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Manual de Práticas de PlanejaMento e Gestão de uan Rodovia BR-470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000. lndaial-SC Home-page: www.uniasselvi.com.br Copyright © UNIASSELVI Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN Centro Universitário Leonardo da Vinci NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Reitor Hermínio Kloch Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância Francieli Stano Torres Autora Laís Sabrine de Oliveira Revisão Gramatical Equipe Produção de Materiais Diagramação e Capa Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI http://www.uniasselvi.com.br suMário AULA 1 ........................................................................................................ 1 AULA 2 ........................................................................................................ 4 AULA 3 ........................................................................................................ 6 AULA 4 ....................................................................................................... 14 AULA 5 ....................................................................................................... 17 AULA 6 ....................................................................................................... 19 AULA 7 ....................................................................................................... 22 AULA 8 ....................................................................................................... 24 AULA 9 ....................................................................................................... 26 AULA 10 ..................................................................................................... 42 IV 1 Ementa da Disciplina: Setor de alimentação coletiva; cardápios e métodos de avaliação; planejamento físico das unidades produtoras de refeições; planejamento de recursos humanos; normas de saúde e segurança operacional; aplicação de ferramentas de qualidade. Unidade de Ensino: Conteúdo: Cardápios e métodos de avaliação Objetivos: Elaborar cardápio de 30 dias, aplicável em uma Unidade de Alimentação e Nutrição Industrial. Identificar maiores dificuldades na elaboração de cardápios atrativos. Metodologia: Atividade individual. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências PROENÇA, R. P. C; SOUSA, A. A; VEIROS, M. B; HERING, B. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: Editora UFSC. 2005. TEICHMANN, I. M. Cardápios: técnicas e criatividade. 7. ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2009. VIEIRA, M. N. C. M; JAPUR, C. C. (Coord.). Gestão de qualidade na produção de refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. AULA 1 Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 2 I - Cardápio deve ser iniciado pela definição do tipo de carne (bovina, aves, peixe ou suína). II - Definir técnicas de preparo, tipo de carne, corte, de acordo com os dias da semana (duas ou mais opções de carne – oferecer diferentes tipos, alternando as técnicas de preparo). III - Definir o complemento, acompanhamento ou guarnição (combinar com o prato principal). IV - Escolha das saladas e sobremesas. Obs.: atentar para utilização do mesmo equipamento em várias preparações no mesmo dia, por exemplo: torta de legumes, acelga gratinada, carne assada (todas utilizando forno). CARDÁPIO DE UMA UAN – (segunda a sábado) Composição: Prato principal 1, PP2, Complemento 1, C2, Arroz + Feijão, Salada 1, S2, S3, S4, Sobremesa, Fruta Roteiro de aula prática: Para a elaboração do cardápio, o acadêmico deve observar itens importantes como: método de cocção saudável, variedade de alimentos, tipos de cortes, jogo de cores, oferta de legumes, hortaliças e frutas, presença de enxofre, frituras, doces e carnes gordurosas, sazonalidade, aceitabilidade dos usuários. Elaborando o cardápio: passo a passo. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 3 4 Unidade de Ensino: Conteúdo: Cardápios e métodos de avaliação Objetivos: Avaliar cardápio elaborado na Aula 1 pelo método: Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio –AQPC. Metodologia: Atividade individual. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências PROENÇA, R. P. C; SOUSA, A. A; VEIROS, M. B; HERING, B. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: Editora UFSC. 2005. TEICHMANN, I. M. Cardápios: técnicas e criatividade. 7. ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2009. Veiros M. B.; Proença R. P. C. Avaliação qualitativa das preparações do cardápio em uma unidade de alimentação e nutrição – método AQPC. Nutrição em Pauta 2003; 11(62). VIEIRA, M. N. C. M.; JAPUR, C. C. (Coord.). Gestão de qualidade na produção de refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Roteiro de aula prática: O método de avaliação AQPC, visa auxiliar o profissional na construção de um cardápio mais adequado do ponto de vista nutricional e alguns aspectos sensoriais dentro dos parâmetros de saúde. Auxilia na percepção do equilíbrio em aspectos como tipos, cores e formas de preparo dos alimentos, buscando torná-los mais atrativos e saudáveis. AULA 2 Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 5 Critérios: • Técnicas de cocção: analisar variações das formas de preparo. Avalia: monotonia e repetição das técnicas; • Aparecimento de frituras e frituras + doces. Avalia: excesso lipídico e de carboidratos simples nas preparações; • Cor das preparações e alimentos empregados no cardápio. Avalia: combinação de cores da composição do prato (aspecto visual); • Presença de alimentos ricos em enxofre. Avalia: desconforto nos comensais (restringir oferta). Considerar 2 ou mais alimentos ricos em S, desconsiderando- se o feijão (quando servido diariamente); • Presença de alimentos saudáveis: frutas e folhosos. Avalia: oferta de vitaminas, minerais e fibras; • Presença de carne gordurosa quando não há fritura. Avalia: visão da qualidade nutricional do cardápio; • Técnicas de preparo nas carnes. Avalia: risco dos alimentos oferecidos segundo o consumo; • Oferta de doces como sobremesa. Avalia: incentivo ao consumo de doces, escolha pela praticidade. Avaliação do cardápio: • Preenchimento segundo a avaliação do cardápio elaborado: Semana Dias de cardápio Fruta Folhoso Cores iguais Ricos em S Doce Fritura Carne gordurosa Doce + fritura 1 2 3 4 5 Total dias % ocorrência Aspectos positivos à saúde Impacto visual, monotonia de cores Sensação física imediata dos alimentos ingeridos – enxofre Aspectos que devem ser cuidadosamente monitorados, podendo trazer consequências prejudiciais à saúde • Destacar aspectos positivos e negativos observados, e discutir os resultados encontrados. • Através dos % encontrados, faça uma discussão do valor nutricional e sensorial das preparações. 6 AULA 3 Unidade de Ensino: Conteúdo: Cardápios e métodos de avaliação Objetivos: Avaliar processo de elaboração de refeições coletivas de um estabelecimento, considerando aspectos nutricionais e sensoriais, através do sistema de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial – AQNS Metodologia: Atividade individual. Deverá ser realizada uma visita técnica a uma unidade produtora de refeições coletivas para aplicação de checklist. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; prancheta, papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas,para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências PROENÇA, R. P. C; SOUSA, A. A; VEIROS, M. B; HERING, B. Qualidade nutricional e sensorial na produção de refeições. Florianópolis: Editora UFSC. 2005. TEICHMANN, I. M. Cardápios: técnicas e criatividade. 