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AP_503_Compras_26062017_modulo 2

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Compras, 
Processamento de 
Pedidos e Controle 
de Estoques
MÓDULO 2
2
Sumário
Unidade 4 | Classificação ABC 3
1 Conceituação 4
2 Confecção da Curva ABC 9
3 Aplicações da Classificação ABC 9
Atividades 15
Referências 16
Unidade 5 | Lote Econômico de Compra (LEC) e de Produção (LEP) 17
1 Introdução, Conceituação e Representação Gráfica 18
2 O Lote Econômico de Compra 19
3 Lote Econômico de Fabricação (LEF) 21
4 Lote Econômico sob Desconto 23
5 Lote Econômico sob Restrição de Investimentos em Estoque 24
Atividades 25
Referências 26
Unidade 6 | Sistemas de Controle de Estoques 27
1 Introdução 28
2 Sistemas de Duas Gavetas 28
3 Sistema dos Máximos-Mínimos (Quantidades Fixas) 30
4 Sistema das Revisões Periódicas (Datas Fixas) 31
5 Sistema de Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP) 32
6 Sistema Just in Time 33
Atividades 35
Referências 36
Gabarito 37
3
UNIDADE 4 | CLASSIFICAÇÃO 
ABC
4
Unidade 4 | Classificação ABC
Existem diferentes maneiras de compreender e classificar estoques. Você conhece todas 
elas? A Unidade 4 tem como objetivo levá-lo ao domínio deste conteúdo. 
1 Conceituação
Trataremos aqui de uma das formas mais usuais de examinar o estoque, ou seja, a 
classificação ABC.
Para melhor compreender o significado da classificação ABC, vamos tomar um exemplo 
simples e usual. Numa agência bancária, normalmente há três grupos de correntistas: 
um pequeno grupo (A), ou número pequeno de correntistas, que detêm a maior parte 
do dinheiro, um grande grupo (C), ou um número grande de correntistas que juntos 
representam uma fração pouco expressiva, pois detêm pouco dinheiro no banco e um 
grupo intermediário (B), que não se enquadra nem em um nem no outro grupo citado 
acima, como mostra a figura.
Figura 1: Exemplo de classificação ABC
A
B
C
5
É claro que o banco não dispensa o mesmo tratamento aos três grupos de clientes. 
Dentre esses grupos, há um deles que merece um tratamento especial: o primeiro 
grupo, pois dele depende a sobrevivência da instituição financeira. O grupo B 
(intermediário) recebe um tratamento também intermediário e quanto aos 
componentes do grupo C, às vezes, chegam a ter suas contas encerradas.
No caso da administração de estoques, 
a classificação ABC de produtos é um 
importante instrumento, pois permite 
identificar os itens que justificam 
atenção e tratamento adequados à sua 
administração. Obtém-se a classificação 
ABC pela ordenação dos itens conforme 
a sua importância relativa. Verifica-se, 
portanto, que uma vez obtida a sequência 
dos itens, disso resulta imediatamente 
a aplicação preferencial das técnicas 
de gestão administrativas, conforme a 
importância dos itens.
Tem sido usada na administração de estoques para a definição de políticas de vendas, 
estabelecendo prioridades para a programação de compras e uma série de outros 
problemas usuais na empresa. Após os itens terem sido ordenados pela importância 
relativa, a classificação ABC pode ser definida da seguinte maneira:
Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor 
ou da quantidade, dá-se a denominação itens classe A, aos 
intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens 
classe C.
6
Figura 2: Ordenação dos itens pela importância relativa
Cada classe de itens vai merecer um tipo de tratamento:
• Classe A: esse grupo de itens deve ser tratado com atenção muito especial pela 
administração.
• Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.
• Classe C: refere-se ao grupo de itens menos importantes em relação aos demais 
produtos, os quais recebem menos atenção da administração.
Alguns fatores afetam a importância de um item. Para exemplificar os tipos de 
tratamento que os itens merecerão, temos:
- Tratamento diferenciado na armazenagem. Os itens do grupo A vão merecer 
maior atenção e cuidado na armazenagem. Aqueles itens que geram maior 
retorno devem estar mais disponíveis que os demais.
- Custos de falta de material para a produção de determinado item. Os materiais 
considerados como grupo A merecem tratamento administrativo preferencial, 
ou seja, a falta de um material classificado nesse grupo é muito mais impactante 
e tem repercussões mais relevantes na produção.
- Projetos de armazenagem devem considerar a disposição primordial para 
itens mais importantes. Sem desprezar os demais, é claro, um bom projeto de 
armazenagem deve levar em conta a melhor disposição para alocação dos itens 
do grupo A. O manuseio dos itens desse grupo não pode ser atrapalhado pela 
posição dos itens dos outros grupos.
Classe A:
itens mais
importantes Classe B:
itens de
importância
intermediaria
Classe C:
itens menos
importantes
7
Em Termos de Movimentação de Estoques: Não existe uma forma totalmente aceita 
para determinar o percentual de itens que pertencem à classe A, B ou C. Os itens A são 
os mais significativos, podendo representar algo entre 35 e 70% do valor movimentado 
dos estoques, os itens B variam de 10 a 45%, e os itens C representam o restante.
