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ebook patologias audiológicas

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
AUDIOLOGIA CLÍNICA
MANUAL DE PATOLOGIAS AUDITIVAS
Emily Nascimento Lopes
CANOAS
2021
Neurinoma do Acústico ou Schwannoma
Tumor do nervo auditivo (VIII nervo craniano) com crescimento fibroso, benigno,
unilateral, que se originam nas células que recobre o nervo vestibular (células de
Schwann). Mais comum se desenvolver no conduto interno em mulheres que têm
entre 35 a 50 anos de idade.
CARACTERÍSTICAS:
● Benigno;
● Mais comum em mulheres;
● Geralmente entre os 35 e 50 anos de idade;
● Unilateral ou associado à fibromatose tipo II;
● Crescimento lento e variável;
● Comumente assintomático;
● Não faz metástase;
CAUSAS: Não tem fator hereditário, predisposição genética ou deformação do
embrião, trauma, doença metabólica.
1
SINTOMAS:
● Dor de cabeça;
● Dor de ouvido;
● Sensação de entupimento do ouvido;
● Ruído ou zumbido nos ouvidos;
● Desequilíbrio;
● Perda da audição nas frequências agudas;
● Comprometimento vestibular;
● Perda de movimento da hemiface e sensibilidade;
TRATAMENTO: Cirurgia, radioterapia e monitoramento.
ACHADOS AUDIOLÓGICOS:
● Perda sensorioneural
● Unilateral
● Assimétrica
● Acomete frequências agudas
● Curva timpanométrica do tipo A
● Reflexos ausentes
● PEATE apresenta anomalia dos limiares e latências . Aumento nas ondas
I e III (2, 3ms ). Intervalo aumentado entre as ondas I e V (acima de
4,4ms). Diferença Interaural (acima d e 0, 4ms ) na onda V. Ausência da onda
I.
● Baixo índice de IRF
● Audiometria
● Imitanciometria
*Abaixo segue audiometria e imitanciometria
2
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
3
Otite
Inflamação de orelha média e externa, assim como na mucosa do ouvido ou do
tímpano. Otite recorrente é a infecção de ouvido ocorrida antes dos seis meses por
acúmulo persistente de fluido no ouvido, infecções anteriores, etc .
Características: Dor de ouvido, principalmente pela entrada de microrganismos na
orelha. Mais comum em crianças entre seis e 36 meses, embora possa acontecer
em qualquer idade, devido a hábitos de higiene prejudiciais. Problema corriqueiro e
de fácil solução. Pode ser viral ou bacteriana.
Sintomas: Otite externa
● Dor intensa
● Dificuldade de ouvir
● Secreção no ouvido
● Coceira
Sintomas: Otite média
● Inchaço das mucosas e do nariz
● Acúmulo de líquidos no ouvido médio
● Dor
● Febre
● Pressão no ouvido
4
Tipos de Otite
Otite Média Crônica: ocorre no ouvido médio. Obstrução da tuba auditiva.
Sintomas dependem da parte do tímpano que estiver perfurado (central ou
marginal). Pode ocorrer a piora no quadro de inflamação na otite crônica, gerando
complicações graves, como paralisia facial, tontura e meningite.
Otite Aguda: Inflamação da OM com presença de líquido. Mais comum em crianças
entre três meses e três anos , podendo ser viral ou bactericida. Pode ser relacionada
com congestionamento nasal ou alergia respiratória superior. Sintomas são dor
persistente; dificuldade de audição ; dor; diarreia; febre alta; líquido no ouvido ; e dor
de cabeça. Se repetir mais de quatro vezes ao ano é chamado de otite de repetição.
CLASSIFICAÇÃO OTITE MÉDIA AGUDA
● Otite Serosa (Resultante de OMA ou disfunção da tuba auditiva, líquido com
aspecto seroso e transparente, consequente de infecções respiratórias.
Indolor, retração da MT Meatoscopia: Membrana timpânica com mobilidade
reduzida, retraída e integra, nível líquido, presença de bolhas, alteração na
coloração).
● Otite Supurativa: (É uma perfuração ampla da membrana timpânica, com
drenagem persistente, com mucosa inflamada, espessada e podendo ter
pólipos. Causa otorreia crônica, com muco purulento, odor fétido, e pode
acarretar em deterioração ossicular).
