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Monitoria Sanitária na Produção de Suínos Modo sistemático e organizado de acompanhar, ao longo do tempo e considerando a ambiência - a saúde de um rebanho. Podem ser realizadas visando diversos objetivos, tais como: • certificar que a granja esteja livre de doenças (Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas - GRSC); • realizar diagnósticos e avaliar medidas de controle; • programas de vacinação. Monitorias Monitorias - Vantagens • Baixo custo. • Permite avaliar grande número de animais. • Procedimentos de monitoria podem ser repetidos diversas vezes. Tipos de Monitorias Monitorias – Clinicas • Permitem o monitoramento de 80% das enfermidades entéricas, respiratórias e reprodutivas. • Funcionam como uma forma de medicina coletiva para o rebanho. • Avaliação subjetiva – única pessoa é responsável pelo parecer. • Medição de índices (diarreia, tosse, espirros). • Rápida retirada de animais doentes e refugos (abaixo do peso). • é essencial identificar e diferenciar enfermidades que cursam com sinais clínicos semelhantes. Monitorias Clinicas – exemplos Monitorias Ao realizar a monitoria, o médico veterinário observa diversos aspectos dos animais e registra o procedimento em uma ficha clínica de monitoria, conforme o exemplo a seguir. Fonte: Lippke et. al. (2009). Monitorias Ao realizar a monitoria, o médico veterinário observa diversos aspectos dos animais e registra o procedimento em uma ficha clínica de monitoria, conforme o exemplo a seguir. Fonte: Lippke et. al. (2009). Monitorias - Exemplo de ficha clínica de monitoria para terminação de leitões. Fonte: Lippke et. al. (2009). Monitorias – Clinicas aparelho respiratório Etapas da monitoria clínica do aparelho respiratório: • Contagem de tosses e espirros: 3x (2 minutos/cd). • Abrir as cortinas para renovação do ar. • Agitar os animais: 1 a 2 minutos. • Aguardar umminuto. • Contar tosse e espirros (1ª contagem). • Movimentar os animais. • Contar tosse e espirros (2ª contagem). • Movimentar os animais. • Contar tosse e espirros (3ª contagem). Monitorias – Clinicas aparelho respiratório Interpretação: >ou = a 10%: problema importante de pneumonia >ou = a 15%: problema importante de RAP e pneumonia Em granjas livre deMycoplasma hyopneumoniae essa frequência deve ser >ou = a 5%. Monitorias patológicas • As monitorias patológicas estão associadas à monitoria clínica. • Diante da incidência de diversos casos clínicos é necessário selecionar um pequeno grupo de animais de acordo com o tamanho do rebanho e prevalência da doença. • Esse pequeno grupo será submetido à eutanásia para avaliação da compatibilidade das lesões em relação ao agente patológico suspeito. • Durante a necropsia, é feita a coleta de material para diagnóstico da patologia que está atingindo o rebanho. • Vacina: a necropsia também permite a coleta de material para elaboração de vacina autógena. É uma vacina personalizada, produzida a partir de microorganismos isolados e identificados em animais de uma determinada propriedade, na qual estejam ocorrendo enfermidades causadas pelos mesmos. Monitorias laboratoriais O diagnóstico laboratorial é fundamental para identificação do agente patológico, mesmo que o médico veterinário tenha suspeitas confirmadas durante a monitoria clínica e patológica. Os testes laboratoriais devem ser solicitados de acordo com a suspeita clínica. Monitorias ao abatedouro Monitoramento do aparelho respiratório: rinite atrófica progressiva; lesões pulmonares. Monitoria do aparelho digestivo: estômago, fígado. Monitoria de lesões da pele: dermatite por sarna. Monitorias MONITORIA OFICIAL (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA): • Saúde pública – garantir que o produto (carne, leite etc.) é seguro para consumo. •Defesa animal – identificar doenças de importância regional e/ou nacional MONITORIA DAS EMPRESAS: • Visa obter informações que vão auxiliar no controle de doenças ligadas a produção. • As doenças analisadas não têm importância para saúde pública – são específicas de suínos Monitorias Sistema Respiratório Atualmente, em granjas suínas, prevalecem dois índices para monitorar as lesões respiratórias, são eles: ü Índice de RAP (Rinite Atrófica Progressiva). ü Índice de IPP (Prevalência de Pneumonia). Índice de RAP (Rinite Atrófica Progressiva) Corresponde a uma escala de 0 a 3, utilizada para avaliação do grau de severidade das lesões dos cornetos nasais: Índice de RAP (Rinite Atrófica Progressiva) Para cálculo da prevalência de RAP em um rebanho utiliza-se a seguinte fórmula: Índice de RAP Interpretação dos valores obtidos no cálculo do índice para RAP: • 0: Rebanhos livres de RAP. •Até 0,50: doença está presente, porém, não constitui uma ameaça. •De 0,51 a 0,84: limiar da faixa de risco; a definição do risco destes rebanhos deve ser