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RESUMO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - RAFAELA PEIXOTO

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2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os acidentes vasculares cerebrais (AVCs), também chamados de acidentes vasculares encefálicos (AVEs), 
estão entre as principais causas de morte e incapacitação física em todo o mundo desenvolvido. 
FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS 
 Hipertensão. 
 Colesterol elevado. 
 Tabagismo. 
 Ingerir álcool em excesso. 
 Sofrer de diabetes. 
 Ter excesso de peso. 
 Má alimentação. 
 Sedentarismo.
SUSPEITA CLÍNICA 
A suspeita clínica de AVC deve basear-se na presença de um déficit neurológico de início súbito, principalmente 
os déficits localizados (fraqueza muscular, alteração sensitiva, dificuldade para falar, alteração visual, perda de 
equilíbrio ou falta de coordenação). Nos pacientes com doença cerebrovascular, a triagem tem um papel 
essencial, pois o reconhecimento precoce de sinais e sintomas sugestivos de AVC pode resultar no tratamento 
imediato com repercussão no prognóstico. Para aumentar a acurácia da suspeita diagnóstica de AVC na 
triagem, escalas validadas devem ser utilizadas nos serviços de emergência. 
ESCALA DE GLASGOW 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Fazer o somatório dos resultados e depois classificar. 
3 
 
 
ESCALA DE CINCINNATI 
 
MEDIDAS TERAPÊUTICAS GERAIS 
Simultaneamente à ativação do Código AVC, mesmo antes da definição diagnóstica, as medidas terapêuticas 
gerais devem ser iniciadas. Elas incluem: 
Monitoramento cardíaco não invasivo – alguns pacientes podem apresentar arritmias cardíacas, ou mesmo 
sinais de insuficiência coronariana. Posicionamento do paciente – os pacientes devem ser mantidos em posição 
supina horizontal, salvo em situações de risco para obstrução de vias aéreas, broncoaspiração ou suspeita de 
hipertensão intracraniana, casos em que a cabeceira deve ser elevada em 30 graus (excluindo-se quadros de 
choque ou hipotensão). 
Monitoramento respiratório e da saturação de oxigênio – manter a saturação de oxige ̂nio ≥ 95% da maneira 
menos invasiva possível (cateter nasal, ma ́scara, CPAP ou BIPAP). Controle da temperatura corpórea - manter 
a temperatura corpórea < 37,5°C utilizando medicamentos antipiréticos, se necessário. 
Alimentação – manter em jejum até que o diagnóstico esteja definido e a situação neurológica estabilizada. 
Alimentação oral deve ser liberada apenas após uma avaliação da capacidade de deglutição. 
Hidratação – manter o paciente euvolêmico através de soluções salinas isotônicas intravenosas. A manutenção 
da hidratação pode ser calculada, em princípio, estimandose uma oferta diária de 30 ml/kg/dia. Evitar soluções 
glicosadas ou hipotônicas. 
 
AVC ISQUÊMICO (AVCI) 
É o mais frequente e ocorre quando há obstrução da irrigação sanguínea de determinada área cerebral. Em 
geral, a isquemia é de origem trombótica, usualmente por processo de aterosclerose, ou embólica, quando 
trombos de origem cardíaca ou arterial, como as carótidas, migram para as artérias encefálicas. 
1. TRATAMENTO TROMBOLÍTICO INTRAVENOSO = Deve ser realizado com alteplase na dose de 0,9 
mg/kg (dose máxima de 90 mg), em um período de 60 minutos, sendo 10% da dose administrada em 
bolus durante um minuto. Deve ser iniciado em, no máximo, 270 minutos após o início dos sintomas. A 
fim de reduzir o tempo porta-agulha, após a definição terapêutica pelo neurologista, a infusão poderá 
ser iniciada imediatamente após o final do protocolo de neuroimagem, na 
presença da equipe do PS e do neurologista. 
 