Em Termos do Número de Itens: A experiência mostra que poucos itens, de 10 a 20% 
do total, são da classe A, enquanto grande quantidade, em torno de 50%, são da classe 
C e 30% a 40% são da classe B.
 e
Em resumo, a análise ABC consiste na verificação dos itens de 
estoque, em certo espaço de tempo do consumo e em valor 
monetário ou quantidade, para que eles possam ser classificados 
em ordem decrescente de importância.
Um economista italiano chamado Pareto foi o primeiro a analisar o fenômeno da 
classificação ABC, de que, a grosso modo, 20% dos itens participam em 80% dos 
recursos. Então, a classificação ABC, na verdade, é baseada no conceito da “Lei de 
Pareto”, também conhecida por relação 80/20. A aplicação dessa relação ocorre em 
diversos casos de administração de materiais na indústria e na análise mercadológica 
de marketing. No caso específico da administração da linha de produtos no varejo, a 
relação 80/20 tem o seguinte enunciado: “80% dos resultados vêm de 20% dos 
produtos; analogamente, 20% dos resultados vêm de 80% dos produtos”, como mostra 
o gráfico.
Gráfico 12: 20% dos itens participam em 80% dos recursos
100Recursos
Itens
20
80
20 80 100
8
Seguindo esse raciocínio, os produtos classificados como “A” representam os 20% dos 
produtos que geram 80% dos resultados; os produtos classificados como “B” e “C” 
representam os 80% dos produtos que geram 20% dos resultados. O estudo constante 
dessa relação permite aos comerciantes gerenciar a relação entre os produtos, dando 
atenção especial àqueles que efetivamente trazem resultados ao negócio, para que 
continuem a trazê-los.
Os produtos classificados como “B” devem 
ser passíveis de estudo para que possam 
sair dessa posição de intermediários, 
utilizando ferramentas de marketing, 
para gerar melhores resultados para a 
organização. Os produtos classificados 
como “C” são passíveis de análise para 
a possibilidade de substituição, uma vez 
que, volumosos em quantidade, trazem 
poucos resultados à loja. Assim, podem 
ser colocadas novas mercadorias na linha 
de produtos em substituição aos produtos “C”, visando incrementar os resultados do 
negócio, melhorando a lucratividade, as vendas por m², etc.
O varejo tem um determinado espaço disponível na loja para oferecer produtos a seus 
clientes. O objetivo principal é ocupar esse espaço com mercadorias que atendam 
às necessidades dos clientes e que tragam o máximo de resultado para a empresa. 
Assim, a substituição constante de produtos classificados como “C” por outros com 
um maior potencial de resultados poderá dar à loja uma dinâmica positiva aos olhos 
do cliente, tenderá a melhorar a ocupação do espaço disponível para exposição de 
produtos e, principalmente, tenderá a incrementar os resultados globais do negócio. 
Por outro lado, como esses produtos trazem proporcionalmente pouco resultado para 
a organização,a substituição planejada dos itens da classe “C”, não afetará de forma 
negativa os resultados globais.
 e
A boa administração da relação entre os produtos, espelhada na 
classificação ABC, é uma das principais fontes de resultados 
para o varejo e uma das principais funções do gerenciamento de 
produtos.
9
2 Confecção da Curva ABC
Antes de estabelecer uma política de estoques, os produtos devem ser classificados 
conforme seus requisitos, usando a classificação ABC.
Na prática, não há uma regra rígida para a classificação ABC e seus percentuais, que 
podem variar de empresa para empresa.
O exemplo da curva do gráfico mostra que no grupo A encontram-se + ou – 20% dos 
itens que respondem por + ou – 65% do faturamento da empresa. Os do grupo B 
representam em torno de 30% dos itens, cujo faturamento estaria por volta dos 25%. 
Finalmente, o grupo C contém os 50% dos itens restantes, mas que respondem por 
apenas 10% do faturamento.
Gráfico 13: Percentual do valor de consumo anual
3 Aplicações da Classificação ABC
O primeiro exemplo refere-se à utilização do faturamento para a classificação ABC.
1) Uma certa empresa industrial, com fábrica em São Paulo, envia seus produtos 
para 20 municípios paulistas. O faturamento mensal da indústria é visto na tabela.
A
B
CPercentual do
Valor de
consumo
Anual
% Número de Itens
10
Tabela 3: Faturamento médio mensal, segundo municípios (R$ 10³)
Determinar quais são os municípios que formam as classes A, B e C.
