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FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE

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GESTÃO DA QUALIDADE: FERRAMENTAS BÁSICAS DA QUALIDADE: DIAGRAMA DE 
PARETO, LISTA DE VERIFICAÇÃO E DIAGRAMA DE DISPERSÃO 
Conforme os conceitos da Disciplina de Visão Sistêmica de processos em Gestão de Projetos. No 
enfoque da qualidade, o cliente passa a ser o ator principal. Portanto, os sistemas de produção 
precisam buscar a satisfação total do cliente para garantir a perpetuidade das empresas. 
Mas como implantar um sistema de produção que seja de qualidade, ou seja, que consiga atender ou 
exceder as expectativas do cliente? 
Utilizando as ferramentas da qualidade. Essas ferramentas são de muita utilidade para a solução de 
problemas e podem ser empregadas em conjunto ou mesmo separadamente. 
Ferramentas da qualidade são técnicas desenvolvidas por especialistas e acadêmicos que tem por 
objetivo facilitar a identificação e análise das causas geradoras dos principais problemas 
organizacionais que afetam a satisfação do cliente. As sete ferramentas básicas da qualidade são: 
estratificação, folha de verificação, gráfico de Pareto, diagrama de causa e efeito, diagrama de 
dispersão, histograma e carta de controle. Além dessas, temos as ferramentas auxiliares: 
Brainstorming, Brainwriting e Matriz GUT. 
 
LISTA DE VERIFICAÇÃO 
A coleta de dados por meio de uma lista 
de verificação muitas vezes é o primeiro 
passo na análise dos 
problemas de qualidade. Lista de 
verificação é um formulário usado para 
registrar a frequência da 
ocorrência de certas características de 
produto ou serviço relacionado à 
qualidade. Veja o exemplo a seguir 
(KRAJEWSKI; RITZMAN, 2005): 
 
 
HISTOGRAMAS E GRÁFICOS DE BARRAS 
Os dados de uma lista de verificação muitas vezes podem ser 
apresentados de maneira mais clara por meio de histogramas ou gráficos 
de barras. Um histograma é um resumo de dados medidos em escala 
contínua mostrando a distribuição da frequência de algumas 
características da qualidade (em termos estatísticos). 
O histograma é um gráfico composto por retângulos justapostos em que 
a base de cada um deles corresponde ao intervalo de classe, e a sua 
altura à respectiva frequência medida (KRAJEWSKI; RITZMAN, 
2005). 
Exemplo: vamos transformar a lista de verificação de contagem de 
pessoas por faixa de peso em uma sala de aula em um histograma: 
 
DIAGRAMA DE PARETO 
No fim do século XIX, o economista sociopolítico Vilfredo Pareto observou que havia uma distribuição 
desigual de riqueza e poder na população total. Ele calculou matematicamente que 80% da riqueza 
estava em mãos de 20% da população (será que o Brasil ainda está no século XIX?) 
Por meio desse estudo e de outros semelhantes, Pareto identificou que a maior parte de uma atividade 
é causada por relativamente poucos de seus fatores. O conceito de Pareto é denominado 80-20, ou 
seja, em geral 80% da atividade é causada por 20% dos fatores (KRAJEWSKI; RITZMAN, 2005). 
O diagrama de Pareto é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas causas de 
perdas que devem ser sanadas. Ele deriva dos estudos de Pareto e das ideias do guru da qualidade, 
Juran. 
Poucas causas levam á maioria das perdas, ou seja, o diagrama de Pareto torna visivelmente clara a 
relação ação/benefício, ou seja, prioriza a ação que trará o melhor resultado. Ele consiste num gráfico 
de barras que ordena as frequências das ocorrências da maior para a menor e permite a localização 
de problemas vitais e a eliminação de perdas. 
2 
 
Exemplo resolvido: 
Imagine que você foi contratado para melhorar a qualidade de produção de peças para motores de 
uma empresa. Você foi informado de que sete tipos de peças estavam apresentando problemas. O 
processo de produção de cada peça é complexo e você precisa definir prioridades antes de sair 
"caçando" os problemas. 
 
Lembrando das aulas de graduação da UNINOVE, você decidiu experimentar utilizar o diagrama de 
Pareto para auxiliá-lo na priorização das suas atividades. Para isso, você vai seguir estes passos para 
montar o diagrama: 
1. Determine o tipo de problema que você quer investigar. 
2. Liste os itens com problemas e conte quantas vezes cada um apresentou problemas em um 
determinado período. 
3. Faça as contagens, organize as categorias por ordem decrescente de frequência, agrupe aquelas 
que ocorrem com baixa frequência sob denominação "outros" e calcule o total. 
4. Calcule as frequências relativas e as frequências acumuladas e monte um gráfico. 
5. Por fim, identifique quais itens representam a maior parte dos seus problemas: 
 
Resolução 
1. O problema, neste caso, é 
identificar quais itens (peças) estão 
apresentando maior quantidade de 
problemas para iniciar um plano de 
melhoria. 
2. Por meio de um levantamento 
dos últimos meses, a média de 
problemas por tipo de peça foi: a 
peça A teve 35 itens com 
problemas, a B teve 25, a C 15, a D 
10, a E 10, a F 4 e a G 1. 
3. Após a contagem dos itens com 
problemas, foi possível fazer a seguinte tabela: 
4. Com os dados tabelados, é possível construir o seguinte gráfico (por meio de uma planilha 
eletrônica): 
A linha rosa no gráfico representa o percentual acumulado, enquanto a barra vertical representa o 
percentual de cada tipo de problema com relação ao total de problemas. Observe que 75% dos itens 
com defeitos estão concentrados nas linhas de produção das peças A, B e C. Ou seja, você deverá 
focar suas energias na melhoria desses três itens.

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