7. ed. Caxias do Sul, RS: Educs, 2009. VIEIRA, M. N. C. M.; JAPUR, C. C. (Coord.). Gestão de qualidade na produção de refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. Roteiro de aula prática: O Sistema AQNS é um modelo de acompanhamento do processo de elaboração de refeições para monitoramento da qualidade nutricional e sensorial de preparações alimentares, a ser aplicado em associação ao sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) em Unidades Produtoras de refeições coletivas e comerciais. Considera os perigos nutricionais (que possibilitem perda ou redução do valor nutricional) e sensoriais, ocasionados por técnicas de preparo inadequadas durante o processo produtivo e propõe ações para que seus efeitos negativos sejam minimizados. A atividade prática consiste na aplicação dos seguintes instrumentos. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 7 • Aplicação do Roteiro de Avaliação (check-list) da Qualidade Nutricional e Sensorial, que avalia diversos procedimentos operacionais, desde o recebimento até a distribuição. ROTEIRO BÁSICO DE AVALIAÇÃO DE CARACTERÍSTICAS DA UAN Dados do local Nome da UAN: Nome do avaliador: Data: Número total de refeições: Número de refeições por turnos (se for o caso): 1ºT ( ); geral ( ); 2º T ( ); 3ºT ( ) Número total de funcionários/manipuladores de alimentos: Número de funcionários/manipuladores de alimentos por turnos (se for o caso): 1ºT ( ); geral ( ); 2º T ( ); 3ºT ( ) AVALIAÇÃO Sim Não Não se aplica EQUIPAMENTOS A UAN dispõe dos equipamentos necessários para a elaboração da preparação planejada no cardápio? Os equipamentos disponíveis na UAN são aqueles disponíveis no mercado e que conferem as melhores possibilidades de preservação nutricional das preparações? Os equipamentos disponíveis atendem à demanda da UAN? CAPACITAÇÃO HUMANA A equipe operacional da UAN recebe treinamentos constantes acerca dos temas: técnica dietética, gastronomia, aspectos nutricionais, decoração de pratos, técnicas de cortes, entre outros? A equipe operacional da UAN está dimensionada adequadamente, possibilitando que todos os cuidados necessários sejam implementados, sem comprometer a qualidade das preparações? TRANSMISSÃO DAS INFORMAÇÕES Existem documentos que informam claramente à equipe de produção o modo de preparo, a quantidade dos ingredientes, as características sensoriais de apresentação da preparação? Os documentos existentes são utilizados cotidianamente, pela equipe operacional? Além da informação escrita, existe a troca de informações verbais, para esclarecimento dos detalhamentos da produção de refeições entre o nutricionista ou o chefe de cozinha e a equipe? Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 8 O Quadro 2 apresenta o Roteiro de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial. Roteiro de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (recebimento e armazenamento) Preparação avaliada: Data da avaliação: C NC NA RECEBIMENTO Conforme Não conforme Não se aplica Avaliação das características sensoriais como cor, odor, presença de gordura aparente durante o recebimento. Características gerais desejadas: não apresentar formação de cristais de gelo; ausência de água dentro da embalagem; inexistência de sinais de recongelamento; cor e odor característicos. Existência de padronização dos cortes, com características desejadas das carnes e de registro fotográfico que serve de referência. A mercadoria recebida atende às especificações do pedido. A padronização de cortes de carnes, segundo per capita solicitado, está dentro do limite de tolerância definido previamente. Temperatura: Carnes refrigeradas (bovina, suína, aves, pescados) 6 oC até 7 oC ( ) Carnes congeladas (bovina, suína, aves, pescados) –18 oC até –12 oC ( ) ARMAZENAMENTO Conforme Não conforme Não se aplica Tempo e temperatura de armazenamento sob congelamento: 0 ºC a –5 ºC até 10 dias ( ) de –5 ºC a –10 ºC até 20 dias ( ) de –10 ºC a –18 ºC até 30 dias ( ) abaixo de –18 ºC até 90 dias ( ) Tempo e temperatura de armazenamento sob refrigeração: Carnes e seus produtos manipulados crus: até 4 ºC por 72h ( ) Pescados e seus produtos manipulados crus: até 4 ºC por 24h ( ) Carnes e seus produtos pós-cocção: até 4 ºC por 72h ( ) Pescados e seus produtos pós-cocção: até 4 ºC por 24h ( ) Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 9 Roteiro de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (pré-preparo) Preparação avaliada: Data da avaliação: C NC NA PRÉ-PREPARO Conforme Não Conforme Não se aplica Descongelamento realizado sob refrigeração, com temperatura máxima de 4 ºC, mantendo a embalagem plástica original. Características gerais desejadas: não apresentar formação de cristais de gelo; ausência de água dentro da embalagem; inexistência de sinais de recongelamento; cor e odor característicos. Retirada de gordura aparente, incluindo a pele de frango. Cortes no sentido transversal das fibras. Existência de padronização do per capita para os cortes de carnes cruas com registro fotográfico. Existência de padronização da quantidade de sal que deve ser adicionada, com registro em ficha técnica. Monitoramento da dosagem de sal com uso do salt detector, procurando ajustar a escala para o nível normal do monitor. Utilização de ação mecânica (amaciador), enzimática (abacaxi ou mamão), química (vinha d´alhos) para possibilitar o amaciamento da carne. Utilização de ervas ou outros ingredientes indicados para o tipo de preparação. Seleção das diferentes peças de carne para padronizar tamanhos, por lotes. Roteiro de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (preparo 1) Preparação avaliada: Data da avaliação: C NC NA PREPARO Conforme Não conforme Não se aplica Monitoramento da dosagem de sal com uso do salt detector, procurando ajustar a escala para o nível normal do monitor. Binômio tempo e temperatura de cocção: Grelhados: Para filés que não ultrapassam 1 cm, entre 60 e 120 segundos, em chapa elétrica, 180 ºC. Ao ponto: Espessura inferior a 1 cm Temperatura entre 60 – 70 ºC Tempo: 60 segundos Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 10 Bem passado: Espessura inferior a 1 cm Temperatura entre 70 – 80 ºC Tempo: 120 segundos Muito bem passado: Espessura inferior a 1 cm Temperatura entre 80 – 95 ºC Tempo: superior a 120 segundos A “selagem” foi realizada e proporcionou cor e maciez desejadas. Assados: Medianamente assado: 70 ºC Bem assado. 76 ºC Forma ideal, com menor perda de nutrientes: assado em forno pré-aquecido em 180 ºC. No início da cocção a temperatura é mantida em torno de 200 ºC e, após adquirir leve cor dourada, sua temperatura é regulada para 150 ºC. Tempo para carnes macias: 1 hora; para carnes menos macias: 3-4 horas Assados sob vapor: caracterizam-se por menor redução de volume Medianamente assado: 70 ºC Bem assado. 76 ºC Forma ideal, com menor perda de nutrientes: assado em forno pré-aquecido em 180 ºC. No início da cocção a temperatura é mantida em torno de 200 ºC e, após adquirir leve cor dourada, sua temperatura é regulada para 150 ºC. Tempo para carnes macias: 1 hora; para carnes menos macias: 3-4 horas Frituras Existência de alguma forma de controlar a temperatura do óleo de fritura. ( ) Termostato ou ( ) Termômetro por infravermelho. Roteiro de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (preparo 2) Preparação avaliada: Data da avaliação: C NC NA PREPARO Conforme Não conforme Não se aplica Existência de alguma recomendação sendo aplicada em relação à temperatura ideal para a fritura A temperatura definida para a fritura é de 180 ºC. Avaliaçãoda qualidade do óleo utilizado nas frituras: Nível 01: a quebra da gordura foi iniciada (Conc. AGL > 2%) Nível 02: (Concentração de AGL > 3,5%) Nível 03 : (Concentração de AGL > 5,5%) Nível 04: (Concentração de AGL > 7,0%) Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 11 A decisão para o descarte do óleo leva em consideração as características do óleo como: cor, odor, viscosidade, ponto de fumaça, formação de espuma, apresentação dos alimentos. O óleo foi desprezado quando a avaliação realizada pelo teste colorimétrico indicou 2% de concentração de AGL, associado às características sensoriais. Elementos adicionais Utilização de elementos de baixo valor calórico na elaboração dos molhos que acompanham as carnes como o fundo obtido na cocção da própria carne, à base de legumes, iogurte ou molho de tomates ou similares. Não utilização, sempre que possível, do uso de elementos de alto valor calórico na elaboração