● Otite Colesteatomatosa: Presença de colesteatoma. Membrana timpânica
retraída e com bolsas de queratina e perfurada. Infecção contínua, causando
destruição óssea, perda auditiva (condutiva ou mista). O indivíduo pode ter
otorreia indolor, contínua e fétida, vertigem, cefaleia
ACHADOS AUDIOLÓGICOS:
● Perda auditiva tipo: Condutiva
● Unilateral
● Grau: Leve à moderado
● Otite média crônica (avançada), PA do tipo mista
● GAP: de 25 à 40dB
● Curva timpanométrica do tipo C ou B (avançado)
● Reflexos acústicos ausentes
5
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
6
Colesteatoma
O colesteatoma é uma doença importante e relativamente comum. Quando não
tratada, pode ter graves complicações e resultar em perda auditiva parcial ou total.
Um colesteatoma é um tumor benigno que afeta o ouvido médio. A doença consiste
em um acúmulo de camadas de pele localizadas atrás da membrana timpânica,
pode ser congênito ou adquirido.
Congênito decorrente da existência de inclusão de epitélio escamoso ceratinizante
embrionário que cresce no osso temporal.
● Características:
● MT íntegra
● Sem história prévia de alt. otológica
● Trata-se de uma anomalia do desenvolvimento embriológico (tecido epitelial
no osso temporal)
7
Adquiridos lesão prévia OM
● Por traumatismo, iatrogenia, metaplasias, hiperplasia invasiva de células
basais, hiperceratose invasiva, invaginação secundária
● Primários: origem a partir de um defeito na região atical do osso temporal a
nível da pars flácida da MT
● Secundários: origem a partir de uma perfuração marginal da MT
Etiologia
Congênita: inclusões embrionárias de epitélio escamoso, durante o
desenvolvimento do osso temporal .
Migratória: crescimento da pele do MAE para o interior da OM através de uma
perfuração marginal da MT .
Metaplásica: perfuração da MT leva a uma metaplasia da mucosa de revestimento
da OM, na presença de fatores irritativos locais Pode também ocorrer nas
atelectasias da MT ou nas otites adesivas contato da pele da MT com a mucosa do
promontório .
Sintomas:
● Otorréia – cor amarelada, espessa e fétida (Algumas vezes há um pouco de
sangue decorrente da ruptura de vasos sanguíneos da mucosa da OM,
devido ao processo inflamatório.
● Hipoacusia
● Colesteatoma freq. lesa a cadeia ossicular
● zumbido e tontura
● Perda de equilíbrio
● Dor é rara e é um sinal de complicação
Tratamento:
● Remoção cirúrgica – cirurgias radicais e radicais modificadas
● Manutenção da orelha operada em condições saudáveis e protegidas de
agressões externas (moldes de silicone)
● Recuperação da audição
8
AUDIOMETRIA
9
Ototoxicidade
A ototoxicidade é caracterizada por gerar danos aos sistemas coclear e/ou vestibular
decorrentes da exposição a algumas substâncias químicas (agentes ototóxicos):
drogas medicamentosas, químicos e metais pesados.
TIPOS:
● Ototoxicidade coclear: ocorre degeneração das células ciliadas externas , na
parte basal do órgão de Corti.
● Ototoxicidade vestibular: ocorre degeneração das células ciliadas
vestibulares dos canais semicirculares.
Fatores de risco:
● Função renal alterada;
● Predisposição;
● Doses érica ou cumulativa;
● Idade;
● Gravidez;
Sintomas:
● Perda auditiva;
● Hiperacusia;
● Zumbido;
● Alteração do equilíbrio;
● Náusea;
● vômito;
● vertigem;
Tratamento: Limiares auditivos podem voltar a normalidade desde que cessada
exposição ao agente. Alguns indivíduos podem apresentar progressão da perda
gerando comprometimento mais severo. O Monitoramento auditivo é fundamental.
Achados Audiológicos:
● Perda sensorioneural
● Bilateral
● Acomete frequências altas
● Assimétrica
● Curva audiométrica descendente, posteriormente horizontal
● Curva timpanométrica do tipo A
● Reflexos presentes
10
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
11
Trauma Acústico
O trauma acústico é uma lesão da orelha média ou interna que normalmente é
provocada pela exposição a ruídos muito elevados. O dano auditivo pode ser
relacionado a uma única exposição a ruído intenso. É a perda súbita da audição,
geralmente aparece o zumbido, podendo haver o rompimento da membrana
timpânica.
Características :
● A intensidade sonora capaz de provocar trauma acústico é de 120dB.
