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Saberes Curriculares: Tipos e Abordagens

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Saberes Curriculares
Caros alunos, as vídeo aulas desta disciplina encontram-se no AVA 
(Ambiente Virtual de Aprendizagem). 
Unidade 1 
Currículo Escolar 
Introdução da Unidade 
Olá, alunos! 
Sejam bem-vindos! 
Daremos início aos nossos estudos na disciplina Saberes Curriculares. Nesta unidade iremos 
entender o que é currículo escolar, qual a sua finalidade e quais os tipos de currículo escolar 
existentes. 
É de extrema importância que você, aluno do curso de Pedagogia da UniFil, na modalidade de 
Educação a Distância – EaD, possa compreender qual a definição de currículo no ambiente 
escolar, conhecer os tipos de currículo, bem como as suas abordagens conceituais e históricas. 
Boa aula! 
Objetivos 
• Compreender o que é currículo escolar.
• Abordar os tipos de currículo escolar.
• Apresentar as abordagens conceituais e históricas do currículo.
• Levar o aluno a refletir sobre a importância do currículo no ambiente escolar.
• Conhecer as especificidades relativas ao currículo, verificando que o mesmo
impulsiona todas as ações promovidas pela escola, de acordo com os objetivos
educacionais.
Conteúdo programático 
Aula 1 – O que é Currículo Escolar. 
Aula 2 – Tipos de Currículo e suas Abordagens Conceitual e Histórica. 
Referências 
ALVES, A. C. et al. Currículo e avaliação: uma análise do projeto político pedagógico da escola 
Cecília Estolano Meireles. Disponível em: 
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/918f0af6c3d10f5d96d7956afe396282_1
74.pdf. Acesso em: 19 mai.2019.
ÂNGULO RASCO, J. F.et al.Teoria y desarrollo del curriculum. Málaga: Aljibe, 1994. 
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/918f0af6c3d10f5d96d7956afe396282_174.pdf
http://editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/918f0af6c3d10f5d96d7956afe396282_174.pdf
AZENHA, E. P.; MARQUEZAN, L. I. P. O Paradigma Holístico em Educação: uma utopia possível. 
In_______ Cadernos Educação Especial, 2000. n. 15. Disponível em: 
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/5290. 
Acesso em: 27 mai. 2019. 
BRASIL. Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências 
para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com 
baixa visão. Brasília: MEC, 2005. Disponível em: 
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002274.pdf. Acesso em: 27 mai. 2019. 
BRASIL. Ministério Público Federal. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes 
comuns da rede regular. 2ed. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do cidadão, 2004. 
Disponível em: http://www.prgo.mpf.gov.br/cartilha_acesso_deficientes.pdf. Acesso em: 10 
fev. 2009. 
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das 
Relações Étnico-Racial e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. 
Brasília: junho, 2005. 
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 
2010. 
BEYER, H. O. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidades educacionais 
especiais. Porto Alegre: Mediação, 2005. 
GALLO, S. Transversalidade e educação: pensando uma educação não-disciplinar. Rio de 
Janeiro: DP&A, 1999. 
GOMES, N. L. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos. Disponível 
em: 
www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/5_Gomes_N%20L_Rel_etnico_raciais_educ%20e%20des
colonizacao%20do%20curriculo.pdf. Acesso em: 10 mai. 2019. 
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. 
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/5290
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me002274.pdf
http://www.prgo.mpf.gov.br/cartilha_acesso_deficientes.pdf
http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/5_Gomes_N%20L_Rel_etnico_raciais_educ%20e%20descolonizacao%20do%20curriculo.pdf
http://www.apeoesp.org.br/sistema/ck/files/5_Gomes_N%20L_Rel_etnico_raciais_educ%20e%20descolonizacao%20do%20curriculo.pdf
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por que? como fazer? São Paulo: Moderna, 
2003. 
MEC. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em 15 de mai.2019. 
MEC. Material complementar para a (re)elaboração dos currículos. Disponível em: 
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complementar_
para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf>. Acesso em 15 de mai.2019. 
MENEZES, E. T. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: 
Midiamix, 2001. Disponível em: https://www.educabrasil.com.br/organizacao-curricular/. 
Acesso em: 20 de mai.2019. 
MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M.Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e 
cultura. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 
MOREIRA, A. F.; SILVA, T. T.Currículo, cultura e sociedade. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
PNE. Plano Nacional de Educação - Lei n° 13.005/2014. Disponível em: 
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-
lei-n-13-005-2014. Acesso em: 20 mai.2019. 
