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GAB 1 poli- D1

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Gabaritos 
e Resoluções
1o POLIEDRO ENEM
1o DIA | 2022
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01
_ 22_ENEM_ING_LZ_L1_Q01
A new study shows that the brain takes advantage 
of the rest periods during practice to review new skills, a 
mechanism that facilitates learning. The work appears in 
the journal Cell Reports.
A lot of the skills we learn in life are sequences of 
individual actions. For example, playing a piece of piano 
music requires pressing individual keys in the correct 
sequence with very precise timing. That level of virtuosity 
requires a ton of practice and a lot of repetition. But it also 
requires a certain amount of rest.
We know from previous research that interspersing rest 
with practice during training is advantageous for learning a 
new skill. In fact, we recently showed that virtually all early 
skill learning is evidenced during rest rather than during the 
actual practice.
It’s during those intermittent breaks that the brain starts 
to sew together the individual movements that make up a 
seamless piece.
HOPKIN, Karen. “Your Brain Does Something Amazing between Bouts of Intense Learning”. 
Disponível em: <https://www.scientificamerican.com>. Acesso em: 6 ago. 2021. (Adaptado)
Na primeira frase do texto, a expressão “takes advantage” 
se refere à ideia contida no excerto de que o aprendizado 
de novas habilidades
A decorre de sequências de ações individuais.
B ocorre quando o cérebro se aproveita do treino 
recorrente.
C é mais vantajoso quando o treino é intercalado com o 
descanso.
D torna-se efetivo quando o aprendiz descansa mais do 
que pratica.
E depende da quantidade de prática e de repetição por 
parte do aprendiz.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H5
A expressão “to take advantage”, em português, significa 
tirar proveito de algo. No texto, mesmo sem saber o 
significado exato dessa expressão, é possível inferi- 
-lo por meio da apreensão da ideia central do texto: para 
aprender, são necessários intervalos intermitentes, ou seja, 
uma intercalação entre prática e descanso. A ideia central é 
a de que o cérebro tira proveito dos momentos de descanso 
para “costurar” as habilidades individuais que resultam no 
aprendizado (“It’s during those intermittent breaks that the 
brain starts to sew together the individual movements that 
make up a seamless piece.”).
Alternativa A: incorreta. A informação de que o aprendizado 
de novas habilidades decorre de sequências de ações 
individuais está no texto (“A lot of the skills we learn in 
life are sequences of individual actions”), mas não está 
relacionada à ideia da expressão “takes advantage”, a qual 
significa que o cérebro se aproveita de algo.
Alternativas B e E: incorretas. As alternativas ignoram a 
principal tese do texto, que é a de que o cérebro se aproveita 
dos momentos de descanso para sintetizar o aprendizado 
de uma nova habilidade.
Alternativa D: incorreta. Em nenhum momento, o texto dá 
indícios de que o aprendiz precisa descansar mais do que 
praticar. De acordo com a tese explicitada, os descansos 
precisam ser intermitentes.
QUESTÃO 02
_ 22_ENEM_ING_LZ_L1_Q02
One-in-ten eligible voters in the 2020 electorate is part 
of a new generation of Americans – Generation Z. Born 
after 1996, most members of this generation are not yet old 
enough to vote, but roughly 24 million had the opportunity 
to cast a ballot in November. And their political clout will 
continue to grow steadily in the coming years, as more and 
more of them reach voting age.
Unlike the Millennials – who came of age during the 
Great Recession – this new generation was in line to inherit 
a strong economy with record-low unemployment. That has 
all changed now, as covid-19 has reshaped the country’s 
social, political and economic landscape. Instead of looking 
ahead to a world of opportunities, Gen Z now peers into an 
uncertain future.
PARKER, Kim; IGIELNIK, Ruth. Disponível em: <https://www.pewresearch.org>. 
Acesso em: 5 ago. 2021. (Adaptado)
No artigo sobre a primeira experiência eleitoral da 
geração Z, nascida a partir de 1996, a expressão “Instead 
of”, no segundo parágrafo, é usada para inserir uma ideia de
A consequência, pois demarca a própria geração Z como 
culpada pelo seu futuro incerto.
B adição, pois constrói uma relação de soma entre as 
mudanças sociais, políticas e econômicas.
C contraste, pois sinaliza a mudança entre uma 
perspectiva de oportunidades para uma de incertezas.
D comparação, pois constrói uma relação de similaridade 
entre as dificuldades vivenciadas pelos millennials e 
pela geração Z.
E finalidade, pois demarca a necessidade de surgirem 
novas oportunidades para que a geração Z possa 
superar um futuro incerto.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
O texto informa que a geração Z passou a integrar, a partir 
de 2020, o eleitorado nos Estados Unidos. No segundo 
parágrafo, as autoras apresentam uma comparação entre 
a geração em questão e a anterior, a dos millennials, 
uma vez que esta se tornou eleitora durante o período 
da Grande Recessão, enquanto a geração Z estava 
na fila para herdar uma economia forte e baixa taxa de 
desemprego. No entanto, com a pandemia da covid-19, 
houve mudanças sociais, políticas e econômicas no país. 
Então, em vez de um mundo de oportunidades, a geração Z 
herdou apenas um futuro de incertezas justamente no 
momento em que se tornou apta a exercer sua cidadania. 
Vê-se, então, que a expressão “Instead of” tem a função de 
apresentar o contraste entre o que se esperava enquanto 
panorama para a geração Z e o que ele é de fato.
Alternativa A: incorreta. A culpa pelo futuro incerto não é 
da geração Z, e sim do cenário pandêmico que assolou 
o mundo. Além disso, não há uma relação de causa e 
consequência na frase em que se encontra a expressão 
“Instead of”.
Alternativa B: incorreta. A expressão “Instead of” inicia 
o período seguinte ao que trata das mudanças sociais, 
políticas e econômicas e não cria nenhuma relação de 
adição entre tais termos.
Alternativa D: incorreta. No trecho em que se encontra 
a expressão “Instead of”, não há comparação com os 
millennials, mas uma constatação acerca da própria 
geração Z.
Alternativa E: incorreta. Não há nenhum indício linguístico 
de que a geração Z precisa ter novas oportunidades para 
resolver o futuro incerto. A frase apenas aponta uma 
mudança no panorama nacional, o qual antes era promissor 
e agora é desconhecido.
QUESTÃO 03
_ 22_ENEM_ING_LZ_L1_Q03
Disponível em: <https://www.linkedin.com>. Acesso em: 5 ago. 2021.
Os recursos verbais e não verbais utilizados no meme 
reproduzido têm como intuito manifestar um fator de 
descontentamento de uma pessoa em relação à esfera do 
trabalho. Levando em consideração o texto, a sua função 
e as suas estruturas, subentende-se que seu emissor quer, 
nesse contexto, o(a)
A apoio da equipe de trabalho, buscando a cristalização 
de valores éticos.
B informação antecipada sobre a agenda da empresa, 
abolindo imprevistos.
C fim do trabalho remoto, extinguindo gastos para a 
manutenção de rede digital.
D adoção de comunicação de forma prática, evitando 
reuniões desnecessárias.
E aumento de interações sociais em tempo real, 
reforçando o vínculo entre colegas.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H7
O meme apresenta o seguinte texto: “Eu, sentado em 
uma reunião que poderia ter sido um e-mail”. Logo abaixo, 
a imagem de uma mulher visivelmente descontente 
completa o sentido da frase, ou seja, o emissor do meme 
fica extremamente desgostoso quando precisa participar 
de reuniões desnecessárias. Sendo assim, o desejo 
subentendido, conforme solicita o enunciado, é o de que 
não aconteçam reuniões desnecessárias, isto é, de que 
a empresa seja capaz de adotar formas de comunicação 
práticas. Essa ideia é marcada pelo uso do verbo modal 
“could”, que sinaliza a possibilidade – nesse caso, desejada 
– de que o momento fossemais bem aproveitado.
Alternativa A: incorreta. Não há, no meme, indícios verbais 
ou não verbais que se refiram ao apoio da equipe ou à 
cristalização de valores.
Alternativa B: incorreta. Não há, no meme, indícios verbais 
ou não verbais que se refiram à imprevisibilidade das 
reuniões. A menção ao e-mail sugere uma comunicação de 
forma prática.
Alternativa C: incorreta. Não há, no meme, indícios verbais 
ou não verbais de crítica ao trabalho remoto ou aos 
gastos relacionados à manutenção da rede digital, e sim 
a uma forma de comunicação pouco prática, que pode ser 
otimizada.
Alternativa E: incorreta. Não há, no meme, desejo de 
aumento de interação social ou de reforço de vínculos, mas 
de otimização pela adoção de uma comunicação de forma 
prática, evitando reuniões desnecessárias.
QUESTÃO 04
_ 20_ENEM_ING_LZ_L5_Q03
DETORIE, Rick. One Big Happy. 
A tira retrata o momento em que duas pessoas se encontram 
casualmente na rua. O diálogo entre os dois adultos leva a 
inferir que a lição ensinada pelo homem à criança no último 
quadro se refere ao(à)
A ausência de interação entre a criança e a mulher.
B fato de que na conversa que teve não se disse nada 
relevante.
C convenção social de ter que interagir com 
desconhecidos na rua.
D incômodo com quem fala exageradamente sobre um 
mesmo tema.
E falta de assuntos das pessoas sem atividades após a 
aposentadoria.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H7
Ao perguntar à personagem Avis como ela está, o senhor 
recebe como resposta uma série de frases prontas em 
inglês que são conhecidamente utilizadas para se fazer 
“small talk”, ou seja, frases-clichê, que, na realidade, não 
dizem nada funcional ou importante. Por isso, após Avis 
seguir seu caminho, o homem diz à criança: “Viu só? Não 
são só as pessoas quietas que não têm nada a dizer.”, 
referindo-se ao fato de que, embora Avis tenha dito uma 
série de frases, ela não disse nada relevante a respeito de 
sua vida.
Alternativa A: incorreta. Em nenhum momento, o homem se 
refere à ausência da participação da criança na conversa.
Alternativa C: incorreta. Não há referência à interação com 
estranhos, porque as personagens se conhecem.
Alternativa D: incorreta. O homem não se refere à fala 
exagerada, mas àquilo que não é relevante.
Alternativa E: incorreta. O comentário do homem não se 
refere à falta de assunto em uma fase específica, mas à 
falta de conteúdo no que se diz.
