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Trabalho de Parto e Diabetes Gestacional - Tutoria

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Trabalho de Parto e Diabetes Gestacional 
TUTORIA III – MÓDULO II
 
OBJETIVO I: COMPREENDER O DIAGNÓSTICO E AS 
FASES DO TRABALHO DE PARTO, DISCUTINDO AS 
INDICAÇÕES DO PARTO CESÁREO 
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO 
• Define-se o início do trabalho de parto a 
partir da entrada da paciente ao centro 
obstétrico, com dilatação cervical entre 3 e 
4cm, contrações significantes e membranas 
fetais íntegras. 
• Presença das seguintes condições: 
o Contrações uterinas a intervalos 
regulares, que vão progressivamente 
aumentando com o passar do tempo, 
em termos de frequência e 
intensidade, e que não diminuem 
com o repouso. da gestante. O 
padrão contrátil inicial é, geralmente, 
de uma contração a cada 3-5 minutos 
e que dura entre 20 e 60 segundos. 
o Apagamento (esvaecimento) e 
dilatação progressivos do colo 
uterino. 
FASES DO TRABALHO DE PARTO 
1- Dilatação ou apagamento do colo do útero; 
2- Expulsão ou parto do feto; 
3- Estágio da placenta, dequitação, 
delivramento, decedura ou secundamento; 
4- Período de Greenberg. 
DILATAÇÃO OU APAGAMENTO DO COLO DO ÚTERO 
• Inicia-se a dilatação progressiva do colo 
uterino até a cérvice expandir-se totalmente. 
 
• A mulher sente dolorosas contrações 
rítmicas que vêm, primeiramente, a cada 30 
minutos e, depois, a cada 10 minutos. 
• O saco amniótico é comprimido contra o 
canal cervical, contribuindo para a formação 
da “bolsa d’água”, de modo que ambos 
passam a exercer pressão para dilatar as 
porções baixas do útero. 
 
PADRÕES DE DILATAÇÃO 
FASE LATENTE (PREPARAÇÃO) 
• Contrações uterinas regulares e perceptíveis, 
mas pouco dolorosas, responsáveis pela 
dilatação de 3 a 5cm 
FASE ATIVA 
• Contrações tornam-se dolorosas, pois a 
frequência e intensidade aumentam 
progressivamente no intuito de promover a 
rápida dilatação do colo uterino. 
 
 
• Costuma durar de 2,4 a 5,2 horas em 
multíparas e de 4,6 a 11,7 horas em 
primíparas. 
DIVISÕES FUNCIONAIS DO PARTO EM FUNÇÃO DO TEMPO 
 
• Divisão preparatória ou de aceleração: 
momento no qual se iniciam mudanças 
plásticas no colo uterino. 
• Desaceleração máxima ou dilatação rápida: 
quando a dilatação vai de 3 a 9cm. 
• Desaceleração ou divisão pélvica: anterior à 
dilatação completa. 
EXPULSÃO OU PARTO DO FETO 
• Processo iniciado a partir da dilatação 
completa do colo uterino (cerca de 10cm). 
• A principal força vem dos músculos 
abdominais e do diafragma, que elevam a 
pressão intra-abdominal. 
• Após passar pelo colo e pela vagina 
(distendida pela impulsão fetal) o feto sai do 
corpo da mãe e é denominado, então, recém-
nascido (RN) ou neonato. 
• A descida do polo cefálico é dividida em 2 
fases: 
o Pélvica: apresentação fetal está 
acima do plano +3 de DeLee. 
o Perineal: a apresentação está abaixo 
do plano +3 de DeLee. 
• Para as mulheres primíparas, a expulsão dura 
cerca de 50 minutos; para as mulheres 
multíparas, cerca de 20 minutos. 
ESTÁGIO DA PLACENTA 
 
• Começa a partir do nascimento do recém-
nascido e encerra pela expulsão da placenta 
e das membranas fetais. 
o São expelidos graças às contrações 
uterinas restauradas e à pressão 
intra-abdominal aumentada. 
• Dura 15 minutos. 
2 TIPOS DE DEQUITAÇÃO 
• Baudelocque-Schultze ou central: quando a 
placenta estava inserida posteriormente ao 
fundo do útero. 
o Exteriorização da face placentária 
fetal seguida de eliminação do 
coágulo (hematoma 
retroplacentário). 
o Baudelocque-Duncan ou periférica: 
quando a placenta estava inserida na 
parede lateral do útero. 
 
