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A produção artesanal da © 2018 Emater/RS-Ascar Parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar P964 A produção artesanal da agroindústria familiar / organizadoras Bruna Bresolin Roldan, Mila Carolina Pereira Noronha; revisão técnica: Leila Ghizzoni. – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2018. 60 p. : il. color. ISBN: 978-85-98842-22-6 1. Agricultura familiar. 2. Produção artesanal. 3. Agroindústria familiar. 4. Receita culinária. I. Roldan, Bruna Bresolin. II. Noronha, Mila Carolina Pereira. III. Ghizzoni, Leila. CDU 631.145(816.5) Referência ROLDAN, Bruna Bresolin; NORONHA, Mila Carolina Pereira (Org.). A produção artesanal da agroindústria familiar. Porto Alegre, RS: Emater/RS-Ascar, 2018. 60 p. Emater/RS-Ascar – Rua Botafogo, 1051 - 90150-053 – Porto Alegre/RS – Brasil Fone (0XX51) 2125-3144 http://www.emater.tche.br E-mail:biblioteca@emater.tche.br Diagramação: Bethânia Helder Fotografia: Fernando Kluwe Dias/Seapi/RS Revisão textual: Ester Mambrini Revisão técnica: Leila Ghizzoni A PRODUÇÃO ARTESANAL DA AGROINDÚSTRIA FAMILIAR ORGANIZADORAS Bruna Bresolin Roldan Mila Carolina Pereira Noronha Porto Alegre, RS Emater/RS-Ascar 2018 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 Manteiga de Soro.............. Esfregolá..................... Torta Tirolesa................ Vinho......................... Queijo Artesanal Serrano...... Farinha de Milho.............. Açúcar Mascavo................ Geleia de Morango............. Erva-Mate..................... Rapadura...................... Bolo de Milho................. Schmier Colonial.............. Doce Pintado.................. Cuca Alemã Com Linguiça....... Pão de Trigo.................. Capeletti Integral de Queijo.. Paçoquinha de Amendoim........ Linguiça Colonial............. Figo em Calda................. Molho de Pimenta Dedo de Moça. Chips de Banana Verde......... Doce de Abóbora............... Cuca Italiana................. Suco de Uva Tinto Integral.... Pierogi....................... Queijo Colonial............... Melado Batido Colonial........ Agradecimentos Agricultores familiares Extensionistas rurais da EMATER/RS-Ascar Prefeituras Municipais Marciano Cassol e Sidney Borsato- JP Pedras- Ametista do Sul Apresentação “A Produção Artesanal da Agroindústria Familiar” reúne um conjun- to de receitas elaboradas por agricultores proprietários de agroindústrias familiares participantes do Programa Estadual de Agroindústria Familiar - PEAF. A tradição presente nestas receitas, origem destas agroindústrias, tem como particularidade a produção artesanal e familiar. As receitas ca- seiras são a essência dos produtos coloniais, que resgatam e remetem os consumidores a suas lembranças do tempo em que moravam na ‘colônia’, da comida feita pela vovó e dos tempos de infância. A diversidade cultural alimentar presente nesta publicação é o re- sultado das diversas formas de colonização que o estado do Rio Grande do Sul teve ao longo dos anos. A identidade cultural de cada região é apre- sentada através dos alimentos. O pierogi, tradicional pastel da cultura po- lonesa, as cucas e schmiers da colonização alemã, a massa, os salames e queijos trazidos pela imigração italiana, são exemplos de alimentos típicos presentes na mesa da população gaúcha. O livro traz 27 deliciosas receitas da culinária do Estado, organi- zadas por região, ilustradas com belíssimas fotografias, que retratam a diversidade e riqueza da gastronomia gaúcha. Com esta publicação podemos levar um pedacinho do interior do nosso Rio Grande do Sul para dentro de nossas casas. Bom apetite! REGIONAL BAGÉ MANTEIGA DE SORO 8 Família Gonçalves Agroindústria CJM Gonçalves PEAF: 06.002/12 Santana Do Livramento - RS “A produção caseira de alimentos sempre existiu nas unidades de produção como forma de ga- rantia da soberania alimentar. É comum que nas propriedades haja vacas mansas para obtenção do leite destinado ao consumo familiar e à elabo- ração de queijo. Após o processamento do leite para a produção de queijo, sobra o soro e com a gordura é elaborada a manteiga. A receita foi escolhida para perpetuação da memória culinária da região e por ter sido registrada no serviço de inspeção municipal (SIM) pela CJM Gonçalves, primeira agroindústria familiar do município e a primeira microagroindústria com 14 m² registra- da no Ministério da Agricultura - Mapa. INGREDIENTES 1 litro e ½ de nata de soro de leite Sal a gosto MODO DE PREPARO 1) Bater no liquidificador por aproximadamen- te dois minutos ou até a massa se separar do soro. 2) Em seguida, coar a massa, escorrendo o soro num recipiente. 3) Lavar a massa (gordura) com água fria, duas vezes, para retirada do soro restante. 4) Colocar sal a gosto. RENDIMENTO Esta receita rende uma porção de manteiga de 500 gramas. REGIONAL CAXIAS DO SUL ESFREGOLA 10 INGREDIENTES 12 xícaras (chá) de farinha de trigo 5 xícaras (chá) de açúcar 5 ovos 1 colher (sopa) de sal amoníaco 500 g de amendoim torrado e moído 100 g de banha 100 g de manteiga 200 ml de leite MODO DE PREPARO 1) Misturar todos os ingredientes, amassar até formar uma farofa. 2) Colocar em forma redonda (25 cm de diâmetro) e prensar bem. 3) Assar em forno a 250°C por cerca de 20 minutos. RENDIMENTO Esta receita rende aproximadamente 35 tortas. Família Cericatto Agroindústria Janete Produtos Coloniais PEAF: 16.134/13 Bento Gonçalves - RS O produto foi escolhido por ser típico da região. A receita foi trazida pelos imigrantes italianos que se estabeleceram em Bento Gonçalves a partir de 1875. A avó da produ- tora Janete Fracalossi Cericatto, que veio da Itália, lhe repassou a receita. A produtora continua fazendo até hoje e comercializan- do na feira local, com uma grande aceita- ção tanto do público rural como urbano”. 