dos molhos que acompanham as carnes, como manteiga, creme de leite, queijos gordos e similares. Utilização de elementos que possibilitam o jogo de cores contrastantes, ressaltando aspectos visuais da preparação. Realização de desinfecção com hipoclorito dos alimentos (como brócolis, pimentão, vagem, cenoura, entre outros), submetendo-os a solução salina, aquecida até o ponto de ebulição, por um período de tempo não superior a cinco minutos, dependendo do volume a ser produzido, para preservar as suas características nutricionais e sensoriais. Realização de desinfecção com hipoclorito, dos alimentos (como a couve manteiga, por exemplo) que, quando refogados, não devem ser submetidos a alta temperatura – no máximo 40 ºC, por 15 segundos – para preservar a sua coloração característica. Roteiro de Avaliação da Qualidade Nutricional e Sensorial (montagem – distribuição – sobras) Preparação avaliada: Data da avaliação: C NC NA MONTAGEM Conforme Não conforme Não se aplica Existência de seleção dos cortes pós-cocção, procurando uma padronização no momento da distribuição. Implementação dos efeitos decorativos, que buscam uma melhor apresentação das preparações. Acondicionamento em utensílios adequados, que permitem a manutenção das características sensoriais obtidas. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 12 DISTRIBUIÇÃO Conforme Não conforme Não se aplica Aplicação de estratégias para buscar a manutenção do padrão de qualidade obtido após o preparo. O encaminhamento dos alimentos para o balcão de distribuição segue a recomendação PEPS (primeiro que entra no pass-throught é o primeiro que sai). Busca-se evitar a exposição desnecessária a temperaturas acima do recomendado e evitar o ressecamento das preparações. SOBRAS Conforme Não conforme Não se aplica Investigação das causas das sobras de alimentos, uma vez que seu reaquecimento pode acarretar perdas nutricionais ainda maiores, bem como o comprometimento dos aspectos sensoriais. Controle da quantidade de alimentos preparados e não consumidos para efetuar o ajuste de per capita. Comparação do número de refeições realizadas com o número de refeições planejadas. Existência de avaliação, por parte da equipe operacional, para investigar se houve um maior rendimento da preparação. Existência de alguma forma de avaliação dos atributos sensoriais da preparação, buscando verificar se foram atingidos os padrões desejados e especificados. Ocorrência rotineira e formal da degustação das preparações. Existência de pesquisa que avalia a aceitação da preparação pelos usuários do restaurante. Observação: acompanhar a preparação de uma carne, desde o recebimento até a distribuição, esta deverá ser grelhada ou assada ou frita. • Elaboração da descrição detalhada da preparação, incluindo ingredientes e suas quantidades; o modo de preparo, com especificação dos materiais/utensílios necessários e dados de tempo e temperatura; especificando as características sensoriais desejadas; aspectos nutricionais de destaque; incluindo o registro fotográfico da preparação. • Construção do fluxograma da preparação, com as etapas que fazem parte do processo, destacando os pontos críticos de controle, relacionados aos aspectos nutricionais e sensoriais, que devem estar assinalados em cada etapa do processo. • Elaboração do quadro descritivo, que acompanha o fluxograma e destaca as etapas, os perigos, os critérios, a forma de monitoramento, as ações corretivas e os registros da última avaliação, evidenciando se os critérios estão sendo cumpridos ou não. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 13 Os indicadores de qualidade destacados com a atividade prática são: características sensoriais e de temperatura no recebimento; armazenamento sob temperatura controlada/congelamento; descongelamento; padronização dos cortes de carnes; retirada de gordura aparente; padronização da adição de sal; utilização de meios mecânicos, químicos e/ou enzimáticos para conferir maciez às carnes; utilização de ervas, especiarias ou outros ingredientes indicados para o tipo de preparação; binômio tempo e temperatura de cocção; controle da temperatura e da qualidade do óleo de fritura; avaliação das estratégias para agregar qualidade à preparação; tempo de espera para a distribuição; avaliação sensorial da preparação. 14 AULA 4 Unidade de Ensino: Conteúdo: Cardápios e métodos de avaliação Objetivos: Desenvolver receita saudável e diferenciada aplicável a unidades de alimentação e nutrição. Elaborar ficha técnica da preparação. Reconhecer dificuldades existentes no planejamento e execução da preparação. Metodologia: Atividade individual. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências ORNELAS, L. H. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 8. ed. rev. ampl. São Paulo: Atheneu, 2007. PHILIPPI, S. T. Nutrição e técnica dietética. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014. 400p. Roteiro de aula prática: Ao desenvolver a receita, o acadêmico deverá observar disponibilidade e custo dos ingredientes; mão de obra e equipamentos necessários para a preparação. Além de levar em consideração qualidade nutricional e fatores relacionados a sustentabilidade. A proposta de receita deve ser executada para que possa ser construída a Ficha Técnica da Preparação (FTP). A FTP é uma ferramenta muito útil para a gerência e operação das preparações de um cardápio, pois permite a padronização das preparações; fornece orientações e informações claras sobre os ingredientes, equipamentos e utensílios necessários ao processo de produção; auxilia no controle de custos; no cálculo do valor nutricional, assegurando a qualidade alimentar, proporcionando a melhoria na saúde da população atendida, entre outros benefícios. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 15 Modelo de Ficha Técnica de Preparação Nome da receita: ___________________ Quadro 1 – Registro de peso bruto e peso líquido dos ingredientes durante o processo de elaboração; indicador de qualidade; fator de correção; medidas caseiras e custo dos ingredientes e da preparação. ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DA PREPARAÇÃO Quadro 2 – Registro de dados da preparação: peso líquido final dos ingredientes e valor de macronutrientes, Sódio e Fibras Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 16 ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL DA PORÇÃO INDIVIDUAL (PER CAPITA) Quadro 3 – Registro de dados da porção individual (per capita). Peso Total da Preparação (após cocção): Rendimento (número de porções): Peso da porção (per capita): Custo da porçãoindividual: R$ Medida Caseira da Porção: Modo de preparo e equipamentos e utensílios utilizados: Características da preparação: Tempo de pré-preparo: Tempo de preparo: Temperatura de Cocção no centro geométrico: Custo total da preparação (R$): Custo unitário da porção individual (R$): Nível de difi culdade: ( ) Fácil ( ) Médio ( ) Difícil FOTO DA PREPARAÇÃO FOTO DA PORÇÃO Tempo de pré-preparo: Custo unitário da porção individual (R$): 17 AULA 5 Unidade de Ensino: Conteúdo: Planejamento físico das Unidades Produtoras de Refeições Objetivos: Projetar o dimensionamento da área física e de equipamentos de um serviço de alimentação. Planejar um ambiente em local adequado ao serviço oferecido e planejamento de áreas conforme legislação higiênico sanitária. Elaborar layout que evite cruzamentos indesejáveis e fluxos de produção interrompidos e proporcione economia de movimentos/deslocamento. Metodologia: Atividade em dupla. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; trena; papel, régua, lápis e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução – RDC Nº 216, de 15 de Setembro de 2004. Estabelece procedimentos de boas práticas para serviço de alimentação, garantindo as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 setembro de 2004. OLIVEIRA, T. C. O; SILVA, D. A. Administração de unidades produtoras de refeições. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. 224p. Pinheiro-Sant´Ana, H. M. Planejamento físico e funcional de unidades de alimentação e nutrição. Rio de Janeiro: Ed Rubio, 2012. TEIXEIRA, S.; MILET, Z.; CARVALHO, J.; BISCONTINI, T. M. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. Atheneu. São Paulo, 2004. Roteiro de aula prática: Para o desenvolvimento da atividade prática, cada dupla desenvolverá um planejamento estrutural específico para uma tipologia de serviço de alimentação (alimentação do trabalhador, hospitalar, escolar, comercial…). Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 18 CARACTERIZAÇÃO - Localização (localização, endereço, justificar a escolha do local/ponto). - Tipo de serviço (definição de serviço, perfil da clientela, modalidade de contrato, capacidade de atendimento do restaurante). - Características gerais: serviços prestados (refeição, lanche, grelhados, alternativo, café etc.), número de refeições e horários por turno (pode ser em tabelas). - Características especiais (ex.: número de leitos do hospital/hotel, tipo de hotel, cardápios alternativos...). DIMENSIONAMENTO DA ÁREA FÍSICA - Apresentar a metragem total da UAN projetada, detalhar as áreas (recebimento, armazenamento, câmaras, vestiários, sanitários, área de resíduos, sala da administração, pré-preparo, cocção, distribuição etc.), considerando o dimensionamento de cada área e demonstrando os cálculos que serviram de base. - Apresentar o tipo de material sugerido para o revestimento, teto, piso, iluminação, ventilação, aberturas (portas e janelas). - Fazer um layout/croqui da UAN, com legenda especificando as áreas e os equipamentos (escala 1:100). DIMENSIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS - Descrever para cada área os equipamentos e móveis e sua descrição técnica, conforme quadro a seguir: Dimensionamento dos móveis e equipamentos nas diversas áreas Área operacional Equipamento Quantidade Recebimento Balança tipo plataforma com capacidade 200kg 01 Armazenamento Pré-preparo OBS.: Sugere-se visitar uma UAN correspondente para fazer as medições, para visualizar na prática os tamanhos a serem planejados. 19 AULA 6 Unidade de Ensino: Conteúdo: Planejamento de Recursos Humanos Objetivos: Utilizar indicadores para dimensionar mão de obra do serviço de alimentação projetado na aula 5. Metodologia: Atividade em dupla. Realizar cálculos para dimensionamento de pessoal: Índice de Pessoal Fixo (IPF) para coletividade sadia ou enferma e Índice de Produtividade Individual (IPI) para definir o número de funcionários que o serviço de alimentação deve ter (ABREU; SPINELLI; PINTO, 2016). Calcular rendimento da mão de obra em função do tempo para prepare e distribuição de uma refeição pelo Indicador de Rendimento de Mão de Obra (IRd) (ABREU; SPINELLI; PINTO, 2016). Definir cargos e funções dos profissionais envolvidos no serviço. Materiais de apoio: Computador; calculadora; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências ABREU, E. S. de; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. de S. Gestão de unidades de alimentação e nutrição: um modo de fazer. 6. ed. São Paulo: Metha, 2016. OLIVEIRA, T. C. O; SILVA, D. A. Administração de unidades produtoras de refeições. Rio de Janeiro: Rubio, 2016. 224p. TEIXEIRA, S.; MILET, Z.; CARVALHO, J.; BISCONTINI, T. M. Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição. Atheneu. São Paulo, 2004. Roteiro de aula prática: Para o desenvolvimento da atividade prática, cada dupla deverá calcular, com base em indicadores, o dimensionamento de pessoal da UAN projetada na aula 5. Após realização dos cálculos, definir cargos e descrever funções dos colaboradores. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 20 ÍNDICE DE PESSOAL FIXO (IPF) – Coletividade sadia IPF= nº de refeições servidas x tempo (min) Jornada diária de trabalho em minutos Exemplo: se a jornada em média (min) for de 588 min/dia o número de funcionários fixos para produzir 1.000 refeições dia (10 min por refeição) será: 588 min.= 9:48h (9x60min) + 48min. IPF = 1000ref x 10min / 588min IPF = 17 funcionários ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE INDIVIDUAL (IPI) IPI= nº de refeições servidas por dia nº de empregados da UAN Exemplo: uma UAN com 20 empregados que serve 1.000 refeições por dia apresentará o seguinte: IPI: 1000/20 = 50 refeições por empregado - Regra importante para transformação de lanches em refeições: Sabe-se que o trabalho para elaborar 1 lanche é diferente de uma refeição. Na prática, utilizam-se pesos para transformar lanches em refeições e que auxiliam para descobrir a produtividade do colaborador: - LANCHE DUPLO de 75g – 2,5 - LANCHE SIMPLES de 75g – 3,5 - LANCHE DUPLO de 50g – 3,00 - LANCHE SIMPLES de 50g – 4,00 Exemplos: 200 lanches simples de 50g = 200/4 = 50 refeições 250 lanches duplos de 50g = 250/3 = 83,3 refeições INDICADOR DE RENDIMENTO DE MÃO DE OBRA (IRd) IRd = nº de empregados x horas trabalhadas por dia x 60 minutos nº de refeições servidas por dia Exemplo: uma UAN com 21 empregados que trabalham 8 horas diárias e que serve 1.000 refeições/dia, apresentará o seguinte IRd (21 x 8 x 60 / 1.000) = 10 minutos por refeição Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 21 ÍNDICE DE PESSOAL FIXO (IPF) – Coletividade enferma IPF= nº de refeições servidas x 15min Jornada diária de trabalho em minutos Nº de refeições servidas = corresponde ao somatório de todas as refeições principais (desjejum, complementares e ceia). O tempo médio despendido na produção e distribuição de uma refeição corresponde a 15 min (uso universal). Acrescenta-se 15 a 20% sobre o valor total para eventuais substituições acerca de faltas e licenças (ausências imprevistas). 22 AULA 7 Unidade de Ensino: Conteúdo: Normas de saúde e segurança operacional Objetivos: Conhecer os perigos existentes nas atividades realizadas por profissionais emcada área do sistema operacional de uma UAN. Elencar os equipamentos de proteção individual recomendados para cada atividade desempenhada a fim de minimizar os riscos relacionados ao trabalho. Metodologia: Atividade individual. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR- 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR- 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-15 – Atividades e Operações Insalubres. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 – Ergonomia. Roteiro de aula prática: Os agentes/riscos ambientais são presentes nos diversos meios em que habitamos, quando estão acima de limites de tolerância, podem causar prejuízos à saúde das pessoas. Dentre os riscos ambientais, podem ser citados os agentes químicos, físicos, biológicos, além dos riscos mecânicos e ergonômicos. Em uma UAN, os funcionários estão expostos a perigos químicos durante operações de limpeza e desinfecção do ambiente de trabalho, de equipamentos, de alimentos; a agentes biológicos pela manipulação de alimentos, lixos; a agentes físicos por ruídos, vibração, pressão, temperatura anormais. Os ricos mecânicos ou de acidente de trabalho envolvem equipamentos, objetos, arranjos Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 23 físicos, ferramentas, e os ergonômicos são relacionados postura, esforço físico, monotonia de atividade. Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, são dispositivos que objetivam proteger a saúde e integridade física dos trabalhadores. Eles não evitam os acidentes, no entanto, minimizam os danos e gravidade de lesões. Para o desenvolvimento da atividade prática, o acadêmico deve elaborar um manual com Ordens de Serviços de atividades executadas pelos profissionais dos diversos setores da UAN, abordando os perigos existentes na área/função e os EPI que devem ser utilizados para tais. https://valorcrucial.com.br/riscos-ergonomicos/ 24 AULA 8 Unidade de Ensino: Conteúdo: Normas de saúde e segurança operacional Objetivos: Observar riscos existentes nas áreas físicas de uma UAN industrial e desenvolver e aplicar treinamento para profissionais envolvidos no serviço. Metodologia: Atividade individual. