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Parada Cardiorrespiratória: Causas, Diagnóstico e Tratamento

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@medcomath_
h 
 
 
 
Definição 
Parada Cardiorrespiratória é a cessação súbita e inesperada da 
circulação devido a incapacidade do coração em bombear o sangue. 
Como consequência, órgãos nobres como o encéfalo e o miocárdio 
não são irrigados, sendo comprometidos em diversos graus. 
A parada cardiorrespiratória evolui para óbito a partir do momento 
em que há perda irreversível das funções encefálicas (cérebro + 
tronco cerebral). 
Para a padronização do atendimento as sociedades americana de 
cardiologia postula diretrizes: 
BLS: suporte básico de vida- pode ser definido como uma 
estratégia pré-hospitalar realizada por qualquer individuo treinado. 
ACLS: suporte avançado de vida-é uma estratégia intra-hospitalar 
realizada apenas por profissionais de saúde adequadamente 
treinados. 
Epidemiologia 
A estimativa nos EUA é de que ocorram cerca de 25 paradas 
cardiorrespiratórias a cada 10.000 pessoas/ano. 
A morte cardíaca súbita é definida como uma morte cardíaca que 
ocorre no período de 1 hora após o início dos sintomas. É mais 
frequente na raça negra e no sexo masculino. 
Os principais fatores de risco são o tabagismo e a obesidade. 
Etiologia 
A parada cardiorrespiratória pode ser consequência de diferentes 
etiologias. Em ambiente extra-hospitalar destacam-se: 
Doença coronariana aterosclerótica: responsável por 80% dos 
casos. Em 25% dos pacientes, a PCR é a primeira manifestação 
da doença. 
Cardiomiopatias: responsável por 10-15% dos casos. Destaque para 
cardiomiopatia dilatada e hipertrófica. 
 
 
 
Outros: 5-10% dos casos 
Uso de medicamentos/drogas (cocaína) 
Valvopatias 
Cardiopatias congênitas 
Síndrome de wolff-parkinson-white 
Síndrome de brugada 
Commotio cordis (trauma torácico) 
Em ambiente intra-hospitalar a PCR pode ser secundária à própria 
doença de base do paciente (pela qual está internado) como: 
distúrbios hidroeletrolíticos, hipovolemia, distúrbios ácido-base, 
sepse, tromboembolismo pulmonar, DPOC, hipoglicemia. 
Diagnóstico 
Ritmos de parada 
São 4 os ritmos cardíacas básicos de parada cardiorrespiratória: 
fibrilação ventricular, taquicardia ventricular sem pulso, assistolia e 
atividade elétrica sem pulso. 
Em ambiente extra-hospitalar, a fibrilação ventricular é 
responsável por 80% dos casos- seguido então da taquicardia 
ventricular sem pulso, já em ambiente intra-hospitalar, o ritmo 
cardíaco de parada mais comum é a assistolia e atividade elétrica 
sem puls. Essa diferença ocorre devido à diferença entre as 
etiologias intra e extra-hospitalares. Pontualmente: 
 
 
 
 
Parada Cardiorrespiratória 
 
@medcomath_
h 
1- Fibrilação ventricular: secundário a múltiplos focos elétricos 
ventriculares, o coração perde a contração rítmica, apresentando 
movimentos erráticos e anárquicos, não existindo ejeção sanguínea 
efetiva. A frequência varia de 400-600bpm. O ECG evidencia onda 
irregulares em ziguezague com amplitude e durações variáveis. 
 
2- Taquicardia Ventricular sem pulso: é uma arritimia que se origina 
no ventrículo cardíaco, fazendo com que os ventrículos (e 
consequente os batimentos cardíacos) se contraiam com 
frequência elevada- tipicamente acima de 120bpm. No caso 
específico não há presença de pulso palpável, uma vez que não 
existe ejeção sanguínea efetiva. O ECG evidencia complexo QRS 
alargado não procedido de onda P regulares. 
 
3- Assistolia: há ausência de atividade elétrica cardíaca, e como 
consequência não há contração ventricular nem ejeção sanguínea. 
O ECG evidencia uma linha reta. 
 
4- Atividade elétrica sem pulso: há presença de estímulo elétrico 
adequado- estando muitas vezes em um ritmo cardíaco normal 
“sinusal” ou em qualquer outro. No entanto, o miocárdio não tem 
capacidade de se contrair efetivamente, não existindo assim ejeção 
sanguínea. O ECG é variável, podendo ser tipicamente normal. 
 