ROZEMBERG, E. Perguntas e respostas sobre a BNCC. Somos Par, 20 de jun.2018. Disponível 
em: https://www.somospar.com.br/perguntas-e-respostas-sobre-a-bncc/. Acesso em: 16 de 
mai.2019. 
SACRISTAN, J. G.Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 1999. 
SANTOS. L.L.C.P.; MOREIRA, A. F. Currículo: questões de seleção e organização do 
conhecimento. In: _______ Caderno Ideias. n.26, FDE. São Paulo, 1996. 
SILVA, G. S. Estratégias de ensino utilizadas, também, com um aluno cego, em classe regular. 
Petrópolis: Vozes, 2006. 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complementar_para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/1._Material_complementar_para_a_reelabora%C3%A7%C3%A3o_dos_curr%C3%ADculos.pdf
https://www.educabrasil.com.br/organizacao-curricular/
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014
http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014
https://www.somospar.com.br/perguntas-e-respostas-sobre-a-bncc/
Todos pela Educação. Perguntas e respostas. O que são e para que servem as diretrizes 
curriculares? Disponível em: https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/o-que-sao-e-
para-que-servem-as-diretrizes-curriculares-/. Acesso em: 20 mai.2019. 
VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-
pedagógico. 7ed. São Paulo: Libertad, 2000. 
WEISS, A. M. L.; CRUZ, M. M. Compreendendo os alunos com dificuldades e distúrbios da 
aprendizagem. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2007. 
Você poderá também assistir às videoaulas em seu celular! Basta
apontar a câmera para os QRCodes distribuídos neste conteúdo.
Pode ser necessário instalar um aplicativo de leitura QRcode no celular e 
efetuar login na sua conta Gmail. 
Apresentação da Disciplina 
Assista a Apresentação da Disciplina. 
Utilize o QRcode para assistir! 
Minicurrículo 
Descrição do Professor. 
Utilize o QRcode para assistir! 
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/o-que-sao-e-para-que-servem-as-diretrizes-curriculares-/
https://www.todospelaeducacao.org.br/conteudo/o-que-sao-e-para-que-servem-as-diretrizes-curriculares-/
Aula 1 - O Que É Currículo Escolar 
Podemos dizer que o currículo é “a vida da escola”, incluindo todos os movimentos no 
convívio escolar, as experiências e as vivências que ocorrem dentro de um ambiente 
educativo formal. 
O currículo é o produto das relações e interações entre os componentes do sistema 
educacional, o qual se estrutura a partir dos conhecimentos, valores, princípios 
filosóficos e epistemológicos. Também é definido como “plano de estudos” que 
fornece uma base de formação para todos os cidadãos. Currículo é um termo 
provenientedo latim e significa: 
Fonte: Do autor. 
Videoaula 1 
Assista agora a Primeira Vídeoaula do 
Conteúdo. 
Utilize o QRcode para assistir! 
Ângulo Rasco et al. (1994, p.18) apresenta uma classificação bastante geral ao 
distinguir a utilização do termo em dois sentidos: para indicar um plano/proposta para 
a educação dos alunos e para identificar um campo de estudo: 
No primeiro sentido, o conceito de currículo adquire inevitavelmente um 
significado prescritivo. Currículo é, então, o que deve ser desenvolvido 
nas escolas, sendo o plano ou planejamento pelo qual se organizam os 
processos escolares de ensino-aprendizagem. No segundo sentido, o 
currículo é tratado como um fenômeno digno de ser estudado, como uma 
área disciplinar que se nutre da investigação de qualquer das vertentes 
nas quais, como fenômeno, o currículo se apresente. 
Para Moreira e Candau (2008, p.19): 
O currículo é, em outras palavras, o coração da escola, o espaço central 
em que todos atuamos, o que nos torna nos diferentes níveis de processo 
educacional, responsáveis por sua elaboração. O papel do educador no 
processo curricular é, assim, fundamental. Ele é um dos grandes artífices, 
queira ou não, da construção dos currículos que se materializam nas 
escolas e nas salas de aula. Daí a necessidade de constantes discussões e 
reflexões, na escola, sobre o currículo, tanto o currículo formalmente 
planejado e desenvolvido quantos o currículo oculto. Daí nossa 
obrigação, como profissionais da educação, de participar crítica e 
criativamente na elaboração de currículos mais atraentes, mais 
democráticos, mais fecundos. 
