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1. CONCEITUAR O SISTEMA GENITAL MASCULINO, CITAR SEUS ÓRGÃO E FUNÇÕES. O Sistema Genital Masculino compreende seus órgãos e respectivas funções. Os órgãos sexuais masculinos compreendem um arranjo complexo de órgãos genitais internos e externos. Incluem os testículos, um sistema de ductos (epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias (glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias estruturas de apoio, incluindo o escroto e o pênis. Sua função está relacionada com a reprodução e o prazer sexual. Os testículos (gônadas masculinas) produzem espermatozoides e secretam hormônios. O sistema de ductos transporta e armazena os espermatozoides, auxilia em sua maturação, e libera-os para o meio externo. O sêmen contém espermatozoides mais as secreções produzidas pelas glândulas sexuais acessórias. As estruturas de apoio têm várias funções. O pênis entrega os espermatozoides no aparelho reprodutivo feminino e o escroto contém os testículos. 2. ESTUDO ANATÔMICO. Escroto Bolsa cutânea que está pendurado na raiz (parte anexa) do pênis e que contém os testículos e partes inferiores do funículo espermático. O escroto permite que os testículos fiquem posicionados fora do corpo. Externamente, o escroto parece uma bolsa de pele ímpar separada em porções laterais por uma crista mediana chamada de rafe do escroto. Internamente, o septo do escroto divide o escroto em dois sacos, cada um contendo um testículo. A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a temperatura dos testículos, importante para a produção de espermatozoides. O suprimento sanguíneo do escroto provém dos ramos escrotais das artérias pudendas internas e externas. Quanto à inervação, os ramos do plexo sacral suprem a parte anterior do escroto, enquanto o plexo lombar inerva sua região posterior. Testículos São um par de glândulas ovais no escroto com aproximadamente 5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Desenvolvem-se perto dos rins, na parte posterior do abdome, e geralmente começam sua descida para o escroto por meio dos canais inguinais (passagem na parede anteroinferior do abdome) durante a segunda metade do sétimo mês do desenvolvimento fetal. Sua função é produzir espermatozoides e o hormônio testosterona. Os testículos compreendem uma rede intrincada de túbulos e células secretoras dispersas. Os primeiros são os túbulos seminíferos e a rede testicular, e os últimos são as células de Leydig e de Sertoli. Cada um deles desempenha um papel vital na espermatogênese. Os espermatozoides saem dos testículos através do epidídimo e sua continuação, o ducto deferente (canal deferente). O ducto deferente deixa o escroto pelo funículo espermático. Testículos e os epidídimos são irrigados pelas artérias testiculares. A drenagem venosa é realizada pelo plexo pampiniforme e pelas veias testiculares. Eles são inervados pelo plexo testicular autonômico. Epidídimo O epidídimo está localizado na superfície posterior do testículo. É constituído por uma série de ductos e a sua principal função é o armazenamento e a maturação dos espermatozoides. Dividido em três partes: a cabeça, que está conectada aos ductos eferentes dos testículos na região superior, o corpo, parte média estreita E a cauda. A cauda do epidídimo continua distalmente como o ducto deferente. Funcionalmente, o epidídimo é o local de maturação dos espermatozoides, processo pelo qual o espermatozoide adquire motilidade e a capacidade de fertilizar um óvulo. Além disso, o epidídimo armazena espermatozoides, que permanecem viáveis aqui por até vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não seja ejaculado durante esse período de tempo é, por fim, reabsorvido ma Masculino https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/orgaos-do-sistema-reprodutor-masculino Ducto Deferente No interior da cauda do epidídimo, o ducto do epidídimo torna-se menos enrolado e o seu diâmetro aumenta. O ducto deferente, que mede aproximadamente 45 cm. Ascende