Resolução:
1. Ordenam-se os municípios por ordem de faturamento.
2. Calcula-se o faturamento total dos municípios.
3. Calcula-se a participação relativa do faturamento do município no total do 
faturamento. Por exemplo, a participação de Campinas no total é de:
4. Somam-se as porcentagens relativas para obter a porcentagem acumulada.
5. Calculam-se as frequências acumuladas do número de ordem. Para Campinas é:
1/20 x 100 = 5%
Para Sumaré, temos: 
11/20 x 100 = 55%
Região de Campinas 177,04 Região de Araraquara 53,60
Campinas 79,04 Araraquara 25,23
Limeira 39,99 São Carlos 23,23
Americana 24,52 Matão 2,73
Rio Claro 13,11 Descalvado 2,41
Sumaré 12,14 Região S. J. Rio Preto 55,32
Valinhos 5,83 S. J. Rio Preto 42,44
Cosmópolis 2,41 Votuporanga 6,22
Região de Ribeirão Preto 85,56 Jales 4,59
Ribeirão Preto 57,89 Tanabi 2,07
Franca 27,67 Região de Barretos 8,69
Região de Bauru 42,23 Barretos 8,69
Bauru 42,23 Região de Catanduva 8,67
11
Agora, para se determinar os pontos de corte A e B e entre B e C não existe uma regra 
absoluta. Cada profissional utiliza uma regra prática própria que se apoia no bom senso 
e na experiência. Uma regra prática para escolher o ponto de transição entre as classes 
A e B é observar as porcentagens acumuladas do faturamento na sequência, parando 
quando houver mudança clara no grau de participação. Por exemplo, observou-
se na tabela que a partir do item 6, as porcentagens são menores que 9%. Então, 
podemos considerar como classe A os municípios de 1 a 5. Assim, cerca de 60,68% 
do faturamento total da indústria é representado por 5 municípios, ou seja, 25% do 
número de municípios.
Do item 10 em diante, as porcentagens mudam, caindo abaixo de 5%. Podemos 
considerar então esse ponto como transição entre as classes B e C. Ou seja, os 
municípios de 6 a 9 serão considerados classe B e, daí para diante, classe C. Essa última, 
no exemplo tem 11 municípios, ou seja 55% do total de municípios, mas equivale a 
apenas 100,0 – 84,02 = 15,98% do faturamento total. Observamos então que a empresa 
pode se concentrar em 45% dos municípios, se der atenção especial às classes A e B. 
Mas, com isso, cobrirá apenas 84% do faturamento da empresa.
Tabela 4: Ordenação dos municípios, segundo a ordem decrescente de faturamento (Exemplo de 
classificação ABC)
Nº 
ordem
Município
Frequência 
acumulada 
%
Faturamento 
Mensal (R$ 
1.000,00)
% 
Faturamento
% 
Acumulada
1 Campinas 5 R$ 79,04 18,33 18,33
2
Ribeirão 
Preto
10 R$ 57,89 13,43 31,76
3 S. J. Rio Preto 15 R$ 42,44 9,84 41,61
4 Bauru 20 R$ 42,23 9,80 51,40
5 Limeira 25 R$ 39,99 9,28 60,68
6 Franca 30 R$ 27,67 6,42 67,10
7 Araraquara 35 R$ 25,23 5,85 72,95
8 Americana 40 R$ 24,52 5,69 78,64
9 São Carlos 45 R$ 23,23 5,39 84,02
10 Rio Claro 50 R$ 13,11 3,04 87,07
11 Sumaré 55 R$ 12,14 2,82 89,88
12 Barretos 60 R$ 8,69 2,02 91,90
13 Catanduva 65 R$ 8,67 2,01 93,91
12
Outro exemplo:
2) Calculando o valor monetário consumido por cada item, tem-se:
Tabela 5: Calculando o valor monetário consumido por item
14 Votuporanga 70 R$ 6,22 1,44 95,35
15 Valinhos 75 R$ 5,83 5,83 96,70
16 Jales 80 R$ 4,59 1,06 97,77
17 Matão 85 R$ 2,73 0,63 98,40
18 Cosmópolis 90 R$ 2,41 0,56 98,96
19 Descalvado 95 R$ 2,41 0,56 99,52
20 Tanabi 100 R$ 2,07 0,48 100,00
TOTAL R$ 431,11 100,00
Item
Consumo 
(unidades/
ano) (A)
Custo (R$/
unidade) 
(B)
(A) x (B)
Custo Total (R$/
unidade)
1 450 R$ 2,35 450 x R$ 2,35 R$ 1.057,50
2 23.590 R$ 0,45 23.590 x R$ 0,45 R$ 10.615,50
3 12.025 R$ 2,05 12.025 x R$ 2,05 R$ 24.651,25
4 670 R$ 3,60 670 x R$ 3,60 R$ 2.412,00
5 25 R$ 150,00 25 x R$ 150,00 R$ 3.750,00
6 6.540 R$ 0,80 6.540 x R$ 0,80 R$ 5.232,00
7 2.460 R$ 12,00 2.460 x R$ 12,00 R$ 29.520,00
8 3.480 R$ 2,60 3.480 x R$ 2,60 R$ 9.048,00
9 1.250 R$ 0,08 1.250 x R$ 0,08 R$ 100,00
10 4.020 R$ 0,50 4.020 x R$ 0,50 R$ 2.010,00
11 1.890 R$ 2,75 1.890 x R$ 2,75 R$ 5.197,50
12 680 R$ 3,90 680 x R$ 3,90 R$ 2.652,00
13 345 R$ 6,80 345 x R$ 6,80 R$ 2.346,00
14 9.870 R$ 0,75 9.870 x R$ 0,75 R$ 7.402,50
15 5.680 R$ 0,35 5.680 x R$ 0,35 R$ 1.988,00
TOTAL 72.950 R$ 107.982,25
13
Organizando os itens por ordem decrescente do valor consumido durante o período e 
calculando os percentuais de cada um dos itens em relação ao total, obtém-se:
Tabela 6: Calculando os percentuais dos itens em relação ao total
*A última coluna refere-se à participação de cada item no total de número de itens.
