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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE IST’S O diagnóstico é: clínico, molecular, Citopatológico e microbiológico O diagnóstico laboratorial possui algumas funções: Determinar etiologia e acompanhar o curso da infecção Diferenciar infecções com sintomas semelhantes: avalia eficácia do tratamento e prognóstico/conduta que deve ser tomada Triagem de infecções em bancos de sangue Diagnosticar doenças congênitas Estudos epidemiológicos Pode ser feito diagnostico imunológico a partir de 15 dias >> já permite diferenciar os agentes etiológicos COLETA DA AMOSTRA É a obtenção da amostra representativa, sendo a etapa mais importante do diagnóstico laboratorial >> todo resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é consequência da qualidade da amostra recebida Requer conhecimento relacionado à cinética reprodutiva dos vários tipos de espécimes Entender as formas com que o microrganismo agride o hospedeiro e se replica Isso envolve uma relação do tempo desde o início dos sintomas Precisa saber o que e quando coletar, além de realizar procedimentos adequados de coleta para evitar o isolamento de um “falso” agente etiológico (microrganismos residentes do nosso corpo). Isso irá evitar: Necessidade de coleta de novas amostras Proceder com terapêutica inadequada Perda de materiais e tempo Concluir com um prognóstico ruim do paciente A escolha da amostra depende do tipo de infecção: Sangue: diagnostico de qualquer infecção, sendo a coleta feita por punção venosa Fezes e urina Secreções corporais: raspagem de superfícies mucosas com swabs (nasal, orofaringe...) Liquor: coleta por punção lombar Tecidos: obtém por biopsia ou raspagem de lesões (verrugas, vesículas...) As IST’s são divididas em 2 tipos de desordens: 1. Microbiológicas (bactérias, fungos e protozoários): Gardnerella vaginalis/ mobiluncus spp. Chlamydia spp. Trichomonas vaginalis Candida spp >> fungo oportunista que pode ser transmitido 2. Virais: HSV-2 HIV/AIDS HPV DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES MICROBIOLÓGICAS Gardenerella vaginalis/ Mobiluncus spp. Bacilos supracitoplasmáticos: bactérias que ficam aderidas à membrana celular das células do tecido epitelial A microbiota lactobacilar é substituída por outras bactérias, sendo essas duas as principais (Gardnerella e mobiluncus). Causa desequilíbrio do ecossistema vaginal, pois os lactobacilos tornam o meio mais ácido e sua redução causa proliferação dessas outras bactérias. Pode ocorrer da região da glande dos homens também Corrimento vaginal homogêneo, fluido, amarelado/acinzentado, com ausência de prurido, queimação ou sintomas urinários. O esfregaço citológico apresenta ausência ou escassez de lactobacilos. Possui outras características, como: Aumento do pH vaginal e do número de leucócitos Cariopicnose: exacerbação da maturação celular Células normais, cianofílicas ou eosinofílicas, cariopicnóticas, citoplasmas finos e transparentes. Bactérias encontram-se dispersas como poeira entre as células epiteliais descamadas Cocobacilos se acumulam na superfície e bordas da célula epitelial, obscurecendo a membrana celular (Clue-Cells/células alvo/células-guia) >> um dos principais indícios dessa infecção por gardnerella ou mobiluncus Para diferenciar qual é a bactéria é feita uma cultura, porém não há necessidade pois o tratamento é o mesmo Chlamydia spp Família Chlamydiaceae, sendo organismos intracelulares obrigatórios >> ficam dentro do citoplasma da célula Elas penetram a célula, ocupam seus vacúolos e são liberadas para contaminarem novas células Confundidos com vírus, porém possuem características bacterianas. Algumas infecções virais também formam vacúolos, porém nesse caso eles não possuem agregados de microrganismos dentro dos vacúolos. As bactérias formam agregados dentro dos vacúolos Secreção fluida, esbranquiçada/amarelada/acinzentada Vacúolos com e sem agregados de microrganismos Trichomonas vaginalis Protozoário exclusivamente humano; anaeróbico facultativo, flagelado, unicelular e com grande mobilidade Parece uma célula, com núcleo oval, localizado