Portifolio 2 ° periodo-1

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ANA FLÁVIA FERREIRA SANTIAGO
DEIVISON RODRIGO DA SILVA
HENRIQUE FERREIRA XAVIER
ROBERTA EMANUELLE CALDEIRA ARAUJO
RUAN VITOR VIEIRA OLIVEIRA
ESPORTE, cultura, mídia e suas influências na iniciação ESPORTIVA.
Trabalho de produção textual interdisciplinar apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Aprendizagem Motora e Psicomotricidade; Fundamentos da Iniciação 
ANA FLÁVIA FERREIRA SANTIAGO
DEIVISON RODRIGO DA SILVA
HENRIQUE FERREIRA XAVIER
ROBERTA EMANUELLE CALDEIRA ARAUJO
Ruan Vitor Vieira Oliveira
ESPORTE, cultura, mídia e suas influências na iniciação ESPORTIVA.
Trabalho de produção textual interdisciplinar apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral nas disciplinas de Aprendizagem Motora e Psicomotricidade; Fundamentos da Iniciação Esportiva; Homem Cultura e Sociedade; Metodologia Científica; Metodologia Científica do Voleibol.
Professores: Anderson Nascimento Guimarães; Anísio Calciolari Jr; Marcio Teixeira; Maria Elisa, Correia Pacheco; Maria Luzia Silva Mariano
Tutor Presencial: Ciro
João Monlevade - MG
2020
Introdução
Iniciação esportiva é o período em que a criança começa a aprender de forma especifica e planejada a pratica esportiva. Antes de se especializar em qualquer esporte, a criança deve ter a oportunidade de experimentar práticas que incitem o desenvolvimento de habilidades motoras variadas. Essa vivência, então, objetiva uma prática esportiva saudável, e pode ser instigada por meio de jogos e modalidades esportivas diversificadas que envolvam não somente a dimensão motora, mas também habilidades humanas, culturais, sociais, cognitivas e afetivas. Por conta da forte influência cultural, o futsal e, consequentemente, o futebol aparecem como duas das principais formas de iniciação esportiva para crianças. Nesse contexto, a prática do futebol pode ser muito benéfica ao desenvolvimento motor da criança como uma forma de experiência motora.  Essa iniciação no futebol deve ser realizada de forma adequada, respeitando o grau de desenvolvimento de cada aluno, satisfazendo seus interesses e necessidades.   
 O esporte está diretamente ligado com a cultura de modo que seu desenvolvimento nada mais é do que a prática dos costumes de um determinado local, é um fenômeno sócio -cultural com uma forte influência na formação de um indivíduo.  Transmitindo valores de acordo com suas formas de manifestação, e na iniciação esportiva não é diferente a criança aprende valores riquíssimos que pode levar para a vida toda, tem um grande poder de socialização, propiciando uma troca de vivencias, e muitos outros benefícios. Mas também deve se tomar cuidado, pois uma iniciação esportiva precoce, pode gerar problemas futuros a vida da criança.
De fato, o esporte é propagado através de recursos tecnológicos, o que acaba influenciando na escolha da prática da modalidade esportiva, e o maior fator de influência é a mídia. Esta por si só, dispõe de uma grande fonte de divulgação e propagação. Como acontece com o futebol e o vôlei, que são vistos pelas grandes empresas como grandes fontes lucrativas devidas demanda de procura por esses esportes em meios televisivos e tecnológicos, e aos esportes que não se adequarem à mídia, estes estão situados a perda de sua divulgação e inclinados ao esquecimento. Por vez, a mídia quando voltada para o âmbito esportivo apresenta muitos malefícios principalmente em relação a iniciação esportiva, como a busca por melhores resultados nas competições esportivas que tem se tornado cada vez mais intensa.
É só observarmos como recordes são quebrados constantemente, independentes da modalidade esportiva. Muitas vezes essa busca desenfreada por melhores resultados ultrapassa o próprio bem-estar das pessoas, tendo em vista que crianças e adolescentes também participam deste processo, o que se torna preocupante. Pois a iniciação esportiva deve ser estruturada com uma visão pedagógica do esporte visando nas fases do desenvolvimento da criança, para assim ser levado tanto na formação de atletas como na de cidadão para a vida.