Analisando a tabela, vemos que os três primeiros itens representam 60% dos gastos 
totais e estes três itens juntos correspondem a 20% do número de itens em análise 
(6,66% x 3 = 19,98). Conclui-se, então, que 20% dos itens são responsáveis por 60% 
dos gastos.
Se julgarmos que, na tabela, a proporção para a classificação ABC é de 20/25/55, 
isso significa dizer que os itens que serão classificados em A são aqueles que juntos 
representam 20% dos itens (os primeiros na ordem decrescente), os classificados em 
B são os que juntos representam 25% dos itens (o grupo que vem logo após o primeiro 
na ordem decrescente) e os classificados em C os que juntos representam 55% dos 
itens (o último grupo na ordem decrescente).
Item
Consumo 
(unidades/
ano)
Custo (R$/
unidade)
Percentual
Percentual 
acumulado
Frequência*
7 2.460 R$ 29.520,00 27,34 27,34 6,66
3 12.025 R$ 24.651,25 22,83 50,17 6,66
2 23.590 R$ 10.615,50 9,83 60,00 6,66
8 3.480 R$ 9.048,00 8,38 68,38 6,66
14 9.870 R$ 7.402,50 6,86 75,23 6,66
6 6.540 R$ 5.232,00 4,85 80,08 6,66
11 1.890 R$ 5.197,50 4,81 84,89 6,66
5 25 R$ 3.750,00 3,47 88,36 6,66
12 680 R$ 2.652,00 2,36 90,82 6,66
4 670 R$ 2.412,00 2,23 93,05 6,66
13 345 R$ 2.346,00 2,17 95,23 6,66
10 4.020 R$ 2.010,00 1,86 97,09 6,66
15 5.680 R$ 1.988,00 1,84 98,93 6,66
1 450 R$ 1.057,50 0,98 99,91 6,66
9 1.250 R$ 100,00 0,09 100,00 6,66
TOTAL 72.950 R$ 107.982,25 100,00 100,00
14
Tabela 7: Proporção para a classificação ABC
No nosso exemplo, podemos concluir que 20% (19,98%) dos itens são da classe 
A e representam 60% dos gastos, 26,64% dos itens são da classe B e representam 
aproximadamente 25% dos gastos (84,89% – 60,00% = 24,89%) e 53,28% dos itens são 
da classe C e resultam em cerca de 15% dos gastos (R$ 100 – 84,89 = 15,11). Observe-
se que as contas entre parênteses representam a diferença do percentual acumulado 
e o percentual da classe.
Item
Custo (R$/
unidade)
Percentual
Percentual 
acumulado
Frequência
Frequência 
acumulado
Classes
7 R$ 29.520,00 27,34 27,34 6,66
A3 R$ 24.651,2522,83 50,17 6,66
2 R$ 10.615,50 9,83 60,00 6,66 19,98
8 R$ 9.048,00 8,38 68,38 6,66
B
14 R$ 7.402,50 6,86 75,23 6,66
6 R$ 5.232,00 4,85 80,08 6,66
11 R$ 5.197,50 4,81 84,89 6,66 26,64
5 R$ 3.750,00 3,47 88,36 6,66
C
12 R$ 2.652,00 2,36 90,82 6,66
4 R$ 2.412,00 2,23 93,05 6,66
13 R$ 2.346,00 2,17 95,23 6,66
10 R$ 2.010,00 1,86 97,09 6,66
15 R$ 1.988,00 1,84 98,93 6,66
1 R$ 1.057,50 0,98 99,91 6,66
9 R$ 100,00 0,09 100,00 6,66 53,28
TOTAL R$ 107.982,25 100,00 100,00
15
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A classe A é o grupo de itens 
que deve ser tratado com atenção muito especial pela 
administração. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A classe B refere-se ao grupo 
de itens menos importantes em relação aos demais produtos, 
os quais recebem menos atenção da administração. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
16
Referências
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999.
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
_______. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição 
física. São Paulo: Atlas, 1993.
CAMARGO, A. S. A.; AMARANTE, F. G. C. Gestão de estoques. Florianópolis, 1999.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
1995.
GASNIER, D. Gestão de materiais: a finalidade dos estoques. Disponível em: <http://
www.amazu.com.br/PROF%20ALAN/LOGI%8DSTICA/Aula_4_A%20finalidade_dos_
estoques.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2017.
MARTINS, P.G. et al. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2000.
17
UNIDADE 5 | LOTE ECONÔMICO 
DE COMPRA (LEC) E DE 
PRODUÇÃO (LEP)
18
Unidade 5 | Lote Econômico de Compra (LEC) e de 
Produção (LEP)
De que forma a organização do estoque pode interferir nas relações com os clientes? 
Você já pensou sobre esse assunto? 
1 Introdução, Conceituação e Representação Gráfica
A decisão de estocar é básica em qualquer momento. Ao tomar a decisão tem que se 
considerar:
1) É econômico estocar o item?
