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Fases do Ciclo Vivencial Analisando o Perfil do Gestor Empresarial UA 09

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Fases do Ciclo Vivencial, Analisando o 
Perfil do Gestor Empresarial
APRESENTAÇÃO
O cenário organizacional atual, fortemente marcado pela competitividade, exige que o 
profissional de gestão possua um conjunto de habilidades, obtidas por meio do desenvolvimento 
simultâneo de aptidões técnicas e interpessoais. Assim, o perfil do gestor empresarial deve ser 
formado por competências e capacidades específicas, garantindo que esteja adequadamente 
habilitado para o desempenho de suas atividades no cenário mencionado. O desenvolvimento 
desse conjunto de competências e capacidades pode ser auxiliado pelas chamadas técnicas 
vivenciais, que promove a aprendizagem vivencial, auxiliando no desenvolvimento de 
habilidades conceituais, técnicas e humanas, indispensáveis para a formação e o 
desenvolvimento de profissionais de diversas áreas (como o gestor empresarial). 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as técnicas vivenciais, que viabilizam a 
chamada aprendizagem vivencial, resultando em um ciclo formado por diversas fases que 
oportuniza a formação do gestor empresarial. Além disso, irá identificar as competências que 
permitem a análise do perfil do gestor empresarial necessário ao ambiente organizacional atual. 
Bons estudos! Ao final desta unidade, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as técnicas vivenciais e sua colaboração para a aprendizagem vivencial.•
Definir a aprendizagem vivencial e as fases que compõem seu ciclo.•
Identificar as competências que permitem a análise do perfil do gestor empresarial.•
DESAFIO
Antônio é dono de uma fábrica de doces artesanais. A empresa começou pequena, como um 
negócio familiar para obtenção de renda extra, mas aos poucos começou a prosperar, 
transformando-se na atividade principal da família. O número de empregados também cresceu 
bastante, mas até agora a equipe é composta apenas de funcionários que trabalham na produção, 
sendo toda a gestão realizada por Antônio.
Percebendo que a empresa tem boas perspectivas para os próximos anos, Antônio se prepara 
para dar um grande salto: vai construir novas e maiores instalações e pretende ampliar seu 
quadro funcional, abrindo novas vagas na produção, bem como criando níveis hierárquicos que 
serão compostos por cargos de supervisão e gestão – funções que até então não existiam na 
empresa. Como forma de recompensar toda a dedicação de seus funcionários mais antigos, 
Antônio pretende escolher dentre eles os futuros gestores, deixando para as novas contratações 
as vagas destinadas à produção.
Para que todo esse processo seja conduzido de forma apropriada, Antônio procura assessoria 
especializada, escolhendo sua empresa para assessorá-lo. A sua demanda corresponde à criação 
de um programa de treinamento e desenvolvimento, para que os funcionários mais antigos 
possam ser preparados para os cargos de gestão.
Você, na condição de consultor contratado por Antônio, deve sinalizar a ele quais são as 
principais competências a serem desenvolvidas por seus colaboradores para que se tornem 
gestores capacitados. 
Além disso, você deve apontar as ferramentas que pretende utilizar para a condução desse 
treinamento e que benefícios podem ser obtidos por meio dessas ferramentas.
INFOGRÁFICO
O perfil do gestor empresarial deve ser formado por competências e capacidades específicas, 
garantindo que esteja adequadamente habilitado para o desempenho de suas atividades no 
cenário organizacional atual, marcado pela forte competitividade.
Acompanhe o Infográfico que demonstra as fases do ciclo vivencial, que auxiliam no 
desenvolvimento das competências necessárias para a formação desse perfil.
CONTEÚDO DO LIVRO
O cenário organizacional atual, fortemente marcado pela competitividade, exige do profissional 
de gestão um conjunto de habilidades, que inclui o desenvolvimento simultâneo de 
competências técnicas e interpessoais, integrando conhecimentos teóricos e práticos. Assim, 
forma-se o perfil considerado ideal, para que o gestor esteja adequadamente habilitado para o 
desempenho de suas atividades no cenário mencionado.
Acompanhe os trechos da obra "Simulação Gerencial", que serve de referencial teórico para esta 
Unidade de Aprendizagem, especialmente o capítulo que trata sobre as fases do ciclo vivencial, 
analisando o perfil do gestor empresarial.