● Em muitos casos, o primeiro impacto da perda está nos sons de alta
frequência, seguido dos de baixa frequência.
● Quando ocorre uma explosão, a descompressãobrusca e violenta pode
acarretar dor e lesões simultâneas da orelha média, como ruptura da
membrana timpânica e/ou desarticulação dos ossículos, assim como
distúrbios vestibulares .
Sintomas:
● Perda auditiva;
● zumbido;
● Problemas de equilíbrio;
● Ansiedade;
● Hipersensibilidade;
Tratamento: medicamentos ou indicação de uso de aparelho auditivo.
Importante monitoramento.
12
Achados Audiológicos:
● Sensorioneural
● Bilateral
● Acomete frequências altas, principalmente em 4000Hz
● Grau da perda leve, severa ou profunda.
● Pode haver comprometimento da discriminação vocal
● Curva timpanométrica do tipo A (quando não há comprometimento da
membrana timpânica)
● Reflexos acústicos presentes
AUDIOMETRIA
13
Doença de Meniere
Distúrbio causado pelo aumento do volume da endolinfa (líquido existente no
labirinto, responsável pelo equilíbrio), na orelha interna. Inicialmente a perda
auditiva é flutuante, podendo vir a ser permanente.
Sintomas: Os sintomas podem vir de maneira repentina, e ter duração de
minutos até horas, e são eles:
● zumbido,
● perda auditiva,
● plenitude auricular,
● vertigem, acompanhada de náuseas e vômitos.
Incidências: mais em homens. Ocorre por volta dos 30 a 60 anos.
Tratamento: Não possui cura e os medicamentos irão tratar os sintomas.
Causa: Não tem-se uma causa exata conhecida. A perda auditiva pode
tornar- se permanente, associada a desconforto diante sons fortes, sensação de
oclusão e dificuldade de compreender palavras.
Classificação:
Típica : todos os sintomas estão presentes;
Atípica: sintomas cocleares ou vestibulares;
Progressiva: sintomas não conseguem ser controlados. Crises tornam- se mais
frequentes.
Não progressiva: evolui com crises e sintomas esporádicos.
Grau Leve: tonturas alternadas
Moderada: tonturas alternadas e desequilíbrio
Severa: sintomas impossibilitam qualquer atividade. Acompanha náuseas e
vômitos.
14
Achados Audiológicos
● Perda sensorioneural
● Unilateral
● Inicialmente acomete as baixas frequências
● IRF abaixo de 90%, compatível com o grau da perda
● Curva timpanométrica do tipo A
● Reflexos presentes, indicando recrutamento
● Compromete função coclear e vestibular
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
15
Fístula perilinfática
Considerada como uma comunicação anormal entre a cóclea e a cavidade da
orelha média, é um comprometimento raro do labirinto.
Sintomas: O paciente pode ter crises de curta duração (segundos a minutos)
desencadeadas por pequenos esforços, em alguns casos os sintomas podem ser
prolongados ao longo de dias.
● vertigem (com sensação de rotação),
● náusea,
● desequilíbrio,
● zumbido e hipoacusia, ocorrem de maneira associada ou isolada.
Tratamento: Essa condição pode ser curada, mas necessita de cirurgia para
corrigir e pode ser temporária ou permanente.
Achados Audiológicos
● Sensorioneural
● Unilateral
● Curva
● timpanométrica do tipo A ou AD
● Reflexos acústicos presentes
16
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
17
Otosclerose
É a calcificação do estribo, onde a movimentação dele torna-se incorreta, impedindo
que as vibrações sonoras passem para o ouvido interno (surdez de condução) Estas
alterações também podem ocorrer em regiões da cóclea levando a surdez da cóclea
(surdez neural). Não há comprometimento do martelo nem da bigorna.
Incidência: Mais em mulheres, por volta dos 20 a 30 anos. Pode evoluir para surdez
após os 50 anos.
Sintomas: Perda auditiva, zumbido em 70% dos casos, vertigens e desequilíbrios.
Causa: Hereditariedade em 80% dos casos.
Tratamento: medicamentoso e indicação de prótese auditiva.