2) É interessante estocar um item indicado como antieconômico somente para 
satisfazer um cliente (por questões de melhora no relacionamento)?
Resposta à Questão 1: não é econômico estocar um item se isso excede o custo de 
comprá-lo ou produzi-lo, de acordo com as necessidades.
Resposta à Questão 2: é uma decisão difícil, pois, para prestar melhor serviço ao 
cliente, talvez seja preciso fazer estoques antieconômicos.
Problema: 
O tempo necessário para comprar e/ou fabricar pode ser maior do que ele deseja 
esperar. A decisão é então tomada item por item, sobre o custo de fabricação na base 
de pedido por pedido.
Então: 
Quanto deve ser comprado de cada vez? Temos que verificar os custos para então 
responder a esta questão. Como vimos, há tipos de custo que afetam a decisão: há 
custos que aumentam se a quantidade do material pedido aumenta, são os custos de 
armazenagem, ou os custos de se manter em estoque. E, por outro lado, há aqueles 
19
custos que diminuem à medida que a quantidade do material pedido aumenta, são os 
custos por pedido. Estes custos diminuem em função da distribuição dos custos fixos 
por quantidades maiores.
O custo total é então o somatório dos custos de armazenagem com os custos de 
pedido. O ponto no gráfico identificado como Lote Econômico de Compra - LEC seria o 
ponto ideal da aquisição, ou da compra do lote, aquele ponto de encontro dos custos 
e onde a curva de custo total tem seu valor mais baixo.
Gráfico 14: Lote Econômico de Compra - LEC
2 O Lote Econômico de Compra
O Lote Econômico de Compra – LEC deve ser a quantidade que justamente balanceia 
os custos de armazenagem e de pedido. Para ilustrar o conceito, suponhamos que a 
empresa Made Ltda vende um produto cuja demanda anual é de 40.000 unidades. O 
custo de emissão de um pedido de compra, também chamado de custo de obtenção, é 
de R$ 30,00 por pedido. Os custos anuais de manutenção dos estoques são de R$ 0,30 
por unidade. Calcular o custo total (CT) decorrente de manter os estoques para lotes 
(Q) de 2.500, 2.600, 2.700, 2.800, 2.900, 3.000, 3.100 e 3.200 unidades.
$
QuantidadeLEC
Custo de pedido
Custo de
armazenagem
Custo Total
20
Solução:
C = 40.000
Ca = custos de armazenagem = R$ 0,30 x Q/2
Cp = custos de pedido = R$ 30,00 x D/Q = 30 x 40.000/Q
Esta tabela mostra os custos de armazenagem, de pedido e o custo total para cada um 
dos lotes solicitados no exemplo:
Tabela 8: Custos de armazenagem, de pedido e custo total para cada lote
O lote econômico consiste em encontrar qual desses lotes, ou algum intermediário, 
é o mais adequado. Precisamos determinar o Q mínimo, ou o lote mínimo. Para isso, 
podemos substituir vários valores de Q até achar o CT mínimo. No exemplo acima, 
LOTE (Q)
Custo de Aquisição 
(CA)
Custo do Pedido 
(CP)
Custo Total 
(CT)
2.500 0,3 x 2.500/2 = 375
30 x 40.000/2.500 = 
480,00
375 + 480,00 = 
855,00
2.600 0,3 x 2.600/2 = 390
30 x 40.000/2.600 = 
461,54
390 + 461,54 = 
851,54
2.700 0,3 x 2.700/2 = 405
30 x 40.000/2.700 = 
444,44
405 + 444,44 = 
849,44
2.800 0,3 x 2.800/2 = 420
30 x 40.000/2.800 = 
428,57
420 + 428,57 = 
848,57
2.900 0,3 x 2.900/2 = 435
30 x 40.000/2.900 = 
413,79
435 + 413,79 = 
850,00
3.000 0,3 x 3.000/2 = 450
30 x 40.000/3.000 = 
400,00
450 + 400,00 = 
850,00
3.100 0,3 x 3.100/2 = 465
30 x 40.000/3.100 = 
387,10
465 + 387,10 = 
852,10
3.200 0,3 x 3.200/2 = 480
30 x 40.000/3.200 = 
375,00
480 + 375,00 = 
855,00
21
nota-se que o lote mais econômico é 2.800. Isto é, se a empresa adquirir lotes de 2.800 
unidades terá o custo mais baixo somando-se o custo de armazenagem (manutenção 
de estoques) com o custo do pedido.
3 Lote Econômico de Fabricação (LEF)
O LEF é semelhante ao LEC. A diferença é que no LEC todo o lote é entregue de uma só 
vez e nada é consumido enquanto o lote está sendo entregue.
Aplica-se o LEF no caso de uma empresa que fabrica internamente seus itens ou peças 
ou componentes que serão usados em outra parte do processo produtivo.
Quadro 3: diferença entre LEC e LEF
Como vimos no item anterior, quando a empresa compra o componente de outra, 
ela procura um lote (Q) adequado de compra, considerando as despesas com a 
armazenagem para este lote, na sua empresa, e os custos (= custos de pedido, custos 
de obtenção) para a própria compra do lote.