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR- 6 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR- 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-15 – Atividades e Operações Insalubres. NR, Norma Regulamentadora Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 – Ergonomia. Roteiro de aula prática: Para a atividade prática o acadêmico deve visitar uma UAN industrial, avaliar mapa de riscos da unidade e com base no que foi observado, elaborar e aplicar um treinamento para os profissionais envolvidos nas diversas áreas do serviço de alimentação. Utilizar modelo a seguir para preenchimento do passo a passo do treinamento. a) Título do treinamento b) Objetivos (geral (1) e específicos (2 a 3) c) Justificativa do treinamento d) Público-alvo e) Carga horária (Ex.: 30 minutos) Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 25 f) Local g) Conteúdo programático (itens que serão trabalhados) h) Estratégia de treinamento (ex.: exposição, discussão em grupo, demonstração, estudo de caso, dramatização, jogos, leitura, outros) i) Recursos visuais ou audiovisuais (ex: cartazes, folhetos, impressos, quadro- negro, data show) j) Responsável pelo treinamento k) Elaborar por escrito e aplicar um formulário de “Avaliação do Treinamento” que foi ministrado. 26 AULA 9 Unidade de Ensino: Conteúdo: Aplicação de ferramentas de qualidade Objetivos: Avaliar Boas Práticas de Fabricação em estabelecimento produtor de refeições, utilizando como instrumento de medição de qualidade, a Lista de Verificação de Boas Práticas de Fabricação, ferramenta elaborada com base na RDC 216, de 15/09/04 da ANVISA. Metodologia: Atividade individual. Deverá ser realizada uma visita técnica a uma unidade produtora de refeições coletivas para aplicação da Lista de Verificação de Boas Práticas de Fabricação. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; prancheta, papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução – RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. Estabelece procedimentos de boas práticas para serviço de alimentação, garantindo as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 setembro de 2004. MORAIS, I. C. L.; COSTA, S. R. R. Ferramentas de qualidade para UANs. Alim. Nutr.= Braz. J. Food Nutr., Araraquara, v. 24, n. 1, p. 45-49, jan./mar. 2013. Roteiro de aula prática: Uma das ferramentas utilizadas para avaliação das condições higiênico-sanitárias nos serviços de alimentação é a Lista de Verificação, que engloba: edificação e instalações; higienização; controle integrado de pragas; abastecimento de água; manejo de resíduos; manipuladores de alimentos; matérias-primas, ingredientes e embalagens; preparo, armazenamento e transporte de alimentos; exposição ao consumo; documentos e registros; e responsabilidade. Esta avaliação, permite levantar pontos críticos ou não conformidades, a fim de traçar ações corretivas para Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 27 adequação de instalações, procedimentos e processos produtivos, eliminando ou minimizando riscos físicos, químicos e biológicos, que possam comprometer os alimentos e a saúde do consumidor. A atividade prática consiste na aplicação do seguinte instrumento: Aplicação da Lista de Verificação (checklist) das Boas Práticas de Fabricação, que avalia diversos aspectos do estabelecimento, baseada na RDC 216, de 15/09/04 da ANVISA. LISTA DE VERIFICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO A - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 1-RAZÃO SOCIAL: 2-NOME DE FANTASIA: 3-ALVARÁ/LICENÇA SANITÁRIA: 4-INSCRIÇÃO ESTADUAL / MUNICIPAL: 5-CNPJ / CPF: 6-FONE: 7-FAX: 8-E - mail: 9-ENDEREÇO (Rua/Av.): 10-Nº: 11-Complemento: 12-BAIRRO: 13-MUNICÍPIO: 14-UF: 15-CEP: 16-RAMO DE ATIVIDADE: 17-NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 18-NÚMERO DE TURNOS: 19-TÉCNICO RESPONSÁVEL: 20-REPRESENTANTE LEGAL/PROPRIETÁRIO DO ESTABELECIMENTO: 21-MOTIVO DA INSPEÇÃO: ( ) SOLICITAÇÃO DE LICENÇA SANITÁRIA ( ) PROGRAMAS ESPECÍFICOS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ( ) VERIFICAÇÃO OU APURAÇÃO DE DENÚNCIA ( ) INSPEÇÃO PROGRAMADA ( ) REINSPEÇÃO ( ) RENOVAÇÃO DE LICENÇA SANITÁRIA ( ) OUTROS Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 28 B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 1. EDIFICAÇÃO E INSTALAÇÕES 1.1 AREA EXTERNA: 1.1.1 Área externa do estabelecimento, livre de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente. 1.2 ACESSO: 1.2.1 Controlado, independente, não comum a outros usos (habitação etc.). 1.3 AREA INTERNA: 1.3.1 Área interna do estabelecimento, livre de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, sem a presença de animais. 1.4 PISO: 1.4.1 Revestimento liso, impermeável e lavável. 1.4.2 Em adequado estado de conservação (livre de trincas,rachaduras, infiltrações e outros). 1.5 TETOS: 1.5.1 Revestimento liso, impermeável e lavável. 1.5.2 Em adequado estado de conservação (livre de trincas, rachaduras, infiltração, goteiras, vazamentos, bolores, descascamentos e outros). 1.6 PAREDES E DIVISÓRIAS: 1.6.1 Revestimento liso, impermeável e lavável. 1.6.2 Em adequado estado de conservação (livre de trincas, rachaduras, infiltrações, bolores, descascamentos e outros). 1.7 PORTAS: 1.7.1 Ajustadas aos batentes. 1.7.2 Portas da área de preparação e armazenamento de alimentos, dotadas de fechamento automático. 1.7.3 Portas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. 1.7.4 Telas removíveis e limpas. 1.8 JANELAS E OUTRAS ABERTURAS: 1.8.1 Ajustadas aos batentes. 1.8.2 Janelas e outras aberturas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, providas de telas milimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. 1.8.3 Telas são removíveis e estão limpas. 1.9 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E VESTIÁRIOS: 1.9.1 Instalações sanitárias e vestiários sem comunicação direta com a área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios. 1.9.2 Mantidos organizados e em adequado estado de conservação. 1.9.3 Portas externas dotadas de fechamento automático. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 29 1.9.4 Instalações sanitárias com lavatórios e supridas de produtos destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. 1.9.5 Coletores dos resíduos dotados de tampa e acionados sem contato manual. B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 1.10 LAVATÓRIOS NA ÁREA DE MANIPULAÇÃO: 1.10.1 Existência de lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente de modo a atender toda a área de preparação. 1.10.2 Lavatórios em condições de higiene, dotados de sabonete líquido inodoro antisséptico ou sabonete líquido inodoro e produto antisséptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionados sem contato manual. 1.11 ILUMINAÇÃO E INSTALAÇÃO ELÉTRICA: 1 .11.1 I luminação da área de preparação proporcionando a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. 1.11.2 Luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos apropriadas e protegidas contra explosão e quedas acidentais. 1.11.3 Instalações elétricas embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. 1.12 VENTILAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO: 1.12.1 Ventilação garantindo a renovação do ar e a manutenção do ambiente, livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. 1.12.2 Não incidência do fluxo de ar diretamente sobre os alimentos. 1.12.3 Equipamentos e filtros para climatização conservados. 1.12.4 Limpeza dos componentes do sistema de climatização, troca de filtros, manutenção programada e periódica destes, registradas e realizadas conforme legislação específica. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 30 1.13 HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES: 1.13.1 Operação de higienização realizadas por funcionários comprovadamente capacitados. 1.13.2 Higienização das instalações adequada e com frequência. 1.13.3 Instalações mantidas em condições higiênico- sanitárias apropriadas. 1.13.4 Operações de limpeza e, se for o caso, desinfecção das instalações realizadas rotineiramente. 1.13.5 Registro das operações de limpeza realizadas não rotineiramente. 1.13.6 Produtos saneantes utilizados, regularizados no Ministério da Saúde. 