12 REGIONAL CAXIAS DO SUL TORTA TIROLESA INGREDIENTES MASSA 6 ovos 1,3 kg de açúcar 150 g de manteiga 150 g de banha ½ litro de leite 50 g de sal amoníaco Farinha de trigo até dar o ponto de soltar das mãos RECHEIO ½ litro de vinho tinto 1 kg de açúcar Cravo e canela a gosto 1 kg de moranga 2 kg de uvada 2 kg de amendoim torrado e moído grosso MODO DE PREPARO 1) Para preparo da massa, bater os ovos com o açúcar, colocar a gordura, desmanchar o sal amoníaco no leite morno, misturando com os demais ingredientes. Por último, acrescentar a farinha. 2) Para preparo do recheio, levar ao fogo o vinho, o açúcar, o cravo e a canela e cozinhar até formar uma calda; acrescentar a moran- ga em fatias finas e deixar cozinhar. 3) Adicionar a uvada e o amendoim, incorpo- rar bem a massa e reservar. 4) Para montagem da torta, espichar a mas- sa e colocar em forma untada acrescentando uma leve camada de recheio. 5) Cortar tiras da mesma massa e colocar por cima. 6) Levar ao forno a 200°C por 20 minutos. Dica: Para esta receita, são utilizadas formas redondas de 20 cm de diâmetro. RENDIMENTO Esta receita rende aproximadamente 35 tortas. Família Cericatto Agroindústria Janete Produtos Coloniais PEAF: 16.134/13 Bento Gonçalves - RS A receita foi escolhida por representar a cultura e a tradição culinária trazida pelas famílias de imi- grantes italianos que vieram da região Trentina Alto Ádige - Itália no século XIX e se estabeleceram no hoje distrito de Tuiuty. A receita é reproduzida até hoje pelos descendentes e em 2013 a Câmara Municipal de Vereadores, através da lei 73/2013, instituiu como Doce Típico do Distrito de Tuiuty de Bento Gonçalves”. 14 VINHO REGIONAL CAXIAS DO SUL 1) O processo de elaboração do vinho tem início com a determinação do ponto de colheita das uvas, através da medida do nível de maturação (grau Babo ou Brix). 2) A colheita é manual e as uvassão processadas no mesmo dia da colheita. Verifica-se o teor glucométrico e a seguir são desengaçadas e esmagadas. 3) Através de bombas apropriadas, as uvas esmagadas são remetidas para fermentadores de aço inoxidável. 4) Ocorre a maceração, que é o período de contato das cascas com o mosto. Este processo visa a extração de compostos para o vinho que estão na casca da uva. Nos vinhos brancos, após esta maceração inicial o mos- to é separado das cascas; já nos tintos a fermentação acontece na presença das cascas para se obter vinhos de maior estrutura. Na fermentação tumultuosa, que é o processo onde a reação principal é a transformação dos açúcares da uva em álcool, ocorrem também outras reações secundá- rias. Este processo demora de cinco a sete dias. 5) Concluída a fermentação tumultuosa, o mosto/vinho é descubado (separado do bagaço). 6) Em seguida ocorre a fermentação lenta, onde são consumidos quase todos os açúcares. 7) O vinho então é submetido a trasfegas, ou seja, é transferido de um recipiente a outro para a separação dos sedimentos formados durante a fermentação. 8) Então temos o amadurecimento, que é o período durante o qual o vinho fica em reservatórios de aço inoxi- dável ou carvalho por períodos variáveis. 9) Depois o vinho é filtrado, envasado em recipientes de vidro e tampado com rolha de cortiça. 10) Após o engarrafamento, os vinhos de guarda matu- ram por alguns meses em garrafa e os vinhos brancos, rosados e os de mesa estão prontos para o consumo. Família Mascarello Agroindústria Adega Mascarello PEAF: 16.117/13 Flores da Cunha - RS “A cultura do vinho veio à região com os imigran- tes italianos no final do século XVIII. A produção de uvas e vinhos foi bem rudimentar nos primei- ros tempos; limitada principalmente pelas poucas opções tecnológicas e dificuldades na adaptação das videiras ao solo e clima brasileiros. Estes processos foram sendo melhorados, com o uso de variedades mais bem adaptadas às condi- ções de clima e solo, ao manejo adequado para a produção de uvas de melhor qualidade e com a possibilidade de uso de novas tecnologias tanto para a produção de uvas como para a elaboração de vinhos, a região hoje é a mais representativa na produção de vinhos do Brasil. Hoje a Serra é reconhecida na pro- dução de uva e vinhos, desenvolven- do o turismo e gerando emprego e renda em toda a região. QUEIJO ARTESANAL SERRANO INGREDIENTES 10 litros de leite cru, recém-ordenhado de vacas (no máximo uma hora após a ordenha) 7 a 9 ml de coalho 100 g de sal MODO DE PREPARO 1) Misturar de 7 a 9 ml de coalho no leite, aproveitando a temperatura em que foi ordenhado (em torno de 32°C). 2) Deixar parado por 45 minutos para formar a coalhada. 3) Ao final deste tempo, cortar a coalhada delicadamente em linhas paralelas. 4) Espremer a coalhada para retirar o soro. 5) Colocar 100 gramas de sal misturando diretamente na massa e sovar a massa. REGIONAL CAXIAS DO SUL 16 6) Espremer a massa para retirada do soro. 7) Enformar a massa na forma com dessorador. 8) Após 12 horas de prensagem, o queijo deve ser virado na forma onde permanecerá por mais 12 horas. 