A infância é a fase de maior descoberta e exploração na vida do ser humano. Movimentar-se e, um pouco mais tarde, praticar esportes são ferramentas preciosas para o desenvolvimento. O esporte bem como qualquer atividade física trazem benefícios no desenvolvimento motor, na disciplina e na expressão corporal das crianças, por isso é tão importante iniciar a criança no esporte, mas essa iniciação esportiva deve ser uma pratica saudável, prazerosa, e educativa, que explore a criatividade, desenvolva habilidades motoras, e sociabilidade da criança. 
É importante saber que a prática esportiva não competitiva pode ser definida como atividade física e resume-se a gestos naturais como caminhar, correr, pular, chutar, todos executados de forma lúdica. São o que chamamos de brincadeira de criança, e não tem idade para começar. Nos últimos anos, a quantidade de crianças que praticam alguma atividade esportiva tem crescido em grande proporção, seja nas escolas, clubes ou nas escolas de esporte. A partir dos 8 e 12 anos a criança já pode praticar esportes com objetivos competitivos, visando resultados, jogos de natureza competitiva (ganhar e perder) como o futebol, basquete, vôlei, natação e tantas outras formas de prática esportiva que requerem treinamento especializado e orientado por profissionais da área, seja treinadores, ou professores de educação física.  É importante respeitar uma série de critérios, entre eles se a criança ou adolescente realmente gosta daquele determinado esporte, ou se está apenas atendendo um sonho, ou pior, uma exigência dos pais. Há muitas dúvidas na escolha de qual o melhor esporte para a iniciação esportiva. Não existe o melhor esporte, mas sim aquele que cada um consiga praticar da melhor forma. Muitos profissionais indicam o futebol, por ser um esporte coletivo, crianças mais sociáveis e extrovertidas tende a buscar o futebol, porem crianças mais tímidas, muitas vezes buscam esportes individuais.
Nem toda criança gosta de esportes. Algumas são sedentárias por natureza ou por hábitos familiares. É fundamental que os pais estimulem as atividades físicas ao ar livre dando o exemplo. Filhos de pais que praticam esporte provavelmente também o farão. Exemplo é quase tudo.
O Brasil é um dos países em que a especialização precoce tem se iniciado em idades cada vez menores, decorrentes da influência dos eventos esportivos divulgados e a exposição da mídia, mídia no qual é de grande influência para a iniciação esportiva precoce. Ao falarmos em iniciação esportiva, o principal não é a faixa etária em que se iniciam as atividades desportivas, mas a forma com que a criança é introduzida ao esporte.
A exigente carga de treinamento, os estímulos que deveriam ser aplicados somente para adultos e são aplicados para crianças são fatores promotores de lesões. Sem dúvida a iniciação esportiva é benéfica para o desenvolvimento da criança, mas se afastadas da base pedagógica pode trazer riscos e malefícios. Portanto, o futuro esportivo da criança depende deste entendimento para o êxito na sua vida.
 O esporte, através dos tempos vem envolvendo variáveis, como competitividade, vitória e derrota, o uso excessivo de competições e cobranças que se não visto com um olhar crítico dentro de uma prática esportiva, podem ser prejudiciais ao desenvolvimento na infância. 
Portanto, o esporte também é considerado um bom meio para a prevenção de doenças como a obesidade, porém quando a criança já apresenta este distúrbio metabólico, os profissionais de Educação Física devem ter cuidado em relação a iniciação destas no Esporte. Além dos cuidados com esforços físicos, também deveremos ter cuidado com a possível exclusão dos obesos por parte dos colegas e até mesmo obullying. 
 A difusão das mídias digitais invadiu os lares e se fez presente em nosso cotidiano, seja por televisores, programas de rádio ou até mesmo pela internet. A mídia atua na formação e disseminação da visão do esporte, que é passada para a sociedade como espetáculo esportivo como possibilidade de ascensão socioeconômica, mercadoria e consumo, criando ídolos, heróis, deixando as pessoas de modo geral, mais competitivas, buscando serem melhores que as outras, e colocando isso desde cedo na cabeça de crianças e adolescentes através do incentivo as competições. 