Os conteúdos escolares devem estar voltados para os interesses e necessidades dos 
alunos. 
Podemos afirmar que o currículo escolar: 
• Define o que, como e para que os conteúdos são trabalhados nos diferentes
níveis de ensino.
• Traz na sua essência questões econômicas, políticas, culturais e históricas que
ultrapassam a ideia de uma simples seleção de conteúdos disciplinares.
• Representa a caminhada que o sujeito irá fazer ao longo de sua vida escolar,
tanto em relação aos conteúdos apropriados quanto às atividades realizadas
sob a sistematização da escola.
• Compreende todas as experiências de aprendizagem para que possamos atingir
as finalidades da educação.
Seu conceito não se limita apenas a uma grade curricular, mas tudo o que a escola 
oferece para que o aluno atinja os fins educativos. De acordo com Moreira e Candau 
(2007, p. 18) o currículo escolar compreende: 
(a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos;
(b) as experiências de aprendizagem escolares a serem vividas pelos alunos;
(c) os planos pedagógicos elaborados por professores, escolas e sistemas educacionais;
(d) os objetivos a serem alcançados por meio do processo de ensino;
(e) os processos de avaliação que terminam por influir nos conteúdos e nos
procedimentos selecionados nos diferentes graus da escolarização.
O currículo escolar é construído pela escola, corresponde a um planejamento de 
sistema, sendo elaborado a partir da orientação fornecida pelo governo federal, 
estadual ou municipal, viabilizando o processo ensino e aprendizagem. Deve esboçar 
os objetivos das disciplinas em cada etapa da educação que oferece e a definição dos 
conteúdos a serem trabalhados com os alunos, e constar a metodologia que orientará 
a prática docente e a definição do processo de avaliação. Lembrando que, o currículo 
deve estar relacionado ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola. 
A dinâmica curricular deve permitir uma maior flexibilidade, possibilitando mudanças 
processuais, que promovam a autonomia dos alunos, tornando-os aptos a atuar numa 
realidade em constante mudança, autonomia esta que envolva inclusive a produção de 
seus próprios conhecimentos. Os conteúdos curriculares, nesta perspectiva, devem ser 
integrados, de maneira que levem à superação da fragmentação por disciplina, por 
meio, por exemplo, do uso de uma metodologia interdisciplinar. 
Para Santos e Moreira (1996, p. 6) 
O processo de seleção e organização de currículos, envolve a transformação dos 
saberes sociais em saberes escolares. As teorias de ensino e aprendizagem e a forma 
como a escola organiza o tempo e o espaço escolar, são elementos estruturantes 
desse processo. 
Ser professor é ser pesquisador, buscar diversas opções metodológicas, visando 
dinamizar o processo de ensino e aprendizagem e flexibilizando sempre que necessário 
à sua ação. Para transformar nossas práticas, é necessário rever posturas e atitudes de 
forma reflexiva e buscar a efetivação do currículo escolar em uma perspectiva 
transformadora. 
Fonte: http://clipartstation.com/wp-content/uploads/2017/11/clipart-anak-sekolah-
1.jpg
É importante repensar, a função socializadora que o currículo escolar deve exercer no 
âmbito educacional. Analisa-se contemporaneamente, que o currículo escolar não 
pode ser visto e nem compreendido, como, um “acúmulo” de disciplinas isoladas, 
fragmentadas, com conteúdo apresentado de modo tradicional, e transmitidos sem 
reflexão pelo professor/educador em sala de aula. 
Videoaula 2 
Para continuarmos, assista ao vídeo em 
que serão complementados os conceitos 
e definições de currículo. 
Utilize o QRcode para assistir! 
http://clipartstation.com/wp-content/uploads/2017/11/clipart-anak-sekolah-1.jpg
http://clipartstation.com/wp-content/uploads/2017/11/clipart-anak-sekolah-1.jpg
Verifica-se, que o currículo escolar é histórico, e vai além de conteúdos e disciplinas, 
sendo que o currículo deve ser elaborado de forma a oportunizar condições de 
conhecimentos para os educandos, na busca de abranger e atender as diversas 
realidades sociais existentes, de maneira ampla, real, significativa, reflexiva, dinâmica, 
democrática, inclusiva, ética e moral. 