 
Tratamento 
Manejo 
O objetivo primordial no atendimento da PCR é preservar a 
irrigação corpórea. Isso se dá através de manobras que visam 
substituir as funções cardiocirculatórias na tentativa de evitar 
sequelas devido a isquemia e hipóxia aos órgãos. 
A cada minuto que passa, a chance de reversão de uma parada 
cardiorrespiratória cai 10%. 
Manobras de ressuscitação precoces e bem feitas, associadas a 
desfribilação (choque) refletem sucesso entre 40-70%. 
 
1- Reconhecimento adequado da PCR, acionando serviço de 
emergência de forma imediata. 
2- realização de manobras de ressuscitação de forma rápida e 
precoce- com ênfase nas compressões torácicas. 
3- Proceder à rápida desfribilação(choque) quando necessário. 
4- Após o atendimento inicial, a equipe de saúde deverá prover um 
suporte avançado de vida eficaz 
5- uma vez revertida a parada, deverá existir cuidados integrados ( 
cuidados pós PCR). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@medcomath_
h 
 
 
 
O atendimento pré-hospitalar é aquele que é feito por qualquer 
indivíduo com o mínimo de treinamento necessário. É uma medida 
salvadora de vida e realizada no local do incidente. Diante de um 
paciente com PCR, o atendimento divide-se em passos: 
1ª passo- Reconhecer a Parada Cardiorrespiratória 
Diante de um indivíduo inconsciente, deve-se avaliar a 
responsividade, uma vez que na ausência dessa, assume-se que a 
função do SNC está prejudicada por hipóxia ou baixo fluxo 
sanguíneo. Para isso: 
Chama-se o paciente em voz alta, batendo nos ombros de forma 
vigorosa. Na ausência de resposta, deve-se avaliar rapidamente se 
o indivíduo está respirando (presença de apneia/gasping). Na 
ausência de respiração ou seu comprometimento, para fins 
práticos, estamos diante de uma PCR. 
2ª passo- chamar ajuda. 
De fundamental importância chamar ajuda, pedindo o desfibrilador 
automático externo (DEA). Se tiver sozinho, a própria pessoa 
deverá pedir ajuda, se existir outras pessoas ao redor deve-se 
orientar essas a pedirem. O número do SAMU é 192. 
Exceção à regra ocorre se o paciente está parada há muito 
tempo, ou se o mecanismo é hipóxia (afogamento, asfixia) ou se é 
criança. Nesses casos, deve-se antes realizar as manobras de 
ressuscitação por ao menos 1 ciclo. 
3ª passo- checar o pulso 
Deve checar a presença de pulso (carotídeo ou femoral) por até 
10segundos, para então inicia as manobras 
4ª passo- Iniciar a reanimação cardiopulmonar 
C- circulação: constitui em compressões torácicas. Posiciona-se a 
mão dominante sobre a mão não dominante de forma espalmada na 
linha intermamilar do paciente- mantendo sempre o cotovelos 
estendidos formando um ângulo de 90° com o plano horizontal. Uma 
massagem efetiva deverá ter: 
Compressão de ao menos 5cm de profundidade 
Retorno completo do tórax entre as compressões 
 
 
 
Frequência de no mínimo 100 vezes/minuto 
Compressões rápidas, fortes e rítmicas 
No hands off- não tirar as mãos do paciente por nada, salvo 
necessidade como na aplicação de choque. 
 
A- via aérea: deve-se manter as vias aéreas abertas, sendo duas 
as técnicas possíveis; 
Head tilt/chin lift: deve-se fletir a cabeça do paciente para trás e 
levantar o queixo. 
 
Jaw-thrust: realizar na suspeita da fratura cervical- tracionar a 
mandíbula para frente. 
 
Atendimento Pré-Hospitalar (Bls) 
 
@medcomath_
h 
Nesse momento, deve-se olhar a orofaringe do paciente para ver 
a presença de corpos estranhos que deverão ser retirados 
(prótese dentária). Se houver a suspeição que um corpo estranho 
está obstruindo a via aérea (hipofaringe) autoriza-se a manobra de 
heimlich- súbita compressão da região epigástrica estando o 
paciente deitado. 
B- Breath: ventilar o paciente. Deve-se realizar a ventilação na 
proporção 30:2. Isso é a cada 30 compressões torácicas, realiza-
se duas ventilações no paciente. 
 