ao longo da margem posterior do epidídimo através do funículo espermático e, em seguida, entra na cavidade pélvica. Ele contorna o ureter e passa lateralmente e desce pela face posterior da bexiga urinária. A parte terminal dilatada do ducto deferente é a ampola. Transporta os espermatozoides, durante a excitação sexual, do epidídimo em direção à uretra por contrações peristálticas de seu revestimento muscular. Como o epidídimo, o ducto deferente também pode armazenar espermatozoides durante vários meses. Qualquer espermatozoide armazenado que não seja ejaculado durante esse período é, por fim, reabsorvido. Funículo espermático O funículo espermático conduz o feixe neurovascular dos testículos e os suspende no escroto. O feixe consiste em uma porção do ducto deferente que ascende através do escroto, na artéria testicular, nas veias que drenam os testículos e levam testosterona para a circulação, nervos, plexos pampiniformes, vasos deferentes, vasos linfáticos e túnica vaginal dos testículos, e no músculo cremaster. O funículo espermático e o nervo ilioinguinal atravessam o canal inguinal, passagem oblíqua na parede abdominal anterior superior e paralela à metade medial do ligamento inguinal. O canal se origem no anel inguinal profundo (abdominal), abertura em forma de fenda na aponeurose do músculo transverso do abdome e termina no anel inguinal superficial (subcutâneo), abertura discretamente triangular na aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. Ductos Ejaculatórios Cada ducto ejaculatório mede aproximadamente 2 cm e é formado pela união do ducto da glândula seminal e a ampola do ducto deferente. Os curtos ductos ejaculatórios formam-se superiores à base (parte superior) da próstata e passam inferior e anteriormente através da próstata. Eles terminam na parte prostática da uretra, onde ejetam os espermatozoides e secreções das glândulas seminais pouco antes da liberação do sêmen da uretra para o exterior. Glândulas Seminais O par de glândulas seminais são estruturas enroladas em forma de bolsa que medem aproximadamente 5 cm e se encontram posteriormente à base da bexiga urinária e anteriormente ao reto. Não são reservatórios de espermatozoides. Secretam um líquido através dos ductos das glândulas seminais. O liquido é viscoso alcalino que contém frutose, prostaglandinas e proteínas de coagulação, diferentes das do sangue. O líquido seminal alcalino ajuda a neutralizar o meio ácido da uretra masculina e do sistema genital feminino, que de outro modo inativariam e matariam os espermatozoides. A frutose é utilizada para a produção de ATP pelos espermatozoides. As prostaglandinas contribuem para a mobilidade e a viabilidade dos espermatozoides e podem estimular as contrações do músculo liso no sistema genital feminino. As proteínas de coagulação ajudam o sêmen a coagular após a ejaculação. O líquido secretado pelas glândulas seminais normalmente constitui aproximadamente 60% do volume do sêmen. Próstata A próstata é uma glândula única em forma de rosca, aproximadamente do tamanho de uma bola de golfe. Encontra-se inferiormente à bexiga urinária e circunda a parte prostática da uretra. Aumenta de tamanho lentamente desde o nascimento até a puberdade. Em seguida, se expande rapidamente até aproximadamente os 30 anos de idade; após esse período, seu tamanho normalmente permanece estável até os 45 anos, quando podem ocorrer novos aumentos. A próstata secreta um líquido leitoso e ligeiramente ácido (PH de aproximadamente 6,5) que contém diversas substâncias (ácido cíitrico, enzimas proteolíticas, foatase,plasmina). Ácido Cítrico é usado pelos espermatozoides para a produção de ATP por meio do ciclo de Krebs. Enzimas proteolíticas (antígeno prostático específico (PSA), pepsinogênios, lisozima, amilase e hialuronidase) quebram as proteínas de coagulação das glândulas seminais. Fosfatase ácida secretada pela próstata é desconhecida. A plasmina seminal é um antibiótico que pode destruir as bactérias, também pode ajudar a diminuir a quantidade de