de uniforme será 
considerado como extra, na totalidade do excedente à jornada 
normal. Nesse sentido a atual jurisprudência deste Regional, nos 
termos da Tese Jurídica Prevalecente de nº 17. Apelo ao qual se dá 
provimento. (PROCESSO Nº 0002417-29.2013.5.02.0085) 
 
Portanto, são devidas as horas excedidas pela Reclamante, pois em virtude de 
obediência ao seu empregador, saía 20 min depois do horário da jornada de trabalho para 
troca de uniforme. 
 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência a condenação da reclamada a proceder 
ao pagamento dos seguintes direitos trabalhistas: 
 
a) Deferimento da Gratuidade de Justiça; 
b) O pagamento das horas extras no valor de R$ .... 
 
Dá-se à causa o valor de R$5.000,00 (cinco mil reais) 
 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
 
 
Rio de Janeiro, 23 de abril de 2021. 
 
 
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ADVOGADO 
OAB