Mídia, fama e dinheiro fazem parte do sonho de muitas crianças e adolescentes que se engajam no mundo esportivo almejando se tornarem atletas profissionais. Eles vislumbram ganhar rapidamente grandes quantias de dinheiro, ser muito reconhecido pela mídia esportiva, ter um grande número de admiradores, obter um rápido sucesso na modalidade esportiva que praticam. O que nem sempre deve ser levado em consideração, pois ao decorrer da vida acaba trazendo frustração, não alcançando o esperado.
Infelizmente, a maior ênfase no que se diz do esporte na iniciação esportiva, com pouquíssima atenção na iniciação esportiva tardia, que também é de suma importância, e entende – se como a aprendizagem do esporte na fase adulta. Como dia o ditado, ‘’ antes tarde do que nunca ‘’.
 O aprendizado de uma modalidade esportiva pode ser alcançado em qualquer fase da vida. Enfim, não se pode considerar que a idade cronológica determina o aprendizado do esporte.
 MARTENIUK (1986) define o feedback como sendo uma resposta produzida pelo movimento realizado, obtendo informações cinéticas e cinemáticas do mesmo. SCHMIDT (1993) afirma que feedback é qualquer tipo de informação sensorial sobre o movimento, não exclusivamente com referência a erros.
 André utiliza nas aulas feedback extrínseco, Tem como característica a suplementação da informação naturalmente disponível (feedback intrínseco) e, o mais importante, este feedback é "a informação sobre a qual o técnico ou instrutor tem controle". Portanto, este deve levar em conta quando deve apresentá-lo, de que forma e, até mesmo se deve ser apresentado para influenciar na aprendizagem. O feedback extrínseco pode motivar os alunos, ajudando eles manter-se interessados e se esforçando para tentar ter melhores resultados, também ajuda corrigir o movimento é reduzir erros na execução, indicando estratégias para melhorar.
“Dezesseis crianças de ambos os sexos foram divididas em dois grupos: um que recebeu feedback em todas as tentativas (100% CR) e outro que recebeu feedback a cada três tentativas (33% CR). A tarefa constituiu em finalizar bola de futsal, com dois alvos nos cantos inferiores da goleira. A coleta de dados foi composta pela fase de aquisição (5 blocos de 10 finalizações por sujeito) e de retenção (1 bloco de10 finalizações por sujeito). Resultados: o grupo 100% CR obteve média maior de pontuação em ambas as fases, contudo, na fase de -retenção, o grupo 33% CR obteve um ganho relativo maior que o outro. Conclusão, entre as duas fases, a menor frequência de feedback não parece interferir negativamente na aprendizagem desta habilidade.”
 O uso do feedback tem funções importantes para a aprendizagem, mas em excesso pode ocasionar no aluno dependência de feedback, durante a prática deve-se evitar uma frequência relativa maior que 50%, diminuindo gradualmente os feedbacks. Outro fator que tem que ser levado em conta na hora de estruturar o feedback e a quantidade de informações que vão ser apresentada aos alunos, temos que considerar limitações dos alunos de processar essas informações, o feedback deve ser feito de forma que o aluno consiga absorver toda a informação dada pelo treinador.
 O ideal é deixar os alunos usarem o Feedback Intrínseco, onde o aluno mesmo absorve este feedback pelos seus sistemas sensoriais (visão, audição, tato e olfato), tendo acesso a uma informação que lhe possibilita saber como foi a sua performance e/ou resultado, por exemplo. Sabendo desta informação, o aluno pode gerar em si próprio um feedback intrínseco, realizando uma análise do seu resultado e/ou desempenho e, assim, ter uma maior possibilidade de obter melhores performances e resultados.
E muito importante que possamos observar o tempo de processamento da informação intrínseca do aluno. O conhecimento de resultado não deve ser apresentado imediatamente após a execução da tarefa, deve ser observado um tempo para que o aprendiz processe o feedback intrínseco antes de receber informação externa. O ideal que se peça ao aluno que tente observar os possíveis erros cometidos durante a tarefa, assim o aluno conseguirá reconhecer o que está errando, melhorando assim seu desempenho, mas se mesmo assim o aluno permaneça errando, deveremos fornecer feedback extrínseco de acordo com a necessidade do aluno.