Boa leitura!
SIMULAÇÃO
GERENCIAL
Gisele Cristina da 
Silva Lozada
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
L925s Lozada, Gisele Cristina da Silva.
 Simulação gerencial / Gisele Cristina da Silva Lozada. – 
 Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 185 p. : il. ; 22,5 cm. 
 ISBN 978-85-9502-076-4
 1. Simulação gerencial. 2. Métodos de simulação. 3. 
 Jogos de empresas. I. Título. 
CDU 005.331.7
Fases do ciclo vivencial: 
analisando o per� l do 
gestor empresarial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as técnicas vivenciais e sua colaboração para a aprendi-
zagem vivencial.
  De� nir a aprendizagem vivencial e as fases que compõem seu ciclo, 
oportunizando a formação do gestor empresarial.
  Identi� car as competências que permitem a análise do per� l do gestor 
empresarial.
Introdução
O cenário organizacional atual, fortemente marcado pela competitividade, 
exige que o profissional de gestão tenha um conjunto de habilidades 
obtidas por meio do desenvolvimento simultâneo de aptidões técnicas 
e interpessoais. Assim, o perfil do gestor empresarial deve ser formado 
por competências e capacidades específicas, garantindo que ele esteja 
adequadamente habilitado para o desempenho de suas atividades na-
quele cenário.
O desenvolvimento desse conjunto de competências e capacidades 
pode ser auxiliado pelas chamadas técnicas vivenciais, que promovem a 
aprendizagem vivencial, auxiliando no desenvolvimento de habilidades 
conceituais, técnicas e humanas, indispensáveis para a formação e para 
o desenvolvimento de profissionais de diversas áreas (como o gestor 
empresarial).
Neste texto, você vai estudar as técnicas vivenciais, que viabilizam a 
chamada aprendizagem vivencial, resultando em um ciclo formado por 
diversas fases, que oportuniza a formação do gestor empresarial. Além 
disso, você irá identificar as competências que permitem a análise do 
perfil do gestor empresarial, necessário ao ambiente organizacional atual.
As técnicas vivenciais
As técnicas vivenciais correspondem a uma metodologia de aprendizagem 
em grupo, baseada no aprender fazendo, o que favorece a interação entre 
as pessoas por meio de situações bastante estimulantes. Segundo Wilhelm 
(1997, p. 44), se 
[...] caracterizam como uma técnica alternativa e única de ensino, onde o 
participante pode assumir um papel ativo, através do exercício virtual de 
funções e papéis num contexto de atividades em grupo, desenvolvendo 
diversas competências de forma integrada e simultânea, tais como a 
intelectual (criatividade), a pessoal e interpessoal (perseverança e socia-
bilidade), e a estratégia (empreendedora e inovadora).
Nesse contexto, vivência e jogos correspondem a importantes ferramen-
tas, que estão estreitamente relacionadas. Segundo Gramigna (1995, p. 13), 
vivências podem ser consideradas como “[...] o momento vivido pelo grupo 
em atividades simuladas, semelhantes à sua realidade, que permitem ampla 
participação e forte comprometimento”. O que diferencia jogos e vivências são 
suas regras: quando há um sistema de pontuação, que permita a apuração de 
vencedores e perdedores, trata-se de um jogo. Caso contrário, corresponde a 
uma vivência. Assim, todo jogo implica uma vivência, mas nem toda vivência 
pode ser considerada um jogo.
Podemos considerar que os jogos permitem a vivência por meio da simula-
ção de atividades relacionadas ao cotidiano dos participantes, desenvolvendo 
de forma conjuntavariados e importantes aspectos. Juntos, criam um ambiente 
competitivo, que desafia e motiva os participantes na busca por resultados 
coletivos, despertando o interesse em aprender, favorecendo a ampla partici-
pação e incentivando questões como diálogo, discussão e debate.
Ao promover o acionamento conjunto dos dois hemisférios cerebrais, os 
jogos estimulam a imaginação, a criatividade e a intuição (lado direito do 
cérebro), ao mesmo tempo que se preocupam com conteúdos lógicos, racionais 
e objetivos (lado esquerdo do cérebro). Desta forma, promovem uma visão 
global e holística do ser humano a respeito de diversos contextos.