9) Após a retirada do queijo da forma, deixar maturar por no mínimo 60 dias. Para que possa desenvolver aroma e sabor típicos, características apreciadas e esperadas do queijo serrano, ele deve passar pela maturação necessária antes do consumo. RENDIMENTO Esta receita rende em média um quilo de queijo. Família Cardoso Agroindústria Queijaria Sopro do Minuano PEAF: 07.058/13 São Francisco de Paula - RS O queijo artesanal Serrano, ou simplesmente queijo Serrano, é um produto típico e exclusivo dos Campos de Altitude do Rio Grande do Sul (Campos de Cima da Serra) e de Santa Catarina (Planalto sul-ca- tarinense). É produzido nessa região há cerca de 200 anos, através da adaptação de receita de origem portuguesa, passada de geração a geração. Até hoje, é um dos principais produtos das fazendas serranas. É pro- duzido em pequena escala, com leite cru, nas próprias fazendas, na sua maioria por pecuaristas familiares, com mão de obra familiar¹ O leite deve ser proveniente de animais sadios e obrigatoriamente testados para brucelose e tuberculose. O queijo artesanal serrano possui aroma e sabor que são conferidos pelo ambiente da região onde é produzido, portanto quando fabricado em regiões diferentes pode apresentar características distintas. LEI Nº 14.973, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2016, que dispõe sobre a produção e a comercialização do queijo artesanal serrano no Estado do Rio Grande do Sul².” ¹RIES, Jaime Eduardo; LUZ, João Carlos Santos da; WAGNER, Saionara Araújo. Projeto de qualificação e certifica- ção do queijo serrano produzido nos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul: relato parcial da experiência. Revista Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v.5, n.1, p. 10-19, jan./abr. 2012. Disponí- vel em: <http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/Rev-Agr_02-Rel-Exp.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2018. ² RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14.973, de 29 de dezembro de 2016. Dispõe sobre a produção e a comercialização do queijo artesanal serrano no Estado do Rio Grande do Sul. Disponível em: <http://www.al.rs.gov.br/filerepository/ repLegis/arquivos/LEI%2014.973.pdf>. Acesso em 13 ago. 2018. 18 REGIONAL ERECHIM FARINHA DE MILHO A família proprietária da agroindústria culti- va milho não transgê- nico, seca o grão com ar ambiente e armaze- na em silo de alvena- ria, com rebaixamento de temperatura da massa de grãos, o que resulta em matéria-pri- ma de alta qualidade para produzir uma farinha diferenciada. Após sair do moinho, o milho passa por um processo de seleção dos melhores grãos, os quais vão ao deger- minador ou canjiquei- ro para separação do gérmen ou embrião. Os grãos degermina- dos são submetidos à lenta moagem. O atrito entre a pedra e os grãos produz a tem- peratura ideal para elaboração da farinha. Na fase seguinte, o produto da pedra é passado por peneiras que irão separar a fari- nha por granulometria. Segundo a cultura local, a temperatura produzida pelo atrito das pedras com os grãos em processo de moagem é respon- sável pela produção de uma farinha de quali- dade diferenciada. Na armazenagem do grão, após a seca- gem, o moinho conta com silo de alvenaria dotado de sistema de aeração, o qual possi- bilita o resfriamento da massa de grãos se- cos, mantendo assim melhor a qualidade do grão ao longo do ano. Classificada, a farinha é embalada em sacos de polietileno, devida- mente rotulados. Os primeiros moinhos foram instalados no início da colonização, normalmente ao lado de rios e córregos, uma vez que a força para girar as pedras de mó era oriunda da água. Atualmente, o moinho Fagundes é movido por energia elétrica, assim como a maioria dos moinhos. Família Fagundes Agroindústria Fagundes PEAF: 13.159/14 Gaurama - RS “A escolha da farinha como um dos produtos que re- presente a região, em termos de produtos coloniais, se deve à sua qualidade intrínseca, a seu valor histórico na colonização, ao seu valor nutricional como alimento para a agricultura familiar, por significar uma forma alternativa de organizações das comunidades no pas- sado e por representar um processo simples de elabo- ração do alimento, desenvolvido pelo homem desde o tempo que se tem registro das práticas alimentares e a cada dia no mundo moderno. Além disso, represen- ta uma fonte de renda para as famílias proprietárias do moinho. A farinha de milho moída a pedra é refe- renciada por uma parcela expressiva da população, e tem sido cada vez mais procurada nos últimos anos. A farinha de milho viabilizou a colonização desta região à medida que forneceu a base alimentar dos colonos italianos, poloneses e alemães, com comida de baixo custo e com a qualidade necessária para fornecer a energia para colonizar esta terra. A família Dal Zotto cultiva cana- -de-açúcar desde 1936 para aprodução de açúcar. Cultivam variedades selecionadas de cana, com alto teor de açúcar. Quando madura, é cortada, trans- portada e passada na moenda, separando e depurando o caldo, conhecido também como garapa. O caldo é levado à cocção durante duas a três horas, até atingir o ponto de vidro. É então tirado do tacho e despeja- do no cocho do batedor. Após esfriar alguns graus e eli- minar as bolhas de ar, inicia-se o processo de bateção, que prosse- gue até o açúcar secar e soltar, formando então pequenos cristais. O produto final é um açúcar mas- cavo limpo, claro e de coloração amarelo ouro, diferenciado da maioria dos que são produzidos na região. 