Achados Audiológicos
Otosclerose Coclear:
● Sensorioneural
● Com progressão
● Pode-se fazer implante coclear ou de tronco encefálico
● Curva timpanométrica do tipo Ar
● Rinne negativo
● Reflexos ausentes
Otosclerose do Estribo:
● + Condutiva
● Acomete frequências baixas
● Curva timpanométrica do tipo Ar
● Rinne negativo
● Reflexos ausentes
18
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
19
Surdez Súbita
É a perda auditiva abrupta ou rapidamente progressiva da audição, no
decorrer de minutos, horas ou dias.
Características: Ocorre por perda de cerca de 30 dB em três ou mais frequências
consecutivas, em um período de 72 horas.
Causa inexacta (chamada surdez súbita idiopática).
Causas relacionadas com a perda súbita de audição são: virais, distúrbios
vasculares, ototóxicas, traumas acústicos, rupturas de membranas e fatores
de predisposição, como: diabetes, traumas cranianos, hipertensão arterial, entre
outros .
Sintomas:
● Diminuição da audição,
● zumbido,
● vertigem,
● sensação de pressão no ouvido,
● estalo no ouvido afetado (esporadicamente).
Tratamento: medicamentos corticoides, anti - inflamatório e/ou vasodilatadores para
tratar o problema. Estima -se que um terço dos pacientes tenha alguma melhora.
Achados Audiológicos
● Sensório neural
● Unilateral
● Curva timpanométrica do tipo A
● Reflexos acústicos presentes
20
AUDIOMETRIA
21
Presbiacusia
É a diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, por alterações
degenerativas, fazendo parte do processo individual de envelhecimento. Com o
avanço da idade ocorre diminuição de mitose de algumas células. Tem caráter lento,
gradual e silencioso.
Sintomas: Perda da inteligibilidade de fala, zumbido, comprometimento da
comunicação verbal e incapacidade auditiva.
Classificação:
Neurossensorial: mais comum, bilateral e assimétrico. Progressão lenta. Não
atinge fala. Ocorre atrofia do órgão de Corti e nervo auditivo.
Neural: perda auditiva rápida e progressiva. Acomete entendimento de fala. Melhor
adaptação a aparelho. Paciente tem perda generalizada do neurônio.
Metabólica: perda do tipo sensorioneural curva plana e ótima discriminação de fala.
Limiares abaixo de 50dB no gráfico
Mecânica: (coclear condutiva): Distúrbio da mobilidade mecânica devido ao
enrijecimento da membrana basilar e alterações nas características de ressonância.
Curva descendente, bilateral e simétrica. Excelente discriminação de fala.
Tratamento: não existe tratamento. É irreversível
Achados Audiológicos
● Sensorioneural
● + Bilateral
● Assimétrica
● Inicialmente nas frequências altas, progredindo para média e baixas
frequências.
● Compromete a discriminação de fala
● + Curva timpanométrica do tipo A
● Reflexos acústicos presentes ou ausentes
22
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
23
Perda Auditiva Induzida por Pressão Sonora Elevada/Ruído (PAIR)
Ocorre a degeneração das células ciliadas externas (parte basal das c.c.e, da
região do órgão de Corti), por exposição a ruídos de forma contínua de elevados
níveis de pressão sonora. O agravante de PAIR para os trabalhadores é quando a
média da exposição está acima de 85 dB em 08h de trabalho.
Causas : A perda auditiva relacionada ao trabalho é considerada uma
das doenças mais frequentes na população trabalhadora. Agentes causais: vibração
(britadeiras), calor (caldeiras ), substâncias químicas (combustíveis e solventes).
Incidência: A PAIR pode ser encontrada principalmente em ramos como: têxtil,
siderurgia, metalurgia, papel, vidraria entre outros.
Sintomas: Perda auditiva, cefaleia, zumbido, dificuldade de discriminação sonora.
Dificuldade no entendimento de fala.
Tratamento: PAIR é irreversível e progressiva quando não cessada a exposição ao
ruído (agente causador). A reabilitação pode ser feita por meio de ações
terapêuticas individuais e em grupo , a partir da análise cuidadosa da avaliação
audiológica do trabalhador por um profissional capacitado , o fonoaudiólogo.
Achados Audiológicos
● Perda sensório neural
● Bilateral
● Acomete frequências altas – 3000/4000 ( importantes para fala) e 6000 Hz
● Curva timpanométrica do tipo A
● Reflexos presentes
24
AUDIOMETRIA
IMITANCIOMETRIA
25
Meningite
Meningite é uma infecção que se instala normalmente quando bactérias ou vírus
atacam as meninges. O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica do paciente e no
exame do líquor, líquido que envolve o sistema nervoso.