complementada com base na avaliação clínica e no desempenho. • > 0,84: rebanhos nos quais a doença é um problema. Quanto mais elevado o índice, maior é a escala de abrangência da rinite atrófica. Índice de Pneumonia Os pulmões podem ser avaliados quanto à prevalência de pneumonia e extensão da área pulmonar afetada. Isso é feito por meio do cálculo do índice para prevalência de pneumonia (IPP), muito utilizado por empresas que produzem vacinas para suínos. Nomenclatura dos lobos do pulmão. • AD = 11% • CD = 11% • DD = 34% • AE = 6% • CE= 6% • DE = 27% • I = 5% Aporcentagem(%)decada loboemrelaçãoaopesototal dopulmãoé: Índice de Pneumonia As lesões no pulmão podem ser classificadas de acordo com a distribuição das afecções nos lobos. • Crânio ventral: lobos apicais, cardíacos, intermédio e porção anterior dos diafragmáticos. • Dorsocaudal: regiões dorsocaudais dos lobos diafragmáticos. • Disseminada: lesões distribuídas por todos os lobos pulmonares. • Lesões de hepatização pulmonar com localização cranioventral: PE Prevalência de pneumonia: • P = (número de pulmões com hepatização/número total de pulmões examinados) x 100. Classificação de MADEC • A classificação de Madec é utilizada para identificar lesões pulmonares de maneira mais simplificada. • Tem como critério a porcentagem de área atribuída a cada um dos lobos do pulmão: Classificação de SPES • A avaliação da SPES está relacionada à incidência de pleurisias na granja suína. Classificação de SPES • Lesão do tipo 1 • Lesão do tipo 2 Lesão crânio-ventral Lesão focal monolateral dorso caudal Classificação de SPES • Lesão do tipo 3 • Lesão do tipo 4 • Aplicativo Ceva Lung Program: aplicativo gratuito que permite a médicos veterinários realizar avaliações de pulmões em abatedouros para identificar o nível de lesões relacionadas com cada doença pulmonar. Disponível em: https://www.ceva.com.br/Especies/Suinos/Ceva-Lung- Program Lesão bilateral ou monolateral estendida Lesão bilateral severa Identificação de lesões pulmonares em suínos A monitoria sanitária tem como objetivo avaliar o grau de comprometimento do pulmão dos suínos. Isso pode ser feito, inicialmente, a partir das características das lesões que os animais apresentam. a) Características das lesões • Cor • Consistência • Relevo • Corte • Bordas e contornos • Forma O veterinário precisa manusear o pulmão dos animais para identificar as características das lesões. Identificação de lesões pulmonares em suínos Observe a imagem de um pulmão suíno normal atendando para os seguintes aspectos: forma, cor, bordas e contornos. Identificação de lesões pulmonares em suínos Hepatização A hepatização apresenta lesões de consolidação cuja coloração apresenta o aspecto de fígado (órgão). Nesses casos, determinadas áreas do pulmão tornam- se afuncionais. Identificação de lesões pulmonares em suínos Pleurisia As pleurisias são inflamações da cerosa que envolve o pulmão – pleura. Essa inflamação causa processos de aderência na cavidade torácica. Identificação de lesões pulmonares em suínos Pleurisia As pleurisias são inflamações da cerosa queenvolve o pulmão – pleura. Essa inflamação causa processos de aderência na cavidade torácica. Identificação de lesões pulmonares em suínos Pleurisia As pleurisias são inflamações da cerosa que envolve o pulmão – pleura. Essa inflamação causa processos de aderência na cavidade torácica. Identificação de lesões pulmonares em suínos Pericardite A pericardite apresenta um aspecto de “pão com manteiga” devido à coloração do pulmão resultante da ação de patógenos. Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Pulmão com lesões necro-hemorrágicas e pleurite nos lobos diafragmáticos, sugestivo de pleuropneumonia. Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Alguns agentes causadores de abscessos no pulmão de suínos. Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Alguns agentes causadores de abscessos no pulmão de suínos. Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Na imagem a seguir, observe as áreas multifocais de consolidação, sugestivas de influenza: Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Pneumonia intersticial – PCV2: Identificação de lesões pulmonares em suínos Abcessos pulmonares Pneumonia intersticial: fumonisina: Identificação de lesões pulmonares em suínos Polisserosites A polisserosite, como o próprio nome indica, causa o comprometimento de todas as serosas que envolvem os órgãos alojados na cavidade torácica dos suínos. Polisserosites causada por Haemophilus parasuis. Identificação de lesões pulmonares em suínos Polisserosites A polisserosite, como o próprio nome indica, causa o comprometimento de todas as serosas que envolvem os órgãos alojados na cavidade torácica dos suínos. Polisserosites causada por Pasteurela multocida Obrigado!!!!
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