20 REGIONAL ERECHIM ACUCAR MASCAVO O açúcar mascavo é reconhecido pelo valor his- tórico na colonização, quando adoçou a difícil vida dos primeiros moradores desta região. Tem em seu processo de elaboração muito conhecimento do homem, que ao longo do tempo selecionou canas adaptadas ao clima do Sul do Brasil e melhorou o processo de fabricação do açúcar. A Agroindústria Estreito do Uruguai teve início das atividades com o pioneiro Luiz Dal Zotto (avô do proprietário). Hoje, a quarta geração da família ainda cultiva a cana, produzindo derivados para subsistência familiar e garantindo através desta cultura e seus derivados a principal renda familiar. O açúcar mascavo produzido pela família Dal Zotto tem cor e qua- lidade diferenciados. Esta família tem plantado novos cultivares de cana com técnicas modernas de cultivo e com isso tem obtido maiores teores de açúcar na cana e processos mais eficientes de produção. Esta agroindústria tem uma relação muito forte com a extensão rural gaúcha”. Família Dal Zotto Agroindústria Estreito do Uruguai PEAF: 13.004/10 Marcelino Ramos - RS 22 REGIONAL FREDERICO WESTPHALEN GELEIA DE MORANGO Família Martins Agrindústria Geléias São Valentin PEAF: 09.096/15 Ametista do Sul - RS Instalada em região com forte influência da imigração europeia, tem esta industrialização para atender o mercado e estabelecer formas de incentivar a cadeia produtiva das frutas. A trans- formação deste produto em geleias possibilita a geração de renda com morangos, devido ao fato de serem produtos perecíveis e em função de a região estar distante de grandes centros consu- midores”. INGREDIENTES 2 kg de morango 1,6 kg de açúcar MODO DE PREPARO 1) Limpar os morangos retirando as sujidades, folhas e a parte branca. 2) Colocar os morangos em panela e com fogo alto (280°C). 3) Dividir o açúcar em três parte iguais. 4) Quando os morangos estiverem aquecidos, acrescentar 30% do açúcar até ferver. 5) Quando estiver fervendo, 20 minu- tos após a primeira adição, acrescen- tar mais 30% do açúcar. 6) Cozinhar por mais 20 minutos e adicionar o restante de açúcar. Deixar ferver por aproximadamente 10 minu- tos; verificar se o ponto de geleia está consistente. 7) Envasar a geleia quente em vidros sanitizados. Dica: Todo processo tem duração de aproximadamente 50 minutos. RENDIMENTO Esta receita rende três potes de vidro de 720 gramas. REGIONAL FREDERICO WESTPHALEN 24 ERVA MATE Família Ribeiro Agroindústria Ervateira Prenda e Peão PEAF: 26.031/12 Novo Barreiro - RS A região tem como referência histórica, de desbravamento e urbanização, a exploração da erva-mate. O produto desta região é todo nativo, pois a planta de erva-mate fazia parte da constituição da mata. Ainda hoje, a forma artesanal desta atividade está presente, com características peculiares da região de Palmei- ra das Missões. INGREDIENTES 15 kg de erva-mate verde MODO DE PREPARO 1) Colher ramos com as folhas respeitando critérios agronômicos de produtividade, dei- xando pelo menos 15% dos ramos na árvore de erva-mate. 2) Transportar em embalagens apropriadas até o local da agroindústria. 3) Nos ramos colhidos com as folhas, promo- ver inativação enzimática em cilindro trans- portador com calor de 200°C. 4) Em equipamento específico, triturar os ramos. 5) Em cilindro transportador, promover a secagem do produto. 6) Levar ao soque – pilões que, de forma sincronizada, transformam o produto em pó e pedaços de palitos. 7) Armazenar em ambiente com temperatu- ra e umidade controladas. 8) Colocar em embalagens de forma tradicio- nal e/ou a vácuo. RENDIMENTO Esta receita rende 5,5 quilos de erva-mate seca. 26 REGIONAL IJUÍ RAPADURA INGREDIENTES 800 g de melado batido de boa qualidade 1,2 kg de amendoim graúdo inteiro, torrado e sem pele MODO DE PREPARO 1) Colocar todo o melado em uma panela. 2) Levar a panela ao fogo e ferver o melado em fogo médio, por 20 minutos, até o ponto em que não cai da colher (não desmancha na água). 3) Tirar do fogo, acrescentar o amendoim aos poucos e perma- necer mexendo sempre, até ficar mais firme, pois o melado não pode escorrer. 4) Colocar em formas e deixar esfriar até atingir a temperatura ambiente (variando conforme a estação do ano). 5) Embalar para não absorver umidade. RENDIMENTO Esta receita rende quatro rapaduras grandes de 500 gramas cada (tamanho da forma de pão). Família Scheer Agroindústria de Rapadura Scheer PEAF: 12.019/12 Augusto Pestana - RS “A cultura da cana-de-açúcar é tradicio- nal em toda a área de abrangência do escritório regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí. Por muitos anos, a cultura serviu tanto para a alimentação animal quanto para a produção de doces. O amendoim também é um alimento consumido em toda a região. Em relação à alimentação, o principal destaque da cana-de-açúcar é a produção de melado, não tendo uma identidade étnica única, pois todos os po- vos produzem e consomem o alimento na região. Destes dois alimentos se produz a rapadura, muito apreciada pelas famílias urbanas e rurais. 28 REGIONAL IJUÍ BOLO DE MILHO Família Treter Agroindústria Sete Sabores PEAF: 12.016/12 Ijuí - RS Essa receita tem como principal ingrediente a fari- nha de milho. O milho é um grão que tem uma im- portância histórica na nossa região, tanto na alimen- tação humana quanto na produção animal. Além do milho, a receita junta outros alimentos produzidos e consumidos no entorno, que são a farinha de trigo, o leite e os ovos, representando assim a diversidade de alimentos produzidos pelos povos que coloniza- ram a nossa região. A receita em si é simples e é servida constantemente em momentos de confrater- nização, tanto familiar quanto comunitária”. MODO DE PREPARO 1) Caramelizar as formas, colocar 50 gramas de açúcar, derreter e espalhar na forma até ficar completamente caramelizada (usar formas redondas tipo pudim de 15 cm de diâmetro). 2) Colocar no liquidificador o leite, os ovos e o óleo vegetal. Bater bem por cerca de cinco minutos (até a mistura ficar homogênea). 3) Acrescentar o açúcar, o sal e continuar batendo até dissolver bem. 4) Ir acrescentando os demais ingredientes, finalizando esta mis- tura com a farinha de trigo e a de milho; por último, acrescentar o fermento químico. 5) Dividir a massa nas formas caramelizadas. 