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Introdução à técnica cirúrgica (Assepsia, antissepsia, técnicas de escovação, como vestir capote e tipos de antissépticos)

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INTRODUÇÃO À
TÉCNICA
CIRÚRGICA
ALUNO: MARCELO RODRIGUES DE SOUZA
CURSO: MEDICINA - 4ºPERIODO
PROFESSOR: FRANCISCO BARROS
Definições
ASSEPSIA x ANTISSEPSIA
 A assepsia é conjunto de medidas para impedir a
penetração de micro-organismos em um ambiente que
não tem. Logo, um ambiente antisséptico é aquele que
está livre de infecção.
 A antissepsia conjunto de medidas que visa o controle
da infecção a partir do uso de substâncias biocidas, a
fim de inibir o crescimento ou remoção de micro-
organismos. Portanto, constitui de um método
profilático.
(Moriya e Módena, 2008; UNESP, 2009)
 Segundo a ANVISA (2009), As mãos são consideradas as principais vias de disseminação de infecções relacionadas à
assistência à saúde. Nesse sentido, a eficaz higienização das mãos é uma medida muito importante para evitar essas
infecções, embora a adesão dos profissionais de saúde às práticas recomendadas ainda seja considerada baixa. A higienização
das mãos tem como finalidade a remoção da sujidade, suor, oleosidade, pelos, células descamativas e da microbiota da pele,
interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato. Além disso, essa medida individual, inclui a higienização
simples, higienização antisséptica, fricção antisséptica e antissepsia cirúrgica das mãos. Essas formas dependem do objetivo
a qual se destinam.
Por que higienizar as mãos?
Quais são os produtos utilizados na
higienização das mãos? 
 Segundo a ANVISA (2009), os produtos utilizados para higienização das mãos são os sabonetes comuns e os antissépticos. Os
sabonetes comuns não contém agentes microbianos, podendo ser apresentado em barra ou em preparações e eles favorecem
a remoção de sujeira, de substâncias orgânicas e da microbiota transitória das mãos pela ação mecânica. Já os antissépticos
possuem ações antimicrobiana imediata e efeito residual ou persistente, além de não serem tóxicos, alergênicos ou irritantes
para a pele. Como exemplo de antissépticos, temos o álcool, a clorexidina, os iodóforos e o triclosan.
Quais são os produtos utilizados na
higienização das mãos? 
 Segundo a ANVISA (2009), os produtos utilizados para higienização das mãos são os sabonetes comuns e os antissépticos. Os
sabonetes comuns não contém agentes microbianos, podendo ser apresentado em barra ou em preparações e eles favorecem
a remoção de sujeira, de substâncias orgânicas e da microbiota transitória das mãos pela ação mecânica. Já os antissépticos
possuem ações antimicrobiana imediata e efeito residual ou persistente, além de não serem tóxicos, alergênicos ou irritantes
para a pele. Como exemplo de antissépticos, temos o álcool, a clorexidina, os iodóforos e o triclosan.
Agentes
antissépticos
Álcool
 De acordo com Marques (2001), o álcool age por desnaturação das proteínas e tem
boa ação bactericida e micro bactericida. Nesse sentido, é um dos mais seguros e
efetivos antissépticos, reduzindo rapidamente a contagem microbiana da pele. Pode
ser utilizado na forma de álcool isopropílico ou etílico, contudo, o isopropílico é
discretamente mais tóxico e menos eficaz como microbicida do que o etílico. Além
disso, a concentrações entre 60 e 90% são adequadas, entretanto, 70% têm sido a
concentração indicada devido menor ressecamento da pele. 
Agentes
antissépticos
Clorexidina
 De acordo com Marques (2001), a clorexidina age por destruição da membrana
celular e precipitação dos componentes internos da célula microbiana, por apresentar
alta afinidade com a pele, demonstra sua ação após segundos da lavagem das mãos.
Além disso, tem baixa toxicidade e irritabilidade, portanto, é seguro, inclusive, em
recém-nascidos. Ademias, atua como uma alternativa para pacientes com
intolerância ao iodo.
Agentes
antissépticos
Iodóforos
 De acordo com Marques (2001), o iodóforos são os antissépticos mais usados, eles
atuam carreando moléculas de iodo que são liberadas gradativamente em baixas
concentrações, mantendo o efeito germicida do iodo, mas reduzindo sua toxicidade. O
mais usado é a solução degermante de PVPI a 10% (1% de iodo ativo). Ele é um
bactericida, tuberculicida, fungicida, virucida e tricomonicida. Essa solução tem a seu
favor, o fato de não ser irritante, ser facilmente removível pela água e reagir com
metais. 
Agentes
antissépticos
Triclosan
 De acordo com Marques (2001), o triclosan possui ação lenta, mas possui boa ação
contra bactérias gram-positivas e a maioria das gram-negativas, e baixa atividade
fungicida e É utilizado na composição de produtos degermantes para lavagem das
mãos em concentrações que variam entre 0,3% e 2%.
Indicações para higienização das mãos
 Conforme a ANVISA (2009), devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que
mantêm contato direto ou indireto com os pacientes e que manipulam medicamentos, alimentos e material estéril ou
contaminado. Recomenda-se, ainda, que familiares, acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após terem
contato com os pacientes nos serviços de saúde. As mãos dos profissionais de saúde podem ser higienizadas utilizando-se
água e sabonete, preparação alcoólica e antisséptico degermante.
Indicações para uso de água e sabonete
 Quando estiverem sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais;
Ao iniciar e terminar o turno de trabalho e refeições;
Antes e após ir ao banheiro;
Antes de preparar alimentos e manipular medicamentos;
Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.
(ANVISA, 2009)
Indicações para uso de preparações alcoólicas
 Antes e após ter contato com o paciente;
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
Após risco de exposição a fluidos corporais;
Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente.
 