4 
 
 
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DO 
TRATAMENTO 
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO DO 
TRATAMENTO 
Uso de anticoagulantes orais com INR > 1,7 
Uso de heparina com TTPA prolongado 
Contagem de plaquetas < 100.000/mm3 
Quadro clínico de HSA, mesmo com TC 
normal AVCI ou TCE grave nos últimos 3 
meses Cirurgia/trauma grave (não TCE) 
dentro de 2 semanas 
Punção arterial recente (7 dias) não 
compressível 
 Punção liquórica recente (7 dias) PAS > 185 
mmHg ou PAD > 110 mmHg 
Melhora rápida dos sinais neurológicos* 
Sinais neurológicos discretos ou isolados* 
História de hemorragia intracraniana 
espontânea 
Glicemia < 50 mg/dl ou > 400 mg/dl 
Crise convulsiva no início do quadro 
Hemorragia urinária/digestiva nos últimos 21 
dias 
Infarto agudo do miocárdio nos últimos 3 
meses 
Presença de MAV ou aneurisma cerebral 
Gravidez 
AVCI até 270 minutos de evolução 
TC de crânio obrigatória (descartar 
hemorragias) 
Controle rigoroso da pressão arterial 
 
2. SUSPEITA DE HEMORRAGIA PÓS-TRATAMENTO TROMBOLÍTICO INTRAVENOSO = A 
hemorragia cerebral sintomática deve ser suspeitada na presença de novos sinais e sintomas 
neurológicos, iniciados durante a infusão da alteplase ou dentro das próximas 24 horas (rebaixamento 
da consciência, piora do déficit neurológico, grande elevação da pressão arterial, cefaleia e vômitos). 
No caso de suspeita de hemorragia durante a infusão do trombolítico, esta deve ser suspensa. 
 
AVC HEMORRÁGICO (AVCH) 
Pode se manifestar como hemorragia subaracnóide ou hemorragia cerebral (intraparenquimatosa). A primeira 
ocorre quando há extravasamento de sangue para o espaço subaracnóideo, geralmente por ruptura de 
aneurisma intracraniano. A hemorragia cerebral é a principal forma de AVC hemorrágico e usualmente está 
associada à hipertensão arterial. Causas menos comuns, mas de relevância no diagnóstico, são os 
sangramentos sobrepostos a neoplasias ou por ruptura de malformação de vasos. 
1. CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL = Os pacientes com hemorragia intraparenquimatosa 
comumente apresentam altos níveis de pressão arterial e, aparentemente, os próprios níveis 
pressóricos elevados contribuem para a continuidade da expansão da hemorragia. Por essa razão, o 
monitoramento e rápido controle da hipertensão arterial são recomendados. 
2. TRATAMENTO HEMOSTÁTICO = Nos pacientes com hemorragia intraparenquimatosa utilizando 
medicamentos antiplaquetários ou anticoagulantes, os mesmos devem ser interrompidos 
imediatamente, e o efeito anticoagulante revertido com as medidas adequadas 
para esse fim. 
 
5 
 
 
 
ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO (AIT) 
O AIT é definido clinicamente como um déficit neurológico focal que regride totalmente em até 24 horas após o 
início. Pacientes com AIT apresentam maior risco de AVC e o tratamento precoce com antiagregante 
plaquetário, estatina e controle rigoroso da pressão arterial está indicado. Pacientes com fatores de risco 
cardiovascular devem ser encaminhados à emergência para investigação etiológica e assim prevenir a 
ocorrência de um AVC. O escore ABCD2 pode ser utilizado para prever o risco de AVC em sete dias. Pacientes 
com escore até 4 têm 0,4% de risco em sete dias, para escore 5 esse valor é 12% e escore 6 é 31%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 
Na assistência pré-hospitalar inicial o enfermeiro deve prestar atendimento clínico conforme os seguintes 
cuidados: verificar os sinais vitais (pressão arterial, pulso, saturação, temperatura axilar); posicionar a cabeceira 
a 0 grau (exceto se vômitos. Neste caso manter cabeceira a 30 graus); realizar acesso venoso periférico em 
membro superior não parético; administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara, se oximetria < 92%; checar 
glicemia capilar – hipoglicemia pode causar sinais focais e simular um AVC. Se glicose < 70 mg/dl (miligramas 
por decilitro) administrar glicose hipertônica 50% 20 ml (mililitro); aplicar a escala préhospitalar de AVC 
(BRASIL, 2013). Deve-se também determinar a hora do início dos sintomas e sinais, que pode ser referida pelo 
paciente (se este estiver orientado e coerente) ou pelo acompanhante; reduzir níveis pressóricos quando 
pressão arterial sistólica ≥ 220 mmHg ou pressão arterial diastólica ≥ 120 mmHg, ou se outra doença associada 
exija a redução da pressão arterial, como: dissecção de aorta, infarto agudo do miocárdio, edema pulmonar; 
administrar grande volume de fluido em caso de hipotensão, utilizando soro fisiológico 0,9%; utilizar antitérmico 
se temperatura axilar > 37,5°C, recomendada Dipirona 1g (grama) EV (endovenoso);e priorizar o Resgate de 
paciente com AVC com ambulância no domicílio ou nas unidades de pronto atendimento ou serviços 24horas 
(BRASIL, 2013). 
Após atendimento inicial cabe ainda ao enfermeiro notificar o hospital de destino; levar o acompanhante 
(preferencialmente que tenha presenciado o início dos sintomas) para o hospital; seguir protocolo em pacientes 
não candidatos à terapia trombolítica, enquanto aguardam nas UPA (Unidade de Pronto Atendeimento) 24horas 
por remoção ao serviço referenciado para AVC; suspender dieta até avaliação da capacidade adequada de 
deglutição; realizar teste de triagem para disfagia quando não houver possibilidade de transferência do 
paciente. Caso o teste tenha resultado normal, iniciar medicação oral e dieta pastosa hipossódica, cabeceira 
em 90 graus, sob supervisão (BRASIL, 2013) 
O paciente deve ser estimulado a movimentar os membros oito a cinco vezes por dia, de forma a manter a 
mobilidade articular, recuperar o controle motor, evitar a deterioração adicional do sistema neuromuscular e 
estimular a circulação. O exercício é valioso na prevenção da estase venosa, a qual pode predispor o paciente 
à trombose e embolia pulmonar. É importante lembrar o paciente de exercitar o lado não afetado a intervalos 
durante todo o dia (OLIVEIRA ALR, et al., 2016). 
Durante o processo de reabilitação da vitíma de AVC, o enfermeiro é o responsável por: desenvolver um 
processo interacional e transdisciplinar que favoreça o planejamento de recuperação do paciente; proporcionar 
o envolvimento e a participação ativa e sistemática do paciente e sua família aos cuidados a serem 
desempenhados em casa (DIOGO MJD, 2000; GOMES SRG e SENNA M, 2008). 
Além dos cuidados prestados, é de responsabilidade do enfermeiro promover educação em saúde para toda a 
comunidade, tendo em vista que esta prática promove o autocuidado do indivíduo, uma vez que introduz e/ou 
reforça comportamentos de proteção e manutenção da saúde, permitindo, deste modo, reflexões para a 
melhoria da qualidade de vida (TAVARES DMS, et al., 2012). Diante do papel do enfermeiro na assistência à 
vítima de AVC pode-se obter alguns diagnósticos e intervenções de Enfermagem, sendo: ansiedade 
relacionada à morte, por fatores situacionais evidenciados por medo da perda de capacidades físicas e/ou 
mentais; risco para constipação relacionado à falta de conscientização para a ingesta hídrica; medo relacionado 
à perda de controle e aos resultados imprevisíveis secundários à falta de conhecimento da patologia 
evidenciado por relatos verbais do paciente; hipertensão relacionada à doença; nutrição alterada menor que as 
necessidades corporais relacionada à dificuldade funcional de se alimentar; risco para integridade da pele 
prejudicada relacionada à dificuldade de mobilidade e risco de queda; e déficit de conhecimento sobre a 
natureza de sua doença e tratamento relacionado com não familiaridade com os recursos de informação (LIMA 
ACMACC, et al., 2016.)

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