6) Levar ao forno (150°C) e assar por cerca de 30 minutos. RENDIMENTO Esta receita rende três bolos de aproximadamente 500 gramas. INGREDIENTES 170 ml de leite 2 ovos 80 ml de óleo vegetal 320 g de açúcar 2 g de sal 250 g de farinha de milho 85 g de farinha de trigo 10 g de fermento químico 30 REGIONAL LAJEADO SCHMIER COLONIAL Família Malmann Agroindústria Acedi Alimentos PEAF: 21.017/11 Santa Clara do Sul - RS Esta receita é produzida pelas famílias de origem alemã que se instalaram no Vale do Taquari desde o processo de colonização, estando assim enraizada na cultura regional. INGREDIENTES 20 kg de melado de cana 5 kg de melancia de porco 5 kg de abóbora MODO DE PREPARO 1) Descascar as frutas, tirar as sementes e realizar um pré-cozi- mento. 2) Triturar com liquidificador ou moedor. 3) Juntar as frutas moídas ao mela- do e cozinhar até o ponto. Dica: Para verificar o ponto, tirar uma amostra e esfriar:as frutas e o melado não podem separar. Caso separe, mexer ao fogo e ir testando até chegar ao ponto de schmier. RENDIMENTO Esta receita rende 20 quilos de schmier. 32 DOCE PINTADO INGREDIENTES 10 ovos 1 xícara (chá) de banha 1 xícara de (chá) manteiga 5 xícaras (chá) de leite 5 xícaras (chá) de açúcar 7 colheres (sopa) sal amoníaco Farinha até dar o ponto 4 claras para decorar MODO DE PREPARO 1) Bater os ovos inteiros, acrescentar a banha, manteiga derretida, 4 xíca- ras (chá) de leite morno e oaçúcar. 2) Acrescentar o sal amoníaco dissol- vido no resto do leite. 3) Acrescentar farinha até dar o ponto de abrir a massa e cortar o doce. A massa não deve ficar dura. 4) Para pintar as bolachas, bater as claras e fazer um merengue bem firme. Espalhar as bolachas na mesa ou em formas e pintar uma a uma. 5) Colorir com grânulos coloridos. RENDIMENTO Esta receita rende 16 pacotes de bolachas de 350 gramas. REGIONAL LAJEADO Família Gattermann Agroindústria Panela de Ferro da Irene PEAF: 21.160/16 Colinas - RS Produto típico do município, tradicional, elabo- rado há vários anos pela família nas datas mais especiais do ano, como o Natal. A tradição se repete ano após ano, preservando os hábitos alimentares da família”. 34 REGIONAL LAJEADO CUCA ALEMA COM LINGUICA INGREDIENTES PARA A MASSA 400 ml de leite 50 g de manteiga 1 ovo 100 g de açúcar 1 pitada de sal 500 g de farinha de trigo 8 g de fermento biológico PARA O RECHEIO 150 g de linguiça desfiada PARA FAROFA 5 colheres (sopa) de açúcar 2 colheres (sopa) de farinha Canela a gosto Nata até o ponto de farofa MODO DE PREPARO 1) Esquentar o leite, amolecer a manteiga no leite, juntar o ovo, o açúcar e o sal. 2) Misturar a farinha com o fermen- to e juntar o líquido. 3) Deixar crescer por meia hora. 4) Abrir a massa na mesa, colocar a linguiça desfiada e enrolar. 5) Colocar na forma e deixar crescer novamente. 6) Pincelar com ovo e colocar a farofa. 7) Assar no forno a 150ºC por 30 minutos. RENDIMENTO Esta receita rende uma cuca de 900 gramas. Família Horst Agroindústria Sabores Da Vovó PEAF: 21.154/15 Colinas - RS Cuca com linguiça é tradição típi- ca na colonização alemã; mistura o ingrediente doce da cuca com o salgado da linguiça. É consumido no café da tarde pelas famílias. O produto é diferenciado entre as tradicionais cucas alemãs”. REGIONAL LAJEADO 36 PAO DE TRIGO INGREDIENTES 5 kg de farinha de trigo 1 colher (sopa) de sal 10 colheres (sopa) de açúcar 100 g de banha 250 g de fermento biológico fresco MODO DE PREPARO 1) Misturar tudo e sovar até levantar bolhas na massa. Família Ribeiro Agroindústria Sítio do Danni PEAF: 21.121/13 Lajeado - RS O pão é um produto essencial no café da manhã das famílias do Vale do Taquari e das demais regiões do Estado. As recei- tas de pães são passadas de geração a geração, e cada família tem um modo um pouco diferente de fazer, proporcio- nando sabores distintos. 2) Cortar a massa e dividir em pães de 500 gramas. 3) Colocar para crescer nas formas por uma hora ou até dobrar de tamanho. 4) Depois assar no forno a 200°C por 50 minutos. RENDIMENTO Esta receita rende de 15 a 17 pães de 500 gramas cada. REGIONAL LAJEADO CAPELETTI INTEGRAL DE QUEIJO 38 INGREDIENTES 1 kg de farinha integral 6 ovos 300 g de queijo MODO DE PREPARO 1) Misturar a farinha integral com os ovos e amassar a massa bem dura, passando no cilindro. 2) Cortar quadradinhos de dois centímetros e colocar queijo de sua preferência. 3) Depois fechar os quadradinhos formando o capeletti. RENDIMENTO Esta receita rende cerca de 1,4 quilo de capeletti inte- gral; 1,2 quilo após congelamento. Família Ribeiro Agroindústria Sítio do Danni PEAF: 21.121/13 Lajeado - RS “O capeletti é um prato típico da cultura italiana, e embora a maior parte da população de Lajeado seja de descendentes de alemães, o capeletti é muito bem aceito. É utilizado principalmente para fazer sopa, mas também é consumido com molhos. REGIONAL PASSO FUNDO PACOQUINHA DE AMENDOIM 40 Família Garbin Agroindústria Nossa Terra PEAF: 11.014/11 Machadinho - RS “Essa receita foi escolhida por ser de uso comum no meio rural e por empregar como principal ingrediente o amendoim, produto tradicional na cultura italiana, em sua com- posição. Por outro lado, as rapaduras de amendoim sempre remetem à lembrança de infância, na casa dos avós e ao período das festas juninas, principalmente no meio rural. A paçoquinha de amendoim apresenta variantes nos ingredientes, mas mantém o conjunto básico nesta receita que é de fa- mília: o leite, o amendoim e uma fonte de amido (geralmente trigo). INGREDIENTES 1 lata de leite condensado 360 g de bolacha maria moída 500 g de amendoim torrado MODO DE PREPARO 1) Passar manteiga numa forma. 2) Misturar bem todos os ingredien- tes. 3) Despejar na forma untada e pas- sar um rolo para firmar bem. Levar ao freezer por 15 minutos. 