bactérias que ocorrem naturalmente no sêmen e no sistema genital inferior da mulher. As secreções da próstata entram na parte prostática da uretra por meio de diversos canais prostáticos e constituem aproximadamente 25% do volume do sêmen contribuindo para a motilidade e viabilidade dos espermatozoides. Glândulas Bulbouretrais O par de glândulas bulbouretrais mede aproximadamente o tamanho de ervilhas. Elas se encontram inferiormente à próstata em ambos os lados da parte membranácea da uretra, no interior dos músculos profundos do períneo, e seus ductos se abrem para dentro da parte esponjosa da uretra. Durante a excitação sexual secretam um líquido alcalino na uretra que protege os espermatozoides que passam ao neutralizar os ácidos da urina na uretra. Também secretam um muco que lubrifica a ponta do pênis e a túnica mucosa da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Alguns homens liberam uma ou duas gotas de muco durante a estimulação sexual e a ereção. Esse líquido não contém espermatozoides. Pênis O pênis contém a uretra e é uma passagem para a ejaculação do sêmen e a excreção de urina. Ele tem uma forma cilíndrica e é composto por um corpo, uma glande e uma raiz. Corpo: É constituído por três massas cilíndricas de tecido. As duas massas dorsolaterais são chamadas de corpos cavernosos do pênis. A massa médio-ventral menor, o corpo esponjoso do pênis, contém a parte esponjosa da uretra e a mantém aberta durante a ejaculação. Glande: Extremidade distal do corpo esponjoso do pênis é uma região um pouco aumentada, em forma de bolota, a sua margem é a coroa. Recobrindo a glande em um pênis não circuncidado está o frouxamente ajustado prepúcio do pênis. Raiz: Porção de inserção (proximal), e consiste no bulbo do pênis, a continuação posterior expandida da base do corpo esponjoso do pênis, que auxilia na ejaculação, e o ramo do pênis, as duas porções separadas e cônicas do corpo cavernoso do pênis. O peso do pênis é suportado por dois ligamentos que são contínuos com a fáscia do pênis. (1) O ligamento fundiforme do pênis surge a partir da parte inferior da linha alba. (2) O ligamento suspensor do pênis surge a partir da sínfise púbica. Uretra É o ducto terminal compartilhado dos sistemas reprodutivo e urinário; serve como uma passagem tanto para o sêmen quanto para a urina. Subdividida em três partes: Parte prostática - Passa através da próstata. Parte membranácea - Passa através dos músculos profundos do períneo. Parte esponjosa - Quando esse ducto passa através do corpo esponjoso do pênis e termina no óstio externo da uretra. 3. ESTUDO HISTOLOGICO. Escroto O septo do escroto é constituído por uma tela subcutânea e tecido muscular chamado músculo dartos, que é composto de feixes de fibras de músculo liso. O músculo dartos também é encontrado na tela subcutânea do escroto. Associado a cada testículo no escroto está o músculo cremaster, várias pequenas bandas de músculo esquelético que descem como uma extensão do músculo oblíquo interno do abdome por meio do funículo espermático para circundar os testículos. Testículos Túnica serosa chamada de túnica vaginal do testículo, que é derivada do peritônio e se forma durante a descida dos testículos, recobre parcialmente os testículos. Uma coleção de líquido seroso na túnica vaginal do testículo é chamada de hidrocele. Internamente à túnica, o testículo é circundado por uma cápsula fibrosa branca composta por tecido conjuntivo denso irregular que é a túnica albugínea, esta se estende internamente formando septos que dividem o testículo em uma série de compartimentos internos chamados lóbulos dos testículos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos dos testículos contêm de 1 a 3 túbulos bem enrolados, os túbulos seminíferos contorcidos, eles contêm dois tipos de células: as células espermatogênicas, formadoras de esperma, e as células sustentaculares ou células de Sertoli, que têm várias funções no apoio à espermatogênese e se estendem da membrana basal ao lúmen do túbulo. Elas também nutrem