QUESTÃO 05
_ 22_ENEM_ING_LZ_L1_Q04
We are not responsible for your lost or stolen relatives.
We cannot guarantee your safety if you disobey our 
[instructions.
We do not endorse the causes or claims of people 
[begging for handouts.
We reserve the right to refuse service to anyone. [...]
You were detained for interrogation because you fit the 
[profile.
You are not presumed to be innocent if the police
have reason to suspect you are carrying a concealed 
[wallet.
It’s not our fault you were born wearing a gang color.
It is not our obligation to inform you of your rights.
Step aside, please, while our officer inspects your bad 
[attitude.
You have no rights we are bound to respect.
Please remain calm, or we can’t be held responsible
for what happens to you.
MULLEN, Harryette. “We Are Not Responsible”. 
Disponível em: <https://www.poetryfoundation.org>. Acesso em: 5 ago. 2021.
Por meio de seus textos, a escritora Harryette Mullen 
oportuniza a reflexão sobre a sociedade estadunidense. 
Ao dar voz a um eu lírico que assume um papel de poder 
nessa sociedade, o poema transcrito da autora denuncia 
o(a)
A busca por negar a existência do racismo, constatada 
na cordialidade que está impressa nesse discurso 
eleitoral.
B assistencialismo governamental, constituído na forma 
de benefícios financeiros que não geram avanço social 
efetivo.
C impunidade dos agentes públicos, desobrigados de 
responder por atos de corrupção que geram prejuízo 
aos cofres públicos.
D negligência policial, materializada em abordagens 
permissivas a membros de organizações que vivem à 
margem da legalidade.
E fragilidade da cidadania de um grupo de pessoas, 
ameaçadas por instituições sociais que deveriam 
assegurar seus direitos.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H8
No poema “We Are Not Responsible”, a autora constrói 
sua crítica por meio da posição discursiva de um eu lírico 
que faz parte de um grupo detentor do poder na sociedade 
– possivelmente uma voz representativa de um governo, 
já que se fala em “nossas instruções” (segundo verso da 
primeira estrofe) e “nosso policial” (primeiro verso da última 
estrofe). Em todos os versos, verifica-se uma tentativa 
de isenção da responsabilidade de tratar pessoas como 
cidadãs, ou seja, pessoas que deveriam ter seus direitos 
assegurados pelo Estado: “não podemos garantir sua 
segurança”, “não somos responsáveis por seus parentes 
perdidos”; além disso, alguns versos permitem que se 
verifiquem comentários racistas, o que delimita o grupo de 
pessoas aos quais o eu lírico se refere: “você foi detido 
para interrogatório porque se encaixa no perfil”, “não é 
nossa culpa o fato de você ter nascido vestindo a cor de 
quem pertence a uma gangue”. Por esses versos, percebe-
-se que a crítica reside no fato de as instituições sociais não 
assumirem as pessoas negras como cidadãs, submetendo 
sua cidadania a um estado de constante ameaça.
Alternativa A: incorreta. O discurso do eu lírico não toma 
a forma do gênero eleitoral, mas de atendimento a um 
interlocutor por um agente público. Ademais, por meio 
do discurso construído, o eu lírico não denuncia a busca 
por negar a existência do racismo, mas o próprio racismo 
presente na constante negação da cidadania da população 
negra associada à tentativa de responsabilizar as pessoas 
por sua condição social.
Alternativa B: incorreta. O poema não trata de qualquer 
forma de benefício, mas da negação de direitos.
Alternativa C: incorreta. Embora seja possível traçar uma 
relação entre a ideia de impunidade e a ideia de “não somos 
responsáveis”, presente no título e em alguns versos do 
poema, a crítica do eu lírico se volta para o desamparo 
governamental no que diz respeito à garantia de direitos. 
Além disso, o foco do poema não é a corrupção no sentido 
financeiro.
Alternativa D: incorreta. No poema, não se constata a 
existência de abordagens permissivas a membros de 
grupos criminosos. A menção do eu lírico à gangue revela 
o racismo que embasa o discurso do agente público ao 
negar direitos à população negra.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01
_ 20_ENEM_ESP_PM_L1_Q02
Visitar Suiza en tren y transporte público
El uso del transporte público en Suiza está muy 
extendido. Prácticamente la mitad de sus habitantes 
poseen un abono de tren para moverse regularmente, y 
eso es una muy buena señal. La red ferroviaria suiza es 
de las más densas del mundo, ¡llega a todos lados con una 
eficiencia tremenda!
Nos sorprendió mucho que se puede llegar a cualquier 
lugar en transporte público. Nosotros estuvimos dos 
semanas en el país y no echamos de menos el coche en 
ningún momento. Pudimos llegar a todos los lugares sin 
complicaciones usando trenes, autobuses y barcos.
Además de llegar a casi todos los pueblitos del país, 
los trenes suizos pasan con mucha frecuencia. No hay que 
planificar los desplazamientos con antelación porque como 
mucho esperarás 20 minutos a que llegue el tren. Nosotros 
usamos la app SBB Mobile (para iOS y Android) y es de gran 
ayuda. Muestra los horarios, la vía por dónde pasa cada 
tren, tiempos de conexión e incluso si hay algún retraso en 
tiempo real. Pero no te preocupes por los retrasos. En un 
país famoso por fabricar relojes los trenes suelen ser la mar 
de puntuales.
Disponível em: <https://lostraveleros.com>. Acesso em: 16 ago. 2021.
No excerto do post extraído de um blog de viagem criado 
por um casal de jornalistas, ao relatarem a viagem que 
fizeram pela Suíça, os autores utilizarama expressão “no 
echamos de menos”, a qual, no texto, refere-se ao fato de 
que o(a)
A pontualidade suíça não falha.
B uso de carro particular foi desnecessário.
C casal permaneceu na Suíça por duas semanas.
D maioria dos suíços utiliza o trem como transporte.
E reserva de vaga no transporte público é feita por 
aplicativo.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H5
A expressão “no echamos de menos” (“não sentimos 
falta”), utilizada pelo casal para narrar a experiência que 
tiveram ao viajar para a Suíça, refere-se ao fato de que 
não sentiram necessidade de usar carro para se locomover 
pelo país, pois, segundo os autores, o transporte público 
suíço é de excelente qualidade.
Alternativa A: incorreta. De acordo com o texto, os trens 
suíços são pontuais, mas a expressão “no echamos de 
menos” foi empregada no texto em referência ao fato de 
que o casal não sentiu falta de usar carro durante a sua 
estadia no país.
Alternativa C: incorreta. O casal permaneceu por duas 
semanas na Suíça, mas a expressão “no echamos de 
menos” refere-se ao fato de que a dupla não sentiu falta de 
usar carro durante a sua estadia.
Alternativa D: incorreta. De acordo com o texto, praticamente 
a metade dos suíços têm passe de trem, mas a expressão 
“no echamos de menos” refere-se ao fato de que a dupla 
não sentiu falta de usar carro durante a sua estadia.
Alternativa E: incorreta. O aplicativo mencionado no texto 
mostra os horários do transporte coletivo. Não há indicação 
de que a reserva de vaga seja feita por esse meio.
QUESTÃO 02
_ 22_ENEM_ESP_PM_L1_Q03
Los padres debemos enseñar con el ejemplo, crear 
costumbres y hábitos de buen uso, para poder orientar 
positivamente a los hijos frente al consumo telefónico y al 
de las pantallas electrónicas, que si bien tienen muchos 
aspectos positivos, también los tiene negativos y muy 
peligrosos como los problemas de acoso cibernético, el 
sedentarismo e incluso a la apatía social por la dependencia 
que generan.
No se debe olvidar que permiten la comunicación, el 
desarrollo, la integración, la interactividad, la creación 
de redes sociales basadas en la amistad y los intereses 
comunes, etc. Debemos evitar que la nomofobia o la 
mobilfilia den como resultado jóvenes de mentes vacías y 
poco reflexivas.
Ayuda a tus hijos a que puedan cumplir las normas, 
objetivos y límites que se hayan puesto o negociado, 
relacionados con los teléfonos y las pantallas electrónicas.
“Amigos virtuales: las nuevas relaciones personales”. 
Disponível em: <https://www.hacerfamilia.com>. Acesso em: 13 ago. 2021.
No artigo, em que se expressa a preocupação em relação 
ao uso indevido de tecnologia pelos jovens, o próprio 
autor do texto se inclui como um agente que deve atuar na 
solução desse problema, o que se confirma no trecho:
A “Los padres debemos enseñar con el ejemplo”.
B “si bien tienen muchos aspectos positivos, también los 
tiene negativos y muy peligrosos”.
C “los problemas de acoso cibernético, el sedentarismo e 
incluso a la apatia social”.
D “No se debe olvidar que permiten la comunicación”.
E “Ayuda a tus hijos a que puedan cumplir las normas, 
objetivos y límites”.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H7
No trecho “Los padres debemos enseñar con el ejemplo” 
(Os pais devemos ensinar com o exemplo), a flexão do 
verbo na primeira pessoa do plural ao se referir aos pais 
inclui o próprio emissor do texto, o que o implica na atuação 
com vista a solucionar o problema do mau uso de tecnologia 
pelos jovens.
Alternativa B: incorreta. Nesse trecho, o autor pondera 
sobre os aspectos positivos e negativos em relação ao 
uso de tecnologia, o que não o implica enquanto agente 
de atuação para a solução do problema do mau uso da 
tecnologia pelos jovens.
Alternativa C: incorreta. No trecho, o autor apresenta 
aspectos negativos relacionados ao uso de tecnologia, 
o que não o implica enquanto agente de atuação para a 
solução do problema do mau uso da tecnologia pelos 
jovens.
Alternativa D: incorreta. No trecho, o autor menciona 
a importância do uso de tecnologia, o que não o implica 
enquanto agente de atuação para a solução do problema 
do mau uso da tecnologia pelos jovens.
Alternativa E: incorreta. No trecho, o autor aconselha pais 
a atuarem para solucionar o problema do uso indevido de 
tecnologia pelos filhos, utilizando um verbo no imperativo 
que não o implica enquanto responsável por um jovem.
QUESTÃO 03
_ 22_ENEM_ESP_PM_L1_Q01
FORGES. Disponível em: https://www.castilla124.blogspot.com>. Acesso em: 13 ago. 2021.
