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Dhara Martins / @acadmedi TCE Sede frequente de traumas do TCE: contusos e penetrantes. Mecanismo do trauma: fechado e penetrante. TC SEM CONTRASTE. A pressão intracraniana (PIC) normal é 10mmHg. Valores acima é hipertensão intracraniana grave. Doutrina de Monro-Kellie: o volume intracraniano deve permanecer cts, pois o crânio não é expansível. Quando há um ↑de volume (efeito massa, hematoma) há um ↑ da PIC, este é compensado por ↓ do volume venoso e do liquor até um certo tempo. Posteriormente com ↑ da massa, ↑ a PIC e vai herniar → morte cerebral. Deve-se manter o sangue oxigenado com pressão adequada mantendo a perfusão do cérebro (ABC) e evitar o aumento da PIC. Evitando a lesão secundaria (morte dos neurônios que não morreram no evento inicial) – objetivo do tto do TCE do politraumatizado. Tríade de cusching: HA, bradipneia e bradicardia → herniação de Uncus (midríase unilateral) → morte. Atenção: na escala de Glasgow utilizar a melhor resposta para o cálculo. CLASSIFICAÇÃO LESÕES FOCAIS - Gravidade: ▪ Leve: Glasgow 13-15, cranitomia 3% ▪ Moderado: Glasgow 9-12, cranitomia 9% ▪ Grave: Glasgow 3-8, craniotomia 19% - Morfologia: 1. Fraturas de crânio: Calota ou na base do crânio; ▪ Indicações cirúrgicas de fratura da calota: afundamento maior, sinais de hipertensão intracraniana, perda de liquor, fraturas expostas. ▪ Q.C base do crânio: equimose periorbital (olhos de guaxinim), a equimose retroauricular (sinal de Battle), fístula liquórica através do nariz (rinorreia) ou do ouvido (otorreia) e disfunção dos sétimo e oitavo nervos cranianos (paralisia facial e perda de audição} que podem ocorrer imediatamente ou poucos dias após a lesão inicial; não passar sonda nasogastrica 2. Lesões intracranianas: Difusas (TC normal) e focais. Difusas: concussões leves, concussão clássica e lesão axonal difusa (coma >6h). ▪ São mais comuns que as focais. ▪ Nas concussões (coma <6horas), o doente tem um distúrbio neurológico não focal transitório que frequentemente inclui perda de consciência. ▪ Lesões difusas graves resultam mais frequentemente de agressão hipóxica, isquêmica ao cérebro devido a choque prolongado ou apneia imediatamente após o trauma; Focais: coleções de sangue, hematomas. Epidural, subdural e contusões. Hematomas Epidurais ou extradural ou peridural ▪ Fora da dura-máter ▪ 0,5% de todos os doentes com trauma craniencefálico ▪ TC de crânio - lente biconvexa ▪ Localizados na região temporal ou temporoparietal e habitualmente resultam da ruptura da artéria menfngea média causada por uma fratura. ▪ O intervalo lúcido entre o momento da lesão e a deterioração neurológica é a apresentação clássica do hematoma epidural. ▪ Deve ter a drenagem imediata. Hematomas Subdurais ▪ São mais comuns ocorrendo em aproximadamente 30% dos TCEs ▪ Rotura do plexo venoso meníngeo, entre o córtex cerebral e o seio venoso. ▪ Subdural crônico: Comum em pacientes com quedas repetidas, principalmente etilistas e idosos. O sangue agudo tem o ferro da hemoglobina e fica branco, o sangue crônico absorve o ferro e fica só o componente líquido e ele fica escura ▪ Forma côncava (lua crescente), revestindo e comprimindo os giros e sulcos causando desvio ventricular e a da linha média. ▪ Prognostico pior do que o do hematoma extradural, pela presença de lesão parenquimatosa grave mais comumente associada. ▪ Tratamento cirúrgico quando indicado, feito rapidamente. Contusões e Hematomas intracerebral ▪ Contusões cerebrais são bastante comuns; ▪ São áreas de sangramento dentro do parênquima. ▪ A maioria ocorre nos lobos frontal e temporal. ▪ Em um período de horas ou dias, evoluir para formar um hematoma intracerebral ou uma contusão coalescente com efeito de massa suficiente para exigir evacuação cirúrgica imediata - ocorre em aproximadamente 20% dos casos → logo, devem ser submetidos a TC repetidas para avaliar as mudanças no padrão da contusão nas 24 horas após a TC de crânio inicial. Dhara Martins / @acadmedi AVALIAÇÃO INICIAL A: vias aéreas e coluna cervical B: respiração C: circulação D: escala de coma de glasgow e reação pupilar TCE leve (ESCORE 13-15). ▪ 80% dos pct com TCR. 3% possuem disfunção neurológica grave. ▪ Tomografia sem contraste - é ideal solicitar. É indispensável para: Idosos, pct com uso de antiagregantes plaquetários ou anticoagulante, vômito, cefaleia intensa, suspeita de lesão intracraniana, fratura de base ou calota, intoxicação exógena, perda de memória retrograda ou anterógrada por grande tempo etc. ▪ Observação hospitalar e domiciliar. No hospital: não tem tomo, TCE penetrante, perda de consciência, cefalia, intoxicação por álcool ou drogas, fratura de crânio, rinorreia ou otorreia, falta de acompanhante confiável, impossibilidade de retorno. TCE moderado (ESCORE 9-12). ▪ 10% das vítimas de TCE. 10 a 20% tem piora neurológica. ▪ TC crânio é imperativo, é obrigada TCE grave (ESCORE 3-8). ▪ Fazer a estabilização hemodinâmica, pq a hipotensão aumenta a mortalidade em 60% (com hipotensão) 27% (sem hipotensão). Pq a lesão cerebral é agravada por lesão secundaria, FAZER O ABC!!! ▪ Tomografia de crânio (repetidas sucessivamente até saber sua evolução). ▪ Intubação precoce = TCE grave. ▪ Ventilando com oxigênio a 100% com hiperventilação cautelosa tentando manter a pCO2 entre 25-35%. Conduta no paciente hipovolêmico com TCE. ▪ PAS <100mmHg → + instável hemodinamicamente → precisa identificar onde vem o sangramento. Se o foco for abdome vai ser laparotomia, agora se for outro foco, LPD e fast. ▪ pct PAS>100mmHg (não está chocado) iremos fazer avalição neurológica e tomografia. Tramento clínico ▪ Evitar lesão secundaria – estabilidade da vitima – TCE grave – via aérea definitiva ▪ Hiperventilação temporária em casos graves. ▪ Reduzir PIC: manitol, NaCl - Manitol → pct que esta deteriorando, pupilar normais que evoluiram para dilatação ou hemiparesia. Contraindicação: hipontesão. 1g/kg em bolus em 5 minutos. - Solução salina Hipertônica: cloreto de sódio 3% a 23,4% → mesma indicações do manitol (em pct hipotensos) ▪ Fenitoína – ocasião para convusões ▪ Avaliação do neurocirurgião.
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