os espermatócitos, espermátides e espermatozoides; fagocitam o excesso de citoplasma das espermátides conforme o desenvolvimento avança e controlam os movimentos das células espermatogênicas e a liberação do espermatozoide no lúmen dos túbulos seminíferos. Elas também produzem líquido para o transporte do espermatozoide, secretam o hormônio inibina e regulam os efeitos da testosterona e do FSH (hormônio foliculoestimulante). Células-tronco (espermatogônias) se desenvolvem a partir das células germinativas primordiais que surgem a partir do saco vitelino e entram nos testículos durante a quinta semana de desenvolvimento. Em direção ao lúmen do túbulo seminífero contorcido estão camadas de células progressivamente mais maduras. Da menor para a maior maturidade estão os espermatócitos primários, espermatócitos secundários, espermátides e espermatozoides. Depois que um espermatozoide é formado, ele é liberado para o lúmen do túbulo seminífero. Internamente a membrana basal e espermatogônias, junções oclusivas unem células sustentaculares, formando uma obstrução chamada de barreira hematotesticular. Ao isolar os gametas em desenvolvimento do sangue, a barreira hematotesticular evita uma resposta imune contra antígenos de superfície da célula espermatogênica, que são reconhecidas como “estranhas” pelo sistema imune. A barreira hematotesticular não inclui as espermatogônias. Nos espaços entre túbulos seminíferos adjacentes existem aglomerados de células chamadas células intersticiais ou células de Leydig. Estas células secretam testosterona, o androgênio mais prevalente. Um androgênio é um hormônio que promove o desenvolvimento de características masculinas. A testosterona também promove a libido no homem (impulso sexual). Epidídimo Os ductos do epidídimo são revestidos por epitélio pseudoestratificado e circundados por camadas de músculo liso. Juntamente com o tecido conjuntivo circunvizinho e os vasos sanguíneos, esse ducto forma o corpo e a cauda do epidídimo, uma estrutura anatômica com cápsula própria. Por ser muito enovelado, um corte do ducto do epidídimo mostra grande número de secções do tubo, dando a falsa impressão de que são muitos ductos. As superfícies livres das células cilíndricas contêm estereocílios, que apesar de seu nome são microvilosidades longas e ramificadas (não cílios) que aumentam a área de superfície para a reabsorção de espermatozoides degenerados. O tecido conjuntivo em torno da túnica muscular se insere nas alças do ducto do epidídimo e transporta os vasos sanguíneos e nervos. O ducto é formado por um epitélio colunar pseudoestratificado, composto de células basais arredondadas e de células colunares. A superfície das células colunares é coberta por longos e ramificados microvilos de formas irregulares, chamados estereocílios. O epitélio do ducto epididimário participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides, que são eliminados durante a espermatogênese. As células epiteliais se apoiam sobre uma lâmina basal que é envolvidapor células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo. As contrações peristálticas do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. Ducto Deferente A túnica mucosa do ducto deferente é composta por epitélio pseudoestratificado e lâmina própria (tecido conjuntivo areolar). A túnica muscular é composta por três camadas de músculo liso; as camadas interna e externa são longitudinais, e a camada do meio é circular. Apresentam células epiteliais cuboides não ciliadas que se alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção do epidídimo, conferindo a esse epitélio um característico aspecto com saliências e reentrâncias. Elas absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos, o que, juntamente com a atividade de células ciliadas, cria um fluxo que conduz os espermatozoides para o epidídimo. Uma delgada camada de células musculares lisas orientadas circularmente existe em volta da lâmina basal do epitélio. Funículo Espermático Envolvendo essas estruturas neurovasculares estão três camadas de tecido: fáscia espermática externa, músculo cremaster e fáscia espermática interna. Glândulas Seminais A sua mucosa é pregueada e forrada com epitélio cuboide ou pseudoestratificado colunar. As células epiteliais são ricas em grânulos de secreção, semelhantes aos encontrados em células que sintetizam proteínas. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e é envolvida por uma espessa camada de músculo liso. Próstata As glândulas tubuloalveolares da próstata são formadas por um epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma fibromuscular cerca as glândulas. A próstata é envolvida por uma cápsula fibroelástica rica em músculo liso. Septos dessa cápsula penetram a glândula e a dividem em lóbulos, que não são facilmente percebidos em um adulto. Glândulas Bulbouretrais Elas são glândulas tubuloalveolares, revestidas por um epitélio cúbico simples secretor de muco. Células musculares esqueléticas e lisas são encontradas nos septos que dividem a glândula em lóbulos. O muco secretado é claro e age como lubrificante. Pênis As massas cilíndricas do corpo do pênis são circundadas, cada uma, por tecido fibroso chamado de túnica albugínea. A pele e uma tela subcutânea envolvem todas as três massas, que consistem em tecido erétil. O tecido erétil é composto por diversos seios sanguíneos (espaços vasculares) revestidos por células endoteliais e circundados por músculo liso e tecido conjuntivo e elástico, ele compõe os corpos cavernosos do pênis e da uretra tem uma grande quantidade de espaços venosos separados por trabéculas de fibras de tecido conjuntivo e células musculares lisas. 4. PRODUÇÃO HORMONAL (CÉLULAS QUE ATUAM, COMO É PRODUZIDO, COMO SÃO EXCRETADO). Na puberdade, determinadas células neurosecretoras do hipotálamo aumentam a sua secreção de hormônio liberador de gonadotropina (GnRH). Este hormônio estimula, por sua vez, os gonadotropos na adeno-hipófise a aumentar sua secreção de duas gonadotropinas, o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). O que controla a secreção de testosterona e a espermatogênese é o mecanismo de feedback negativo. O LH estimula as células intersticiais, que estão localizadas entre os túbulos seminíferos, a secretar o hormônio testosterona. Este hormônio é sintetizado a partir do colesterol nos testículos e é o principal androgênio A testosterona, via feedback negativo, suprime a secreção de LH pelos gonadotropos da adeno-hipófise e suprime a secreção de GnRH pelas células neurossecretoras do hipotálamo O FSH atua indiretamente ao estimular a espermatogênese junto à testosterona atuam sinergicamente nas células sustentaculares estimulando a secreção da proteína de ligação a androgênios (ABP) no lúmen dos túbulos seminíferos e no líquido intersticial em torno das células espermatogênicas. ABP se liga à testosterona, mantendo a sua concentração elevada. A testosterona estimula as etapas finais da espermatogênese nos túbulos seminíferos, quando alcança o grau de espermatogênese necessário para as funções reprodutivas masculinas, as células sustentaculares liberam inibina, um hormônio proteico assim chamado por inibir a secreção de FSH pela adeno-hipófise. Se a espermatogênese ocorrer muito lentamente, menos inibina é liberada, o que possibilita maior secreção de FSH e aumento da espermatogênese. A testosterona e a di- hidrotestosterona se ligam aos mesmos receptores de androgênios, que se encontram no interior dos núcleos das células-alvo. O complexo hormônio-receptor regula a expressão do gene, ativando alguns genes e desativando outros. Em decorrência dessas alterações, os androgênios produzem vários efeitos: •Desenvolvimento pré-natal. •Desenvolvimento das características sexuais masculinas •Desenvolvimento da função sexual •Estimulação do anabolismo Quando a concentração de testosterona no sangue aumenta até um determinado nível, isso inibe a liberação de GnRH pelas células hipotalâmicas. Como resultado, há menos GnRH no sangue portal que flui do hipotálamo para a