 Simulação gerencial 136
As técnicas vivenciais auxiliam os participantes a desenvolverem compor-
tamentos mais adequados do que os já utilizados até o momento, aprendendo 
a enfrentar problemas de novas formas, encontrando soluções alternativas, 
até então impensadas no ambiente real. Assim, poderão atuar com maior 
competência técnica e interpessoal, incrementando sua eficácia como líder 
ou membro de determinado grupo.
Os jogos e outras atividades em grupo têm a capacidade de despertar 
nos indivíduos competências que até então poderiam estar adormecidas, ou 
de desenvolver ainda mais aquelas já percebidas. Sobre esse aspecto, Failde 
(2010) comenta que as atividades em grupo podem estimular comportamentos 
e atitudes como liderança, relacionamento interpessoal, iniciativa, entre outros 
− aspectos que dificilmente seriam manifestados em atividades individuais, 
evidenciando a importância dos processos de atuação em grupo.
Segundo Gramigna (1995), as técnicas vivenciais são ferramentas que 
seguem a linha participativo-vivencial, oferecendo diversas vantagens, como 
a maior compreensão dos conceitos, o resgate do lúdico e a descoberta de 
novas possibilidades, entre outras. Elas podem ser utilizadas em diversos 
cenários, auxiliando nas mais diversas intervenções, sejam elas voltadas para 
a formação, para o treinamento ou para o desenvolvimento.
Jogos e vivências podem ser utilizados em diferentes ambientes, como o acadêmico e o 
empresarial; podem ser destinados a diversos propósitos, como formação, treinamento 
e desenvolvimento; ou podem servir para a seleção de pessoal em empresas privadas.
A aplicação das técnicas vivenciais promove a chamada aprendizagem 
vivencial, auxiliando no desenvolvimento de habilidades conceituais, técnicas 
e humanas, que correspondem a competências indispensáveis para a forma-
ção e o desenvolvimento de profissionais de diversas áreas (como o gestor 
empresarial), favorecendo o desempenho de suas atividades e a obtenção de 
melhores resultados.
137Fases do ciclo vivencial: analisando o perfil do gestor empresarial
Leia mais sobre as técnicas vivenciais na obra Jogos de Empresa e Técnicas Vivenciais 
(GRAMIGNA, 1995).
A aprendizagem vivencial
Segundo Mota, Melo e Paixão (2012), ao citarem Kolb (1984), a aprendizagem 
vivencial trata o aprendizado como um processo, no qual o conhecimento é 
produzido por meio da transformação da experiência. Para que o aprendizado 
seja efetivo, são necessárias capacidades básicas, que estão organizadas em 
quatro etapas, componentes do Ciclo da Aprendizagem Vivencial (CAV), 
conforme Figura 1.
  Experiência concreta: envolvimento com experiências no tratamento 
de questões humanas, enfatizando o sentir, demonstrando interesse por 
aspectos particulares em lugar de generalizações.
  Observação reflexiva: compreensão do significado das ideias e dos 
fatos, por meio da observação e da descrição. Privilegia o refletir, 
demonstrando interesse em como as coisas são e não como funcionam 
(chamada verdade absoluta).
  Conceituação abstrata: promove o uso da lógica, das ideias e dos con-
ceitos. Privilegia o pensar e interessa-se por teorias gerais em lugar de 
questões particulares. 
  Experimentação ativa: busca influenciar ativamente as pessoas e mudar 
as situações, enfatizando o agir, demonstrando interesse no que deve 
ser feito e não na busca pela verdade absoluta. 
 Simulação gerencial 138
Segundo Gramigna (1993), a aprendizagem vivencial ocorre por meio de 
um conjunto de cinco etapas, que são sequenciais e interdependentes:
  Vivência.
  Relato.
  Processamento.
  Generalização.
  Aplicação.
A aprendizagem vivencial é composta por cinco fases: vivência, relato, processamento, 
generalização e aplicação.
Figura 1. O ciclo da aprendizagem vivencial de Kolb.
Fonte: Adaptada de Kolb (1984 apud MOTA; MELO; PAIXÃO, 2012, p. 348). 
