Prévia do material em texto
ENEM – FILOSOFIA TEORIA DO CONHECIMENTO – Fenomenalismo Esta posição inicia-se com o alemão Kant (quantas vezes ele já foi citado aqui, não?) quando este tentou conciliar o realismo e o idealismo, algo que na Idade Média foi chamado de querela (ou disputa) dos universais, o realismo versus o nominalismo. A primeira afirma ser possível conhecer o que é real e a outra que podemos somente conhecer as ideias, o ideal, do real. O que Kant fez foi ampliar o significado de fenômeno, que em grego é phainómenon, e que significa aparência. Ao que parece, o termo tem mais relação com o idealismo do que com o realismo, concorda? Vejamos. Ele toma o conceito de fenômeno em seu sentido original, mas não como algo que nega a coisa em si, o que na sua teoria ele chama de noumenom. Esta pode sim existir, mas sem que o nosso intelecto possa conhecê-lo em sua integralidade. Podemos conhecer o que aparece para nós, o “que” das coisas, mas não o seu “o que”. De acordo com o filósofo Mario Ferreira Santos, pode ser feito o seguinte resumo: 1) A coisa em si é incognoscível [não pode ser conhecida pela mente humana], isto é, o conhecimento nele [a coisa em si] não chega. 2) Portanto, nosso conhecimento limita o fenômeno (daí fenomenalismo, a síntese entre realismo e idealismo). 3) O fenômeno (que são os entes, as coisas, a res [a coisa] que forma a realidade) que nos surge para consciência é ordenado de acordo com nossas formas da intuição e entendimento (esquemas), isto é, de acordo com um sistema sofisticado de captação, seleção e organização, temos a compreensão do aparente (dos fenômenos). Também coisas como o movimento, repouso e tamanho são consideradas na teoria como sendo funções a priori no nosso entendimento, assim como odor, cor e sabor, propriedades sensitivas que temos, estando já em nossa consciência e que servem para estudar o fenômeno. Salve, curta e compartilhe os meus materiais, se gostou deles. Se for preciso, entre em contato comigo. Bons estudos!