A sátira ao mundo do trabalho presente no texto é 
recorrente no conjunto da obra do cartunista espanhol 
Forges. No cartum, a relação entre as diferentes menções 
ao cargo de estagiário (“becario”) e a referência irônica ao 
pleno emprego (“pleno empleo”) no título contribui para a 
composição de uma crítica que alude ao(à)
A ingresso de pessoas em idade avançada nas 
universidades.
B falta de perspectiva de progressão profissional dentro 
de uma empresa.
C necessidade de se ter experiências variadas antes de 
assumir um cargo de liderança.
D dificuldade enfrentada pelos profissionais inexperientes 
em busca do primeiro emprego.
E desinteresse da universidade em colaborar para 
incorporar o estudante ao mercado de trabalho.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H7
Em seu cartum, a sátira construída por Forges alude à falta 
de perspectiva de crescimento profissional dentro de uma 
empresa, o que se verifica na menção ao pleno emprego 
no título em contraste com a imagem de trabalhadores 
ocupando cargos em uma progressão de carreira na qual 
o cargo de estagiário, que, em tese, seria de entrada no 
mercado de trabalho, é o ápice.
Alternativa A: incorreta. Embora a ideia de “becario” se 
remeta ao estudante que trabalha (estagiário ou bolsista), a 
tira de Forges alude exclusivamente ao âmbito do trabalho.
Alternativa C: incorreta. A questão em torno da qual gira a 
sátira não é a obtenção de experiências variadas, mas a 
fixação do trabalhador no cargo de estagiário (um cargo de 
entrada, pelo qual, teoricamente, a passagem deveria ser 
rápida).
Alternativa D: incorreta. A dificuldade à qual alude o cartum 
não é restrita aos profissionais inexperientes em busca 
do primeiro emprego, mas aos profissionais que, tendo 
encontrado o primeiro emprego, encontram dificuldade de 
progredir em suas carreiras.
Alternativa E: incorreta. A problemática à qual o cartum 
alude não envolve a universidade, e sim a progressão do 
profissional após a sua inserção no mercado de trabalho.
QUESTÃO 04
_ 22_ENEM_ESP_PM_L1_Q02
Disponível em: <facebook.com/ilustrana>. Acesso em: 15 ago. 2021. (Adaptado)
No post publicado em uma rede social por uma artista 
gráfica mexicana, o texto verbal reproduzido pela autora 
sugere de modo implícito que, na vida, para ser feliz, é 
melhor
A viver sem se fixar ao passado.
B aprender com os próprios erros.
C fingir que não existem problemas.
D planejar detalhadamente o futuro.
E ignorar o que acontece ao redor de si.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H6
No texto verbal, aparece a máxima “A tristeza olha para 
trás, a preocupação olha ao redor, a alegria olha para a 
frente”, o que significa que se fixar em situações pelas quais 
se passou ou está se passando é uma fonte de tristeza e 
de preocupação, enquanto viver a vida seguindo adiante é 
uma fonte de alegria. Assim, o texto sugere que o melhor é 
viver sem se ater ao passado.
Alternativa B: incorreta. A máxima apresentada não sugere 
que se aprenda com os próprios erros, e sim que se siga 
adiante sem se ater a preocupações do presente ou 
tristezas do passado.
Alternativa C: incorreta. A ideia apresentada não é de fingir 
que problemas não existem ou de ignorá-los, e sim de não 
se fixar nos problemas.
Alternativa D: incorreta. O texto sugere que se siga adiante 
vivendo, sem citar um planejamento minucioso.
Alternativa E: incorreta. A ideia não é de ignorar o que 
acontece, e simde não se fixar nisso com preocupações, 
seguindo o curso da vida.
QUESTÃO 05
_ 22_ENEM_ESP_PM_L1_Q04
Yo me llamo cumbia, yo soy la reina por donde voy,
no hay una cadera que se esté quieta donde yo estoy,
mi piel es morena como los cueros de mi tambor,
y mis hombros son un par de maracas que besa el sol.
Como soy la reina, me hace la corte un fino violín,
me enamora un piano, me sigue un saxo y oigo un clarín,
y toda la orquesta forma una fiesta en torno de mí,
y yo soy la cumbia, la hembra coqueta y bailo feliz.
Yo nací en las bellas playas Caribes de mi país,
soy barranquillera, cartagenera, yo soy de ahí,
soy de Santa Marta, soy monteriana, pero eso sí,
yo soy colombiana, ¡oh! tierra hermosa donde nací
GAREÑA, Mario. “Yo Me Llamo Cumbia”. 
Disponível em: <www.letras.mus.br>. Acesso em: 13 ago. 2021.
Na letra da canção do compositor Mario Gareña, na qual se 
verificam informações sobre a cúmbia, um ritmo tradicional 
na Colômbia, o eu lírico é
A um dos instrumentos da orquestra descrevendo o ritmo.
B o próprio ritmo personificado se apresentando a um 
interlocutor.
C uma dançarina colombiana apresentando o ritmo e 
exaltando seu país.
D a rainha cujo nome deu origem ao ritmo caribenho 
contando sua trajetória.
E um coletivo de vozes representando os diversos locais 
onde se escuta o ritmo.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C2H8
Tanto no título da canção, encontrado nos créditos do 
texto, como em todos os seus versos há marcas do uso 
da primeira pessoa, que caracterizam a personificação 
da própria música típica da Colômbia se apresentando 
como uma rainha que, por onde passa, não deixa ninguém 
parado, cuja pele reflete a miscigenação de negros, 
indígenas e brancos, que é cortejada pelos instrumentos 
da orquestra que a executa e que pertence aos diversos 
locais da Colômbia.
Alternativa A: incorreta. Na segunda estrofe, o eu lírico 
afirma que, como é a rainha, é cortejada pelo violino, o 
piano, o saxofone, o clarim e por toda a orquestra, ou seja, 
a cúmbia, enquanto eu lírico, trata dos instrumentos que, 
em orquestra, envolvem-se na execução do ritmo.
Alternativa C: incorreta. Embora a canção aluda à dança 
e, de fato, exalte a Colômbia, desde o primeiro verso é 
possível perceber a personificação do próprio ritmo, quando 
o eu lírico afirma que é a cúmbia.
Alternativa D: incorreta. No texto, não há referência à 
origem do nome do ritmo; a própria cúmbia, enquanto eu 
lírico, outorga a si mesma o título de rainha, já que é um 
ritmo tradicional que não deixa ninguém parado em lugar 
algum e que a orquestra toda se dedica a executar.
Alternativa E: incorreta. Na última estrofe, o eu lírico 
afirma ser proveniente das praias do Caribe, Barranquilha, 
Cartagena, Santa Marta, Montería, enfim, de toda a 
Colômbia, e não que ele represente locais.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q08
Quer saber qual é a primeira regra para administrar um 
fundo multimercado de um bilhão de dólares ou mais? Não 
esquente a cabeça com as métricas. Nosso lance não são 
os números. Sabe qual é o nosso lance? Nós vendemos 
uma história. Os fundos multimercado são uma história 
sobre como nós vamos ganhar dinheiro. Uma história sobre 
ser inteligente, conseguir acesso, se associar a alguém 
incrível. A você. Você é alguém inteligente o suficiente para 
fazer com que os outros sejam inteligentes também. Você 
vai oferecer aos seus investidores algo muito mais difícil do 
que uma métrica. Você vai oferecer para eles a história de 
como vocês podem ser incríveis juntos.
SHTEYNGART, Gary. Lake Success. André Czarnobai (Trad.). 
São Paulo: Todavia, 2019.
No excerto, o protagonista do romance Lake Success é 
um administrador bem-sucedido de fundos multimercado 
e explica a jovens como obter êxito nessa atividade. 
Administradores de fundos multimercado têm a liberdade 
de aplicar os recursos dos investidores em ações, títulos 
do tesouro, moedas internacionais e outros fundos. 
Considerando o contexto de especulação financeira dos 
primeiros anos do século XXI, constata-se que, para o 
narrador do romance, a chave para a captação de recursos 
para esses fundos é a
A capacidade de estabelecer relações de parceria com 
agentes estratégicos.
B utilização de métodos de persuasão baseados em 
métricas, sem falar nelas.
C habilidade de contar aos investidores uma história de 
possibilidade de sucesso.
D combinação de recursos matemáticos com a 
capacidade de inspirar investidores.
E aplicação de métricas precisas de mercado a narrativas 
convincentes e atrativas.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H15
Para responder adequadamente à questão, dois trechos 
do parágrafo são suficientes. O primeiro é “Sabe qual é o 
nosso lance? Nós vendemos uma história.”, em que fica 
evidente que, para o narrador, a capacidade de absorver 
investidores não está associada à apresentação de 
resultados financeiros, mas à capacidade de contar uma 
história de possibilidade de sucesso, o que se confirma 
no segundo trecho: “Você vai oferecer para eles a história 
de como vocês podem ser incríveis juntos.”. Em síntese, a 
captação de investidores não está baseada em resultados 
palpáveis, mas na possibilidade de alcançá-los.
Alternativa A: incorreta. Há, no texto, uma alusão à 
capacidade de estabelecer agentes estratégicos, mas ela 
não é considerada, no conjunto, a chave para a captação 
de recursos.
Alternativa B: incorreta. O pressuposto da alternativa B é 
que o narrador descarte as métricas na aparência do seu 
discurso, cuja superfície seria uma narrativa, mas que se 
basearia, na realidade, nos resultados mensuráveis. Não é 
possível verificar esse pressuposto com base no parágrafo 
apresentado na questão. Nele, o narrador descarta, de fato, 
as métricas para convencer os investidores, substituindo- 
-as por uma história convincente.
Alternativas D e E: incorretas. O narrador afirma 
explicitamente que “o lance” para obter investidores não 
são as métricas, mas a venda de “uma história”. No trecho, 
os recursos métricos são descartados e não são sequer 
combinados à capacidade narrativa dos administradores 
de fundos.
QUESTÃO 07
_ 22_ENEM_POR_NB_L1_Q01
Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe 
muito mais das coisas. Era colono em terras mais altas, 
se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce 
quando ainda se podia requerer duas colônias de cinco 
alqueires “na beira da água grande” quase de graça. [...]
Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é 
esse o mesmo tipo de feiura triste do interior. Conversamos 
sobre pescaria de robalo, piau, traíra. Volta a falar de sua 
terra e desconfia que eu sou do governo, diz que precisa 
passar a escritura. Não sabe ler, mas sabe que essas 
coisas escritas em um papel valem muito. Pergunta pela 
minha profissão, e tenho vergonha de contar que vivo de 
escrever papéis que não valem nada [...].