Experiência 
Concreta
Experimentação
Ativa
Conhecimento
Convergente
Transformação via
EXTENSÃO
(agir)
Conhecimento
Assimilativo
Conhecimento
Acomodativo
Conhecimento
Divergente
APREENSÃO
(sentir)
COMPREENSÃO
(pensar)
Conceituação
Abstrata
Observação
Re�exiva
Transformação via
INTENÇÃO
(re�etir)
139Fases do ciclo vivencial: analisando o perfil do gestor empresarial
A fase da vivência corresponde à ação de fazer, realizar ou construir algo, 
incluindo atividades como construção, reprodução de modelos, montagem de 
estratégias, negociação e tomada de decisão, além de atividades livres que 
promovem a criatividade.
Na fase do relato, são compartilhados os sentimentos e emoções manifes-
tados durante a vivência, representando um momento de desabafo, no qual os 
participantes se “descarregam” da tensão sentida durante o jogo, ingressando 
mais “leves” na próxima etapa.
A fase do processamento é considerada uma das etapas mais impor-
tantes do ciclo da aprendizagem vivencial, correspondendo à avaliação do 
processo grupal, incluindo a análise do jogo e da participação dos jogadores, 
conectando-a aos resultados obtidos, identificando os motivos que levaram 
ao sucesso ou ao fracasso.
Na fase da generalização, a vivência é comparada ao cotidiano, permitindo 
relacionar o jogo ao dia a dia da vida empresarial, saindo da “fantasia da si-
mulação” e ingressando na realidade, levando para ela as experiências vividas.
A fase da aplicação representa o fechamento do ciclo da aprendizagem 
vivencial. Nesta fase, são estabelecidos planos reais para aplicação na empresa, 
em que cada participante assume sua parcela de responsabilidade na busca 
futura pelas melhorias propostas.
Importante chamar atenção para o fato de que o ciclo da aprendizagem só se 
fecha quando suas cinco fases são atendidas, tornando o aprendizado efetivo. 
Isso viabiliza o desenvolvimento do gestor, criando um perfil apropriado ao 
cenário organizacional.
Leia mais sobre o ciclo da aprendizagem vivencial na obra Jogos de Empresa (GRA-
MIGNA, 1993).
O perfil do gestor empresarial
Um gestor tem diversas funções e papéis a exercer. Segundo Fernandes (2014), 
ao citar Donnelly et al. (2000), as funções do gestor incluem planejamento, 
 Simulação gerencial 140
controle, organização e tomada de decisões. Em complemento, Fernandes 
(2014), ao citar Drucker (1999) e Wilson (1993), acrescenta a função da orien-
tação de recursos e da delegação, respectivamente.
O desempenho dessas funções exige do profissional de gestão um conjunto 
de habilidades, que inclui o desenvolvimento simultâneo de competências 
técnicas e interpessoais, integrando conhecimentos teóricos e práticos. Assim, 
forma-se o perfil considerado ideal, para que o gestor esteja adequadamente 
habilitado para o desempenho de suas atividades. 
Segundo Mota, Melo e Paixão (2012), ao citarem Katz (1974), o conjunto 
das competências necessárias para a efetiva atuação do profissional de gestão 
deve ser composto por três tipos de competências: as técnicas, as humanas 
e as conceituais. 
O conjunto das competências necessárias para a efetiva atuação profissional do gestor 
é composto por três tipos de competências: as técnicas, as humanas e as conceituais.
As competências técnicas se referem ao entendimento e à proficiência 
voltados a um tipo de atividade específico, que envolve métodos, processos, 
procedimentos e técnicas. Assim, envolvem o conhecimento especializado, 
concedendo ao gestor maior capacidadeanalítica e facilidade no uso de fer-
ramentas e técnicas, dentro de sua especialidade. 
Essas competências costumam ser mais conhecidas que as demais, pelo 
fato de serem mais concretas, correspondendo aos requisitos normalmente 
mais exigidos pela maioria das profissões. Por meio delas, o gestor se torna 
apto para formar, direcionar e avaliar seus colaboradores no desempenho de 
suas tarefas específicas.
Já as competências humanas estão relacionadas à capacidade fundamental 
que o gestor deve ter para se relacionar e trabalhar com pessoas, seja de forma 
individual ou em grupo. Por meio dessas competências, o gestor consegue 
compreender seu papel dentro da organização, tanto em relação a seus su-
periores quanto a seus colegas e subordinados, sabendo como se comportar 
diante dessas diferentes posições. 