4) Após, cortar em quadradinhos. RENDIMENTO Esta receita rende um quilo de paçoquinhas. 125 g noz-moscada em pó 80 g antioxidante de eritorbato de sódio 75 g pimenta branca em pó 40 g acidulante cítrico 30 g nitrito de sódio 20 g nitrato de sódio REGIONAL PASSO FUNDO LINGUICA COLONIAL INGREDIENTES 250 kg de carne suína 30 kg de toucinho suíno 6,7 kg de sal 2,25 kg maltodextrina 400 g açúcar refinado 400 g vinho branco 325 g alho em pó Família Ostrowski Agroindústria Ostrowski PEAF: 11.048/13 Paim Filho - RS “A linguiça colonial (salame) é um produto que está tendo uma boa aceitação no mercado regional, por se tratar de uma receita ca- seira, familiar que foi passada de geração em geração, com sabor característico, diferenciado, colo- nial e de boa qualidade, seguindo todas as normas de higiene em todo o processo de fabricação. 43 MODO DE PREPARO 1) Moer a carne suína e o toucinho em separado. 2) Depois de moída, levar a matéria- -prima ao misturador e acrescentar os aditivos, por aproximadamente 10 minutos, até a formação de uma massa homogênea. 3) Antes do embutimento, é necessário separar e selecionar as tripas, lavando com água corrente; após, colocá-las em uma solução de água com vinagre (ou limão) na proporção de 50%. Por duas horas, as tripas deverão ficar imersas nessa mistura de água e vinagre (ou limão). 4) Colocar a massa no cilindro tendo o cuidado de não deixar espaços com ar. 5) Embutir firmemente a tripa com a massa e amarrar as extremidades com cordão de algodão. 6) Depois de embutidas e amarradas, levar para defumação por um dia e para a maturação por dois dias. 7) Manter a temperatura durante a com- pleta fabricação do produto em sala climatizada de 12 a 16°C. RENDIMENTO Esta receita rende 200 peças de 400 gramas cada. 44 FIGO EM CALDA REGIONAL PELOTAS Família Correa Agroindústria João de Barro PEAF: 17.037/12 Morro Redondo - RS “O doce colonial é um produto típico da região doceira de Pelotas e Antiga Pelotas, onde está Morro Redondo. Recentemente, o “saber fazer do doce colonial” da região foi reconhecido pelo IPHAN como Patrimônio Imaterial e esta tradição está registrada no Livro dos Saberes do Instituto. A figueira é encontrada nos quintais das maiorias dos agricultores sendo frutos tradicionalmente utilizados para o preparo de diversos doces. A tradição doceira envolve toda a família no preparo dos vegetais e também na ‘mexida’ do tacho. INGREDIENTES 3 dúzias de figo verde 2 litros de água 1 colher (sopa) de sal amoníaco 3 kg de açúcar 3 litros de água Cravo e canela a gosto (opcional) MODO DE PREPARO 1) Lavar bem os figos, adicionar a água e levar ao fogo até ferver. 2) Depois juntar o sal amoníaco e mexer bem. Desligar o fogo e deixe esfriar. 3) Em seguida coar os figos e levar ao congelador por 24 horas. 4) Após esse tempo, lavá-los em água corrente para tirar a pele. 5) Com o açúcar, os três litros de água, o cravo e a canela, fazer uma calda rala na qualserão colocados os figos, deixando ferver por cerca de 40 minutos. Então, desligar o fogo e deixar repousar na calda por cerca de 12 horas. 6) Após as 12 horas de repouso, levar ao fogo até a calda ficar no ponto desejado. RENDIMENTO Esta receita rende quatro quilos de figo em calda. 46 REGIONAL PELOTAS MOLHO DE PIMENTA DEDO DE MOCA Família Tuchtenhagen Agroindústria Sabor da Colônia PEAF: 17.002/08 Turuçu - RS “O município de Turuçu é conhecido como a Capital Nacional da Pimenta Vermelha. O título veio em consequência do cultivo de pimenta, que serviu de base para as primeiras receitas que fomentaram a instalação das agroindústrias familiares do município. Entre geleias e conservas, o molho se tornou o produto destaque da Agroindústria Sabor da Colônia que está em funcionamento desde 2004. Suas características coloniais, seu sabor e sua qualidade, aliadas às técnicas de produção, fazem com que o molho de pi- menta seja reconhecido em toda a região e apreciado em outros estados do Brasil. INGREDIENTES 1,5 kg de pimenta dedo-de-moça 1.000 ml de água potável 2.250 ml de vinagre de álcool 100 g de sal refinado 4 g de ácido cítrico 4 g de goma xantana MODO DE PREPARO 1) As pimentas devem primeiramente ser lavadas e sanitizadas em água clorada (150 ppm por 10 minutos), posteriormente corta- das e retiradas as sementes. 2) Em liquidificador acrescentar a pimenta e a água, triturar em torno de dois minutos até obter uma mistura homogênea. 3) Cozinhar esta mistura em fogo médio por cerca de 15 minutos e transferir a mistura obtida para o liquidificador, para a homoge- neização dos demais ingredientes. 4) Após a homogeneização, acondicionar o molho em recipientes de vidro, tampar e pasteurizar durante 10 minutos a 100°C. 5) Armazenar a temperatura ambiente. Dica: para facilitar sua homogeneização, a goma xantana deve ser misturada com o sal, colocando-a aos poucos. RENDIMENTO Esta receita rende 25 garrafas (de 150 ml). 48 REGIONAL PORTO ALEGRE CHIPS DE BANANA VERDE INGREDIENTES 1 kg banana verde Óleo de coco Sal MODO DE PREPARO 1) Descascar a banana e fatiar no sentido do comprimento, em fatias finas. 2) Fritar em óleo de coco. 3) Salgar a gosto. RENDIMENTO Esta receita rende três pacotes de 60 gramas. Família Justin Agroindústria Cantinho Da Natureza PEAF: 08.029/14 Itati - RS A produção de banana é tradicional no litoral Norte do RS, e a oferta é abundante durante todos os meses do ano. A principal forma de consumo é do fruto in natura. A agroindústria, em busca de inovação a partir da oferta da matéria-prima, desenvolveu o novo produto “que acabou dando muito certo, pois nossas vendas só aumentam”, relata a jovem Luciana Justin, filha do proprietário do empreendimento”. 