O currículo escolar quando bem elaborado pela comunidade escolar, esta busca 
atender a diversidade cultural presente na escola, e ao mesmo, oferece um conjunto 
significativo de conhecimentos, o qual deve ser compreendido de maneira 
democrática no contexto escolar, pois quando o currículo apresenta conteúdos 
passivos, certamente, é porque a escola também é passiva frente ao processo de 
aprendizagem. 
A escola deve lutar incansavelmente pela formação da consciência humana, científica, 
e não apenas desempenhar a tarefa de preparar os discentes para ás necessidades do 
mercado de trabalho, pois nessa ênfase do trabalho, a escola não é capaz de formar 
seus alunos para a cidadania, nem mesmo, oportuniza aos educandos, o entendimento 
e a compreensão de seus direitos e deveres enquanto pessoas humanas. 
O currículo é uma ferramenta que permite clareza e lucidez na organização de 
conhecimentos, métodos, recursos, adaptações, entre outros. Portanto, o currículo 
escolar envolve questões ambientais, políticas, econômicas, sociais, culturais e 
educacionais, por este motivo, o currículo não pode ser utilizado pela escola como um 
modelo de reprodução do conhecimento, nem mesmo, como um discurso de alienação 
sobre as questões escolares. 
É preciso haver o entendimento por parte de toda a equipe escolar, que o currículo 
não deve ser organizado em matérias/disciplinas isoladas, pois tal forma de 
organização, separa, fragmenta e empobrece as inter-relações entre professores, 
estudantes e comunidade escolar, assim como empobrece o ensino-aprendizagem. 
O currículo escolar é um instrumento indispensável na organização do trabalho 
pedagógico (formativo). Quando falamos em currículo em qualquer ambiente 
educacional, ou, por exemplo, muitas pessoas têm em mente, que currículo significa a 
grade de disciplinas que devem ser estudadas, isto é, os conteúdos a serem repassados 
aos discentes em sala de aula, mas, se analisarmos melhor a verdadeira função 
curricular, veremos que não é bem isso, pois o currículo é o alicerce da escola, e não 
apenas conteúdos há serem ensinados, transmitidos e memorizados.No entanto, a escola como função social, deve fornecer base necessária para o 
entendimento, para a reflexão, para a apropriação do currículo de forma sensibilizada 
e adequada. 
É preciso pensar o currículo como algo que norteia a prática do professor na sala de 
aula, exigindo, entretanto, a consideração das competências anteriormente formadas 
pelos alunos, caso contrário, o seu ensino continuará a mesma coisa, sem inovações, 
sem estímulos, tornando assim, algo que faz bem, que promove transformação e 
desenvolve o senso crítico, em algo que não passe de um mero conteúdo. 
O professor, bem como toda a equipe que compõe a escola, deve criar um meio 
educacional adaptado às condições locais do aluno dentro e fora da escola. Isto 
favorece o envolvimento escola-aluno, promovendo um relacionamento capaz de 
ocasionar a identificação de ambas as partes, não somente no campo intelectual, mas 
também em reflexões sobre nós mesmos como seres humanos. 
Indicação de Leitura 
Para conhecer mais sobre o tema trabalhado em nossa aula, convido você a ler: 
“Indagações sobre o currículo Escolar- Currículo, Conhecimento e Cultura”. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf> 
Videoaula 3 
Para finalizarmos, assista ao vídeo em 
que apresento as principais conclusões 
sobre esta aula. 
Utilize o QRcode para assistir! 
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag3.pdf
 Aula 2 Tipos de Currículo e suas abordagens 
conceitual e histórica 
O currículo conforme abordado na aula anterior corresponde a uma variedade de 
experiências podendo ter foco na transformação ou na manutenção das relações de 
poder. Etimologicamente currículo, de origem latina vem do termo Scurrere, que 
significa correr ou curso, ou seja, um curso a ser percorrido. 
Para Sacristán (1999, p. 61): 
O currículo é a ligação entre a cultura e a sociedade exterior à escola e à educação; 
entre o conhecimento e cultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre a teoria 
(ideias, suposições e aspirações) e a prática possível, dadas determinadas condições. 
Se buscarmos um ensino de qualidade, o currículo é o caminho para avançarmos, 
território que se concentra relações de poder, conferindo a identidade do sistema 
educativo. 
Na escola, por meio da efetivação de um planejamento participativo, é possível 
sensibilizar professores em relação a organização do espaço/tempo para promover a 
construção do conhecimento e assim, lançar um olhar crítico sobre a realidade escolar, 
revendo concepções sobre o ensino e aprendizagem, a fim de possibilitar a revisão de 
nossas práticas pedagógicas. 
