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ECG- Eletrocardiograma

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1 
Trabalho de Pesquisa 
 
 
 
Eletrocardiograma (ECG) 
 
1. Conceito 
O eletrocardiograma (ECG) nada mais é do que uma representação gráfica da 
atividade elétrica do coração. Para entender o traçado do ECG, é preciso entender alguns 
princípios básicos para sua obtenção. 
 
 
2. Anatomia e Fisiologia do coração 
 
O coração possui 4 câmaras, duas aurículas (ou átrios) e dois ventrículos. Sangue 
desoxigenado retorna ao átrio direito do coração, através das duas veias cava (superior e 
inferior). É bombeado para o ventrículo direito e depois para os pulmões onde o dióxido de 
carbono é libertado e o oxigénio é absorvido. O sangue oxigenado, em seguida, volta para 
o átrio esquerdo do coração, em seguida, para o ventrículo esquerdo a partir do qual é 
bombeado para dentro da aorta e a circulação arterial. 
 
 
A contração de uma câmara cardíaca é chamada sístole e o seu relaxamento é 
chamada diástole. Normalmente 2 átrios se contraem quase que simultaneamente, e os 2 
ventrículos também contraem simultaneamente (com um atraso não significativo). 
 
 
2 
A pressão criada nas artérias pela contração do ventrículo esquerdo é a pressão 
arterial sistólica (PAS). Durante a diástole, a pressão nas artérias cai até os ventrículos 
estarem totalmente cheios. A pressão arterial no final da diástole é chamada pressão arterial 
diastólica (PAD). 
 
3. Registro do eletrocardiograma 
 
ONDAS: 
 
Onda P: traduz a despolarização dos átrios, enquanto evento elétrico e sístole destas 
câmaras, enquanto evento mecânico. 
Intervalo P-R: no significado elétrico, referente-se ao tempo em que o impulso 
cardíaco leva para despolarizar os átrios, percorrer as vias de condução intermodais, o 
nódulo AV, o feixe de His e ramos até alcançar os ventrículos. Já no significado mecânico, 
traduz o período de sístole dos átrios em consonância à pausa fisiológica que ocorre no Nó 
Átrio-ventricular. O tempo desse intervalo limita-se entre 0,12 segundos a 0,20 segundos. 
Complexo QRS: refere-se à despolarização dos ventrículos e sístole dessas 
câmaras. O tempo médio desse complexo situa-se entre 0,08 até 0,12 segundos. 
Segmento ST: é a fase inicial da repolarização ventricular dos ventrículos, portanto 
determina a diástole ventricular. Este segmento, eletrocardiograficamente normal, deve ser 
isoelétrico, ou seja, reto; não formando nem uma onda positiva ou negativa. 
Onda T: onda que representa a repolarização dos ventrículos eo momento final da 
diástole dos mesmos. 
 
Intervalos: 
Horizontal- Cada quadrado pequeno equivale 0,04 seg e 5 quadrados pequenos = 
0,20 seg. 
Vertical – cada quadrado pequeno é 1mV e o grande 5mV. 
 
 
3 
 
 
 
4. Técnica de registro do eletrocardiograma padrão e seus matérias 
 
1. Deve ser analisado de maneira sistemática para determinar o ritmo cardíaco do paciente 
e detectar arritmias, distúrbios de condução, evidências de isquemia, lesão e infarto do 
miocárdio. 
Informações do paciente: Idade e dados clínicos; Identificar as derivações; 
Observar a qualidade do traçado: Ausência de interferência elétrica e ausência de tremor 
muscular. 
2. Verificar a FC (60 a 100 bpm): conta os quadrados grandes dentro do intervalo RR e 
depois divide por 300 (ritmo regular). Ou soma dos quadrados pequenos e divide por 
1500. Bradicardia e taquicardia. 
3. Verificar o ritmo: 
Regular: contar os quadrados grandes entre a diferença das ondas R. Será regular se 
for igual ou muito próximo. 
Ritmo sinusal: 
a) Uma onda P precedendo cada QRS 
b) Cada QRS antecedido por uma onda P e P positiva em DII, DIII e avF. 
5. Identificar a onda P e verificar a onda P(despolarização atrial): morfologia 
6. Intervalo PR- 0,12 a 0,20 (alterações atrioventriculares) 
7. Intervalo QRS- deve durar até 0.12 seg (3 quadradinhos). (alterações ventriculares) 
8. Onda T 
9. Procure onda Q patológica (maior que um quadradinho). 
 