O tempo inspiratório é de 1 segundo- com volume suficiente para 
que exista uma discreta elevação da caixa torácica bilateralmente 
do paciente. 
Define-se como um ciclo de reanimação o períodod 2 minutos (o 
que dá cerca de 5 ciclos de massagens e ventilação). Na presença 
de mais de uma pessoa capacitada, o ideal é que a cada ciclo mude-
se quem está massageando- uma vez que acaba cansando. 
5ª passo- chegada do desfribilador: o grande objetivo das condutas 
acima descritas é manter o paciente vivo, e com o SNC mais 
intacto possível, até que se chegue o desfribilador. 
Chegando o DEA esse deverá ser colado no tórax conforme 
instruções presentes no próprio aparelho.ao liga-lo o aparelho avalia 
automaticamente a necessidade ou não de um choque- realizando 
assim conforme necessário. 
Importante ressaltar que após a conduta acima- com realização do 
choque ou não- a reanimação C-A-B deverá ser reiniciada com mais 
um ciclo de 2 min, para somente a partir de então podermos 
checar o ritmo e pulso do paciente. Isso porque, mesmo que o 
paciente tenha saído da Parada Cardíaca, o coração ainda não 
contrai de forma totalmente eficaz- necessitando assim de uma 
última ajuda. 
6ª passo- equipe de saúde: os passos acima descritos- com o 
procedimento de reanimação- devem ser repetidos até que 
retorne o pulso do paciente ou até a chegada da equipe de saúde 
treinada que então procederá ao ACLS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@medcomath_
h 
 
 
 
Diante de uma parada cardiorrespiratória, de suprema importância 
a avaliação do ritmo de parada. Isso porque dos 4 ritmos de 
paradas apenas 2 respondem ao choque e ao uso de 
antiarrítmicos: a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular 
sem pulso. Assim, a conduta vai depender basicamente do ritmo 
presente. 
1- Assistolia ou atividade elétrica sem pulso: são considerados 
ritmos não chocáveis. Dessa maneira, faz-se: 
Adrenalina (1mg endovenoso em bolus) e na sequência procede-se 
as manobras de ressuscitação pelo período de 2 minutos. Após 
isso, checa-se o ritmo e pulso. Na manutenção da parada, retorno 
ás manobras. A adrenalina pode ser repetida a cada 3-5 minutos. 
 
2- Fibrilação Ventricular e taquicardia ventricular sem pulso: são 
considerados ritmos chocáveis. Dessa maneira, faz-se: 
Choque dessincronizado (200J se bifásico ou 360 J se 
monofásico)- e na sequência procede-se às manobras de 
ressuscitação pelo período de 2 minutos, paralelamente ao uso de 
adrenalina que pode ser repetida a cada 3-5 minutos. Após 2 
minutos de manobras, checa-se o ritmo e pulso. Na manutenção do 
quadro, procede-se a um novo choque e manobras de 
ressuscitação, além do uso de adrenalina. 
Se houver refratariedade nesses ritmos, autoriza-se a utilização de 
antiarrítmico. A amiodarona é feita então após a checagem do 
ritmo duas vezes: a primeira dose de 300mg e a segunda dose de 
150mg./kg. 
 
 
 
 
A lidocaína é usada apenas após a utilização da segunda dose de 
amiodarona- na dose inicial de 1-1,5mg repetindo a 0,5-0,75mg/kg 
até uma dose total cumulativa de 3mg/kg. 
FV 
CHOQUE 
ADRENALINA A CADA 3-5MIN 
MANOBRAS POR 2 MIN 
CHECAR RITMO E PULSO 
AMIODARONA (usar apenas 2X) 
Protocolo de linha reta 
É um processo que se faz para se descartar a possibilidade de 
uma falsa assistolia em decorrência de uma linha reta no traçado 
eletrocardiográfico. Para isso: confere-se o cabeamento da 
monitorização eletrocardiográfico. 
Aumentar o ganho ao máximo da derivação 
Mudar as derivações- do monitor ou alternar as pás. 
 
Atendimento Intra-Hospitalar (ACLS) 
 
@medcomath_
h

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