A CONSULTA DE PUERICULTURA

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Melanie Theisen ATM 2024.2
SAÚDE DA CRIANÇA I - Pediatria I
A CONSULTA DE PUERICULTURA
Puericultura é um conjunto da consulta que assegura um bom nascimento e um
desenvolvimento saudável da criança, ajudando a prevenir futuras doenças nas próprias crianças e
até mesmo quando adultos.
A primeira consulta se torna um meio de conhecimento sobre a história da criança e da
família, além de determinar fatores de risco da criança. Na caderneta da criança, há duas folhas de
dados do recém nascido, gravidez, parto e puerpério que acrescentam as informações sobre a
criança. Se for recém nascido, é importante orientar sobre aleitamento, eliminações e cuidados de
higiene e do coto umbilical. É necessário fazer um exame físico minucioso (icterícia, ortolani,
achados normais - manchas, estrabismo, formato das pernas - e teste do reflexo vermelho). As
orientações aos pais dependem muito das dúvidas deles, podendo elas serem antecipadas, tentar
sempre transmitir segurança, orientá-los sobre o reconhecimento das necessidades físicas do
bebê e sobre amamentação/alimentação; aproveita-se também para fazer algumas outras
orientações como uso de chupetas, posição para dormir, coleito (dormir junto com os pais),
transporte seguro, vacinas, vit-D (a partir de 7 dias) e teste do pezinho. É de suma importância
preencher e consultar a caderneta infantil, pois ela fornecerá para nós e para os outros
informações importantes da criança.
Na consulta de 1 mês responde-se dúvidas, avalia-se choro, sono, eliminação, se o bebê já
fixa-se no rosto da mãe quando ela lhe fala, se é capaz de erguer-se se posta de bruços (ainda é
visto alguns reflexos primitivos, mas começa-se a notar certo desenvolvimento motor). É
importante sempre revisar a consulta anterior.
Na consulta de 2 meses revisa-se as mesmas coisas que no primeiro mês, além de
retornar caso tenho ficado alguma combinação da consulta anterior. Criança começa a ter sorriso
social nessa fase. Na consulta de 3 meses é a mesma avaliação das anteriores, com a soma de
que a criança acompanha objetos, a mãozinha está mais aberta e já interage um pouco mais.
Nesse momento pode-se iniciar a suplementação de ferro (SBP recomenda essa suplementação a
partir dos 3 meses; na caderneta consta aos 6 meses).
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Na consulta dos 4 meses o bebê já deve interagir bem mais, segurando objetos, sentando
com apoio nas costas e é capaz de rir alto. Os exames físicos continuam os mesmos. Conversar
sobre a volta de trabalho da mãe, quem ficará com a criança e como será a alimentação desse
bebê. Na consulta de 5 meses ocorre uma conversa sobre prevenção de acidentes (banho, talco,
posição para dormir, engasgos e asfixias, transporte seguro). Conferir se o bebê já é capaz de se
virar sozinho e alcançar e segurar objetos.
Na consulta de 6 meses nota-se que a criança já começa a sentar sozinha e aqui inicia-se
a alimentação complementar. Na consulta com 9 meses a criança já terá evoluído muito com sua
alimentação e, neste momento, confere-se os marcos de desenvolvimento e se faz a revisão de
vacinas. Dentição?
Na consulta com 1 ano confere-se o desenvolvimento da criança. Na consulta de 15
meses reforça-se o que foi estabelecido e conversado na consulta de 12. Na consulta de 18
meses a criança já deve estar caminhando e pesando cerca de 11 kg e altura de 67 cm (depende
da curva de crescimento da criança).
Na consulta pré-escolar (2 anos a 4 anos e 11 meses) confere-se o desenvolvimento de
linguagem, crescimento físico e controle esfincteriano. Pode-se fazer a prevenção de parasitoses
(medicamentosa ou preventiva) e deve-se reforçar algumas vacinas. As vitaminas dadas
anteriormente podem ser retiradas (dependem da avaliação nutricional da criança) e ter um
cuidado sobre atividades físicas e atividades em frente a telas. Alerta a comportamentos/humor
fora do padrão que podem sugerir maus tratos e deve-se reforçar orientações e prevenções a
acidentes. Também deve-se checar a acuidade visual da criança (normal 20/200). A partir dos 3
anos a PA deve ser aferida (gráfico).
Na consulta escolar nota-se alterações sociais na criança, que podem aumentar os
problemas oculares. Aqui nota-se que o peso/estatura começam a ser mais lentos (proporcionais),
início da repleção pré-puberal (8-9 anos) - sinais de puberdade antes dessa idade é classificada
como precoce - e deve-se avaliar o aproveitamento escolar. Nessa fase as crianças já podem
iniciar a vacina do HPV e reforçar algumas outras. Até os 10 anos a caderneta é bem útil.
Na consulta do adolescente
(11 a 19 anos) avalia-se patologias
de fase adulta (PA, coluna), deve-se
ser feita orientações sobre consumo
de álcool, revisar a vacinação,
observar o Estágio de Tanner
(avaliação puberal) e orientar sobre
educação sexual.
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