BRAGA, Rubem. “Lavoura”. Disponível em: <https://cronicabrasileira.org.br>. 
Acesso em: 18 ago. 2021.
No fragmento da crônica “Lavoura”, de Rubem Braga, 
originalmente publicada em 1956 na revista Manchete, é 
possível perceber que o cronista narrador
A critica os planos de governo para a distribuição de terra.
B se sente em situação de superioridade diante do 
lavrador.
C denuncia um lavrador que vive ilegalmente em terras 
do governo.
D reconhece que o conhecimento pode advir das 
experiências pessoais.
E revela sua insatisfação com a baixa remuneração do 
trabalho de escritor.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H1
O trecho “Esse homem deve ser da minha idade – mas sabe 
muito mais das coisas.” revela que o cronista se compara 
com o lavrador e reconhece que a sabedoria que o homem 
sugere ter é maior que a que ele, escritor, tem. Nessa 
comparação, o cronista valoriza os saberes historicamente 
construídos. 
Alternativa A: incorreta. Em nenhum momento no texto, o 
cronista tece crítica ao governo.
Alternativa B: incorreta. O cronista se posiciona com certa 
reverênciadiante do lavrador e de seus conhecimentos e 
experiências.
Alternativa C: incorreta. A crônica tece uma reflexão sobre o 
trabalho do campo e o trabalho com as palavras. O cronista 
narra as experiências do lavrador sem adentrar no tema da 
distribuição de terras.
Alternativa E: incorreta. O cronista não se revela insatisfeito 
com a remuneração de sua profissão; ele afirma que tem 
vergonha de contar que vive de escrever papéis que não 
valem nada diante da necessidade que o lavrador tem da 
escritura, voltada à dimensão utilitária da escrita, que a 
crônica não abarca.
QUESTÃO 08
_ 21_ENEM_POR_NB_L4_Q02
A presença da Ciência e da tecnologia no dia a dia 
das pessoas é hoje amplamente reconhecida. Assuntos 
dos mais relevantes centram-se em temas científicos, 
como novas vacinas e terapias, alimentos transgênicos, 
biocombustíveis, clonagem genética, mudanças climáticas 
e outros. Decisões políticas importantes para a sociedade 
muitas vezes precisam ser tomadas com base em 
conhecimentos científicos diferenciados daqueles do 
senso comum. O desenvolvimento científico e tecnológico 
tornou-se um fator crucial para o bem-estar social a 
tal ponto que a Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) utiliza desde 
2000 um sistema de distinção entre os povos com base na 
capacidade de criar ou não o conhecimento científico. Em 
seus estudos sobre economia da pobreza, na Universidade 
Harvard, Jeffrey Sachs conclui que “Ciência e tecnologia 
são hoje mais excludentes que o capital” e “o mundo de 
hoje é dividido não pela ideologia, mas pela tecnologia”, 
destacando que Ciência e tecnologia definem hoje o futuro 
de um povo, sua capacidade de inovar e de adaptar as 
tecnologias desenvolvidas em outros lugares. [...]
ARAÚJO-JORGE, Tania C. “Relações entre Ciência, arte e educação: relevância e 
inovação”. Disponível em: <https://agencia.fiocruz.br>. Acesso em: 19 ago. 2021.
De acordo com as informações apresentadas na introdução 
do artigo de opinião acerca do desenvolvimento científico e 
tecnológico, o(a)
A tecnologia, cuja importância é reconhecida, pode 
constituir um fator de exclusão dos povos que não a 
dominam.
B domínio de um povo sobre a tecnologia e a Ciência é 
aferido por meio dos temas que tangem suas conversas 
pessoais.
C bem-estar social é determinado pelo desenvolvimento 
tecnológico, principalmente por estar ao alcance de 
todos os povos.
D conhecimento pautado no senso comum tem sido 
responsável pela tomada de decisões políticas 
equivocadas, com base em ideologização.
E dificuldade de alguns países em desenvolver 
conhecimento científico é decorrente da segregação 
imposta a eles pela Organização das Nações Unidas.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C9H30
A autora inicialmente reforça a importância da Ciência e 
da tecnologia e, logo em seguida, afirma que o bem-estar 
social está relacionado ao desenvolvimento científico e 
tecnológico de um povo e que Ciência e tecnologia, hoje, 
são mais excludentes que o capital.
Alternativa B: incorreta. A autora constata que, entre os 
assuntos mais relevantes da atualidade, há temas que 
concernem à tecnologia e à Ciência. A afirmação de que os 
temas que tangem as conversas pessoais permitiriam aferir 
o domínio de um povo sobre Ciência e tecnologia extrapola 
o conteúdo do texto.
Alternativa C: incorreta. Segundo o texto, nem todos os 
povos têm o domínio da tecnologia.
Alternativa D: incorreta. A autora afirma que decisões 
políticas muitas vezes precisam se embasar em 
conhecimento científico, e não que elas se têm embasado 
em senso-comum e, por isso, são equivocadas.
Alternativa E: incorreta. A autora informa que a Organização 
das Nações Unidas distingue os países com base em sua 
capacidade de criar conhecimento científico, e não que 
impõe segregação a alguns países e que essa segregação 
resulta em dificuldade de desenvolver conhecimento 
científico.
QUESTÃO 09
_ 22_ENEM_POR_MB_L1_Q02
DAHMER, André. Disponível em: <http://www.malvados.com.br>. Acesso em: 18 ago. 2021.
Em charges, cartuns e tirinhas, o objetivo comunicativo 
é, comumente, relacionado a uma reflexão crítica sobre 
a contemporaneidade. Na tirinha de André Dahmer, no 
que tange à questão da tecnologia, o diálogo entre as 
personagens revela a crítica
A às instalações das empresas de tecnologia, 
consideradas hostis e precárias em termos de 
infraestrutura.
B ao ritmo vertiginoso de evolução tecnológica, que 
impõe aos indivíduos a necessidade exaustiva de se 
atualizarem constantemente.
C ao estado de hiperconexão de alguns indivíduos com o 
mundo digital em detrimento do convívio e dos contatos 
tradicionais presencialmente.
D à superioridade da tecnologia sobre os demais âmbitos 
da vida humana, notadamente aqueles vinculados à 
cultura, que são amoldados pelas mudanças técnicas.
E ao descompasso entre a evolução tecnológica e as 
transformações no âmbito dos costumes e das ideias, 
as quais, na prática, guiam os usos que se podem fazer 
da tecnologia.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C9H30
Na tirinha, constata-se que a evolução tecnológica em si 
não é suficiente para provocar mudanças significativas no 
âmbito das relações de trabalho, pois, para além do salto 
técnico, é preciso promover também a atualização dos 
valores que regem o mundo do trabalho. 
Alternativa A: incorreta. Não existem elementos na tirinha 
que permitam supor a existência de uma infraestrutura 
precária de trabalho.
Alternativa B: incorreta. Na tirinha, não se faz menção à 
atualização constante da tecnologia, apenas comenta-se 
sobre um estágio específico da evolução tecnológica, a 
internet. 
Alternativa C: incorreta. Uma das personagens defende, 
justamente, a possibilidade de trabalho em modalidade 
home office, sem a necessidade de deslocar-se à empresa, 
o que demanda conectividade.
Alternativa D: incorreta. Pelo contrário, a tirinha constata 
que a tecnologia é condicionada pela cultura, e não o 
inverso.
QUESTÃO 10
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q12
TEXTO I
Normalmente, esta iconografia articula num espaço 
simbólico, tal como no painel do Masp, a representação de 
um Juízo Final no qual o Paraíso encontra-se circunscrito 
pelas muralhas da Cidade de Deus, tendo à esquerda 
do Cristo o Inferno, com seus indefectíveis antipapas, 
e à direita o Purgatório, com a representação dos 
natimortos do Limbo e da humanidade rediviva. Ao centro, 
enfim, representa-se São Gregório, a quem aparece 
miraculosamente no momento da elevação da hóstia a 
imagem de Cristo.
MIGLIACCIO, Luciano; MARQUES, Luiz. Texto explicativo sobre O Juízo Final e a missa de 
São Gregório do Museu de Arte de São Paulo. In: Catálogo do Museu de Arte de São Paulo. 
Coordenação geral de Luiz Marques. São Paulo: MASP, 1998. p.17. (Adaptado)
TEXTO II
Mestre da Família Artés, O Juízo Final e a missa de São Gregório, 1500-1520, 
óleo sobre painel, 200 cm × 130 cm, Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, Brasil.
A análise da imagem do Texto II à luz da explicação sobre 
ela, no Texto I, permite perceber que a justaposição de 
imagens, no painel, é a representação visual de uma 
concepção de mundo na qual
A a dimensão humana da experiência não é levada em 
conta.
B os desejos e vontades humanos se sobrepõem a 
desígnios divinos.
C o tempo e o espaço humanos são relativizados pela 
eternidade divina.
D o isolamento pessoal constitui a verdadeira chave da 
salvação humana.
E a experiência humana de espaço e tempo é organizada 
de forma linear.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C4H13
A obra de Mestre da Família Artés contém uma justaposição 
de imagens sem proporção: no topo, o Cristo cercado de 
anjos e santos, isolado por uma muralha diminuta; à sua 
esquerda, imagens do Inferno, e à direita, do Purgatório. 
Ao fundo, as montanhas conferem perspectiva à imagem 
central, de São Gregório em oração, que também confere 
profundidade parcial às representações do Inferno e 
do Purgatório. Essa combinação inusitadarevela que 
a experiência humana de espaço e tempo, organizada 
pela perspectiva (que é, antes de tudo, uma proposta de 
representação do espaço), submete-se à centralidade 
e superioridade do Cristo, ou à sua eternidade, que é a 
ausência do tempo, tal como a conhecem os homens.
Alternativa A: incorreta. A dimensão humana da 
experiência, organizada pelo tempo e espaço lineares, 
está representada na imagem central, de São Gregório em 
oração, e pode definir a trajetória do espírito.
Alternativa B: incorreta. Na obra analisada, os desejos 
e as vontades dos homens são punidos no Inferno e no 
Purgatório, localizados abaixo do Paraíso, que os organiza 
e os submete.
Alternativa D: incorreta. Não se pode concluir, pela 
justaposição de imagens, que o isolamento seja a chave 
para a salvação humana. Nota-se que, embora o todo 
não esteja organizado pela perspectiva, ela abrange o 
quadro parcialmente. Existem, no todo do painel, áreas 
de interseção, pontos de contato por meio dos quais fica 
sugerido que é possível o acesso ao Paraíso, como se 
verifica à esquerda, numa porta de acesso por entre as 
muralhas, em que uma pessoa é recebida.