1.13.7 Diluição, o tempo de contato e modo de uso/ aplicação dos produtos saneantes obedecem às instruções recomendadas pelo fabricante. 1.13.8 Produtos de higienização identificados e guardados em local reservado para essa finalidade. 1.13.9 Utensílios e equipamentos utilizados na higienização, próprios para a atividade, conservados, limpos, disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. 1.13.10 Utensílios utilizados na higienização de instalações, distintos daqueles usados para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o alimento. 1.13.11 Funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações sanitárias utilizam uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados na manipulação de alimentos. B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 1.14 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS: 1.14.1 Ausência de vetores e pragas urbanas ou qualquer evidência de sua presença como fezes, ninhos e outros. 1.14.2 Existe um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos. 1.14.3 Em caso de adoção de controle químico, existência de comprovante de execução do serviço expedido por empresa especializada, conforme legislação específica, com produtos desinfetantes regularizados pelo Ministério da Saúde. 1.14.4 Quando aplicado o controle químico, os equipamentos e os utensílios, antes de serem reutilizados, são higienizados para a remoção dos resíduos de produtos desinfetantes. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 31 1.15 ABASTECIMENTO DE ÁGUA: 1.15.1 Instalações abastecidas com água corrente. 1.15.2 Utiliza solução alternativa de abastecimento de água com potabilidade atestada semestralmente mediante laudos laboratoriais. 1.15.3 Gelo é mantido em condição higiênico- sanitária que evite sua contaminação. 1.15.4 Reservatório de água edificado e ou revestido de materiais que não comprometam a qualidade da água, livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos entre outros defeitos e em adequado estado de conservação e higiene e devidamente tampados. 1.16 MANEJO DOS RESÍDUOS: 1.16.1 Dispõem de recipientes para coleta de resíduos de fácil higienização e transporte devidamente identificados e íntegros, em número e capacidade suficiente para conter os resíduos. 1.16.2 Resíduos frequentemente coletados e estocados em local fechado e isolado das áreas de preparação e armazenamento de alimentos. 1.17 ESGOTAMENTO SANITÁRIO: 1.17.1 Dispõe de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. 1.17.2 Ralos sifonados e grelhas com dispositivo que permitam seu fechamento. 1.17.3 Caixas de gordura e de esgoto com dimensões compatíveis ao volume de resíduos. 1.17.4 Caixas de gordura e esgoto localizadas fora da área de preparação, armazenamento de alimentos em adequado estado de conservação e funcionamento. 1.17.5 Caixas de gordura periodicamente limpas. Descarte dos resíduos atendendo ao disposto em legislação específica. 1.18 LEIAUTE: 1.18.1 Edificação e instalações projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos facilitando as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. 1.18.2 Dimensionamento da edificação e das instalações compatível com todas as operações. 1.18.3 Separação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 32 B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 2. EQUIPAMENTOS, MÓVEIS EUTENSÍLIOS 2.1 EQUIPAMENTOS: 2.1.1 Os que entram em contato com alimentos são de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores, conforme estabelecido em legislação específica. 2.1.2 Em adequado estado de conservação, resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. 2.1.3 Realiza manutenção programada e periódica dos equipamentos e calibração dos instrumentos ou equipamentos de medição. Mantém registro da realização dessas operações. 2.1.4 Possui superfícies lisas, impermeáveis, laváveis e isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização, nem serem fontes de contaminação dos alimentos. 2.2 MOVEIS E UTENSÍLIOS: 2.2.1 Os que entram em contato com alimentos são de materiais que não transmitem substâncias tóxicas, odores, nem sabores, conforme estabelecido em legislação específica. 2.2.2 Adequado estado de conservação e resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. 2.2.3 Possuem superfícies lisas, impermeáveis, laváveis e isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização e serem fontes de contaminação dos alimentos. 2.2.4 Realiza manutenção programada e periódica dos utensílios. Mantem registro dessa operação. 2.3 HIGIENIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS: 2.3.1 Operação de higienização realizadas por funcionários comprovadamente capacitados. 2.3.2 Frequência de higienização adequada. 2.3.3 Produtos saneantes utilizados, regularizados no Ministério da Saúde. 2.3.4 Diluição, tempo de contato e modo de uso/ aplicação dos produtos saneantes obedecem às instruções recomendadas pelo fabricante. 2.3.5 Produtos de higienização identificados e guardados em local reservado para essa finalidade. 2.3.6 Utensílios e equipamentos utilizados na higienização próprios para a atividade, conservados, limpos, disponíveis, em número suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. 2.3.7 Utiliza utensílios de uso exclusivo para higienização. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 33 OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 3 MANIPULADORES 3.1 VESTUÁRIO: 3.1.1 Utilização de uniforme compatível com a atividade, conservados e limpos. Trocados no mínimo diariamente. 3.1.2 Usados exclusivamente nas dependências internas. As roupas e objetos pessoais guardados, em local específico, e reservado para este fim. 3.1.3 Asseio pessoal: mãos limpas, unhas curtas, sem esmalte ou base, sem adornos (anéis, pulseiras, brincos, etc.). Maquiagem; cabelos presos e protegidos por redes, tocas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. 3.2 HÁBITOS HIGIÊNICOS: 3.2.1 Lavagem cuidadosa das mãos ao chegar ao trabalho, antes e após a manipulação de alimentos, principalmente após qualquer interrupção, tocar materiais contaminados, depois do uso de sanitários e sempre que se fizer necessário. 3.2.2 Manipuladores fumam, falam desnecessariamente, cantam, assobiam, espirram, cospem, tossem, comem, manipulam dinheiro ou praticam outros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. 3.2.3 Cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e antissepsia das mãos e demais hábitos de higiene, afixados em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios. 3.3 CONTROLE DE SAÚDE: 3.3.1 Existência de registro do controle da saúde dos manipuladores, realizado de acordo com a legislação específica. 3.3.2 Manipuladores que apresentam lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos afastados da atividade de preparação de alimentos. 3.4 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DOS MANIPULADORES E SUPERVISÃO: 3.4.1 Existência de supervisão e capacitação periódica em higiene pessoal, manipulação higiênica de alimentos e em doenças transmitidas por alimentos. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 34 3.4.2 Possuem registros dessas capacitações. 3.5 VISITANTES: 3.5.1 Visitantes cumprem os mesmos requisitos de higiene e de saúde estabelecidos para os manipuladores. OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 4 MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E EMBALAGENS 4.1 SELEÇÃO E TRANSPORTE: 4.1.1 Especificação dos critérios para avaliação e seleção dos fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens. 4.1.2 Transporte desses insumos realizado em condições adequadas de higiene e conservação. B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 4.2 RECEPÇÃO: 4.2.1 Realizada em área protegida e limpa. 4.2.2 Inspecionados e aprovados na recepção. 4.2.3 Embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes íntegros. 5.2.4 Adoção de medidas para evitar que esses insumos contaminem o alimento preparado. 4.2.5 Temperatura das matérias-primas e dos ingredientes dos produtos que necessitem de condições especiais de conservação verificada nas etapas de recepção e armazenamento. 