adeno-hipófise. Os gonadotropos na adeno-hipófise então liberam menos LH, de modo que a concentração de LH no sangue sistêmico cai. Com menos estimulação pelo LH, as células intersticiais dos testículos secretam menos testosterona, e há um retorno à homeostasia. Se a concentração de testosterona no sangue cai muito, no entanto, o GnRH é novamente liberado pelo hipotálamo e estimula a secreção de LH pela adeno-hipófise. O LH, por sua vez, estimula a produção de testosterona pelos testículos 5. ESTUDO FISIOLÓGICO (PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE, SÊMEN, MECANISMO DE EXCITAÇÃO E EJACULAÇÃO). O sêmen é uma mistura de espermatozoides e líquido seminal, um líquido que consiste nas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Apesar da leve acidez do líquido prostático, o sêmen tem um PH ligeiramente alcalino de 7,2 a 7,7, em decorrência do PH mais elevado e maior volume do líquido proveniente das glândulas seminais. A secreção prostática confere ao sêmen um aspecto leitoso, e os líquidos das glândulas seminais e glândulas bulbouretrais lhe dão uma consistência pegajosa. O líquido seminal fornece aos espermatozoides um meio de transporte, nutrientes e proteção do ambiente ácido hostil da uretra masculina e da vagina feminina. Uma vez ejaculado, o sêmen coagula em menos de 5 min, em decorrência da presença de proteínas de coagulação das glândulas seminais. Depois de aproximadamente 10 a 20 min, o sêmen se reliquefaz, porque o antígeno prostático específico (PSA) e outras enzimas proteolíticas produzidas pela próstata quebram o coágulo. A liquefação anormal ou tardia do sêmen coagulado pode causar uma imobilização completa ou parcial do espermatozoide, inibindo desse modo o seu movimento ao longo do colo do útero. Depois de passar pelo útero e tubas uterinas, os espermatozoides são afetados pelas secreções da tuba uterina em um processo chamado de capacitação. Após a estimulação sexual (visual, tátil, auditiva, olfatória ou imaginada), fibras parassimpáticas da porção sacral da medula espinal iniciam e mantêm uma ereção, o alargamento e o enrijecimento do pênis. As fibras parassimpáticas produzem e liberam óxido nítrico (NO). O NO faz com que o músculo liso das paredes das arteríolas que irrigam o tecido erétil relaxe, o que possibilita que estes vasos sanguíneos se dilatem. Isso, por sua vez, faz com que grandes volumes de sangue entrem no tecido erétil do pênis. O NO também faz com que o músculo liso do tecido erétil relaxe, resultando em dilatação dos seios sanguíneos. A combinaçãode fluxo sanguíneo aumentado e dilatação dos seios sanguíneos resulta em uma ereção. A expansão dos seios sanguíneos também comprime as veias que drenam o pênis; a desaceleração do fluxo de saída do sangue ajuda a manter a ereção. Quando a estimulação sexual do pênis termina, as arteríolas que irrigam o tecido erétil do pênis se estreitam e a musculatura lisa no interior do tecido erétil se contrai, tornando os seios sanguíneos menores. Isso alivia a pressão sobre as veias que irrigam o pênis e possibilita que elas drenem o sangue. Consequentemente, o pênis volta ao seu estado flácido. A ejaculação, a poderosa liberação do sêmen pela uretra para o ambiente externo, é um reflexo simpático coordenado pela parte lombar da medula espinal. Como parte do reflexo, o músculo liso do esfíncter na base da bexiga urinária se fecha, impedindo que seja expelida urina durante a ejaculação, e a entrada de sêmen na bexiga urinária. Mesmo antes de a ejaculação ocorrer, contrações peristálticas no epidídimo, no ducto deferente, nas glândulas seminais, nos ductos ejaculatórios e na próstata impulsionam o sêmen para a parte peniana (esponjosa) da uretra. Normalmente, isso leva à emissão de um pequeno volume de sêmen antes da ejaculação. A emissão também pode ocorrer durante o sono (polução noturna). A musculatura do pênis (músculos bulboesponjoso, isquiocavernoso e transverso superficial do períneo), que é irrigada pelo nervo pudendo, também se contrai durante a ejaculação.