Em caso de umainfecção acentuada, há o risco de a otite desencadear uma
meningite, por exemplo, pois a meninge (membrana que reveste o sistema nervoso
central, o cérebro e a medula espinhal) passa próximo do ouvido médio.
Sintomas: Os sintomas são iguais tanto na viral, quanto na bacteriana e são eles:
● Febre
● Confusão mental
● Cefaleia
● Rigidez na nuca
● Fotofobia
● Vertigem e sensibilidade a ruído
Tratamento: Dependendo da causa, a meningite pode melhorar com o tempo ou
pode ser fatal, necessitando de tratamento antibiótico urgente.
Achados audiológicos
● Perda neurossensorial severa a profunda,
● Unilateral progressiva
● Timpanometria Tipo A
● Reflexos acústicos podem estar presentes
● IRF menor que 60 %
AUDIOMETRIA E IMITANCIOMETRIA
26
Alteração auditiva neurossensorial hereditárias
A perda auditiva hereditária, seja como uma manifestação de uma determinada
síndrome ou sem qualquer outra anomalia associada, é, na maioria das vezes,
regida pelas leis mendelianas da hereditariedade. Se um gene anormal for suficiente
para produzir uma deficiência auditiva, a perda é hereditária, caracterizada por um
traço dominante. Se um par de genes anormal (um de cada genitor) for necessário
para produzir a alteração, a deficiência é caracterizada por uma herança recessiva.
Na transmissão de uma perda auditiva hereditária dominante, um dos pais, em geral,
é afetado (com comprometimento auditivo), e transmite a anormalidade para cerca
de 50% de seus filhos. Na transmissão recessiva, ambos os pais são portadores do
gene, porém geralmente não são afetados (audição normal), e passam a perda
auditiva para aproximadamente 25% dos seus filhos.
A perda auditiva hereditária também pode ser do tipo condutiva ou mista, mas na
maioria dos casos é do tipo neurossensorial. Isto significa que genes anômalos são,
muitas vezes, responsáveis por alterações estruturais ou fisiopatológicas das células
da orelha interna ou por degeneração de suas estruturas. Perda auditiva hereditária
e congênita freqüentemente são vistas como sinônimas, mas nem sempre o são. A
perda auditiva congênita está presente ao nascimento, mas não necessariamente é
hereditária, podendo ser decorrente de outras causas (infecções maternas). Por
outro lado, existem casos de deficiência auditiva hereditária que se manifestam
tardiamente na vida dos indivíduos.
Aproximadamente metade de todas as deficiências auditivas descobertas na infância
são de causa genética, na maioria das vezes são monogênicas e associadas à
surdez neurossensorial. Na surdez do tipo hereditária, 75 a 88% são recessivas e ao
redor de 10% são autossômicas dominantes.
A perda auditiva hereditária é bastante comum e atinge várias crianças ao nascer,
tendo como principal causa as mutações genéticas. Por isso, é muito importante
realizar o teste da orelhinha em todas as crianças com até 1 mês de vida. Essas
mutações podem atingir vários genes, mas é mais comum no gene da conexina 26.
Além disso, também existe uma mutação que afeta a função das células ciliadas que
estão localizadas no tímpano, provocando a perda auditiva neurossensorial em
todas as frequências. Logo, a audição dos indivíduos que sofrem com essa mutação
pode ser comprometida desde o nascimento. A maior parte das pessoas que sofre
com a perda auditiva hereditária necessita usar aparelhos auditivos para amplificar o
som.
A classificação da perda auditiva neurossensorial hereditária é baseada tanto em
características genéticas, etiológicas, como histopatológicas. Estudos do osso
temporal em pacientes com perda auditiva neurossensorial hereditária, podem
mostrar ausência do órgão espiral, degeneração do gânglio espiral e degeneração
irregular da estria vascular.
Doenças genéticas que causam surdez:
27
https://comunicareaparelhosauditivos.com/como-funcionam-os-aparelhos-auditivos/
Síndrome de Usher: Nessa doença, a perda auditiva é resultante de uma mutação
genética que atinge as células nervosas da cóclea, órgão interno da orelha que
também é responsável pelo equilíbrio.
Síndrome de Pendred: Essa síndrome é provocada por uma alteração na produção
de hormônios responsáveis pela regulação e metabolismo do crescimento. Nela,
acontece o chamado bócio, um crescimento da glândula tireoide com uma redução
da produção hormonal e, também, a perda de audição.O problema é hereditário e
causa a perda auditiva/surdez desde o nascimento, mas também é possível se
desenvolver na infância. Os sintomas incluem problemas no equilíbrio, aumento da
tireoide, alteração no ouvido interno e perda auditiva.