Alternativa E: incorreta. Caso as experiências de espaço 
e tempo fossem organizadas de forma linear, as imagens 
como um todo estariam submetidas à profundidade dada 
pelas montanhas do fundo, o que não ocorre – elas não 
abrangem o Paraíso, que paira acima de tudo; Purgatório 
e Inferno estão parcialmente organizados por elas. É 
somente na imagem central, de São Gregório em oração, 
que a perspectiva se aplica de forma completa.
QUESTÃO 11
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q18
 
Disponível em: <https://www.instagram.com/picheiamor>. Acesso em: 18 ago. 2021.
As imagens foram encontradas em uma rede social 
por meio de uma busca pela hashtag “#protesto”, que 
levou a um perfil no qual são publicadas imagens de 
intervenções nas ruas de diversas cidades por meio de 
pichações e cartazes. Levando em conta esse processo de 
procura e o contexto virtual em que elas estão postadas, 
pode-se considerar que o(a) autor(a) do perfil julga que 
essas intervenções nas ruas
A são formas contraditórias de protesto, na exata medida 
em que podem valorizar o amor em termos afetivos ou 
materiais.
B são legítimas para expressar concepções livres, não 
tradicionais e poéticas de amor, mas que poluem 
visualmente as cidades.
C expressam uma concepção de amor libertária, 
manifesta de forma literal, que não se prende a 
manifestações materiais ou à tradição.
D reproduzem formas de comportamento consolidadas 
nas classes médias, sem representatividade na 
sociedade como um todo.
E são uma forma poética de protesto contra a 
capitalização do amor e a favor de sua livre expressão, 
sem seguir obrigatoriamente as tradições.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H4
De forma geral, intervenções como pichações são 
consideradas uma forma de expressão de revolta e 
protesto: o próprio ato de usar muros que delimitam 
propriedades privadas para veicular mensagens ao público 
em geral já contém em si o germe da insatisfação que se 
quer manifestar. Nas três imagens analisadas, o alvo do 
protesto são as formas convencionais do amor, por meio 
de recursos poéticos. Na primeira, ocorre personificação do 
dinheiro e do amor, para evidenciar que aquele prejudica 
este. Na segunda, defende-se o amor mais radicalmente 
livre que pode assumir uma forma tradicional, desde que 
ela aconteça pela escolha (e não pela imposição social, 
como se pode inferir). Na terceira, predomina a polissemia, 
recurso também poético: “o amor é ouro” é metáfora cujo 
sentido (“o amor é importante, fundamental, valioso”) opõe- 
-se ao sentido literal de capital; “não cobre” dá continuidade 
à primeira frase: entende-se que o amor não é cobre 
(em oposição ao ouro), e que, no amor, não deve haver 
cobranças, isto é, que ele deve ser baseado na livre 
escolha, e não nas imposições.
Alternativa A: incorreta. Não se pode afirmar que há 
valorização material do amor nas três imagens. Na primeira, 
o dinheiro é evidentemente visto como agente material 
que prejudica o amor. Na segunda, a defesa da liberdade 
escapa à valorização material do amor. Finalmente, na 
terceira, a expressão “amor é ouro” deve ser compreendida 
no sentido figurado: ela quer dizer que o amor é importante, 
fundamental.
Alternativa B: incorreta. Não existem referências, nos três 
textos, à poluição visual das cidades. Além disso, a própria 
escolha dos autores do perfil pelas imagens de pichações 
de rua revela certa predileção por essa forma de protesto, 
aprovando-o.
Alternativa C: incorreta. Nas três imagens, as frases 
fotografadas escapam, em alguma medida, aos sentidos 
literais. Na primeira, dinheiro e amor estão personificados; 
o mesmo processo ocorre com o amor na segunda; na 
terceira, finalmente, as duas frases contêm duplo sentido.
Alternativa D: incorreta. Nas imagens analisadas, não há 
alusões à manifestação do amor nas diferentes classes 
sociais.
QUESTÃO 12
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q01
Edgar Francisco da Silva, presidente da AMABR 
(Associação dos Motofretistas de Aplicativos e 
Autônomos do Brasil), afirma que os atuais aplicativos 
de entrega recrutam motociclistas sem qualquer critério 
ou treinamento, procedimento que ele classifica como 
irresponsabilidade.
“Eles não cobram que o entregador seja capacitado 
ou esteja regulamentado e, por isso, pagam menos pelo 
frete do que recebe um motofretista [regulamentado]. As 
propagandas de ‘faça seu dinheiro’ ou “seja seu próprio 
chefe” geram interesse nas pessoas. Quando o entregador 
vê a realidade, descobre que ganha pouco e que não vale a 
pena, mas aí já está ocupando o dia todo com as entregas 
e precisa pagar o financiamento da moto, então tem que 
seguir trabalhando”, argumenta.
“O problema é que, para ganhar um pouco a mais e se 
livrar disso, ele busca fazer um número maior de entregas 
possível num dia, e é quando começa a cometer infrações 
de trânsito e a correr o risco de sofrer acidentes”, completa 
Da Silva.
TORRES, Camila; FELIX, Leonardo; BANDEIRA, Renan. 
Disponível em: <https://www.mobiauto.com.br>. Acesso em: 16 ago. 2021.
Quanto ao impacto social dos aplicativos de entrega, as 
declarações destacadas entre aspas no texto indicam que 
o(a)
A conteúdo das propagandas das empresas de aplicativos 
obriga os entregadores a cometer infrações de trânsito.
B realidade do trabalho dos entregadores de aplicativos 
não corresponde ao discurso das propagandas que os 
atraíram.
C capacitação dos entregadores de aplicativos é melhor 
do que a dos motofretistas, o que explica as infrações 
que aqueles cometem.
D risco de acidentes de entregadores e as infrações 
de trânsito sofrem redução gradual à medida que os 
profissionais ganham experiência.
E impossibilidade de abandonar o trabalho de entregador 
das empresas de aplicativos leva os entregadores a 
buscarem regulamentação profissional.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C9H28
De acordo com as afirmações destacadas entre aspas, 
os aplicativos de entrega divulgam propagandas em que 
seduzem os entregadores pela possibilidade de auferir 
ganhos significativos sem ligações trabalhistas formais. É o 
que se verifica nas expressões “faça seu dinheiro” ou “seja 
seu próprio chefe”. A promessa é ganhar bem, desfrutando 
de liberdade, sem hierarquias. Mas ganho limitado acaba 
por prender os entregadores a uma ocupação exploratória, 
de maneira que a “realidade” que se apresenta a eles não 
corresponde ao discurso da propaganda.
Alternativa A: incorreta. É exagerada a afirmação de que 
o conteúdo das propagandas das empresas de aplicativos 
obriga os entregadores a cometer infrações de trânsito. As 
frases “faça seu dinheiro” e “seja seu próprio chefe” sequer 
sugerem que aquelas infrações sejam cometidas.
Alternativa C: incorreta. De acordo com o texto, a 
capacitação dos entregadores de aplicativos é menor 
do que a dos motofretistas, como se verifica no início do 
segundo parágrafo.Os aplicativos de entrega não exigem 
capacitação nem regulamentação para oferecer aos 
entregadores salário menor do que o dos motofretistas.
Alternativa D: incorreta. Não há afirmações no texto 
a respeito da suposta redução gradual nas infrações 
de trânsito e no risco de acidentes de entregadores de 
aplicativos.
Alternativa E: incorreta. De acordo com o texto, a 
impossibilidade de abandonar o trabalho de entregador 
das empresas de aplicativos leva esses profissionais 
às infrações de trânsito e ao risco de sofrer acidentes. A 
regulamentação sequer é cogitada no texto.
QUESTÃO 13
_ 21_ENEM_POR_VP_L2_Q06
Disponível em: <https://mail.habbonight.com.br>. Acesso em: 20 ago. 2021.
O que gera o efeito de humor da piada é o(a)
A omissão de uma palavra na resposta.
B sarcasmo direcionado a uma profissão.
C ordem indireta das palavras na pergunta.
D duplo sentido de uma palavra no contexto.
E intertextualidade com um programa de tevê.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C6H18
Na piada, a palavra “plantão”, que significa serviço noturno 
ou que excede o horário de trabalho regular, pode ser 
entendida como substantivo no grau aumentativo, com 
significado de planta grande, em oposição à “plantinha” 
mencionada na pergunta.
Alternativa A: incorreta. Não há omissão de palavra na 
resposta.
Alternativa B: incorreta. Não há sinal de sarcasmo 
direcionado a uma profissão.
Alternativa C: incorreta. Os termos na frase estão em ordem 
direta, e a pergunta posposta à afirmação não gera humor.
Alternativa E: incorreta. Não há ocorrência de 
intertextualidade no texto.
QUESTÃO 14
_ 21_ENEM_POR_NB_L2_Q03
Capítulo VI
Ia encontrar Basílio no Paraíso pela primeira vez. [...] 
Ia, enfim, ter ela própria aquela aventura que lera tantas 
vezes nos romances amorosos! Era uma forma nova do 
amor que ia experimentar, sensações excepcionais! Havia 
tudo – a casinha misteriosa, o segredo ilegítimo, todas as 
palpitações do perigo! Porque o aparato impressionava-a 
mais que o sentimento; e a casa em si interessava-a, 
atraía-a mais que Basílio! Como seria? [...] Desejaria 
antes que fosse no campo, numa quinta, com arvoredos 
murmurosos e relvas fofas; passeariam, então, com as 
mãos enlaçadas, num silêncio poético; e depois o som da 
água que cai nas bacias de pedra daria um ritmo lânguido 
aos sonhos amorosos [...].
A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada, 
com uma portinha pequena. Logo à entrada um cheiro 
mole e salobre enojou-a. A escada, de degraus gastos, 
subia ingrememente, apertada entre paredes onde a cal 
caía, e a umidade fizera nódoas. No patamar da sobreloja, 
uma janela com um gradeadozinho de arame, parda do pó 
acumulado, coberta de teias de aranha, coava a luz suja 
do saguão. E por trás de uma portinha, ao lado, sentia-se 
o ranger de um berço, o chorar doloroso de uma criança.
QUEIRÓS, Eça de. O Primo Basílio. São Paulo: Scipione, 1994. p. 123-4.
