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CONCEITUANDO São compostos encontrados nos organismos vivos; Insolúveis em água; Solúveis em solvente orgânicos; IMPORTÂNCIA : 90% TRIGLICERÍDEOS : ácidos graxos + glicerol Alimentos de origem ANIMAL - Alimentos de origem VEGETAL - mais maleáveis (ÓLEOS) Exceção - abacate - Fontes de energia - Fonte de Ácidos Graxos - Fonte de Vitaminas - Conferem uma palatabilidade - Saturados - Insaturados mais consistentes ( GORDURA) percentual de gorduras SATURADAS percentual de gorduras INSATURADAS - 26% de lipídeos – ácido oleico ou ômega 9 Vitaminas Lipossolúveis LIPÍDEOS DERIVADOS • Colesterol • B-Sitosterol : - estrutura semelhante ao do colesterol - encontrado em alguns alimentos - em maiores concentrações no lúmen intestinal, será absorvido no lugar do colesterol ÁCIDOS GRAXOS Não possuem duplas ligações; O peso molecular, ponto de fusão e a insolubilidade, vai depender do Tamanho da cadeia de hidrocarboneto Gorduras animais (Presentes no Leite) – ácidos esteárico e palmítico SATURADOS Cadeia : - maior seu peso molecular - maior PF - mais insolúvel B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS LIPÍDEOS SIMPLES • Ácidos graxos • Gorduras neutras (mono, di e triglicerídeos) • Ceras LIPÍDEOS COMPOSTOS • Fosfolipídeos • Glicolipídeos • Lipoproteínas ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS Apresentam, no mínimo, 1 instauração Forma CIS -mais encontrada na natureza Forma trans - átomos de H em lados opostos INSATURADOS - Átomos de hidrogênio ligados aos C, ligados por dupla ligação, estão no mesmo lado - Mais Instável - líquido EX : ÁCIDO OLEICO - Traz estabilidade e maior vida de prateleira para os produto EX: ÁCIDO ELAÍTICO B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O GORDURA TRANS Originadas de ácido graxo INSATURADOS Processo de hidrogenação – natural (rúmen de animais) ou artificial Hidrogenação industrial de óleos vegetais Vantagem industrial: 1 - adição de H na presença de um catalisador (alumínio ou níquel) e temperaturas em torno de 260°C 2 - Transformação da conformação de cis para trans 3 - Transformação de parte das ligações insaturados em saturadas por meio de calor (destrói as ligações duplas) GORDURA HIDROGENADA/TRANS - Gordura de consistência mais firma – estabilidade termodinâmica (não é muito sensível a mudanças de temperatura e O2,visto que duplas ligações são sensíveis ao oxigênio) - Eleva ponto de fusão - Palatabilidade e textura crocante - Aumenta vida e prateleira EX : MARGARINA - Óleo vegetal da margarina sólido á temperatura ambiente após o processo Não existe uma quantidade mínima diária recomendável, pois pode trazer prejuízos a saúde como aumentar o LDLc e abaixar o HDLc Consumir o mínimo possível Desde 2006 - obrigatória a declaração da quantidade de GT nos rótulos. (ANVISA) Brecha técnica do regulamento - Analisar a lista de ingredientes: Alternativa ao processo de hidrogenação parcial Não promove a isomerização de duplas ligações Não afeta o grau de saturação Há manutenção da estrutura na forma de éster (3 ácidos graxos ligados a uma molécula de colesterol),mantendo o triglicerídeo Ocorre uma "redistribuição dos AGE" com formação de nova estrutura " Se o produto contiver até 0,2 g de gordura trans por porção, a Anvisa permite que a embalagem estampe a alegação “Não contém...”, “Livre de...”,“Zero...” ou “Isento de...” Indústria arbitrariamente escolhe o tamanho de 1 porção de seu produto que fique abaixo de 0,2g-EX: biscoito - Gordura vegetal hidrogenada ou gordura vegetal – certamente contém gorduras trans. ALTERNATIVAS ENCONTRADAS INTERESTEFICAÇÃO