50 REGIONAL PORTO ALEGRE DOCE DE ABOBORA INGREDIENTES 3,5 kg de abóbora 2,5 kg de açúcar 250 ml de água 60 g de cal Cravo a gosto MODO DE PREPARO 1) Lavar e cortar a abóbora em formato dese- jado. 2) Em uma bacia, colocar três colheres de cal , os pedaços de abóbora e cobri-los de água. 3) Deixar de molho durante duas horas, mexen- do a cada 30 minutos. 4) Após, lavar bem para retirar o cal. 5) Furar cada pedaço com um garfo (quatro vezes). 6) Misturar a água, o açúcar e a abóbora e levar ao fogo. 7) Quando começar a ferver, aguardar 45 minutos e desli- gar. 8) Deixar descansando na panela por 12 horas. 9) Levar novamente ao fogo para dar ponto na calda como desejar (fina ou grossa). RENDIMENTO Esta receita rende cinco quilos de doce de abóbora. Família Heldt Agroindústria Aracema Medeiros Heldt PEAF: 22.015/12 Santo Antônio da Patrulha - RS O doce de abóbora é uma tradição em todo o Rio Grande do Sul, e aqui em Santo Antônio da Patrulha não é diferente. Em nossos res- taurantes e também em momentos de festa ele é sempre servido. A abóbora é um fruto rico em vitamina A, tem ação sobre os dentes, unhas, cabelos, olhos e pele”. REGIONAL SANTA MARIA CUCA ITALIANA INGREDIENTES 1 litro de fermento de batata 5 kg de farinha de trigo Água 10 ovos 1,5 kg de açúcar 200 g de banha 5 g de sal Cravo, canela, erva-doce e baunilha a gosto MODO DE PREPARO PARA O FERMENTO DE BATATA 1) Ralar de três a quatro batatas médias (de produção orgânica) e colocar no liquidificador juntamente com um pouco de água e uma xíca- ra de açúcar (150 g). 2) Transferir para uma panela de cinco litros e completar com cerca de três litros de água. 3) Deixar em fogo baixo até que aqueça com- 52 Família Weber Agroindústria Produtos Coloniais Weber PEAF: 03.051/13 Silveira Martins - RS A Agroindústria Produtos Coloniais Weber está localizada em Silveira Martins, que integra a quarta colô- nia de imigração italiana, e a cuca italiana é um dos produtos típicos da gastronomia da região. Dona Gentila aprendeu a receita com sua mãe, e hoje é um dos produtos mais procu- rados nas festas típicas da região. Ela diz que os dois principais ingre- dientes são amor e dedicação, que adora o que faz há mais de 60 anos”. pletamente. Desligar o fogo e deixar descansar por até duas horas; durante este tempo, se percebe o fermento crescer. 4) Guarde em recipientes de vidro bem fechados na geladeira. PARA A MASSA DAS CUCAS 1) Colocar um litro de fermento de batata e um pouco de água morna em uma bacia. 2) Adicionar uma porção de farinha, de modo que fique uma massa firme e aguardar cerca de 12 ho- ras. 3) Após este tempo de espera, bater três ovos com uma xícara de açúcar (150 g) e adicionar na mas- sa juntamente com mais farinha, sempre cuidando para que a massa fique firme. 4) Repetir este processo mais duas vezes com in- tervalos de cerca de três horas para que o fermen- to possa agir. 5) Adicionar os temperos (sal, cravo, canela, erva- -doce e baunilha) e o restante da farinha, do açú- car, dos ovos e a banha. 6) Sovar a massa. 7) Colocar em formas enfarinhadas e cobrir com tecido limpo. 8) Deixar crescer até que fiquem do tamanho dese- jado (de 12 a 24 horas, dependendo da temperatu- ra do ambiente). 9) Pincelar com ovo e adicionar a farofa (mistura de banha, ovo e açúcar até que fique na textura que forme pequenas bolinhas). 10) Assar em forno a 200°C por cerca de 50 mi- nutos. RENDIMENTO Esta receita rende cerca de 10 cucas italianas de 700 gramas cada. 54 SUCO DE UVA TINTO INTEGRAL REGIONAL SANTA MARIA “A Agroindústria Torri & Torri está localizada em Silveira Martins, berço do quarto núcleo de imigração italia- na no Estado. A viticultura já é uma tradição das famílias italianas, forta- lecida na região pelas características acidentadas dos campos. Já a histó- ria da família Torri remete à chegada dos primeiros imigrantes, ainda no século XIX. Ainda em 1947, produzia vinho com o mesmo modo de produ- ção familiar mantido na atualidade, e chegou a ser considerada a maior produtora de vinhos da região. Família Torri Agroindústria Torri & Torri PEAF: 03.054/13 Silveira Martins - RS INGREDIENTES 1.000 kg de uvas tintas Enzimas pectolíticas MODO DE PREPARO 1) Desengaçar das uvas 2) Aquecer as uvas até a temperatura de 55°C. 3) Adicionar 5 g de enzima pectolítica. 4) Misturar durante duas horas, mantendo a temperatura de 55°C. 5) Separar o suco das cascas e das sementes através de filtros do tanque e prensagem. 6) Aquecer o suco até que atinja 85°C. 7) Envasar a quente em garrafas de vidro. RENDIMENTO Esta receita rende cerca de 600 litros de suco de uva tinto integral. 56 PIEROGI REGIONAL SANTA ROSA INGREDIENTES MASSA 4 gemas 1 ovo inteiro 1 e ½ xícara de açúcar (330 g) 1 xícara de leite (300 ml) 3 colheres (sopa) de manteiga 2 colheres (sopa) de cachaça 1 colher (sopa) de banha ou óleo 2 colheres (sopa) rasas de amido de milho 1 pitada de sal 1 colher (chá) rasa de fermento em pó Farinha de trigo para dar o ponto RECHEIO ½ kg de ricota ou requeijão 2 xícaras de açúcar (440 g) 1 colher (sopa) de açúcar de baunilha MODO DE PREPARO1) Juntar todos os ingredientes da massa, misturar e sovar bem por aproximadamente cinco minutos, até dar o ponto de estender. 2) O formato do pierogi é em meia lua; assim, uma vez que a massa esteja no ponto, esticá-la e cortar com auxílio de forminhas. 3) Misturar os ingredientes do recheio e montar o pierogi, colocando o re- cheio na massa e fechando como se faz com pastel. 