O excerto do romance O Primo Basílio retrata os momentos 
que precedem o encontro de um casal de amantes em 
um local que convencionaram chamar de “Paraíso”. No 
segundo parágrafo, a predominância das sequências 
descritivas tem a função de
A expressar o caráter de empatia da personagem 
preocupada com os mais pobres.
B revelar o sentimento de satisfação da personagem 
apaixonada ao chegar a seu destino.
C evidenciar a quebra de expectativa da personagem que 
idealiza o lugar do encontro romântico.
D exprimir imageticamente a precariedade da condição 
econômica da personagem na carruagem.
E criar a atmosfera de suspense que atende aos anseios 
da personagem expostos no primeiro parágrafo.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H16
O segundo parágrafo do trecho apresenta sequências 
descritivas que se opõem discursivamente ao que é exposto 
no primeiro parágrafo, no qual a personagem espera o 
encontro perfeito. O fragmento “Ia, enfim, ter ela própria 
aquela aventura que lera tantas vezes nos romances 
amorosos!” exemplifica esse sentimento de esperança e de 
ansiedade que são frustrados por meio dessas sequências 
descritivas do ambiente, como no fragmento “Logo à 
entrada um cheiro mole e salobre enojou-a.”.
Alternativa A: incorreta. A personagem não demonstra 
preocupação com os mais pobres; ela se sente enojada ao 
chegar ao local.
Alternativa B: incorreta. A personagem não demonstra 
satisfação; ela se sente enojada ao chegar ao local.
Alternativa D: incorreta. A personagem na carruagem não 
sofre de condição econômica precária; o lugar ao qual ela 
chega é precário.
Alternativa E: incorreta. A atmosfera do lugar não atende 
aos anseios da personagem no primeiro parágrafo; ela 
idealizava um local idílico e se sentiu enojada com o local 
ao qual chegou.
QUESTÃO 15
_ 22_ENEM_POR_NB_L1_Q02
Dia 13 de julho é conhecido como o Dia Mundial do 
Rock. Particularmente, não gosto de nada que precisa ser 
“oficializado”. Ainda mais em se tratando do gênero musical 
cuja ideia era ser contra instituições, regras e padrões, 
certo?
Mas o tal Dia Mundial do Rock existe e é propagado 
pelos quatro cantos desta internet brasileira em busca de 
algum clique, view e play.
Nos Estados Unidos, alguns ainda celebram o gênero 
em outras datas, como o 9 de fevereiro, quando os Beatles 
fizeram a primeira apresentação em solo dos Estados 
Unidos.
No Brasil, a celebração no dia 13 de julho pegou de 
um jeito curioso. O gênero sempre tão esquecido ganha 
um dia para ser celebrado quase que obrigatoriamente, o 
que perde todo o sentido a partir do histórico do que é rock, 
não acham?
De qualquer forma, de mundial essa celebração não 
tem nada. É tão mundial quanto o vira-lata caramelo.
ANTUNES, Pedro. “Dia do rock é tão mundial quanto o vira-lata caramelo”. 
Disponível em: <www.uol.com.br>. Acesso em: 18 ago. 2021.
No artigo de opinião, quanto a seu posicionamento, o autor 
se revela
A patriota ao defender que o dia mundial do rock é o dia 
criado pelos brasileiros.
B assertivo ao atestar a legitimidade do dia 13 de julho 
como dia mundial do rock.
C crítico ao defender que o dia mundial do rock é 9 de 
fevereiro, e não 13 de julho.
D irônico ao comparar a universalidade do dia mundial do 
rock à do vira-lata caramelo.
E negacionista ao questionar a existência de celebrações 
do rock no Brasil ou nos EUA.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H3
A questão exige conhecimento de mundo do estudante, que 
deverá reconhecer que somente os brasileiros se referem 
a essa raça de cão como vira-lata caramelo. Ao comparar 
a universalidade do dia mundial do rock à do cachorro 
caramelo, o autor ironiza o termo mundial, ou seja, um dia 
considerado “mundial” pelos brasileiros, mas comemorado 
apenas no Brasil.
Alternativa A: incorreta. O autor do texto não demonstra 
patriotismo, mas descredibiliza esse dia ao afirmar que 
o evento tem tanto alcance mundial como o cão vira-lata 
caramelo, conhecido assim somente no Brasil.
Alternativa B: incorreta. O autor não reconhece o dia 13 
como mundial, e o trecho “Nos Estados Unidos, alguns 
ainda celebram o gênero em outras datas, como o 9 de 
fevereiro” reforça a ideia de que cada país comemora o dia 
do rock em uma data diferente.
Alternativa C: incorreta. O autor é crítico, mas ao defender 
que o dia não é mundial, e sim um dia comemorado apenas 
pelos brasileiros.
Alternativa E: incorreta. O autor não nega a existência das 
celebrações; ele apenas ironiza que o fato de esse dia, 13 
de julho, ser considerado mundial, já que não é, pois cada 
país o comemora em um dia específico.
QUESTÃO 16
_ 21_ENEM_POR_MN_L2_Q05
Por que me fiz poeta?
Porque tu, morte, minha irmã,
No instante, no centro
De tudo o que vejo.
No mais que perfeito
No veio, no gozo
Colada entre eu e o outro.
No fosso
No nó de um íntimo laço
No hausto
No fogo, na minha hora fria.
Me fiz poeta
Porque à minha volta
Na humana ideia de um deus que não conheço
A ti, morte, minha irmã,
Te vejo.
HILST, Hilda. “XXXII”. Uma superfície de gelo ancorada no riso: antologia de Hilda Hilst.Seleção, organização e apresentação de Luisa Destri. São Paulo: Globo, 2012. p. 126.
No poema da escritora brasileira Hilda Hilst, para o eu 
lírico, a razão do fazer poético está relacionada à ideia de 
que a poesia
A pode exprimir seus desejos mais profundos.
B é seu modo de entender e lidar com a finitude.
C está presente em seu cotidiano mais prosaico.
D representa a comunicação entre o eu e o outro.
E constitui a forma pela qual a figura divina se revela.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H17
No poema, o eu lírico se pergunta acerca da razão de ter se 
tornado poeta, o que justifica mencionando a morte. Assim, 
desenvolve a ideia de que, por se saber mortal, a si e a 
todos, o sujeito vai criando a necessidade de se expressar 
poeticamente.
Alternativa A: incorreta. O eu lírico não descreve seus 
desejos, mas salienta sua vocação para poeta atrelada à 
consciência da mortalidade.
Alternativa C: incorreta. O que está atrelado à vida prosaica 
do eu lírico é a morte, sempre presente e a razão pela qual 
o eu lírico é poeta.
Alternativa D: incorreta. De acordo com o eu lírico, a morte 
está presente em tudo, inclusive nas relações; a poesia 
como comunicação entre eu e outro não constitui, para o 
eu lírico, a razão pela qual é poeta.
Alternativa E: incorreta. O eu lírico afirma: “ideia de um deus 
que não conheço”; a poesia não é uma ferramenta para o 
encontro com Deus, mas um modo de lidar com a morte.
QUESTÃO 17
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q11
TEXTO I
Os painéis com tema de caçada, do século XVIII, 
adequados às paredes de maiores dimensões de uma 
antiga quinta (propriedade rural) portuguesa, foram 
alterados em sua adaptação às paredes do Salão da 
Lareira do Açude: Caçada ao urso constituía um painel 
duplo com A caçada do javali.
Os Museus Castro Maya. São Paulo: Banco Safra, 1996. p. 102.
TEXTO II
Azulejos de Lisboa, Portugal, século XVIII.
Caçada ao urso, cerâmica esmaltada, 220,8 cm × 250,5 cm, 
 Museus Castro Maya, Rio de Janeiro, Brasil.
Levando em consideração a reprodução do painel dos 
Museus Castro Maya e a explicação a respeito dele, 
é possível reconhecer que a arte da azulejaria tinha por 
finalidade o(a)
A criação de cenários de fundo para apresentações 
teatrais, cuja temática era exibida nas imagens 
representadas.
B proteção de paredes externas, adornadas com imagens 
sóbrias, desprovidas de ornamentação, representando 
temas aleatórios.
C revestimento de paredes que continham colunas 
estruturais, que eram representadas nos ornamentos 
que abrangem as próprias imagens.
D ilustração pedagógica dos trabalhos manuais, 
voltada aos trabalhadores da cozinha, representando 
atividades associadas a esse espaço.
E decoração de diferentes paredes com painéis de tema 
correlato, cuja imagem central era ornamentada por 
representações de colunas decoradas.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C4H12
A reprodução do painel de azulejos revela a representação 
de uma caçada ao urso, a que se refere o próprio título 
da obra. Essa imagem está cercada de representações de 
colunas ornamentais. As informações do Texto I indicam 
que essa azulejaria era parte de um painel duplo, cujo tema 
era similar: a caçada ao javali.
Alternativa A: incorreta. Não há menção, na imagem ou no 
texto, a uma suposta utilização dos azulejos como parte de 
um cenário teatral.
Alternativa B: incorreta. De fato, uma função primeira dos 
azulejos é a proteção de paredes externas. Mas essa 
afirmação, além de não mencionar o caráter decorativo 
dos azulejos, é seguida da afirmação incorreta de que 
não há ornamentação na imagem. A representação da 
caçada é cercada de colunas ornamentais, ostensivamente 
decoradas.
Alternativa C: incorreta. Não há menção, na imagem ou 
no texto, ao revestimento de paredes que contivessem 
colunas estruturais.
Alternativa D: incorreta. Não há elementos no painel ou 
na imagem que permitam afirmar que a ilustração tinha 
finalidade pedagógica, voltada aos trabalhadores da 
cozinha. Além disso, não se pode afirmar que a caça 
seja direta ou obrigatoriamente associada ao espaço da 
cozinha. Como se sabe, a atividade da caça era uma 
prática, muitas vezes, esportiva, associada à nobreza.
QUESTÃO 18
_ 21_ENEM_POR_JH_L3_Q03
Veja bem, meu bem, sinto te informar
que arranjei alguém pra me confortar
Este alguém está quando você sai
E eu só posso crer pois sem ter você nestes braços tais
Veja bem, amor, onde está você?
Somos no papel, mas não no viver
Viajar sem mim, me deixar assim
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins
Veja bem além destes fatos vis
Saiba, traições são bem mais sutis
Se eu te troquei não foi por maldade
Amor, veja bem, arranjei alguém
Chamado saudade
CAMELO, Marcelo. “Veja bem, meu bem”. 
