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Atividade 1 (A1) - Gestão em Serviços de Saúde O Sistema Único de Saúde (SUS) surgiu no Brasil a partir de um histórico de lutas do movimento sanitário brasileiro com a finalidade de facilitar o atendimento de saúde (Roncalli, 2003). Na Constituição Federal de 1988, ficou explicitada a criação de um sistema de saúde estruturado, tendo como base a descentralização e o fortalecimento do poder municipal, além de estabelecer a participação da sociedade organizada na administração do setor saúde e o controle social por meio dos Conselhos e Conferências Municipais de Saúde, visando a formulação, implantação, controle e avaliação das políticas de saúde (Brasil, 1988). Em 1990, foram publicadas as Leis nºs 8.080/90 e 8.142/90, que institucionalizaram e regulamentaram a participação popular e o controle social na gestão da saúde, tendo como instâncias legalmente instituídas as Conferências e os Conselhos de Saúde. Estes são descritos como órgãos permanentes, deliberativos e normativos do SUS no âmbito municipal, que tem por competência formular estratégias e controlar a execução da política de saúde do município, inclusive nos seus aspectos econômicos e financeiros (BRASIL, 2006). Uma pesquisa de 2018, feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostrou que 69,7% dos brasileiros não possuem plano de saúde particular – seja individual ou empresarial. Esse percentual é ainda maior entre as pessoas das classes C, D e E, atingindo 77%. O SUS é o único sistema de saúde público do mundo que atende mais de 200 milhões de pessoas, sendo que 80% delas dependem exclusivamente dele para qualquer atendimento de saúde. Em 2019, eram cerca de 90 milhões de pessoas cadastradas nos serviços de atenção primária do SUS. Atualmente o Ministério da Saúde está realizando uma campanha para cadastrar, ou seja, vincular às equipes de saúde, mais 50 milhões de pessoas, chegando ao total de 140 milhões de brasileiros cadastrados em 2020. Agora no sistema privado compreende o sistema de saúde suplementar (operadoras de planos e seguros de saúde) e o sistema de desembolso direto. O sistema de desembolso direto é representado pelos “serviços de saúde adquiridos em prestadores privados mediante gastos diretos dos bolsos das pessoas ou das famílias”. Em geral, a participação do setor privado no SUS ocorre na forma de contratação de serviços. Por exemplo, especialidades não disponíveis na rede pública são contratadas por Prefeituras ou Governos Estaduais da iniciativa privada, e pagos com recursos públicos. Já o sistema de saúde da Argentina é um dos mais fragmentados e segmentados da América Latina. É composto por três sub setores: público, privado (medicina pré-paga) e o previdenciário. Devido a crise recente houve uma significativa deterioração do sistema público de saúde e empobrecimento da população. É importante notar que uma em cada três pessoas na população do país não possui cobertura social e seus cuidados dependem exclusivamente do subsetor público. O subsetor privado, em termos de seguro voluntário (medicina pré-paga), é expresso em muitas entidades, com uma cobertura que atinge aproximadamente dois milhões e oitocentos mil pessoas perante sua população de acordo com dados do Censo de 2010 (o último disponível), 36% da população não possui cobertura médica, não possui previdência social (PAMI e obras sociais sindicais) ou capacidade de pagar por serviços privados, e é atendida em hospitais e centros de saúde público. Se comparado ao Brasil, a Argentina dobra o número de médicos para cada mil. Existem algumas semelhanças quanto aos sistemas de saúde brasileiro e argentino, como por exemplo, o sistema misto, que atende tanto no sistema público quanto no privado, outro ponto em comum é que ambos têm em suas constituições leis que garantem o acesso gratuito, irrestrito e universal a todo e qualquer serviço de saúde, não importando renda, cor, religião ou outro fator. Mais um ponto em comum é a péssima distribuição do dinheiro advindo do governo, fazendo com que haja grande concentração dos investimentos nas áreas de maior urbanização, próximos às regiões metropolitanas, desse modo deixando as áreas mais distantes desassistidas, trazendo assim outro problema, que é a superlotação dos hospitais das capitais, pois quem vive longe e não recebe atendimento, precisa se deslocar até a região metropolitana. Apesar de todos os problemas, esses sistemas de saúde são de fundamental importância para a população, pois quem não tem dinheiro para bancar um plano particular, mesmo que demore, consegue atendimento, fato que não seria possível se não existissem as políticas de saúde pública. Referências: https://www.saude.mg.gov.br/sus https://www.scielosp.org/article/physis/2010.v20n4/1419-1440/ https://www.brasildefato.com.br/2021/06/23/video-como-funciona-o-sistema-de-saude-em-o utros-paises https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n7/2197-2212 https://www.saude.mg.gov.br/sus https://www.scielosp.org/article/physis/2010.v20n4/1419-1440/ https://www.brasildefato.com.br/2021/06/23/video-como-funciona-o-sistema-de-saude-em-outros-paises https://www.brasildefato.com.br/2021/06/23/video-como-funciona-o-sistema-de-saude-em-outros-paises https://www.scielosp.org/article/csc/2018.v23n7/2197-2212
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