Videoaula 1 
Para iniciarmos, assista ao vídeo em que 
serão ressaltados os principais pontos 
abordados nesta aula. 
Utilize o QRcode para assistir! 
No Brasil, as discussões sobre currículo iniciaram a partir dos anos de 1920 e 1930 
influenciados por diferentes teorias, principalmente as dos Estados Unidos.A partir da 
Primeira Guerra Mundial a educação passa a ser vista como a principal responsável 
pela melhoria social e do bem-estar coletivo. Assim o indivíduo passa a ser visto como 
resultado de múltiplas influências do ambiente social. 
Nas décadas de 60 e 70 predominaram as ideias técnicas e o currículo passou a ser 
tomado como algo imutável, técnico e burocrático, isto por influência da burocracia. 
Ainda nestas décadas realizaram-se vários estudos identificando 3 níveis de currículo. 
• Tipos de Currículo
Fonte: do autor 
Videoaula 2 
Para continuarmos, assista ao vídeo em 
que abordaremos os tipos e as teorias de 
currículo. 
Utilize o QRcode para assistir! 
CURRÍCULO 
FORMAL
CURRÍCULO 
REAL
CURRÍCULO 
OCULTO
CURRÍCULO FORMAL: também conhecido como currículo prescrito, que é o currículo 
em sua forma mais idealizada. 
CURRÍCULO REAL: esse conjunto de conhecimentos prescritos pelas instituições de 
educação. 
CURRÍCULO OCULTO: é constituído por todos os saberes que não estão prescritos nas 
diretrizes curriculares, mas que acabam por afetar, positiva ou negativamente, o 
processo de aprendizagem dos conhecimentos escolares. 
Agora, iremos entender melhor cada um deles! 
Fonte: do autor 
CURRÍCULO FORMAL: É tudo aquilo que é imposto pelo
sistema de ensino, diz respeito à proposta definida pelo sistema
educativo por meio de diretrizes curriculares, objetivos e
conteúdo de ensino.
CURRÍCULO REAL: É o planejamento de aula que o professor
faz e vai praticar em sala de aula. É o planejamento e ação. O
currículo real se materializa na sala de aula, no momento no
qual o plano é colocado em prática. Compreende a leitura que
professores e alunos realizam, tendo como ponto de partida o
currículo formal e as vivências de cada um.
CURRÍCULO OCULTO: São todas as manifestações em
ambiente escolar. São as simbologias que formam o ambiente
escolar, que não estão expressos em palavras ou não estão
formalmente no papel. currículo oculto, este corresponde às
diversas influencias que afetam o trabalho do professor e a
aprendizagem dos alunos
Fonte: https://floridachristianuniversity.edu/wp-content/uploads/2019/01/Foto-2.png 
• Currículo: abordagens conceituais e histórica
o Teorias Tradicionais
As teorias curriculares tradicionais, também chamadas de teorias técnicas, foram 
promovidas na primeira metade do século XX, sobretudo por John Franklin Bobbitt, 
que associava as disciplinas curriculares a uma questão puramente mecânica. Nessa 
perspectiva, o sistema educacional estaria conceitualmente atrelado ao sistema 
industrial, que, na época, vivia os paradigmas da administração científica, também 
conhecida como Taylorismo. 
Assim, da mesma forma que o Taylorismo buscava a padronização, a imposição de 
regras no ambiente produtivo, o trabalho repetitivo e com base em divisões 
específicas de tarefas, além da produção em massa, as teorias tradicionais também 
seguiram essa lógica no princípio do currículo. Dessa forma, o currículo era visto como 
uma instrução mecânica em que se elaborava a listagem de assuntos impostos que 
deveriam ser ensinados pelo professor e memorizados (repetidos) pelos estudantes. 
Nesse sentido, a elaboração do currículo limitava-se a ser uma atividade burocrática, 
desprovida de sentido e fundamentada na concepção de que o ensino estava centrado 
na figura do professor, que transmitia conhecimentos específicos aos alunos, estes 
vistos apenas como meros repetidores dos assuntos apresentados. 
o Teorias Críticas
https://floridachristianuniversity.edu/wp-content/uploads/2019/01/Foto-2.png
Por volta da década de 60, surge as primeiras inquietações em relação às propostas 
curriculares tradicionais. Partindo de uma análise assentada em Marx, buscou a 
aproximação entre questões ideológicas e de educação. 