próximo aos flagelos >> Não possui formatação bem definida Visualiza um alo ao redor dos flagelos, devido à essa movimentação, que afasta tudo que está em volta. O crescimento e movimentação são suprimidos no pH vaginal ácido normal e seu desenvolvimento ocorre em pH ideal de 5,5 a 6. A principal via de contaminação é por contato sexual, além de secreções, roupas íntimas, toalhas úmidas ou objetos contaminados e água de piscinas. A clínica é bastante característica: Corrimento vaginal abundante, purulento, amarelo-acastanhado, amarelo-esverdeado ou esbranquiçado, fétido, bolhoso Causa bastante prurido, dispareunia e disúria No exame ginecológico identifica-se irritação vulvar, com hiperemia e edema nas parede vaginais e do colo uterino >> aspecto característico de “morango” ou “framboesa”, que resulta da inflamação com distensão dos vasos sanguíneos e focos hemorrágicos difusos Candida sp. A principal é a candida albicans, porém o tratamento é o mesmo para todas. Dermatomicoses: pênis, vagina, boca (sapinho) e perianal Tem preferência por lugares mais úmidos. Causa prurido intenso na região afetada, ardor, dispareunia e lesões expansíveis (se não tratada, ela se expande) e puntiformes. Libera secreção bastante esbranquiçada e grumosa (“pedaços). A transmissão não é exclusivamente sexual Microrganismo oportunista, causando micose levedurifrome, que pode se transformar em pseudohifas. Pode estar associada à Trichomonas vaginalis É necessário relatar e presença e fazer o tratamento. Fatores de predisposição: DM, gravidez, uso de ACO, uso de antibióticos, uso de imunosupressviso, patógenos primários (HIV, HTLV, tuberculose). DIAGNÓSTICO DE INFECÇÕES VIRAIS Pesquisa direta do vírus ou seu material genético >> pouco usado Pesquisa indireta de anticorpos específicos do vírus IgG e IgM Imunoenzimáticos Teste utilizado para detectar a presença de antígenos e anticorpos específicos em fluidos corporais ou sobrenadantes de cultura através de uma reação imunológica e enzimática 1. ELISA: une a especificidade de uma ligação Ag-Ac com a sensibilidade de uma reação enzimática Detecta quantidades mínimas de uma substancia e com grande confiabilidade Uma enzima reage com substrato, causando oxidação de um cromógeno incolor, que desenvolverá coloração dependente da concentração de Ag/Ac pesquisados Método qualitativo e quantitativo. 2. Testes rápidos: testes extremamente versáteis >> rápidos, baratos e de simples execução Metodologia qualitativa >> se está presente ou não o vírus Não é muito específico >> pode ter falso- positivo São bastante sensíveis Aparece a banda teste (controle) >> indica validez do teste Immunoblotting (western-blot) Técnica para imunodetecção de proteínas após sua separação por eletroforese em gel e transferência de um extrato proteico para membrana adsorvente. Detecta e semi-quantifica múltiplas proteínas >> principalmente as que estão em baixas quantidades na amostra Detecta apenas o material de interesse >> proteínas específicas Segue as seguintes etapas: 1. Eletroforese (policrilamida/agarose) 2. Transfere para membrana 3. Bloqueio 4. Adiciona anticorpos/sondas especificas 5. Detecta reação pseudohifas HERPES SIMPLEX (HSV) HSV-1: lábios e face / HSV-2: genital Tem ciclo lítico >> início, meio e fim em até 15 dias O vírus entra em latência após o desaparecimentoda sintomatologia Sintomas: eritemas localizados que se desenvolvem para erupções bolhosas Tratamento: Aciclovir para acelerar a parada do ciclo viral Capazes que formar inclusões intranucleares e infectar o homem >> visualiza células multinucleadas. Pode infectar células escamosas imaturas, metaplásicas e endocervicais HIV Ataca células do sistema imunológico >> linfócitos TCD4 Sintomas: Fases iniciais (período de incubação) >> sem sintomas aparentes Fases tardias (AIDS) >> linfoadenomegalia, emagrecimento, febre, sudorese e perda de memoria HPV Causa verrugas, sendo mais de 80 variedades desse vírus Prevenção dos subtipos 6, 11, 16 e 18 Mais cuidado com o HPV em tecidos mucosos >> sistema reprodutor masculino e feminino
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