In: Los Hermanos. Bloco do eu sozinho. Abril Music, 2001.
Na canção da banda brasileira de rock Los Hermanos, o 
discurso do eu lírico promove uma quebra de expectativa 
ao revelar que o(a)
A casal que se separou não se amava.
B sensação de culpa do eu lírico o atormenta.
C troca da qual trata o eu lírico foi por um sentimento.
D pessoa traída atribui ao eu lírico a responsabilidade 
pela traição.
E eu lírico não tem interesse em reatar o relacionamento 
com seu interlocutor.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H1
A canção é construída com base na expectativa da 
separação por traição. O eu lírico quebra essa expectativa 
afirmando que o sentimento de amor foi tomado por outro 
sentimento, o da saudade, devido à distância entre os 
amantes. Não se trata, portanto, do envolvimento de outra 
pessoa, como o verso “traições são bem mais sutis” mostra.
Alternativa A: incorreta. Há amor entre o casal: o eu lírico 
chama o interlocutor de “meu bem” e de “amor”, além de 
afirmar sua saudade.
Alternativa B: incorreta. Não há vestígio de sensação de 
culpa do eu lírico, mas um testemunho de sua saudade 
diante da ausência da pessoa amada.
Alternativa D: incorreta. Na canção, não há espaço para 
a apresentação da subjetividade do interlocutor, e sim 
apenas do eu lírico. Ademais, a última estrofe da canção 
revela que não houve traição, mas que o eu lírico sente 
saudade da pessoa amada devido à sua ausência.
Alternativa E: incorreta. O eu lírico afirma que sente 
saudade da pessoa amada, sua interlocutora, o que indica 
seu desejo de reencontrá-la.
QUESTÃO 19
_ 22_ENEM_POR_VP_L1_Q02
Disponível em: <https://antigo.saude.gov.br>. Acesso em: 22 ago. 2021.
A função apelativa da linguagem, também chamada 
de conativa, caracteriza-se por objetivar a persuasão 
e é vastamente empregada na área do marketing. Na 
propaganda governamental da vacinação contra o sarampo, 
o que marca o predomínio dessa função da linguagem é o 
foco no(a)
A canal de comunicação, verificado na apresentação do 
site governamental.
B emoção do enunciador, notado na postura heroica 
assumida pela personagem.
C formato da mensagem, constatado na justaposição de 
linguagem verbal e não verbal.
D receptor, percebido no uso dos verbos no modo 
imperativo “vacine-se”, “procure” e “leve”.
E informação, reconhecido em “Pessoas de 6 meses a 
49 anos de idade devem ser vacinadas.”.
GabariTO: D
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C6H19
Como afirma o enunciado, a função apelativa se caracteriza 
por objetivar a persuasão, por isso seu foco é no receptor 
da mensagem. Na propaganda apresentada, isso se nota 
sobretudo no emprego de verbos no modo imperativo, 
diretamente dirigidos ao receptor: “Vacine-se”, “procure” e 
“leve”.
Alternativa A: incorreta. A função da linguagem cujo foco é 
o canal de comunicação é a fática.
Alternativa B: incorreta. A função da linguagem cujo foco é 
a transmissão da emoção e da subjetividade é a emotiva, 
também chamada de expressiva.
Alternativa C: incorreta. A função da linguagem cujo foco é 
o formato da mensagem é a poética.
Alternativa E: incorreta. A função da linguagem cujo foco 
é a informação é a referencial, também chamada de 
denotativa.
QUESTÃO 20
_ 21_ENEM_POR_EY_L2_Q05
Quem achavive se perdendo
Por isso agora eu vou me defendendo
Da dor tão cruel desta saudade
Que por infelicidade
Meu pobre peito invade
Batuque é um privilégio
Ninguém aprende samba no colégio
Sambar é chorar de alegria
É sorrir de nostalgia
Dentro da melodia [...]
ROSA, Noel; VADICO. “Feitio de oração”. 
Disponível em: <https://www.letras.mus.br>. Acesso em: 19 ago. 2021.
Na canção, são explorados diversos recursos linguísticos. 
No verso “Quem acha vive se perdendo”, por exemplo, os 
compositores lançam mão de uma dupla de palavras cuja 
aproximação
A atenua o conteúdo da mensagem, tendo em vista 
a necessidade do emissor de obter a empatia do 
interlocutor.
B aparenta incoerência, uma vez que, a depender de seu 
significado, elas podem ser consideradas antônimas.
C exprime ideia de progressão, pois parte da trivialidade 
rumo à importância dada ao sentimento do enunciador.
D expressa exagero, já que elas conferem ênfase 
expressiva ao conhecimento adquirido pelo enunciador 
acerca do samba.
E estabelece uma comparação assimilativa, porque, no 
contexto, os verbos “achar” e “perder” têm o mesmo 
significado.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H3
No verso em questão, há ocorrência de paradoxo, que 
constitui uma contradição, compreendido, assim, como 
incoerência. Caso o verbo “achar” seja considerado sob 
a acepção de “encontrar”, seu sentido é contrário ao do 
verbo “perder”, o que torna a ideia de que “Quem acha vive 
se perdendo” paradoxal. No entanto, ao considerar que o 
sentido do verbo “achar” é “supor”, não há incoerência. A 
alusão posterior à ideia de que não se aprende samba no 
colégio reforça a segunda acepção apresentada do verbo 
“achar”.
Alternativa A: incorreta. A atenuação, que corresponde 
ao eufemismo, não se verifica no verso, que expressa a 
opinião do emissor.
Alternativa C: incorreta. O conceito de progressão cabe à 
gradação, que não ocorre no verso, já que as palavras não 
têm diferença hierárquica quanto à trivialidade. 
Alternativa D: incorreta. Não há, no verso em questão, a 
figura hipérbole, que se constitui pelo exagero.
Alternativa E: incorreta. Não há ocorrência de comparação 
assimilativa, ou símile, no verso em questão. Uma 
comparação entre dois elementos demanda o uso da 
conjunção “como” ou equivalente (“tal como”, “tal qual” 
etc.). Ademais, os verbos “achar” e “perder” não são 
equiparáveis.
QUESTÃO 21
_ 21_ENEM_POR_NB_L2_Q02
Você já se deparou com algum banco irregular, 
pinos pontiagudos em fachadas de lojas e por aí vai. A 
implementação desses aparatos, chamados de arquiteturas 
hostis, é escorada no argumento de tornar a cidade mais 
segura.
Em sua dissertação de mestrado, a arquiteta e urbanista 
e mestre em planejamento urbano Débora Faria define as 
arquiteturas hostis como “estratégias de controle social que 
pretendem excluir grupos considerados indesejáveis”.
Presente em diversos países, o uso desses objetos 
é justificado, em geral, como uma resposta ao medo da 
violência e do crime. Débora aponta que no Brasil o 
implemento de soluções de segurança envolve também o 
“medo de estranhos, o medo do outro, o medo dos pobres 
e o medo do próprio espaço urbano”. Segundo a arquiteta, 
assim como o medo da violência resulta no levantamento 
de muros e cercas, o medo do outro leva à criação de 
medidas que delimitam o espaço público: “Onde antes era 
possível sentar, são colocados pinos, espetos e outros 
mobiliários, os quais tornam desconfortável qualquer forma 
de permanência.”, afirma a arquiteta.
ZARPELON, Maria Cecília. “É preciso combater a arquitetura hostil”. 
Disponível em: <https://www.plural.jor.br>. Acesso em: 20 ago. 2021. (Adaptado)
No texto apresentado, as aspas são usadas para
A sugerir a discordância da autora do texto em relação às 
ideias apresentadas pela arquiteta citada.
B indicar a citação direta do discurso da especialista 
consultada acerca de questões relacionadas à 
arquitetura hostil.
C realçar as sugestões dadas pela especialista 
consultada à população para driblar elementos de 
arquitetura excludentes.
D ressaltar o caráter sarcástico de parte da fala da 
entrevistada ao se opor ao uso de arquitetura hostil 
contra determinados grupos sociais.
E marcar a oposição da profissional consultada aos 
aparatos de arquitetura hostil no artigo em que a autora 
defende o uso desses objetos por segurança.
GabariTO: b
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C1H4
No artigo, as aspas servem para isolar as citações diretas 
do discurso da arquiteta e urbanista Débora Faria acerca 
dos elementos de arquitetura hostil.
Alternativa A: incorreta. Não há qualquer indício de que a 
autora do texto discorde da arquiteta consultada.
Alternativa C: incorreta. A arquiteta consultada menciona a 
face excludente dos elementos de arquitetura hostil, mas 
não dá sugestões para driblá-los.
Alternativa D: incorreta. Não há sinal de sarcasmo nas 
falas da arquiteta consultada.
Alternativa E: incorreta. Não há defesa dos objetos de 
arquitetura hostil por nenhuma das partes.
QUESTÃO 22
_ 22_ENEM_POR_VP_L1_Q01
Em comum, os entrevistados afirmam que a 
aposentadoria traz segurança e estabilidade [...].
“Eu tenho minha aposentadoria, eu tenho recurso. Não 
é suficiente, mas garante uma doença ou o desemprego. 
Tem a mulher, tem os filhos, hoje a gente os olha para 
amanhã eles olhar a gente. Minha esposa parou de 
trabalhar porque veio os filhos, né?”. (Abraão)
COCKELL, Fernanda Flávia. “Idosos aposentados no mercado de trabalho informal: 
trajetórias ocupacionais na construção civil”. Psicologia e Sociedade, v. 26, n. 2, ago. 2014.
O texto faz parte de um estudo sobre aposentados da área 
da construção civil no Brasil. O trecho entre aspas, no qual 
está transcrito o depoimento de um entrevistado gravado 
pela pesquisadora, revela o emprego uma linguagem
A técnica, usando jargão e vocabulário de áreas 
específicas.
B lírica, empregando sentimentalismo e figuras de 
linguagem.
C regional, usando expressão típica de determinados 
estados.
D culta, seguindo a norma-padrão e usando termos 
rebuscados.
E informal, expressando coloquialidade em alguns usos 
linguísticos.
GabariTO: E
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C8H25
O trecho em destaque mostra uma linguagem típica da 
oralidade (já que se trata de uma entrevista gravada), 
apresentando sinais de coloquialidade no desvio quanto à 
concordância verbal em “veio os filhos”, no uso do verbo 
“ter” em vez de “haver” no impessoal em “Tem a mulher, 
tem os filhos” e na contração de “não” e “é” em “né?”.
