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Técnica Cirúrgica - Cirurgias no esôfago

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Anatomia – Esôfago 
 Anatomia: 
o Início na faringe até cárdia. 
o Divido em: 
 Esôfago cervical. 
 Esôfago torácico. 
 Particularidades (divisão histológica): 
o Mucosa. 
o Submucosa. 
o Muscular. 
o Adventícia. 
o Membrana avascular. 
 Função: 
o Propulsão dos alimentos através do peristaltismo para abrir o cárdia e o alimento seguir 
para o estômago. 
 Complicações: 
o Cicatrização muito complicada por movimentos constantes. 
 Deiscência de sutura  causando infecções locais, o que pode acometer as 
estruturas adjacentes. 
o Estruturas importantes que passam perto do esôfago (nervo vago, carótida, jugular 
externa, traqueia, tireoide, paratireoide, nervo laríngeo recorrente coração). 
Corpo estranho – esôfago 
 Principais motivos para acessar o esôfago é para a retirada de corpos estranhos. 
 Diagnóstico: 
o Raio x – método menos invasivo, mais barato, não requer anestesia geral, usado APENAS 
para diagnóstico. 
o Endoscopia – além de diagnosticar pode ser usado como forma de tratamento, mas 
requer anestesia geral e é um procedimento mais caro (quando comparado como raio 
x) 
 Tratamento 
o Remoção com endoscopia – se for um corpo estranho pontiagudo e a ponta perfurar 
o esôfago precisa parar a endoscopia, pois se perfurar irá ter que abrir o paciente. 
o Gastrotomia 
 Empurrar corpo estranho para estômago com o auxílio do endoscópio, caso não 
consiga tirar o corpo estranho pela boca. 
 Realizando uma gastrotomia, mais simples e com menos complicações. 
 Pinçar corpo estranho no esôfago distal. 
o Esofagotomia 
 Acessa na Face ventral. 
 Direcionado para lado esquerdo. 
 Sondar o esôfago para poder limpar qualquer secreção que o animal possa 
produzir. 
 Aplicar sutura de apoio (arrimo) para facilitar a visualização do corpo estranho. 
 Incisão caudal ao corpo estranho – pois a parte cranial ao corpo estranho já está 
fragilizada, machucada; assim é melhor fazer a incisão onde a parede está mais 
íntegra. 
 Limite para retirar esôfago comprometido: 3 vértebras, mais do que isso tem 
problema na aproximação do esôfago. – Esofagectomia. 
o Síntese (Fio absorvível Monofilamentar, podendo dependendo do caso pode usar fio 
inabisorvível – em casos de lesão muito grande ou áreas isquemia) 
 Cicatrização demorada. 
 Camada única. 
 Padrão simples interrompido (PSI) – perfurante total – Swift (ponto dentro 
do esôfago) 
 Camada dupla. 
 PSI – mucosa e submucosa – nó intraluminal. 
 PSI – adventícia e muscular – nó extraluminal. (Não é muito bom pois pode 
ter risco de causar aderências com outras estruturas da região). 
 Síntese horizontal na incisão longitudinal, para aumentar o lúmen. 
 
Acesso para esofagotomia cervical 
 Paciente em decúbito dorsal, pescoço esticado, incisão de pele, divulsão do subcutâneo, 
encontra o par de músculos esterno-hióideo lateraliza o músculos (com os afastadores), 
irá visualizar a traqueia (lateraliza), depois vai encontrar a glândula tireoide e abaixo da 
traqueia, encontra-se o esôfago. 
 Localiza o esôfago – faz os arrimos e faz uma incisão na horizontal, remove o corpo 
estranho e faz a esôfagorrafia – solta os arrimos, solta a traqueia, solta os músculos (faz 
um ponto simples contínuo) e fecha subcutâneo e pele. 
 
Acesso para esôfago torácico 
 Toracotomia lateral direita. 
 Incisão – Necessário saber exatamente onde o corpo estranho está localizado. 
o Depende do Rx. 
 Base do coração: 4 ou 5 EIC direito. 
 Entrada do diafragma: 8 ou 9 EIC Esôfago dorsal a traqueia. 
 
 
 
Esofagotomia 
 Prognóstico 
o Bom sem perfuração esofágica. 
 Complicações 
o Estenose 
o Esofagite 
o Deiscência 
o Necrose isquêmica. 
 Cuidados pós-operatórios 
o Observação durante 2 a 3 dias 
 Observar se possui vazamento (água, alimento, secreções) pelo esôfago, visualizar 
por raio x. 
o Analgésicos e Antibiótico terapia - ATB (amplo espectro) 
o Suspender dieta oral por 24 horas. 
 Apenas fluidoterapia. 
o Pode oferecer água após 24 horas 
 Em caso de esôfago em boas condições, pode começar a introduzir a alimentação 
pastosa. 
o Dieta pastosa durante 5 a 7 dias 
 Se não ocorreu vômito com água. 
o Disfagia ou regurgitação após 3 a 6 semanas  estenose!! 
Todos esses cuidados em relação a alimentação devem ser observados constantemente por 
raio x e ultrassom (em casos de estenose) – também pode sondar esse animal (gastrotomia) 
durante até uma semana, para evitar complicações. 
o Erosão ou pequenas perfurações: 
 Bloqueador de receptor H2 
 Cimetidina, ranitidina 
 Reduz a acidez gástrica 
o Sucralfato 
 Proteção da mucosa agredida 
o Agentes prócinéticos 
 Aumentam a motilidade gástrica 
 Aumenta a pressão do esfíncter gastroesofágico 
o ATB 
 Clindamicina, cefalosporina, amoxicilina 
o Corticoides  não fazer! Pois irá retardar a cicatrização. 
 Evitar anti-inflamatório – gastrite.

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