(ANVISA, 2009)
Indicações para uso de agentes antissépticos
Higienização antisséptica:
Casos de precaução de contato recomendada para pacientes portadores de microorganismos resistentes.
Casos de surtos.
Degermação da pele:
No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico.
Antes da realização de procedimentos invasivos.
1.
2.
1.
2.
(ANVISA, 2009)
Higienização das mãos
simples
 A finalidade é remover sujicidade, suor e oleosidade. Além de
micro-organismos transitórios da camada superficial da pele,
evitando infecção cruzada entre os pacientes, assim como entre
pacientes e profissionais de saúde. A higienização simples das
mãos deve durar de 40 a 60 segundos.
(ANVISA, 2009; Cruz, Santos e Souza, 2017)
Fricção antisséptica das
mãos
 A finalidade é promover a remoção de microrganismos, reduzindo a
carga microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico. A
duração da técnica deve ser de 20 a 30 segundos. Necessita-se de
gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de
glicerina.
(ANVISA, 2009; Cruz, Santos e Souza, 2017)
Antissepsia cirúrgica
 A finalidade é eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a
microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele
do profissional. A duração é de 3 a 5 minutos para a primeira
cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes.
(ANVISA, 2009)
Paramentação cirúrgica 
 Após a escovação das mãos e antebraços, a equipe cirúrgica adentra a sala operatória para efetuar a paramentação, ou seja,
colocar avental e luvas para participar da cirurgia. Além disso, é necessário manter os braços acima do nível da cintura e
tomar cuidado para não esbarrar em nenhuma estrutura contaminada.
(Cirino, 2003; Cruz, Santos e Souza, 2017)
Técnica de paramentação do avental
Luvas cirúrgicas e luvas de procedimento
 A finalidade do uso é reduzir o risco de contaminação das mãos dos profissionais de saúde com sangue e outros fluidos
corporais. Além de reduzir o risco de disseminação de germes para o ambiente de transmissão do profissional de saúde para o
paciente e vice-versa, bem como de um paciente para o outro, o uso de luvas não substitui a higienização das mãos e o
mesmo par de luvas não deve serusado novamente ou lavado.
(BIT, 2011)
Técnica para
calçar luvas
estéreis
Técnica para
remoção de
luvas
Referências
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: higienização das mãos.
Brasília-DF, 2009.
BIT. Boletim Informativo de Tecnovigilância. Luvas cirúrgicas e luvas de procedimento: considerações sobre seu uso. Brasília-
DF, 2011.
CIRINO, L. M. I. Manual de técnica cirúrgica para a graduação. São Paulo, 2003
MARQUES, R. G. Preparação para o ato operatório. 2001.
CRUZ, R.F.; SANTOS, K.A.F.; SOUZA, R. D. Manual de procedimentos e condutas para prevenção de infecções relacionadas à
assistência à saúde 2017/2019. Hospital Universitário da Universidade de Juiz de Fora. 2017.
MORIYA, T.; MÓDENA, J. L. P. Assepsia e antissepsia: técnicas de esterilização. Rio de Janeiro, 2008.

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