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RESUMO DOENÇA CELÍACA

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JOEL NERES DE SOUZA – MEDICINA FAMETRO 2021 – HABILIDADES MÉDICAS VI 
 
CONCEITO 
1) Manifestações clínicas são glúten-dependentes 
2) Auto anticorpos específicos antiendomísio, e 
antitransglutaminase (EmA e anti-tTG) no soro e AGA 
– anticorpo antigliadina. 
3) Presença de haplótipos HLA DQ2 e/ou DQ8 
4) infiltração linfocitária no epitélio até completa atrofia das 
vilosidades instestinais + hiperplasia das criptas 
 
 
 
 A Doença Celíaca (DC) é uma enteropatia crônica do 
intestino delgado, de caráter autoimune, desencadeada 
pela exposição ao glúten (principal fração proteica 
presente no trigo, centeio e cevada) em indivíduos 
geneticamente predispostos. 
 Acomete 1:100-300 pessoas 
 2M:1H 
 Maior risco em parentes de 1º grau, DM, Dç autoimune e 
sd de Down. 
 Principal câncer → adenocarcinoma do intestino Delgado 
 Pode causar: infertilidade, osteoporose, atraso no 
crescimento, DM1, doença tireiodeana 
 
 
CARACTERISTICAS IMPORTANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DC 
 
→ Forma Clássica (típica) 
→ Forma não clássica (atípica) 
→ Forma assintomática (silenciosa) 
 
 
As manifestações Clínicas Típicas (gastrointestinais) 
 
 Diarreia crônica (adultos) 
 Esteatorreia 
 Distensão abdominal 
 ↓ da musculatura glútea 
 Perda de peso, deficiência desenvolvimento, baixa 
estatura (crianças) 
 Deficiência de nutrientes ou vitaminas (ADEK) 
 
As manifestações Clínicas Atípicas (não intestinais) 
 
 quadro mono ou oligossintomático 
 Dermatite herpetiforme 
 Defeito no esmalte dentário 
 Osteoporose 
 Baixa estatura 
 Atraso púbere 
 Infertilidade 
 Anemia por deficiência de Fe refratária ao tratamento. 
 Deficiência de ácido fólico e B12 não explicada 
 Doenças neurológicas ou alterações comportamentais. 
 Atrite e Doenças hepáticas 
 
As manifestações Clínicas Atípicas 
 
 Presença de alterações sorológicas e histológicas da 
mucosa do intestino delgado compatíveis com DC, na 
ausência de manifestações clínicas. 
 Parentes de primeiro grau de pacientes celíacos, e 
marcadores sorológicos 
 
 
 
 
 
 
 
JOEL NERES DE SOUZA – MEDICINA FAMETRO 2021 – HABILIDADES MÉDICAS VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO → clínica glúten-dependente + sorologia 
+ EDA (biopsia) 
 
 Os principais testes sorológicos para a detecção da 
intolerância ao glúten são o anticorpo antigliadina (AGA), 
o anticorpo antiendomísio (EmA) e o anticorpo 
antitransglutaminase tecidular (TTG). 
 O anticorpo Anti-TTG IgA → sensibilidade 98% e 
especificidade de 90% 
 Os anticorpos anti-gliadina foram substituídos pelos 
anticorpos contra a gliadina desaminada (anti-DGP) 
 Anticorpos antiendomísio são anticorpos da classe IgA 
(EmA IgA) dirigidos contra a camada linear da 
musculatura lisa. O EmA IgA constitui-se um poderoso 
exame específico para DC e útil não só na detecção de 
DC ativa como na sua forma silenciosa ou potencial. 
 
 EDA → endoscopia digestiva alta com biópsia de 
intestino delgado (2ª porção do duodeno) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Estágio 0: mucosa pré-infiltrativa 
 Estágio I: aumento no número de linfócitos intra-epiteliais 
 Estágio II: hiperplasia de criptas 
 Estágio III: atrofia de vilos (40%) 
 Estágio IV: atrofia completa dos vilos 
 
A biópsia deve ser realizada ANTES do início da dieta 
sem glúten!! 
 
Pacientes que já estão em dieta sem glúten consumir glúten 
por pelo menos 4 semanas antes da realização da biópsia 
 
 Exame histopatológico, considerado o padrão-ouro 
para o diagnóstico. 
Infiltrado linfocitário na mucosa e atrofia 
vilositária intestinal + hipertrofia das criptas 
 
 
EXAMES DE IMAGEM 
 
 Enterotomografia ou enterorressonância são 
indicados principalmente na suspeita de linfomas ou 
outros tumores. 
 
TRATAMENTO DA DC 
 
 É baseado no manejo dos déficits e dieta insenta de 
gluten (DIG) 
 Vitaminas do complexo B 
 Acido folico 
 Vitamina K, D 
 Suplementacao de ferro, calcio. 
 
DC não responsiva 
 
 Trata-se de uma falha de resposta à dieta estritamente 
isenta de glúten pelo menos após seis meses de 
tratamento ou ressurgimento de sintomas ou 
anormalidades laboratoriais típicas de DC, enquanto em 
tratamento. 
 Causas mais comuns: exposição ao glúten (36%), 
síndrome do intestino irritável (22%), DC refratária (10%), 
intolerância à lactose (8%) e colite microscópica (6%). 
 Nesses pacientes, há elevação dos níveis de anti-tTG. 
 
DOENÇA CELÍACA REFRATÁRIA (DCR) 
 
 A DCR é uma condição rara 
 Pacientes acima de 47 anos 
 Há atrofia vilositária com hiperplasia de criptas e aumento 
dos linfócitos intraepiteliais (LIE), persistindo por mais de 
12 meses, apesar da dieta rígida sem glúten. 
 Atenção deve ser dada ao desenvolvimento de 
linfoma. 
 Os pacientes devem ser investigados por exames 
radiológicos, de imagem e endoscópicos, e biópsias com 
estudos imuno-histoquímicos. 
 
 DCR tipo I: caracterizada pela expressão normal de 
antígenos para célula T e rearranjo policlonal do gene 
TCR. 
- Tratamentos: prednisona, budesonida, prednisona + 
azatioprina. 
 
 DCR tipo II: caracteriza-se por fenótipo anormal de LIE 
com expressão intracitoplasmática CD3, CD103 de 
superfície e falta dos clássicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOEL NERES DE SOUZA – MEDICINA FAMETRO 2021 – HABILIDADES MÉDICAS VI 
 
 
Complicações da DC 
 
 Anemia: devido à deficiência de ferro e/ou ácido 
fólico. 
 Osteomalacia, osteoporose: por hipocalcemia. 
 Jejunite ulcerativa: rara, manifestação precoce de 
malignidade. 
 Linfoma do intestino delgado: de células T ou, mais 
raramente, de células B. linfoma não-hodgkin 
 Adenocarcinomas: mais do esôfago (CEC).

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