 
 
 
PERÍODO DE GREENBERG 
• Estágio conhecido pela retração uterina e 
formação de coágulos fisiológicos. 
• Os coágulos impedem as grandes 
hemorragias e são dependentes da 
contração uterina, do miotamponamento e 
do trombotamponamento. 
• Dentro de 1 hora após o parto, o útero 
adquire maior tônus, entrando na fase de 
contração uterina fixa que atua na 
manutenção da hemostasia uterina. 
MECANISMOS DO PARTO 
 
INSINUAÇÃO 
 
• Passagem da maior circunferência da 
apresentação através do anel do estreito 
superior. 
• Ponto mais baixo da apresentação à altura 
das espinhas ciáticas (plano “0” de Delee). 
• Tempo preliminar: redução dos diâmetros, o 
que, nas apresentações cefálicas, é 
alcançado pela flexão (na apresentação de 
vértice) ou deflexão (na apresentação de 
face). 
• No início dessa fase, a cabeça fetal encontra-
se acima do estreito superior da bacia, em 
flexão moderada, com a sutura sagital 
orientada no sentido do diâmetro oblíquo 
esquerdo ou do transverso e com a pequena 
fontanela (fontanela lambdoide) voltada 
para esquerda. 
• Reduzindo os seus diâmetros, pelos 
movimentos apontados, a cabeça fetal 
transpõe o estreito superior da bacia. 
DOIS TIPOS DE INSINUAÇÃO 
• Insinuação estática: flexão por aconchego no 
segmento inferior e na descida, 
conjuntamente com o útero, por tração dos 
ligamentos sustentadores do órgão e 
pressão das paredes abdominais. 
• Insinuação dinâmica: flexão por contato com 
o estreito superior da bacia e descida à custa 
das contrações expulsivas. 
DESCIDA 
• A descida inicia desde o início do trabalho de 
parto e termina no momento da expulsão 
fetal. 
• Penetração rotativa: à medida que o polo 
cefálico roda, vai progredindo no seu trajeto 
descendente. 
• Rotação interna da cabeça: estando a 
extremidade cefálica distendida e dilatada, as 
estruturas musculoaponeuróticas que 
compõem o diafragma pélvico sofrem 
movimento de rotação e assim a sutura 
sagital se orienta no sentido anteroposterior 
da saída do canal. 
 
 
• Insinuação das espáduas: penetração das 
espáduas através do estreito superior da 
bacia. 
DESPRENDIMENTO 
 
• Após o movimento de rotação, o suboccipital 
coloca-se sobre a arcada púbica e a sutura 
sagital orienta-se em sentido 
anteroposterior. 
• Ocorre por meio da deflexão. 
• Rotação externa da cabeça: Assim que ocorre 
o desvencilhamento, a cabeça agora livre e 
no exterior, sofre novo e ligeiro movimento 
deflexão. 
• Rotação interna das espáduas: com a 
chegada ao assoalho pélvico as espáduas 
sofrem movimento de rotação interna. 
• Desprendimento das espáduas: a espádua 
anterior transpõe a arcada púbica e aparece 
através do orifício vulvar. Com a progressão 
em direção à saída, desprende-se a espádua 
posterior. 
INDICAÇÕES DA CESÁREA 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS VANTAGENS DO PARTO NORMAL 
PARA A MÃE 
• Favorece o vínculo entre o bebê e a mãe, pois 
permite interação “pele a pele” 
imediatamente após o nascimento. 
• Menor tempo de internação hospitalar. 
• Menor tempo de recuperação no puerpério. 
• Dor reduzida após o parto. 
• Ausência de cicatriz abdominal. 
• Menor chance de infecções. 
PARA O BEBÊ 
• Reduz a chance de o bebê ficar com 
dificuldade para respirar após o nascimento 
(ao passar pelo canal vaginal, o tórax do bebê 
é comprimido, favorecendo a expulsão do 
líquido amniótico dos pulmões). 
• Diminui chance de o bebê nascer antes da 
hora (o trabalho de parto começa quando o 
filho está pronto). 
• Ajuda o bebê a formar a flora intestinal (a 
flora do canal vaginal da mãe contribui nesse 
processo). 
• Reduz as chances de doenças alérgicas e 
autoimunes. 
• Fortalece o sistema neurológico do bebê. 
OBJETIVO II: DISCUTIR O CONCEITO, FATORES DE 
RISCO, FISIOPATOLOGIA, MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS, CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS E 
COMPLICAÇÕES MATERNO-FETAIS DO DIABETES 
GESTACIONAL. 
CONCEITO 
• Diabetes mellitus gestacional (DMG) é 
definido como qualquer grau de intolerância 
à glicose, com início ou primeiro 
reconhecimento durante a gestação. 
• Esta definição se aplica independentemente 
do uso de insulina ou se a condição persiste 
após o parto e não exclui a possibilidade de a 
 