Otosclerose: Essa doença é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido
ósseo, o que impede a movimentação do estribo (ossículo que fica dentro do
ouvido). Quando está imobilizado, o osso não faz a condução das vibrações das
ondas sonoras de forma correta. Existem casos onde os ossos enrijecidos ainda se
instalam ao redor da cóclea, o que compromete também a transmissão de impulsos
nervosos para o cérebro.
Síndrome de Brown Vialetto Van Laere: Essa doença neurológica é rara e é
caracterizada por uma paralisia cerebral que está relacionada à surdez
neurossensorial. Os sintomas principais, que podem surgir na infância ou na fase
adulta, são comprometimento da respiração, epilepsia, fraqueza na face e nos
membros. A literatura refere que a hereditariedade, é responsável por grande parte
das perdas auditivas bilaterais severas e/ou profundas. A perda auditiva hereditária,
seja como uma manifestação de uma determina da síndrome ou sem qualquer outra
anomalia associada, é na maioria das vezes, regida pelas leis mendelianas da
hereditariedade.
TRATAMENTO: Não há cura. Paciente pode usar aparelho auditivo.
CAUSA: Genético ou sindrômica.
CARACTERÍSTICAS AUDIOLÓGICAS: Perda bilateral severa e profunda. A perda
auditiva em crianças sindrômicas pode ser condutiva, mista ou neurossensorial.
EXAMES: Audiometria, curva timpanométrica tipo A.
AUDIOMETRIA E IMITANCIOMETRIA
28
https://comunicareaparelhosauditivos.com/tipos-de-surdez/
Esclerose múltipla
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune ou seja,
as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central,
provocando lesões cerebrais e medulares. Os pacientes são geralmente jovens, em
especial mulheres de 20 a 40 anos.
SINTOMAS:
● fadiga intensa,
● depressão,
● fraqueza muscular,
● alteração do equilíbrio da coordenação motora,
● dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.
CAUSA: A causa da doença ainda é desconhecida.
TRATAMENTO: não tem cura.
AUDIOLOGIA: a perda de audição devido a Esclerose Múltipla (EM ) é incomum.
Apenas 6 por cento dos pacientes com EM foram diagnosticados com perda auditiva
devido à doença.
EXAMES: exames de sangue, raios-x, uma ressonância magnética e exame de
potencial evocado visual. Um diagnóstico de esclerose múltipla é dado quando
nenhuma outra desordem física é descoberta durante os exames.
29
REFERÊNCIAS
LAZARINI, Paulo Roberto; CAMARGO, Ana Cristina Kfouri. Surdez súbita idiopática: aspectos
etiológicos e fisiopatogênicos. Rev. Bras. Otorrinolaringol., São Paulo , v. 72, n. 4, p. 554-561, Aug.
2006 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992006000400019&lng=en&nrm=iso
>. access on 23 May 2021. https://doi.org/10.1590/S0034-72992006000400019.
AMORIM, Aline Mizozoe de et al . Perda auditiva hereditária: relato de casos. Rev. CEFAC, São
Paulo , v. 10, n. 1, p. 117-125, Mar. 2008 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462008000100016&lng=en&nrm=iso
>. access on 23 May 2021. https://doi.org/10.1590/S1516-18462008000100016.
https://pebmed.com.br/schwannoma-do-acustico-um-tumor-silencioso/
https://comunicareaparelhosauditivos.com/otite-tipos-causas-tratamentos/
https://www.direitodeouvir.com.br/blog/colesteatoma-descubra-causas-sintomas#:~:text=O%20coleste
atoma%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,localizadas%20atr%C3%A1s%20da%20membrana
%20timp%C3%A2nica.
https://forl.org.br/Content/pdf/seminarios/seminario_50.pdf
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uem_cien_pdp_edna_raymundini.pdf
http://www.audistore.com.br/site/tag/saude-auditiva/page/3/#:~:text=A%20doen%C3%A7a%20de%20
M%C3%A9ni%C3%A8re%2C%20chamada,idade%2C%20at%C3%A9%20mesmo%20em%20crian%
C3%A7as.
https://www2.ib.unicamp.br/atlasorelha/bineuorelha1.html
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