Por meio dessas competências, o gestor se comunica, lidera, motiva, en-
tusiasma e gera a confiança necessária aos seus subordinados, criando um 
141Fases do ciclo vivencial: analisando o perfil do gestor empresarial
ambiente de aproximação, afastando o medo pela censura ou o julgamento. 
Assim, expressão e colaboração são incentivadas, reduzindo e fomentando a 
integração e a participação de todos em diversas atividades. 
Tais competências envolvem sensibilidade para questões humanas, tanto 
no que diz respeito à tomada de decisão quanto ao comportamento dos indiví-
duos. Ao longo dos anos, as competências humanas vêm ganhando destaque, 
podendo ser atualmente consideradas como peça-chave para a melhoria do 
desempenho dos gestores e das organizações.
Por fim, as competências conceituais dizem respeito à aptidão que os 
gestores têm para pensar e conceitualizar situações abstratas e, por meio delas, 
desempenhar suas funções. Dessa forma, adquirem a capacidade de visualizar 
a organização como um todo, que ainda é integrante de um ambiente maior. 
Por meio dessas competências, os gestores se tornam capazes de antecipar 
alterações necessárias para a adaptação da organização ao seu meio e às 
mudanças que dela decorrerem. Isso demonstra que tais competências estão 
diretamente relacionadas ao processo de tomada de decisão, concedendo ao 
gestor uma maior chance de sucesso.
Na prática, as três competências são bastante interligadas, dificultando a 
percepção de onde uma termina e outra começa. Contudo, é importante que 
todas estejam presentes no perfil do gestor, para que este esteja efetivamente 
capacitado para suas funções. Assim, ele será capaz de realizar as tarefas 
específicas pelas quais é responsável, de trabalhar com pessoas, formando 
e liderando equipes eficientes, além de notar as interligações entre os vários 
fatores à sua volta, tomando decisões que se fizerem necessárias.
Esse contexto demonstra a importância do desenvolvimento harmônico 
de competências técnicas e de gestão que estabelecem um perfil completo, no 
qual, além do bom desempenho individual em tarefas especializadas, estão 
incluídas também as funções relacionadas à gestão. Nesse perfil, estão incluídas 
questões como liderança, visão estratégica, tomada de decisão e negociação, 
permitindo o alcance dos melhores resultados possíveis para a organização.
Leia mais sobre o perfil do gestor empresarial na obra Caracterização do perfil de 
competências do gesto (FERNANDES, 2014).
 Simulação gerencial 142
FAILDE, I. Manual do facilitador para dinâmicas de grupo. 3. ed. Campinas: Papirus; 2010.
FERNANDES, V. L. Q. S. Caracterização do perfil de competências do gestor. 2014. 113 f. 
Dissertação (Mestrado em Ciências Empresariais) – Instituto Politécnico de Setúbal, 
Setúbal, 2014. Disponível em: <https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/7682/1/
VascoFernandes.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
GRAMIGNA, M. R. M. Jogos de empresa. São Paulo: Makron Books, 1993.
GRAMIGNA, M. R. M. Jogos de empresa e técnicas vivenciais. São Paulo: Makron Books, 
1995.
MOTA, G. S.; MELO, D. R. A.; PAIXÃO, R. B. O jogo de empresas no processo de apren-
dizagem em administração: o discurso coletivo de alunos. Revista de Administração 
Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, art. 1, p. 342-359, maio/jun. 2012. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/rac/v16n3/v16n3a02.pdf>. Acesso em: 09 fev. 2017.
WILHELM, P. P. H. Uma nova perspectiva de aproveitamento e uso dos jogos de 
empresas. Revista de Negócios, Blumenau, v. 2, n. 3, p. 44, abr./jun. 1997.
145Fases do ciclo vivencial: analisando o perfil do gestor empresarial
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Um gestor possui diversas funções e papéis a exercer, para as quais é necessário que possua um 
conjunto de habilidades e competências formadoras de seu perfil. O desenvolvimento dessas 
competências pode ser conduzido pelas fases do ciclo vivencial, em que cada etapa trabalha 
diferentes aspectos relacionados às competências sinalizadas. Porém, o cenário organizacional 
permanece em constante evolução, exigindo novas competências que são incorporadas ao perfil 
do gestor, tornando-o ainda mais completo.