4.2.6 Lotes reprovados ou com prazo de validade vencida imediatamente devolvidos ao fornecedor ou devidamente identificados e armazenados separadamente, sendo determinada a destinação final. 4.3 ARMAZENAMENTO: 4.3.1 Armazenados em local limpo e organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes. 4.3.2 Adequadamente acondicionados e identificados e sua utilização respeita o prazo de validade. 4.3.3 Armazenados sobre paletes, estrados e ou prateleiras de material liso, resistente, impermeável e lavável, respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local. OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 35 5 PREPARAÇÃO DO ALIMENTO 5.1 QUANTITATIVO DE FUNCIONÁRIOS: 5.1.1 Quantitativo de funcionários, equipamentos, móveis e ou utensílios disponíveis compatíveis com volume, diversidade e complexidade das preparações alimentícias. 5.2 RECIPIENTES PARA COLETA DE RESÍDUOS: 5.2.1 Dotados de tampas e acionados sem contato manual. 5.3 CUIDADOS NA PREPARAÇÃO DO ALIMENTO: 5.3.1 Utilizadas matérias-primas, ingredientes e embalagens em condições higiênico-sanitárias adequadas e em conformidade com a legislação específica. 5.3.2 Durante a preparação dos alimentos adotadas medidas a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. 5.3.3 Evita-se o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semipreparados e prontos para o consumo. 5.3.4 Funcionários que manipulam alimentos crus realizam a lavagem e a antissepsia das mãos antes de manusear alimentos preparados. 5.3.5 Produtos perecíveis expostos à temperatura ambiente somente pelo tempo mínimo necessário para a preparação do alimento. B – AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 5.4 FRACIONAMENTO DO ALIMENTO: 5.4.1 Após a abertura ou retirada da embalagem original as matérias-primas e os ingredientes que não forem utilizados em sua totalidade, são adequadamente acondicionados e identificados com, no mínimo, as seguintes informações: designação do produto, data de fracionamento e prazo de validade. 5.4.2 Antes de iniciar a preparação dos alimentos, é realizada adequada limpeza das embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes, quando aplicável, minimizando o risco de contaminação. 5.5 TRATAMENTO TÉRMICO: 5.5.1 Tratamento térmico garante que todas as partes do alimento atinjam a temperatura de, no mínimo, 70ºC (setenta graus Celsius). Temperaturas inferiorespodem ser utilizadas no tratamento térmico desde que as combinações de tempo e temperatura sejam suficientes para assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. 5.5.2 Eficácia do tratamento térmico, avaliada pela verificação da temperatura e do tempo utilizados e, quando aplicável, pelas mudanças na textura e cor na parte central do alimento. 5.6 ÓLEOS E GORDURAS: Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 36 5.6.1 Existem medidas que garantam que o óleo e a gordura utilizados na fritura não constituem uma fonte de contaminação química do alimento preparado. 5.6.2 Aquecidos a temperaturas não superiores a 180ºC (cento e oitenta graus Celsius). 5.6.3 Substituídos imediatamente sempre que há alteração evidente das características físico-químicas ou sensoriais, tais como aroma, sabor e formação intensa de espuma e fumaça. 5.7 DESCONGELAMENTO DOS ALIMENTOS: 5.7.1 Realizado o descongelamento dos alimentos congelados, antes do tratamento térmico, (excetuando os casos em que o fabricante do alimento recomenda que o mesmo seja submetido ao tratamento térmico ainda congelado). 5.7.2 Descongelamento realizado de forma a evitar à multiplicação microbiana. O descongelamento efetuado em condições de refrigeração à temperatura inferior a 5ºC (cinco graus Celsius) ou em forno de micro-ondas quando o alimento for submetido imediatamente à cocção. 5.7.3 Alimentos submetidos ao descongelamento, mantidos sob refrigeração se não forem imediatamente utilizados, e não são recongelados. 5.8 ARMAZENAMENTO A QUENTE: 5.8.1 Após serem submetidos à cocção, os alimentos preparados são mantidos em condições de tempo e de temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana. Para conservação a quente, os alimentos devem ser submetidos à temperatura superior a 60 ºC (sessenta graus Celsius) por, no máximo, 6 (seis) horas. B – AVALIAÇÃO: SIM NÃO NA(*) 5.9 RESFRIAMENTO DO ALIMENTO: 5.9.1 No processo de resfriamento a temperatura do alimento preparado é reduzida de 60 ºC (sessenta graus Celsius) a 10 ºC (dez graus Celsius) em até duas horas. 5.9.2 Para conservação sob refrigeração ou congelamento, os alimentos preparados são previamente submetidos ao processo de resfriamento. 5.10 CONSERVAÇÃO A FRIO: 5.10.1 Os alimentos são conservados sob refrigeração a temperaturas inferiores a 5 ºC (cinco graus Celsius), ou congelado à temperatura igual ou inferior a -18 ºC (dezoito graus Celsius negativos). 5.10.2 Obedece a prazo máximo de cinco dias, para consumo do alimento preparado e conservado sob refrigeração a temperatura de 4 ºC (quatro graus Celsius), ou inferior. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 37 5.10.3 Caso utilizem temperaturas superiores a 4 ºC (quatro graus Celsius) e inferiores a 5 ºC (cinco graus Celsius), o prazo máximo de consumo é reduzido, de forma a garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. 5.10.4 Alimentos preparados armazenados sob refrigeração ou congelamento, possuem invólucro contendo no mínimo as seguintes informações: designação, data de preparo e prazo de validade. 5.10.5 Temperatura de armazenamento regularmente monitorada e registrada. 5.11 HIGIENIZAÇÃO DOS ALIMENTOS: 5.11.1 Alimentos consumidos crus submetidos a processo de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial, quando aplicável. 5.11.2 Produtos utilizados na higienização dos alimentos, regularizados no órgão competente do Ministério da Saúde e aplicados de forma a evitar a presença de resíduos no alimento preparado. 5.12 CONTROLE E GARANTIA DA QUALIDADE: 5.12.1 Estabelecimento implementou e mantem documentado o controle e garantia da qualidade dos alimentos preparados. 5.13 RESPONSABILIDADE: 5.13.1 Existe um responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos, devendo ser o proprietário ou funcionário designado, devidamente capacitado, sem prejuízo dos casos onde há previsão legal para responsabilidade técnica. 5.13.2 O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos possui comprovadamente curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: a) Contaminantes alimentares; b) Doenças transmitidas por alimentos; c) Manipulação higiênica dos alimentos; d) Boas práticas. OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 38 B – AVALIAÇÃO: SIM NÃO NA(*) 6 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DO ALIMENTO PREPARADO 6.1 CUIDADOS NECESSÁRIOS: 6.1.1 Alimentos preparados mantidos na área de armazenamento ou aguardando o transporte, identificados e protegidos contra contaminantes. Na identificação deve constar no mínimo: designação do produto, data de preparo e prazo de validade. 6.1.2 Armazenamento e o transporte do alimento preparado, da distribuição até a entrega ao consumo, ocorrem em condições de tempo e temperatura que não comprometam sua qualidade higiênico-sanitária. 6.1.3 A temperatura do alimento preparado é monitorada durante essas etapas. 6.2 RECIPIENTES PARA COLETA DE RESÍDUOS: 6.2.1 Dotados de tampas e acionadas sem contato manual. 6.3 TRANSPORTE: 6.3.1 Meios de transporte do alimento preparado higienizados, sendo adotadas medidas, a fim de garantir a ausência de vetores e pragas urbanas. 6.3.2 Veículos dotados de cobertura para proteção da carga, não transportando outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 7 EXPOSIÇÃO AO CONSUMO DO ALIMENTO PREPARADO 7.1 ÁREA DE EXPOSIÇÃO: 7.1.1 Áreas de exposição do alimento preparado e de consumação ou refeitório mantidas organizadas e em adequadas condições higiênico-sanitárias. 7.1.2 Equipamentos, móveis e utensílios disponíveis nessas áreas compatíveis com as atividades, em número suficiente e em adequado estado de conservação. 