Quando é a própria empresa que fabrica os seus componentes, os lotes relativos a 
estes podem até ser menor, pois poderão ser consumidos à medida que vão sendo 
fabricados. Mas não podem ser tão pequenos a ponto de inviabilizarem a produção dos 
mesmos, em função da subutilização dos equipamentos.
No caso do LEF podemos considerar 3 casos:
LEC LEF
• Empresa A: fabrica bolsas
• Empresa B: fabrica o zíper para a Bolsa
• A empresa A compra da Empresa B 
o zíper para utilizar na fabricação da 
bolsa
• Empresa A: fabrica bolsas
• Empresa A: fabrica o zíper para a Bolsa
• A empresa A, ao invés de comprar, ela 
mesma fabrica o zíper.
22
1º. A velocidade (V) com que a peça é fabricada (também chamada de cadência de 
fabricação ou taxa de produção) é maior do que o Consumo (C), ou a demanda, 
do setor produtivo do produto final, ou seja, V > C. Nesse caso, significa dizer que 
há um acúmulo de peças fabricadas e justifica-se o lote de fabricação.
 
Exemplo: 
 
Uma peça é estampada numa prensa a uma velocidade de 500 unidades/
hora. Essa mesma peça é utilizada na montagem do produto final em um 
outro processo produtivo onde a sua demanda é de 10 unidades/hora. Qual 
deve ser a programação da prensa e o lote de fabricação?
Se 1 hora de prensa atende 50 horas de demanda do outro processo produtivo, temos 
que:
500/10 = 50
Decisão da empresa: a prensa pode ser operada sem parar e produzir um lote grande. 
A partir disso, ela para e fabrica outra estampa.
Exemplo: 
 
5 horasX 500 = 2.500 peças. Com isso, o outro processo produtivo terá 
matéria prima por 250 horas sem parar.
2º. V = C, significa dizer que a 
velocidade com que a peça é 
fabricada é igual ao consumo da 
mesma no outro setor produtivo. 
Nesse caso, não há acúmulo de 
peças produzidas e não há sentido 
em se falar de lote de fabricação.
23
No mesmo exemplo seria: velocidade de fabricação = 500 unidades/hora e consumo da 
peça fabricada = 500 unidades/hora. Nesse caso, a prensa se tornaria um equipamento 
dedicado e produziria uma única peça para atender o outro setor produtivo.
3º. V < C, nessa situação, a velocidade com que a peça é fabricada é menor que 
a velocidade com que é consumida, portanto, não há formação de lote de 
fabricação. Ao contrário: a empresa deve comprar de terceiros a peça que será 
utilizada na montagem do produto final. V sendo menor que C, a empresa deve 
comprar de terceiros a diferença entre C – V.
4 Lote Econômico sob Desconto
Há situações em que se podem obter 
descontos no preço de pedido de 
determinado produto. Pode ocorrer 
também que o fornecedor ofereça 
descontos no preço unitário, de acordo 
com um aumento da quantidade 
comprada. A empresa deve então 
determinar o que é mais econômico: 
adquirir quantidades de produtos 
maiores que o lote de compra, obtendo 
assim uma redução no preço, ou comprar 
a quantidade determinada pelo lote 
independente de qualquer nível de 
desconto.
24
5 Lote Econômico sob Restrição de Investimentos em 
Estoque
Os modelos de lote econômico vistos 
até o momento baseavam-se em uma 
disponibilidade ilimitada de recursos 
financeiros, ou seja, para qualquer 
quantidade, independentemente do 
valor total, a compra seria efetuada. 
Porém, há situação em que existe 
limitação financeira, logo o lote 
econômico deve ser colocado de maneira 
adequada a essa situação.
25
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O custo total é então o 
somatório dos custos de armazenagem com os custos de 
pedido. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. O Lote Econômico de Fabricação 
– LEF deve ser a quantidade que justamente balanceia os 
custos de armazenagem e de pedido. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
26
Referências
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999.
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
_______. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição 
física. São Paulo: Atlas, 1993.
CAMARGO, A. S. A.; AMARANTE, F. G. C. Gestão de estoques. Florianópolis, 1999.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
1995.
GASNIER, D. Gestão de materiais: a finalidade dos estoques. Disponível em: <http://
www.amazu.com.br/PROF%20ALAN/LOGI%8DSTICA/Aula_4_A%20finalidade_dos_
estoques.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2017.
MARTINS, P.G. et al. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2000.
27
UNIDADE 6 | SISTEMAS DE 
CONTROLE DE ESTOQUES
28
Unidade 6 | Sistemas de Controle de Estoques
Além de serem identificados, classificados e mantidos, os estoques também precisam ser 
controlados. Nesta Unidade 6, veremos algumas rotinas e procedimentos adequados a 
isso.
1 Introdução
É importante que haja algum método 
para determinar quando a quantidade de 
um item atingiu o ponto de pedido, sem 
afetar o processo produtivo da empresa 
e sem aumentar os custos. A definição 
do quanto e quando fica clara ao aplicar 
o método do Lote Econômico de Compra, 
porém, nos tempos atuais, o quanto 
não é tão importante assim. A maioria 
das grandes empresas tem enfatizado 
o “quando” repor o estoque. Existem 
sistemas de controle de estoques que apresentam, com certo grau de precisão, os 
volumes a serem adquiridos para determinado tempo de produção. Vejamos alguns 
deles.