 
4 
 
 
Quadro 1 – Posicionamento dos eletrodos ou peras nos membros. 
 
Braço direito (Right Arm (RA), vermelho) - antebraço direito, proximal ao punho; 
Braço esquerdo (Left Arm (LA), amarelo) - antebraço esquerdo, proximal ao punho; 
Perna esquerda (Left Leg (LL), verde) - parte inferior da perna esquerda, proximal ao 
tornozelo; 
Perna direita (Right Leg (RL), preto) - parte inferior da perna direita, proximal ao 
tornozelo. 
 
 
5 
Quadro 2 – Posicionamento dos eletrodos ou peras região torácica e derivações precordiais: 
Fonte: Adaptado Society for Cardiological Science & Technology – SCST, 2017 
 
 
4. MATERIAIS 
 
• Requisição de ECG devidamente preenchida e com carimbo e assinatura do médico; 
• Eletrocardiógrafo; 
• Água e sabão neutro; 
• Produto de desinfecção de superfícies padronizado na instituição (Surfic); 
• Álcool 70%; 
• Papel toalha ou compressa para higienização dos materiais; 
• Eletrodos ou peras, conforme indicado. Deve ser utilizado eletrodos em pacientes da UTI, 
pacientes em precaução ou isolamento de contato e crianças; 
• Aparelho de tricotomia para aparar os pelos, caso necessário; 
• Luvas de procedimento; 
• Gel condutor para ECG. 
 
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO 
 
• Verificar requisição de exame e conferir nome do paciente; 
• Higienizar as mãos; 
• Conferir nome com pulseira de identificação do paciente; 
• Fechar a porta do quarto ou cortinas para manter a privacidade; 
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou familiar; 
• Calçar luvas de procedimento; 
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal e solicitar que permaneça relaxado; 
• Solicitar ao paciente que exponha o tórax, punhos e tornozelos ou fazê-lo caso o paciente 
seja dependente; 
• Certificar que não há contato com o paciente com artefatos metálicos; 
• Limpar a pele do paciente com álcool a 70%, desengordurando o local de contato, para 
a colocação dos eletrodos ou peras, caso seja necessário, realizar tricotomia nesses 
locais; 
• Certificar que os eletrodos ou peras estão limpos e seguramente fixos; 
 
V1, vermelho - Quarto espaço intercostal na borda esternal direita V2, 
amarelo - Quarto espaço intercostal na borda esternal esquerda V3, verde 
- Entre V2 e V4 
V4, marrom - Quinto espaço intercostal na linha clavicular média (hemiclavicular) V5, preto - 
Linha axilar anterior esquerda no mesmo nível horizontal que V4 
V6, roxo - Linha axilar média esquerda no mesmo nível horizontal que V4 e V5 
 
 
6 
• Verificar se os cabos dos eletrodos ou peras estão devidamente conectados; 
• Conectar os eletrodos, fixando as placas na face interna do braço ou antebraço e face 
lateral interna das pernas evitando proeminências ósseas e/ou coxas em caso de 
membros amputados; 
• Posicionar os eletrodos ou peras conforme Quadros 1 e 2. 
 
6. Referências 
 
Baltazar, Romulo F. Basic and Beside Electrocardiography. Lippincott Williams & Wilkins, 
2009. 
 
David M. Mirvis, e Ary L. Goldberger. “Eletrocardiografia.” Em Braunwald. Tratado de 
Doenças Cardiovasculares, por Douglas P. Zipes, Petter Libby, Robert O. Bonow e Eugene 
Braunwald, 107-147. Elsevier, 2006. 
 
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu-ufsc/acesso-a-
informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2021/pop-ecg-
revisado-1.pdf/@@download/file/POP%20ECG%20revisado%281%29.pdf>Acesso. 
10.04.2022> 
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu-ufsc/acesso-a-informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2021/pop-ecg-revisado-1.pdf/@@download/file/POP%20ECG%20revisado(1).pdf.
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu-ufsc/acesso-a-informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2021/pop-ecg-revisado-1.pdf/@@download/file/POP%20ECG%20revisado(1).pdf.
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu-ufsc/acesso-a-informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2021/pop-ecg-revisado-1.pdf/@@download/file/POP%20ECG%20revisado(1).pdf.