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1 OSTEOMA OSTEÓIDE ETIOLOGIA DIAGNÓSTICO EXAME CLÍNICO E FISÍCO OSTEOMA OSTEÓIDE E OSTEOBLASTOMA Morfologia o Macroscopicamente, apresentam-se como massas redondas a ovais de tecido pardo, arenoso e hemorrágico o Microscopicamente, são bem circunscritos e compostos por uma rede de trabéculas interconectadas aleatoriamente e margeadas por osteoblastos proeminentes o O estroma que circunda o osso tumoral consiste em tecido conjuntivo frouxo com muitos capilares dilatados e congestos o O tumor real é conhecido com nidus São variantes da mesma neoplasia formadora de matriz óssea que se diferenciam, arbitrariamente, pelo tamanho do nidus. o Osteoma osteóide- nidus é menor que 2 cm: quando localiza-se na cortical, a reação óssea é maior, com grande esclerose marginal e contensão da lesão, não permitindo que ele cresça muito // dor é mais intensa pois a cortical é mais inervada que a esponjosa. o Osteoblastoma- nidus é maior que 2 cm: lesões da esponjosa suscitam menor reação óssea, com pouca ou nenhuma esclerose, permitindo que a lesão cresça mais, atingindo maior dimensões // dor menos intensa. OSTEOMA OSTEÓIDE Benigno → terceira neoplasia óssea benigna mais comum Mais frequente no sexo masculino Predomina em adolescentes e adultos jovens Pequeno tamanho (menor que 2cm) Localiza-se nas diáfises de ossos longos, em geral do fêmur e tíbia, sendo raro em outros ossos e em metáfise e epífise RX: lesão lítica, arredonda ou oval (denominada nidus) que é circundado por osso compacto reativo, esclerótico → corresponde a núcleo de tecido neoplásico constituído por osteoblastos proliferados e dispostos em meio a matriz conjuntiva bem vascularizada, com formação de matriz osteóide e osso imaturo, e, de permeio, células gigantesco tipo osteoclasto O osteoma osteoide é classicamente caracterizado na radiografia convencional ou na tomografia computadorizada por uma área lítica com limites bem definidos representando o nidus central vascularizado, circundado por esclerose e espessamento cortical 2 Concluindo, alguns métodos de imagem podem ser utilizados na avaliação do osteoma osteoide. A tomografia computadorizada tem papel fundamental na identificação do nidus da lesão e na remoção percutânea do nidus, como demonstrado didaticamente por Petrilli et al.(5). Em alguns casos em que o nidus da lesão não é bem identificado, tornando o diagnóstico diferencial mais complicado, a ressonância magnética pode ser utilizada como ferramenta útil, especialmente o estudo perfusional e as sequências em fase e fora de fase Radiografias, tomografias computorizadas, ressonância magnética, cintigrafia óssea e angiografia podem ser utilizadas para o diagnóstico de osteoma osteóide. Geralmente, a história clínica é típica e o diagnóstico pode ser feito apenas com a história. Sintoma principal: dor → característica inflamatória, quase constante, geralmente noturna, em ponto preciso, frequentemente melhora com antiinflamatórios não esteroides (aspirina) o Com a maturação da lesão a dor diminui o Quando nidus se forma na esponjosa pode evoluir com pouco ou nenhum sintoma álgico o Se localizado na epífise: sintomas articulareres, inclusive sinovite reativa que pode preceder a visualização da lesão óssea no RX Prognóstico é bom nas lesões tratadas por ressecção completa; nidus tende a recidivar se for curetado ou removido incompletamente 3 OSTEOBLASTOMA Mesmo aspecto histológico do osteoma osteóide, só difere no tamanho maior e na discreta ou nenhuma esclerose de reparo Preferencialmente no sexo masculino Pico de incidência nas primeiras duas décadas de vida Geralmente oligossintomático ou assintomático: dor surda, incomodativa e refratária a Salicilatos Afeta com mais frequência metáfises de osso longos e CV, onde tem preferência pelos elementos posteriores Não raramente é encontrado em ossos curtos de mãos e pés RX: lesão lítica, geralmente esponjosa, arredondada, com limites bem definidos e que, quando de grandes dimensões, pode apresentar insuflação o No interior da lesão lítica, pode haver focos de calcificação granitada o Radiograficamente são lesões predominantemente osteolíticas, raramente predominando o conteúdo osteoblástico o Descrita variedade multifocal caracterizada pela coexistência de vários nidus circundados pela esclerose Tratamento: ressecção total da lesão Variante → Osteoblastoma agressivo: maligno o Padrão histológico: osteoblastos hipertróficos, epitelióides, de núcleos grandes, hipercromáticos, atípicos, alternando com células gigante do tipo osteoclasto e com formação de osso “azul espiculado” o Comportamento biológico agressivo localmente, com frequencia rompendo a cortical e invadindo os tecidos moles o Pode ser diagnosticado como lesão inicial ou resultar de malignização após tratamento inadequado, sobretudo curetagem de lesões histologicamente benignas o Algumas vezes são encontrados osteoblastomas com comportamento biológico agressivo e quadro histológico benigno, seja desde o início ou após recidiva. A essas lesões chama-se osteoblastoma "radiologicamente" agressivo, para distingui-lo do osteoblastoma histologicamente agressivo Variante → osteoblastoma bizarro ou pseudomaligno (raro) Apresenta aspecto radiográfico de lesão com pouca agressividade, mas com quadro histológico de lesão que simula ostoossarcoma anaplásico O quadro radiológico discrepante e a escassez ou inexistência de mitoses fazem o diagnóstico diferencial 4 Referências: 1. Bogliolo patologia 2. http://www.scielo.br/pdf/rb/v48n4/pt_0100-3984-rb-48-04-000V.pdf 3. 21222014000100014&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1646-2122. 4. Formato Documento Eletrônico(ABNT) 5. SOUSA, Marco; FREITAS, Daniel; CARDOSO, Pedro. Osteoma Osteóide?. Rev. Port. Ortop. Traum., Lisboa , v. 22, n. 1, p. 135-141, mar. 2014 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646- 21222014000100014&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 jun. 2018. 6. http://www.hsp.epm.br/dorto-onco/livro/tumor3p3.htm 7. http://www.ufjf.br/deptopatologia/files/2011/08/Aula-30.07.2013-Tumores-%C3%B3sseos.pdf http://www.scielo.br/pdf/rb/v48n4/pt_0100-3984-rb-48-04-000V.pdf http://www.hsp.epm.br/dorto-onco/livro/tumor3p3.htm http://www.ufjf.br/deptopatologia/files/2011/08/Aula-30.07.2013-Tumores-%C3%B3sseos.pdf
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