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Esporotricose e Criptococose

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DOENÇAS INFECCIOSAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS 
INFECÇÕES FÚNGICAS CUTÂNEAS 
ESPOROTRICOSE 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Doença zoonótica causada por um fungo dimórfico (esporos e hifas) chamado Sporothrix sp (brasiliensis, chilensis, 
globosa, lurei, mexicana, pallida, schenkii) e acomete animais domésticos, golfinhos, muares, humanos e etc. Pode ser 
isolado no solo, matéria orgânica em decomposição. 
EPIDEMIOLOGIA: distribuição mundial! Principalmente em clima tropical, subtropical e temperado. Não existe relatos 
de um lugar com mais casos do que no Rio de Janeiro (de 1998-2009: 2200 casos em humanos e 3244 em felinos). 
PATOGENIA 
Inoculação do fungo → transformação em levedura → permanece na pele ou migra pela via linfá ca → pode haver 
disseminação sistêmica através da circulação sanguínea 
Lesões ulcerativas com baixa taxa de cicatrização em face, membros (porção distal). A disseminação do fungo ocorre 
pelas vias linfáticas. 
FATORES DE RISCO: animais e pessoas que tem contato com o solo. 
SINAIS CLÍNICOS 
Em humanos, possui várias formas de apresentação. Entre elas, a linfocutânea (lesão na pele seguida de linfática), 
cutânea fixa, mucocutânea, extracutânea e disseminada. Em animais, apresenta-se nódulos e úlceras cutâneas, 
acometimento de mucosas, alterações respiratórias e sistêmica. 
DIAGNÓSTICO 
Imprint (em felinos), pois possuem elevado número de esporos na superfície da lesão. Biópsia em cães e outros 
mamíferos. 
CONTROLE 
Educação da população, posse responsável, tratamento adequado do tutor e animal de graça, manejo de 
jardins/hortas com uso de EPI. 
TRATAMENTO 
Iodeto de potássio (diversos efeitos colaterais, porém com baixo custo), itraconazol (efeitos colaterais: alterações 
hepáticas), fluconazol, cetoconazol (baixa eficácia, muitos efeitos colaterais e baixo custo). 
O custo elevado e tempo decorrido de tratamento pode levar o tutor a abandonar o animal, gerando então novas 
contaminações. 
DESTINO CORRETO: cremar a carcaça. NÃO enterrar e NÃO jogar no lixo. 
CRIPTOCOCOSE 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Zoonose causada por fungos, com evolução aguda, subaguda ou crônica, chamados de Cyptococcus neoformans e 
gatti. Afeta animais silvestres (pombo, morcego), humanos e cães e gatos. 
EPIDEMIOLOGIA: distribuição mundial. 
TRANSMISSÃO 
A via aerógena é a principal fonte de infecção. Após ser inalado, o fungo atinge o sistema respiratório inferior, causa 
lesão pulmonar, pneumonia ou lesão nodular. Ocorre a formação de massas granulomatosas no sistema respiratório 
superior. Em felinos, pode ocorrer invasão cerebral, ocular e do nervo óptico. 
FATORES DE RISCO: em humanos e felinos, por imunodeficiência (FeLV, FIV, AIDS). 
SINAIS CLÍNICOS 
Narizinho de palhaço, sinais neurológicos e oculares (alteração na visão), apatia, anorexia, perda de peso. 
DIAGNÓSTICO 
Exame micológico direto com secreções, urina, biópsias e liquor (observa-se a levedura capsulada), cultura fúngica, 
histo e citopatologia, exames de imagem. 
TRATAMENTO 
Com antifúngicos como fluconazol, itraconazol e anfotericina B (nefrotóxica, sucesso em gatos). 
PROFILAXIA E CONTROLE 
Evitar o acesso de animais próximo a pombos. Lavar os dejetos com soda cáustica e utilizar EPI’s para a manipulação

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