B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS Possui cerca de 50% de AGS e 50% de AGI Confere consistência interessante Não é uma boa opção – rico em AGS Recentes Estudos tem mostrado que a gordura interesterificada tem reduzido o HDLc e redução da secreção de insulina ou sua ação ÓLEO DE PALMA IMPOTÂNCIA DA ANÁLISE DOS LIPÍDEOS NOS ALIMENTOS Constatar se existir de fato ou não a gordura vegetal hidrogenada Fazem parte da composição centesimal É importante como uma informação obrigatório de rotulagem Classificar o leite – cromatografia líquida de alta eficiência Pico Quantidade de AGE presente em cada óleo Comparar com uma amostra padrão Cromatograma de óleos comestíveis Condições para maior eficiência da extração quente : Tipos de solvente: Limitação : 1 - Partículas menores do alimento 2 - Baixa umidade da amostra 3 - Velocidade do refluxo - quanto menor, Maior a eficiência. 4 - Alimentos ricos em proteínas e CHO - devem ser submetidos a hidrólise ácida antes da extração 5 - Maior tempo de exposição do material no solvente e temperatura mais brandas 6 - Extração intermitente - solvente alterna entre o contato e o não contato com a amostra 1 - Èter de petróleo - mais utilizado 2 - Èter etílico - susceptível a mais erros - Somente para amostras líquidas - Tempo de extração variável - recomenda fazer o teste de mancha para saber se ainda há gosrdura na amostra B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS COMO ANALISAR? OUTROS COMPONENTES ( vit. lipossolúveis,etc) : cromatografia líquida de alta performace ÁCIDOS GRAXOS E ESTERÓIS : cromatografia a gás METODOLOGIA DE ANÁLISE Objetivo : extrair lipídeos neutros MÉTODO GRAVIMÉTRICO (pesagem) : após extração por solventes orgânicos a quente SOXHLET Objetivo : preservar a amostra para avaliar a oxidação dos lipídeos ou o perfil de AGE Para amostra Secas ou Úmidas Extração com solvente frio Metanol : desfaz ligaçoes lipoprotéicas Utiliza apenas tubos de ensaio BLIGH - DYER B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS Exemplo: O peso final do balão vai conter: Peso do balão + Lipídeo retido Objetivo : método de rotina usado para leite e produtos lácteos Extração de gorduras ligada a outros compostos - hidrólise ácida PROCESSO DE GERBER DEGRADAÇÃO DE LIPÍDEOS EM ALIMENTOS Degradação é negativa : Causas : - Perda de valor nutricional - Alteração da qualidade sensorial - Perda da característica funcional - Toxidez - Oxidação - Hidrólise Hidrólise do triacilglicerol na presença de água, temperatura elevada e lipases naturais Quebra da ligação éster entre o álcool e o ácido, Alteração : sabor, aumento da acidez Rancidez hidrolítica e a rancidez oxidativa podem acontecer ao mesmo tempo Reações que promovem " OFF - FLAVOUREM "- perda do aroma e do sabor RANCIDEZ HIDROLÍTICA glicerol e os ácidos graxos - Ex.: fritura Oxidação de lipídeos Armazenamento ou processamento Fatores que contribuem para esse processo : oxigênio, luz, calor , peroxido, metais oxidante e pigmentos naturais. Depende do grau de instauração do Ácido Graxo - quanto maior, mais susceptível Gera compostos, maioria de cadeia curta - marcador de estresse oxidativo FASES : FATORES QUE ACELERAM A OXIDAÇÃO : RANCIDEZ OXIDATIVA EX :Malondialdeído - quantidade pode ser determinada pela espectrofotometria 1 - Iniciação – oxidação do ácido graxo 2 - Propagação – reações que envolve o radical do ácido graxo lipoperoxil 3- Terminação – produção do lipoperóxido que atua como espécie reativa de O2. - Lipoxigenases - enzimas presentes em vegetais que catalisam a reação de oxidação de AGE insaturado pelo peróxido. - Metais (Ferro e