7.1.3 Manipuladores adotam procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos preparados por meio da antissepsia das mãos e pelo uso de utensílios ou luvas descartáveis. 7.2 EQUIPAMENTOS DE EXPOSIÇÃO/DISTRIBUIÇÃO: Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 39 OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 7.2.1 Equipamentos necessários à exposição ou distribuição de alimentos preparados sob temperaturas controladas, devidamente dimensionados, e em adequado estado de higiene, conservação e funcionamento. 7.2.2 Temperatura desses equipamentos regularmente monitorada. 7.2.3 Equipamento de exposição do alimento preparado, na área para consumo, dispõe de barreiras de proteção que previnam a contaminação, em decorrência da proximidade ou da ação do consumidor e de outras fontes. 7.3 UTENSÍLIOS: 7.3.1 Utensílios utilizados na área de consumo do alimento, tais como pratos, copos, talheres, descartáveis, quando feitos de material não-descartável, devidamente higienizados e armazenados em local protegido. 7.4 ORNAMENTOS E PLANTAS: 7.4.1 Se localizados na área de consumo, ou refeitório não constituem fonte de contaminação para os alimentos preparados. B-AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) 7.5 RECEBIMENTO DE DINHEIRO: 7.5.1 Área do serviço de alimentação onde se realiza a atividade de recebimento de dinheiro, cartões e outros meios utilizados para o pagamento de despesas, é reservada. 7.5.2 Os funcionários responsáveis por essa atividade não manipulam alimentos preparados, embalados ou não. 8 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO SIM NÂO NA(*) 8.1 MANUAL DE BPF E POP: 8.1.1 Serviço de alimentação dispõe de Manual de Boas Práticas e deProcedimentos Operacionais Padronizados. 8.1.2 Esses documentos estão acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à Autoridade Sanitária, quando requerido. 8.1.3 Os POP contêm as instruções sequenciais das operações e a frequência de execução, especificando o nome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Estão aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 40 8.2 REGISTROS: 8.2.1 Registros mantidos por período mínimo de 30 (trinta) dias contados a partir da data de preparação dos alimentos. 8.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRONIZADOS – POP 8.3.1 Higienização das instalações, equipamentos e móveis: 8.3.1.1 Existência de POP estabelecido 8.3.1.2 POP descrito, sendo cumprido. 8.3.2 Controle integrado de vetores e pragas urbanas: 8.3.2.1 Existência de POP estabelecido para este item. 8.3.2.2 POP descrito, sendo cumprido. 8.3.3 Higienização do reservatório: 8.3.3.1 Existência de POP estabelecido para este item. 8.3.3.2 POP descrito, sendo cumprido. 8.3.4 Higiene e saúde dos manipuladores: 8.3.4.1 Existência de POP estabelecido para este item. 8.3.4.2 POP descrito, sendo cumprido. OBSERVAÇÕES: _______________________________________________________ _______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Os POP referentes às operações de higienização de instalações, equipamentos e móveis devem conter as seguintes informações: natureza da superfície a ser higienizada, método de higienização, princípio ativo selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos e ou físicos utilizados na operação de higienização, temperatura e outras informações que se fizerem necessárias. Quando aplicável, os POP devem contemplar a operação de desmonte dos equipamentos. Os POP relacionados ao controle integrado de vetores e pragas urbanas devem contemplar as medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas. No caso da adoção de controle químico, o estabelecimento deve apresentar comprovante de execução de serviço fornecido pela empresa especializada contratada, contendo as informações estabelecidas em legislação sanitária específica. Os POP referentes à higienização do reservatório devem especificar as informações constantes no POP referentes às operações de higienização de instalações, equipamentos e móveis, mesmo quando realizada por empresa terceirizada e, neste caso, deve ser apresentado o certificado de execução do serviço. Os POP relacionados à higiene e saúde dos manipuladores devem contemplar as etapas, a frequência e os princípios ativos usados na lavagem e antissepsia das mãos dos manipuladores, assim como as medidas adotadas nos casos em que os manipuladores apresentem lesão nas mãos, sintomas de enfermidade ou suspeita Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 41 de problema de saúde que possa comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. Deve-se especificar os exames aos quais os manipuladores de alimentos são submetidos, bem como a periodicidade de sua execução. O programa de capacitação dos manipuladores em higiene deve ser descrito, sendo determinada à carga horária, o conteúdo programático e a frequência de sua realização, mantendo- se em arquivo os registros da participação nominal dos funcionários. C – CONSIDERAÇÕES FINAIS ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________ D – CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária estaduais e municipais, em articulação com o órgão competente no âmbito estadual, a construção do panorama sanitário dos estabelecimentos de serviço de alimentação, mediante sistematização dos dados obtidos nesse item. O panorama sanitário será utilizado como critério para definição e priorização das estratégias institucionais de intervenção. ( ) GRUPO 1 – 76 A 100% de atendimento dos itens ( ) GRUPO 2 - 51 A 75% de atendimento dos itens ( ) GRUPO 3 – 0 A 50% de atendimento dos itens. E – RESPONSÁVEIS PELA INSPEÇÃO Nome e assinatura do responsável Matrícula: Nome e assinatura do responsável e matrícula: F – RESPONSÁVEL PELA EMPRESA Nome e assinatura do responsável pelo estabelecimento: LOCAL: _____________________________________ DATA: _____ / _____ / _____ (*) NA: Não se aplica Excluem-se deste Regulamento os Lactários, as Unidades de Terapia de Nutrição Enteral – TNE, os Bancos de Leite Humano, as cozinhas dos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e os Estabelecimentos Industriais. 42 AULA 10 Unidade de Ensino: Conteúdo: Aplicação de ferramentas de qualidade Objetivos: Estabelecer um plano de ação corretiva, baseado no método 5W2H, para cada não conformidade encontrada na Lista de Verificação da aula 9. Metodologia: Atividade individual. Deverá ser elaborado um plano de ação corretiva, baseado nas não conformidades encontradas durante a aplicação da Lista de Verificação de Boas Práticas de Fabricação. Utilizar roteiro de aula prática. Materiais de apoio: Computador; papel e caneta. Avaliação: Os acadêmicos serão avaliados de acordo com o envolvimento nos estudos e o cumprimento das atividades propostas, para isso é obrigatória a impressão do roteiro de aula prática. Referências BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução – RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. Estabelece procedimentos de boas práticas para serviço de alimentação, garantindo as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 setembro de 2004. MORAIS, I. C. L.; COSTA, S. R. R. Ferramentas de Qualidade para UANs. Alim. Nutr.= Braz. J. Food Nutr., Araraquara, v. 24, n. 1, p. 45-49, jan./mar. 2013. Roteiro de aula prática: O método 5W2H é uma ferramenta que pode ser utilizada na elaboração de planos de ação e no estabelecimento de procedimentos associados a indicadores. Sua aplicação apresenta resultados efetivos, pois possibilita a definição de responsabilidades, métodos, prazos, objetivos e recursos associados. Após aplicação da Lista de Verificação, deve ser elaborado um plano com propostas de ações corretivas para cada uma das não conformidades encontradas na Verificação (checklist), baseado no método 5W2H. Manual de Práticas de Planejamento e Gestão de UAN 43 Figura 1 – Exemplo de plano 5W2H para não conformidades encontradas em auditoria. Fonte: Morais e Costa (2013) Modelo de plano de ação corretiva: Plano 5W2H para não conformidades encontradas Itens de verificação Por quê? O que? Onde? Quando? Quem? Como? Quanto?
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