O currículo por muito tempo transmitiu uma ideologia dominante, reproduzida em 
função das disciplinas e conteúdos de ensino, criando assim mecanismos seletivos 
excludentes que não favoreciam as classes submissas. Assim, a escola reproduz uma 
ideologia dominante, reproduzindo a sociedade capitalista e realizando a transmissão 
da cultura dominante. Segundo Moreira e Silva (2001, p. 27): 
Na concepção crítica, não existe uma cultura da sociedade, unitária, homogênea e 
universalmente aceita e praticada e, por isso, digna de ser transmitida às futuras 
gerações através do currículo. Em vez disso, a cultura é vista menos como uma coisa e 
mais como um campo e terreno de luta. Nessa visão, a cultura é o terreno em que se 
enfrentam diferentes e conflitantes concepções de vida social, é aquilo pelo qual se 
luta e não aquilo que recebemos. 
Nesse contexto, o currículo expressa a cultura dominante, assim as crianças menos 
favorecidas são mais propensas ao fracasso escolar, não avançando para níveis mais 
elevados de escolarização. 
o Teorias Pós-críticas
Emergiram a partir das décadas de 1970 e 1980, partindo dos princípios da 
fenomenologia, do pós-estruturalismo e dos ideais multiculturais.Assim como as 
teorias críticas, a perspectiva pós-crítica criticou duramente as teorias tradicionais, 
mas elevaram as suas condições para além da questão das classes sociais, indo direto 
ao foco principal: o sujeito. 
Desse modo, mais do que a realidade social dos indivíduos, era preciso compreender 
também os estigmas étnicos e culturais, tais como a racialidade, o gênero, a orientação 
sexual e todos os elementos próprios das diferenças entre as pessoas. Nesse sentido, 
era preciso estabelecer o combate à opressão de grupos semanticamente 
marginalizados e lutar por sua inclusão no meio social. 
As teorias pós-críticas consideravam que o currículo tradicional atuava como o 
legitimador dos modus operandi dos preconceitos que se estabelecem pela sociedade. 
Assim, a sua função era a de se adaptar ao contexto específico dos estudantes para 
que o aluno compreendesse nos costumes e práticas do outro uma relação de 
diversidade e respeito. 
Além do mais, em um viés pós-estruturalista, o currículo passou a considerar a ideia de 
que não existe um conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de 
perspectiva histórica, ou seja, que se transforma nos diferentes tempos e lugares. 
Indicação de Leitura 
Para encerrarmos a nossa aula de hoje, deixo como indicação de leitura os temas 
abordados nessa aula. Para acessá-los, clique nos links a seguir: 
http://www.lite.fe.unicamp.br/cursos/ep445/u4.htm 
Videoaula 3 
Para finalizarmos, assista ao vídeo que 
apresenta os níveis de currículo. 
Utilize o QRcode para assistir! 
http://www.lite.fe.unicamp.br/cursos/ep445/u4.htm
 
 
Encerramento 
 
Nessa unidade refletimos sobre as teorias de currículo, significados e concepções que 
transitam nesse campo de estudo e as definições de currículo. Assim, podemos concluir que o 
currículo é a cultura contextualizada, selecionada e organizada em um formato pedagógico, 
possuindo um formato como resultado dos objetivos e apresentam ordem, métodos e meios 
de transmissão. 
Desse modo, o currículo é um conjunto de conhecimentos em prol do ensino-aprendizagem 
dos educandos, e quando ele é bem planejado, organizado e elaborado coletivamente por 
todos no contexto escolar, certamente os conhecimentos serão muito mais abrangentes, 
qualitativos e gratificantes para todos que fazem parte do processo do aprender-aprender. 
Além disso, conhecemos as especificidades relativas ao currículo, verificando que ele 
impulsiona todas as ações promovidas pela escola, de acordo com os objetivos educacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esperamos que este guia o tenha ajudado compreender a organização e o 
funcionamento de seu curso. Outras questões importantes relacionadas 
ao curso serão disponibilizadas pela coordenação. 
Grande abraço e sucesso! 
Esperamos que este guia o tenha ajudado compreender a organização e o 
funcionamento de seu curso. Outras questões importantes relacionadas ao curso 
serão disponibilizadas pela coordenação. 
Grande abraço e sucesso!

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