2 Sistemas de Duas Gavetas
Dentre os sistemas de controle de estoques, destaca-se o sistema de duas gavetas. É 
um método simples e bastante recomendável, principalmente em setores como o de 
revenda de autopeças e no comércio varejista de pequeno porte. Imagine duas caixas: 
A e B, conforme a figura.
 
29
Figura 3: Sistemas de duas gavetas
O estoque é armazenado nessas duas caixas (ou gavetas). A caixa A tem uma quantidade 
de material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de reposição, mais o 
estoque de segurança. A caixa B tem um estoque equivalente ao consumo previsto no 
período. Os pedidos de material que chegam são atendidos pelo estoque da caixa B. 
Quando a caixa esvazia, conforme mostra a figura, isso indica que deverá ser 
providenciado outro pedido de compra. Para não faltar, passa-se a atender os pedidos 
pelo estoque da caixa A.
Figura 4: Sistemas de duas gavetas caixa B vazia
Nesse intervalo de tempo, deverá ser recebido o material comprado quando a caixa B 
foi a “zero” (esvaziou). Deve-se então completar o nível de estoque da caixa A e 
complementar a caixa B. Volta-se então a consumir o estoque da caixa B.
Figura 5: Sistemas de duas gavetas com estoque da caixa B parcialmente reposto
A vantagem do método de duas gavetas é a redução do processo burocrático de 
reposição do material.
Caixa A Caixa B
Caixa A Caixa B (vazia)
Caixa A
(estoque reposto)
Caixa B
(estoque parcialmente reposto)
30
3 Sistema dos Máximos-Mínimos (Quantidades Fixas)
Nesse sistema, a reposição de um determinado item é feita quando seu estoque atinge 
um nível pré-determinado. A quantidade a ser pedida é fixa, pois aqui é considerada a 
mais econômica. Porém, os períodos de reposição são variáveis, isto é, em função do 
consumo do item na empresa a reposição pode ocorrer depois de três meses, por 
exemplo, e no período seguinte, o mesmo consumo ocorre em quatro ou cinco meses, 
e assim por diante.
Gráfico 15: Sistema dos máximos-mínimos (quantidades fixas)
Nesse gráfico, podemos identificar todos os níveis de estoque e concluir que o Ponto 
de Pedido – PP e o lote de compra Q são fixos e constantes. Mas as reposições são 
realizadas em períodos variáveis, sempre acontecendo quando o nível de estoque 
alcança o ponto de pedido. O cálculo do ponto de pedido é em função do consumo 
médio e do tempo de reposição do item pelo fornecedor, assim:
PP = consumo médio x tempo de reposição + E. Mn
A vantagem desse método é uma razoável automatização do processo de reposição.
J F M A AJ
PP
JM
Quantidade
Estoque máximo
Estoque mínimo
Tempo
31
4 Sistema das Revisões Periódicas (Datas Fixas)
Para determinados itens de estoque é mais recomendada a utilização do sistema de 
revisão periódica ou intervalo padrão, ou ainda, datas fixas. Nesse sistema, depois de 
decorrido um intervalo de tempo pré-estabelecido, por exemplo, três meses, um novo 
pedido de compra para um certo item de estoque é emitido, como pode ser observado 
no gráfico.
Gráfico 16: Sistema das revisões periódicas (datas fixas)
Para determinar o quanto deve ser comprado no dia da emissão do pedido, verifica-
se a quantidade disponível em estoque, comprando-se o que falta para atingir um 
estoque máximo, também previamente determinado. Considera-se aqui também um 
estoque mínimo ou de segurança, que deve ser dimensionado de forma que previna 
o consumo acima do normal e os atrasos de entrega durante o período de revisão e 
tempo de reposição. 
Nesse sistema, o período de revisão é fixo, mas permite que a quantidade do pedido 
varie. Assim, a quantidade disponível em estoque mais a quantidade pedida deve ser 
suficiente para durar até que a próxima remessa seja recebida. Temos, então:
Q (quantidade a ser pedida) = estoque máximo – estoque atual
A dificuldade desse método é a determinação do período entre as revisões. Para isso, 
sugere-se analisar alguns aspectos, como:
• Pequeno período de tempo entre as revisões acarreta estoque médio alto e,como consequência, aumenta os custos de estocagem.
• Grande período de tempo entre as revisões acarreta baixo estoque médio, mas, 
em consequência, gera aumento no custo de pedido e risco de ruptura.
J F M A AJJM
Quantidade
Estoque máximo
Estoque mínimo
Tempo
RevisãoRevisãoRevisão
32
Gráfico 17: Exemplo de gráfico com cálculos de custos
Para minimizar esses riscos, devem ser calculadas revisões para cada material ou 
grupo de material estocado, de acordo com os objetivos operacionais e financeiros da 
empresa.
5 Sistema de Planejamento das Necessidades de Materiais 
(MRP)
Um dos sistemas de planejamento e 
controle de materiais mais divulgados é 
o Materials Requirement Planning (MRP) 
ou Planejamento das Necessidades de 
Materiais. O MRP é uma técnica que 
determina as necessidades de compras 
de material que serão utilizados na 
fabricação de um determinado produto. 