Considerações finais
A infância é a fase de maior descoberta e exploração na vida do ser humano e praticar esportes são ferramentas preciosas para o desenvolvimento. O esporte bem como qualquer atividade física trazem benefícios no desenvolvimento motor, na disciplina e na expressão corporal das crianças, por isso é tão importante iniciar a criança no esporte, mas essa iniciação esportiva deve ser uma pratica saudável, prazerosa, e educativa, que explore a criatividade, desenvolva habilidades motoras, e sociabilidade da criança. Essa iniciação deve ser realizada de forma adequada, respeitando o grau de desenvolvimento de cada aluno, satisfazendo seus interesses e necessidades. 
Sem dúvida a iniciação esportiva é benéfica para o desenvolvimento da criança, mas se afastadas da base pedagógica pode trazer riscos e malefícios. Portanto, o futuro esportivo da criança depende deste entendimento para o êxito na sua vida, as mídias sociais vêm como uma grande aliada a propagação do esporte. Contudo devemos ficar atentos, pois geralmente ocorre a propagação de poucas modalidades que em um cerne geral não gera benefícios para o desenvolvimento da criança em casos levando a especialização precoce.
Enfim, incentivar de maneira coerente a pratica esportiva em todas as fases e principalmente na fase inicial de desenvolvimento trará inúmeros benefícios, desde aspectos físicos ao fator psicossocial. Cabe aos profissionais em educação física e treinadores estar ciente da importância do trabalho congruente que deve ser realizado.
Referencias 
MEDINA, Vilma. Iniciação da Criança no Esporte.Guiainfantil.com,2018. Disponível em: < https://br.guiainfantil.com/educacao-fisica/186-iniciacao-da-crianca-no-esporte.html >. Acesso em: 23 de set de 2020.
FILGUEIRA, Fabrício Moreira. Futebol, uma visão da Iniciação Esportiva. Editora Ribergráfica, 2004. Disponível em:< https://universidadedofutebol.com.br/iniciacao-esportiva-os-primeiros-passos/ >. Acesso em:23 de set de 2020.
TUDO sobre iniciação esportiva para profissionais de educação física. Unisport Brasil, 2016. Disponível em:< HTTPS://blog.unisportbrasil.com. br/tudo-sobre-iniciacao-esportiva-para-profissionais-de-educacao-fisica/ >. Acesso em: 28 de set de 2020.
FERRARI, Juliana Spinelli. Esporte Infantil. Brasil Escola. Disponível em:< HTTPS://brasilescola. uol.com.br/psicologia/esporte-infantil.htm>. Acesso em:04 de out de 2020.
INFLUENCIA da mídia no esporte. Trabalhos Gratuitos, 2015 .Disponível em:< https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Colegial/Influencia-da-midia-no-esporte-882392.html#:~:text=A%20influ%C3%AAncia%20da%20m%C3%ADdia%20tem,do%20aumento%20de%20seus%20sal%C3%A1rios.&text=As%20emissoras%20pagam%20aos%20clubes,clubes%20recebem%20dinheiro%20dos%20patrocinadores>. Acesso em :04 de out de 2020.
GABARRA, Leticia Macedo; RUBIO, Katia; ANGELO, Luciana Ferreira. Psicologia do Esporte na Iniciação Esportiva Infantil.Psicol.Am.Lat., México n.18, nov .2009. Disponível em:< http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2009000200004>. Acesso em: 04 de out de 2020.
EXCESSO de competições pode ser ruim para praticaesportiva nas escolas. InfoEscola. Disponível em :< https://www.infoescola.com/saude/excesso-de-competicao-pode-ser-ruim-para-a-pratica-esportiva-nas-escolas>. Acesso em: 04 de out de 2020. 
https://online.unisc.br/seer/index.php/ripsunisc/article/view/13352
https://www.efdeportes.com/efd66/feedb.htm
João Monlevade - MG
2020