4) Fritar em gordura bem quente. RENDIMENTO Esta receita rende proximadamente 50 pierogis com 30 gramas cada. Família Zborowski Agroindústria Cantina Polonesa Zborowski PEAF: 10.065/12 Guarani das Missões - RS O pierogi é um prato tradi- cional da culinária polone- sa; no Brasil, os imigran- tes criaram a versão de pierogis fritos e assados, resultados da influência da culinária brasileira. Como recheio, prevalece a mistura de requei- jão, açúcar e baunilha. O pierogi é um pastel em forma de meia lua recheado, prato típico dos descen- dentes poloneses de Guarani das Mis- sões, por exemplo, onde a agroindústria Cantina Polonesa Zborowski elabora e vende este produto. O pierogi favorece a preservação da sabedoria popular, parti- cipa do leque enriquecedor da diversida- de alimentar, cultural e étnica da região Missioneira do RS e, cada vez mais, é consumido pela população em geral”. 58 REGIONAL SANTA ROSA QUEIJO COLONIAL INGREDIENTES 450 litros de leite 200 ml de cloreto de cálcio 20 g de coalho 300 ml de fermento lácteo 1,70 kg de sal comum Com essa mesma receita são feitos diferentes queijos temperados com produtos em conservas, cozidos ou desidratados: - queijo com cenoura, pepino, orégano e azeitonas - queijo com alho, pimenta, orégano, salsa e tomi- lho - queijo com nozes, tomate seco e orégano - queijo temperado ao vinho; após maturado, dei- xar o queijo no vinho colonial bordô por sete dias. Família Konzen Agroindústria Konzen PEAF: 10.007/09 Cerro Largo – RS Esta agroindústria é dirigida pela Reja- ne, mulher batalhadora e inovadora que, junto com seu esposo Luís e suas duas filhas, produzem sua própria ma- téria-prima, de forma limpa, e coloca no mercado em torno de 13 produtos à base de leite pasteurizado. Os produtos são, reconhecidamente, de qualidade incomparável, e desde 2008, a família está organizada para transformar a sua propriedade sus- tentável, inovando na diversificação de sua produção conforme o gosto da clientela”. MODO DE PREPARO 1) No leite pasteurizado colocar o coalho, o cloreto de cálcio e o fermento láctico. 2) Deixar coalhar por um período de 45 minutos a uma hora. 3) Após, cortar a coalhada, em todos os sentidos, com faca, de forma manual, ao mesmo tempo em que o sistema faz o agitamento e aquecimento até os 45°C. 4) Posteriormente realizar a dessoragem com pré-prensagem manual. 5) Na massa resultante, adicionar o sal e colocar os temperos desejados. 6) Após, colocar a massa em formas de plástico endurecido, providas de panos dessoradores e proceder a prensagem durante uma hora. 7) Posteriormente, virar a massa nas for- mas e fazer nova prensagem por quatro horas. 8) Após esse processo, levar os queijos para à câmara frigorífica, com tempera- tura de 4°C, e deixar maturando por um período entre 15 e 20 dias. 9) Embalar o queijo em plástico, com sis- tema a vácuo. RENDIMENTO Esta receita rende 55 quilos de queijo colonial. 60 REGIONAL SOLEDADE MELADO BATIDO COLONIAL INGREDIENTES 1.000 kg de cana (Após moagem, rende 120 litros de garapa.) MODO DE PREPARO 1) Colheita/corte da cana-de-açúcar na lavoura – a colheita da cana-de-açúcar é realizada na lavoura com a utilização de facões; os feixes são agrupados e transportados até a carroça na lavoura. 2) Moagem (prensagem da cana-de-açúcar) - a carroça transporta os feixes de cana até a moenda, para sofrer o processo de moagem para extração Família Bartz Agroindústria Melados Bartz PEAF: 20.086/13 Vera Cruz - RS Os habitantes da região são descendentes da imi- gração alemã, refletindo sua cultura e hábitos alimentares das famí- lias. O melado é amplamente consumido e comercializado, tanto do interior quanto da cidade. Além disso, a região onde a agroin- dústria concentra suas instalações é alta- mente favorável à produção de cana-de-açú- car para produção de melado, pois o tipo de solo propicia um melado mais claro e uma garapa mais doce; além disso, o microclima da região de Dona Josefa (Vera Cruz), local de encosta de cerro, com rara ocorrência de geadas, favorece e incentiva os produtores a cultivar suas próprias lavouras de cana- -de-açúcar, minimizando a dependência de adquirir matéria-prima de terceiros, maximi- zando seus ganhos e incentivando a produ- ção local”. do caldo (garapa). 3) Cozimento da garapa – o caldo da cana é conduzido através de tubulações de PVC para os tachos metálicos. O cozimento ocorre com fogo a lenha e a garapa fica de quatro a cinco horas nessa etapa de cozimento. 4) Esfriamento natural da garapa para ba- ter no dia seguinte. 5) Clareamento da garapa – depois de co- zida e fria/repousada, a garapa apresenta consistência pegajosa; é colocada em bate- deira mecânica para fazer o clareamento, que caracteriza o melado propriamente dito. 6) Envasamento – o melado é colocado em potes plásticos de diferentes tamanhos, seguindo a pesagem; são posteriormente lacrados. 7) Rotulagem – os potes são etiquetados manualmente com rótulos específicos da unidade produtiva que contemplam proce- dência (local da unidade agroindustrial), data de fabricação, validade, lote Inscrição Estadual, nº PEAF, ficha nutricional, de acordo com as legislações vigentes. 8) Expedição/comercialização – os potes de plástico são colocados em sala especí- fica para armazenamento do produto final, estando prontos para venda. RENDIMENTO Esta receita rende 40 quilos de melado batido. Patrocínio: Rezalização: SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO RURAL, PESCA E COOPERATIVISMO SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E IRRIGAÇÃO ACESSE O LIVRO ATRAVÉS DO QRCODE: Patrocínio: Rezalização: SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO RURAL, PESCA E COOPERATIVISMO SECRETARIA DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E IRRIGAÇÃO Acesse o livro através do QRCode:
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