Acompanhe o vídeo a seguir, que traz algumas considerações sobre as fases do ciclo vivencial e 
sua relação com a formação do perfil do gestor empresarial, na busca pela melhor performance 
do gestor e das organizações.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
EXERCÍCIOS
1) As técnicas vivenciais correspondem a uma metodologia de aprendizagem em grupo, 
baseada no "aprender fazendo", sobre as quais é verdadeiro afirmar: 
A) Se caracterizam como uma metodologia alternativa e única de ensino, em que o 
participante assume um papel passivo, se colocando na posição de observador.
B) Promovem o exercício simulado de funções e papéis, por meio de atividades em grupo.
C) O foco das técnicas vivenciais consiste no desenvolvimento das competências intelectuais.
D) Os jogos e as vivências integram as técnicas vivenciais, sendo equivalentes em todos os 
aspectos.
E) A grande diferença entre jogos e vivências corresponde às regras: vivências permitem a 
apuração de vencedores e perdedores, e os jogos não.
2) Todo jogo implica uma vivência, mas nem toda vivência pode ser considerada um 
jogo. Sobre vivências e jogos, é possível considerar: 
A) Durante a realização de jogos e vivências, é escolhido um foco para ser trabalhado, como 
razão ou emoção.
B) As atividades em grupo permitem o desenvolvimento mais profundo de aspectos já 
manifestados em atividades individuais.
C) Jogos e vivências correspondem a técnicas cuja aplicação é destinada exclusivamente ao 
ambiente acadêmico.
D) Os jogos permitem o desenvolvimento das vivências.
E) Desenvolvidos em um ambiente competitivo, os jogos desafiam e motivam os 
participantes na busca dos melhores resultados individuais possíveis.
3) A aprendizagem vivencial trata o aprendizado como um processo, composto por 
diferentes fases que formam o ciclo da aprendizagem vivencial. Dentre elas está a fase 
do processamento, considerada uma das mais importantes, e que corresponde a(o): 
A) Jogo em si, representando a ação de fazer, realizar ou construir algo.
B) Estabelecimento de uma comparação entre vivência e cotidiano.
C) Momento destinado à expressão e ao compartilhamento dos sentimentos e emoções 
manifestados durante a vivência.
D) Tempo destinado à realização de atividades livres, que promovem a criatividade.
E) Fechamento do ciclo da aprendizagem vivencial, permitindo o aproveitamento do que foi 
vivenciado e discutido ao longo do processo.
4) Sobre o gestor e sua participação no cenário empresarial, é verdadeiro considerar: 
A) Um gestor possui diversos papéis e funções a exercer, que incluem planejamento, controle, 
organização e tomada de decisões.
B) O gestor deve realizar ele mesmo a totalidade de suas atividades, tendo em vista a grande 
responsabilidade a elas associada.
C) O perfil do gestor deve serformado por competências humanas e conceituais, podendo 
deixar as competências técnicas por conta de seus subordinados.
D) A participação do gestor no cenário organizacional está voltada exclusivamente para o 
ambiente interno da empresa, visto que é onde pode efetivamente agir.
E) O perfil do gestor precisa ser formado por competências técnicas e conceituais, que são 
capazes de prover a totalidade das aptidões necessárias para o desempenho das funções de 
gestão.
5) O perfil do gestor empresarial é formado por um conjunto de competências que 
permitem sua efetiva atuação profissional. Dentre elas estão as competências 
humanas, que correspondem a: 
A) Proficiência voltada a um tipo de atividade específico.
B) Aptidão dos gestores em pensar e conceitualizar situações abstratas e, por meio delas, 
desempenhar suas funções.
C) Competências mais comumente conhecidas, em função de serem mais concretas.
D) Capacidade de antecipar alterações necessárias para a adaptação da organização ao seu 
meio e às mudanças que dele decorrerem.
E) Capacidade fundamental que o gestor deve possuir, para que possa se relacionar e 
trabalhar com pessoas, seja de forma individual ou em grupo.
NA PRÁTICA
Veja este exemplo que aborda as competências técnicas e humanas através de uma situação 
cotidiana de uma empresa.
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SAIBA MAIS
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professor:
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