Cobre)- Luz -Oxigênio do ar excitado reage com lipídeos insaturados, formando peróxido. B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS FRITURA Quando óleos/lipídeos são hidrolisados – produtos são ácidos graxos livres Abaixa ponto de fumaça( temperatura em que começa a se observar a formação de fumaça) e gera um gosto amargo (óleo de soja – 228°C) Óleo de fritura reutilizado irá fumegar mais rapidamente - já há várias ligações destruídas do processo anterior Óleos quentes tendem a polimerizar-se – moléculas unem- se em moléculas maiores Fritura: temperaturas elevadas (180°C) usados na indústria ou em residências Produz composto cancerígeno a partir do Glicerol e do Oxigênio - Consistência espessa e de cor escura - Não se deve atingir temperatura acima dessa; Acroleína Se houver iodo, haverá transformação de sua cor amarelo marrom para azul Calculado a partir dos dados do Na2S4O3 ,que reagiu com o iodo elementar. No final da titulação temos: Índice de Peróxido: CÁLCULO DO ÍNDICE DE PERÓXIDO: Índice de peróxido = mEq de peróxidos/1000g de amostra N = normalidade da solução de tiosulfato de sódio f = fator de solução de tosulfato de sódio Va - Vb = ml de tiosulfato gastos para titular a amosta/titular o branco B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS AVALIAÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS Método é capaz de quantificar em miliequivalentes (mEq) de peróxido por quilo de óleo ou gordura Dissolve-se uma dada massa de óleo em iodeto de potássio em excesso Se houver lipoperóxido, com certeza reagirá com o iodeto de potássio, oxidando o iodo do iodeto de potássio a iodo elementar. Para confirmar a presença do iodo elementar – titulação com tiosulfato de sódio na presença de amido RANCIDEZ OXIDATIVA - Índice de Peróxidos Acidez elevada desenvolvimento de reações hidrolíticas Acidez – titulação com hidróxido de sódio e fenolftaleína como indicador RANCIDEZ HIDROLÍTICA- Índice de Ácidez ( determinação de ácidos graxos) Ácidos graxos presentes na amostra irão reagir com o NaOH na presença de fenolftaleína, formando um sal correspondente ÍNDICE DE ÁCIDEZ: Trabalha-se com o equivalente grama – é a relação entre a massa molar de ácido em números de hidrogênios ionizáveis. 1. Volume (mL) da solução de NaOH 1M que foi necessário para neutralizar os ácidos graxos em 100g de gordura - Procedimento ✓ Dissolução da gordura e titulação ✓ Pesar a amostra ✓ Adicionar 50 ml de solução éter:etanol (2:1) e agitar ✓ Adicionar 2 ml de fenolftaleína ✓ Titular com NaOH 1M até coloração rósea 2. Determinar como % de ácidos graxos livres em função do ácido predominante na amostra analisada - Cálculo da % de ácidos graxos livres – Ex: ácido oleico, PM = 282g E = 282/1 Temperatura na qual a fumaça começa a ser exalada da superfície do óleo aquecido por causa da decomposição do triacilglicerol na presença de oxigênio → Glicerol – acroleína Óleos e gorduras – processos de fritura Diminuição do ponto de fumaça Fumaça é sinal de decomposição Ponto de fumaça de óleos e gorduras: 200 – 300°C Ponto de fumaça abaixo de 170°C: óleo ou gordura inadequado para uso PONTO DE FUMAÇA - temperatura e fumegação B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS 3. Pode expressar o resultado como a quantidade em mg de hidróxido de potássio (KOH) que foi necessário para neutralizar os ácidos graxos livre presentes em 1,0 g de amostra. B R O M A TO LO G IA N U T R I Ç Ã O - U F E S J Ú L I A C A R P E N T E R D A P A I X Ã O ANÁLISE DE ALIMENTOS - LIPÍDEOS EXEMPLO DE CÁCULO DE LIPÍDEOS EM ALIMENTOS - SOXHLET
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