Esse sistema apresenta, com bastante 
precisão, os volumes a serem comprados 
de material para determinado período. O 
controle da atividade de compras e de produção utiliza o MRP para decidir pela compra 
ou fabricação de itens específicos.
28
26
24
22
20
18
18,2
20,8
17,1
17,0
17,0 17,9
19,2
20,9
23,0
23,4 23,4
22,9
22,7
26,8
28,0
24,7 24,6 24,6
24,3
23,7
23,8 23,7
22,7
22,6
23,123,1
23,3
24,3
23,7
16
Em
 R
ea
is
 p
o
r 
to
ne
la
d
a
Média
00/01
Média
03/04
Média
01/02
Mai Jul Set Nov Jan Mar Jun Ago Out Dez Fev Abr
33
Como funciona?
A partir da lista de materiais e em função de uma demanda pelo material dentro 
da empresa, o MRP (sistema computacional) calcula as quantidades necessárias na 
produção e verifica se há estoques disponíveis para o atendimento. Caso não haja 
material em estoque na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra 
(para os itens que são comprados) ou uma ordem de fabricação (para aqueles itens que 
são fabricados internamente).
6 Sistema Just in Time
A ideia do Just in Time (JIT) surgiu no Japão nos anos 1970 e foi aplicada inicialmente 
pela Toyota Motor Company. Seu princípio consiste em disponibilizar produtos para a 
linha de produção, depósitos ou clientes apenas quando forem necessários, para que o 
custo de estoque seja menor. Em outras palavras, no JIT a execução de todas as etapas 
da produção, do projeto à entrega do produto, é baseada no princípio de se manter um 
estoque mínimo (apenas o necessário), a melhor qualidade (índice zero ou próximo 
disso em defeitos) e o custo mínimo.
Podemos dizer então que a filosofia do Just in Time se baseia na 
eliminação do desperdiço e na melhoria contínua da 
produtividade.
A aplicação dessa técnica permite reduzir estoques em todos os níveis, aumentar a 
capacidade disponível em grandes investimentos adicionais, diminuir os tempos de 
fabricação, melhorar a produtividade e a qualidade dos produtos fabricados, etc.
Podemos citar como exemplo de aplicação da técnica Just in Time no Brasil o caso de 
uma fábrica da Volkswagen situada na cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro. 
No mesmo terreno situam-se as instalações dos fornecedores de peças. Após recebido 
o pedido, a VW de imediato solicita aos fornecedores as peças necessárias, o que é 
prontamente atendido. Nesse caso, todos os processos são realizados em tempo bem 
menor que em outros métodos de produção. Também há uma economia no tempo e no 
custo do transporte entre o fornecedor e a empresa solicitante.
34
Entre outros, podemos citar como objetivos do Just in Time:
• Flexibilizar a empresa
• Produzir somente os produtos necessários
• Produzir com qualidade requerida
• Melhor atendimento ao cliente
• Menor perda
• Maior investimento
• Reduzir estoques em processo, produtos acabados e eventualmente matérias 
primas
• Reduzir custos de fabricação
• Gerar espaços de fábrica
• Reduzir o custo e o tempo de transporte dos produtos entre o fornecedor e a 
empresa solicitante
35
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Existem sistemas de controle 
de estoques que apresentam, com certo grau de precisão, os 
volumes a serem adquiridos para determinado tempo de 
produção. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Os Sistemas de Duas Gavetas é 
um método simples e bastante recomendável exclusivamente 
para o comércio varejista de pequeno porte. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
Atividades
36
Referências
ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999.
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização 
e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
_______. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição 
física. São Paulo: Atlas, 1993.
CAMARGO, A. S. A.; AMARANTE, F. G. C. Gestão de estoques. Florianópolis, 1999.
DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. São Paulo: Atlas, 
1995.
GASNIER, D. Gestão de materiais: a finalidade dos estoques. Disponível em: <http://
www.amazu.com.br/PROF%20ALAN/LOGI%8DSTICA/Aula_4_A%20finalidade_dos_
estoques.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2017.
MARTINS, P.G. et al. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: 
Saraiva, 2000.
37
Gabarito
Questao 1 Questão 2
Unidade 4 V F
Unidade 5 V F
Unidade 6 V F
	Unidade 4 | Classificação ABC
	1 Conceituação
	2 Confecção da Curva ABC
	3 Aplicações da Classificação ABC
	Atividades
	Referências
	Unidade 5 | Lote Econômico de Compra (LEC) e de Produção (LEP)
	1 Introdução, Conceituação e Representação Gráfica
	2 O Lote Econômico de Compra
	3 Lote Econômico de Fabricação (LEF)
	4 Lote Econômico sob Desconto
	5 Lote Econômico sob Restrição de Investimentos em Estoque
	Atividades
	Referências
	Unidade 6 | Sistemas de Controle de Estoques
	1 Introdução
	2 Sistemas de Duas Gavetas
	3 Sistema dos Máximos-Mínimos (Quantidades Fixas)
	4 Sistema das Revisões Periódicas (Datas Fixas)
	5 Sistema de Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP)
	6 Sistema Just in Time
	Atividades
	Referências
	Gabarito

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