 
intolerância à glicose ter antecedido a 
gravidez. 
FATORES DE RISCO 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
• A gestação é caracterizada por aumento da 
resistênciaperiférica à ação insulínica e 
incremento na produção de insulina pelas 
células betapancreáticas. É considerado um 
estado de resistência à insulina, que pode 
levar à passagem do estado normal de 
tolerância à glicose ao de portadora de 
diabetes. 
• Esse aumento da resistência ocorre em 
virtude da secreção placentária de 
hormônios antagônicos à ação da insulina. 
• O metabolismo energético na gestação tem 
duas fases maternas bem distintas: 
o Anabólica: do início de gestação até a 
24a semana, na qual o aumento da 
produção dos hormônios 
placentários determina hiperplasia e 
hipertrofia das células beta, com 
consequente aumento da produção 
de insulina. 
▪ Nesta fase, a glicemia das 
gestantes tende a diminuir, 
aumentando a reserva de 
glicogênio e de gordura e 
ocorre a inibição da 
gliconeogênese. 
o Catabólica: da 24a semana até o final 
da gestação, na qual a placenta 
aumenta substancialmente a sua 
produção de hormônios 
hiperglicemiantes, com consequente 
aumento da resistência periférica à 
insulina, hiperinsulinismo, diminuição 
da reserva de glicogênio e gordura e 
aumento da gliconeogênese. 
• As gestantes que não têm reserva 
pancreática adequada para responder a essa 
necessidade de aumento da produção de 
insulina desenvolvem hiperglicemia de graus 
variáveis. 
• Após a ligadura do cordão umbilical ao 
nascimento, o concepto com níveis elevados 
de insulina metaboliza rapidamente a glicose 
e desenvolve hipoglicemia neonatal. 
• A hiperinsulinemia também retarda a 
produção do surfactante pulmonar, levando 
ao atraso na maturidade pulmonar fetal e, 
por esse motivo, ao risco aumentado da 
síndrome de desconforto respiratório no 
berçário. Além disso, a hiperglicemia fetal 
está associada ao aumento de radicais livres 
 
 
de oxigênio, que são os responsáveis pela 
maior ocorrência de malformações fetais 
nessa população. 
RASTREAMENTO 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Uso de fatores clínicos de risco para DMG, 
associados à glicemia de jejum no início da 
gravidez (antes de 20 semanas ou tão logo 
seja possível), para o rastreamento de DMG. 
• O diagnóstico de DMG seria estabelecido 
diante de pelo menos dois valores maiores ou 
iguais a 95 mg/dL (jejum), 180 mg/dL 
(primeira hora) e 155 mg/dL (segunda hora). 
• Mulheres que apresentem duas glicemias de 
jejum ≥ 126 mg/dL também têm o diagnóstico 
de DMG confirmado, sem a necessidade de 
realizar o teste de sobrecarga de glicose. 
 
PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES 
MÃE 
• Cesariana. 
• Pré-eclâmpsia. 
• Aborto espontâneo. 
• Desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2. 
• HAS. 
• Infecções e partos pré-termo. 
FETO 
• Prematuridade. 
• Macrossomia. 
• Distocia de ombro. 
• Hipoglicemia. 
• Morte perinatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Millena Cardoso – Passei Direito 
https://www.passeidireto.com/perfil/millena-cardoso/ 
Referências 
 
NASCIMENTO DJ. Manual de Orientação Gestação de Alto Risco. —2ª Ed. – São Paulo: Federação Brasileira das 
Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2011 
OLIVEIRA JE, VENCIO S. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; 
organização A.C. Farmacêutica, 2016. 
RUDGE MVC, VASCONCELLOS MJA. Diabetes e hipertensão na gravidez: manual de orientação / FEBRASGO; São 
Paulo: Ponto, 2004. 
MELO VH, PIRES DO RIO SM. Projeto Diretrizes: Assistência Pré-Natal. (disponível em: 
http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/02-AssistPre.pdf) 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e 
puerpério: assistência humanizada à mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área 
Técnica da Mulher. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. (disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd04_13.pdf) 
BRASIL. Gestação de Alto Risco – Manual Técnico. Ministério da Saúde. 5ª edição 2012 (disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf.) 
Fases do trabalho de parto | Colunistas - Sanar Medicina. Disponível em: <https://www.sanarmed.com/fases-do-
trabalho-de-parto-colunistas>. Acesso em: 30 mar. 2022.

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