Alternativa A: incorreta. Não há nenhum jargão no trecho, e 
o vocabulário é simples.
Alternativa B: incorreta. Não há lirismo ou sentimentalismo 
na fala do entrevistado; nenhuma figura de linguagem foi 
empregada.
Alternativa C: incorreta. O vocabulário usado não é típico 
de nenhuma região e é comum em todo o país.
Alternativa D: incorreta. A fala do entrevistado não segue 
a norma-padrão, porque há desvio quanto à concordância.
QUESTÃO 23
_ 22_ENEM_POR_MN_L1_Q01
Ouço as árvores
lá fora
sob as nuvens
Ouço vozes
risos
uma porta que bate
É de tarde
(com seus claros barulhos)
como há vinte anos em São Luís
como há vinte dias em Ipanema
Como amanhã
um homem livre em sua casa.
GULLAR, Ferreira. “O prisioneiro”. Dentro da noite veloz. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2018. p. 69.
O poema “O prisioneiro”, de Ferreira Gullar, foi escrito 
em janeiro de 1969, um mês após a publicação do Ato 
Institucional no 5. Em vista das consequências desse 
momento histórico na vida de artistas e intelectuais, 
percebe-se que, no poema, o(a)
A eu lírico se sente prisioneiro e projeta suas esperanças 
no futuro, apesar de o mundo exterior parecer 
inalterado.
B natureza permite que o eu lírico se sinta aliviado ao 
reconhecer que não ocorreram mudanças políticas 
significativas no país.
C eu lírico encontra-se melancólico, afastado de sua 
origem familiar e assustado diante de sons que aludem 
a protestos populares.
D eu lírico é prisioneiro político, comodescreve o título, 
e, apesar de a notícia ter se espalhado, ele não tem 
possibilidade de escapatória.
E natureza representa o conforto para o sujeito 
angustiado, descrevendo uma realidade estática que o 
acalma e o convence a aceitar a nova ordem política.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C5H15
Em “O prisioneiro”, o eu lírico contrasta a continuidade 
(“como há vinte anos em São Luís / como há vinte dias 
em Ipanema”) de alguns elementos do mundo exterior 
(o som do vento nas árvores, as nuvens, o riso dos 
homens e a percepção visual da tarde) com a sensação 
de aprisionamento vivida pelo sujeito lírico, devido ao 
contexto político-social. Contudo, como se vê nos dois 
últimos versos, o poeta vislumbra nova esperança em um 
“amanhã”, em que possa haver liberdade.
Alternativa B: incorreta. O eu lírico não está refletindo 
diretamente sobre a natureza das mudanças, e sim 
contrastando as percepções do mundo exterior à sua 
condição de prisioneiro.
Alternativa C: incorreta. O poema não indica 
manifestações populares vindas do mundo exterior, que 
é descrito em termos amenos e voltados para a natureza.
Alternativa D: incorreta. A menção feita a São Luís e 
Ipanema tem a função de mostrar como a percepção da 
natureza se mantém semelhante em diferentes lugares 
e diferentes tempos, sem qualquer relação direta com 
contextos políticos e sociais. Ademais, o poema termina 
anunciando a esperança na liberdade.
Alternativa E: incorreta. Quando o poeta projeta a liberdade 
no “amanhã”, ele indica a sua inexistência no hoje, ou seja, 
mesmo a natureza não o conforma do estado político-social 
em que se encontra.
QUESTÃO 24
_ 22_ENEM_POR_MB_L1_Q01
LUSCAR. Mano a mano.
A língua não é uma realidade homogênea, afinal a situação 
cultural, econômica e regional de seus falantes não é 
uniforme. Na tirinha, a personagem explora variedades 
diversas para se referir a um mesmo alimento. Nesse 
contexto, a conclusão a que chega a personagem no último 
quadrinho expressa
A indiferença quanto à palavra utilizada, desde que o 
alimento lhe seja provido.
B valorização da culinária típica do Sudeste como forma 
de afirmação da própria cultura.
C consciência de que o uso das palavras constitui uma 
forma de manifestação cultural e identitária.
D intenção didática, pois pretende corrigir o uso incorreto 
do termo “jerimum” por parte de alguns dos falantes.
E resgate da identidade regional por meio de uma 
crítica frontal ao emprego de variedade considerada 
academicista.
GabariTO: C
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C8H26
Na tirinha, a personagem atesta a superioridade do 
doce de jerimum devido à sua “pitada cultural”. Ou seja, 
a diferença entre ele e o doce de abóbora não se dá 
propriamente no âmbito culinário ou gastronômico, e 
sim no cultural. Não por acaso, a personagem usa um 
chapéu tipicamente associado à região Nordeste do país, 
o que auxilia o leitor a contextualizar o lugar de fala da 
personagem. Nessa perspectiva, a conclusão a que se 
pode chegar é que, embora jerimum e abóbora sejam o 
mesmo alimento, o emprego do termo “jerimum”, segundo 
a personagem, envolve a valorização de uma identidade 
regional específica. 
Alternativa A: incorreta. A personagem não se mostra 
indiferente quanto à opção de uso. Pelo contrário, 
recomenda, expressamente, o termo “jerimum”.
Alternativa B: incorreta. A discussão não se limita ao 
âmbito culinário. Ademais, a personagem está ligada ao 
contexto regional nordestino, e não vinculada ao Sudeste. 
Alternativa D: incorreta. A personagem não censura o uso 
do termo, e sim o valoriza.
Alternativa E: incorreta. Não houve crítica frontal, isto é, 
explícita, a qualquer variedade ou se considerou alguma 
variedade academicista.
QUESTÃO 25
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q07
“Saúde” era a palavra que mais nos vinha aos lábios 
quando falávamos em Jorge Ben. Essa já se tornara e 
permaneceria uma palavra-chave para nós em julgamentos 
e apreciações. José Agrippino de Paula e Rogério Duarte 
já a tinham usado para falar até de literatura (na verdade, 
Rogério se referia a Panamérica, de Agrippino, como um 
livro demasiadamente saudável para ser boa literatura: 
“Você tem muita saúde”, dissera ele a Agrippino, “talvez 
a literatura precise de um pouquinho mais de neurose”), 
dando-lhe uma conotação que eu captei e incorporei 
imediatamente. Saúde era o que exalava da figura, do 
timbre, das ideias de Jorge Ben. A própria atração pela 
cena pop norte-americana era já para nós a essa altura um 
sinal de “saúde”. A cena pop norte-americana era apenas 
um dos elementos que tínhamos deixado de desprezar 
como “vulgares” para cultuarmos como “saudáveis”.
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. 3 ed. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 213-4. (Adaptado)
No excerto, Caetano Veloso explica o uso específico que 
ele e seus amigos e interlocutores do ambiente artístico 
faziam da palavra “saúde”. O texto permite reconhecer que, 
para eles, “saúde” designa
A um conceito usado para valorar obras de arte.
B a proposta neurótica das canções de Jorge Ben.
C o repúdio ao pop norte-americano na obra de Jorge 
Ben.
D o hibridismo da figura, do timbre e das ideias de Jorge 
Ben.
E a dessintonia de obra e autor em relação à cena pop 
norte-americana.
GabariTO: a
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
C6H20
No texto de Caetano Veloso, ele explica que o termo 
“saúde” era utilizado para avaliar obras de arte. Tratava-
-se de uma “palavra-chave para nós em julgamentos e 
apreciações”. Para Rogério Duarte, a obra Panamérica, 
de José Agrippino de Paula, era excessivamente saudável: 
faltava-lhe algo de “neurose”; para Caetano e seus pares, 
Jorge Ben (Jor) e sua obra tinham muita “saúde”, e a 
cena pop norte-americana era também saudável. Nota- 
-se que, no texto, o termo “saúde” não é explicado, mas é 
exemplificado o tempo todo.
Alternativa B: incorreta. No texto, a palavra “neurose” é 
utilizada para se referir à avaliação que Rogério Duarte faz 
da obra de José Agrippino de Paula. Ela não se refere à 
obra e à figura de Jorge Ben.
Alternativa C: incorreta. Para Caetano Veloso e seus pares, 
a cena pop norte-americana é avaliada como saudável, e 
não como repudiável.
Alternativa D: incorreta. Não há, no texto, referências a um 
suposto “hibridismo” de Jorge Ben.
Alternativa E: incorreta. Para Caetano Veloso e seus pares, 
a cena pop norte-americana é avaliada como saudável. 
Para haver “saúde”, é necessário que obra e autor estejam 
em sintonia com essa cena artística.
QUESTÃO 26
_ 22_ENEM_POR_CR_L1_Q16
TEXTO I
Na instalação audiovisual Gasolina neles (2021), o grupo 
Teto Preto revisita seu primeiro videoclipe, Gasolina (2016), 
para recontextualizá-lo em um espaço de museu, no subsolo 
do mesmo lugar onde foi filmado: o vão livre do MASP. [...] 
No videoclipe, o artista Loïc Koutana dança durante um ato 
realizado na Avenida Paulista contra as Olimpíadas no Rio 
de Janeiro em 2016. A movimentação convulsiva de Loïc 
se contrapõe à presença da força policial, evidenciando 
dois tipos de coreografias radicalmente opostas. Trazendo 
a estética da pista de dança, Gasolina neles potencializa 
o vídeo com estímulos visuais e sonoros, despertando no 
espectador a memória dos corpos resistentes que dançam 
na noite e protestam na rua.
Texto explicativo sobre a instalação audiovisual Gasolina neles, 
aberta à visitação no Museu de Arte de São Paulo, de 27/04 a 20/06/2021. 
Disponível em: <https://masp.org.br>. (Adaptado)
TEXTO II
TETO PRETO, Gasolina neles, 2016. (7min45s). 
Disponível em: <https://youtu.be/k0XzDN-Gv3A>. Acesso em: 18 ago. 2021.
Levando em consideração as explicações no Texto I a 
respeito do videoclipe do grupo Teto Preto e do contexto em 
que foi filmado, o caráter de protesto do grupo se manifesta 
no Texto II, sobretudo, pela oposição entre
A o espaço do museu e o local da filmagem.
B a flexibilidade do dançarino e a rigidez dos policiais.
C a beleza do Rio de Janeiro e a aridez de São Paulo.
D a interação dos policiais e

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