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PROF. HÉLCIO AGUIAR QUESTÃO 01 Portal Saúde. Ministério da Saúde. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index. php/cidadao/principal/campanhas-publicitarias/27611-febre- amarela-2016. Acesso em: 15 set. 2017. Publicidade institucional é toda propaganda que não pretende aumentar os lucros de uma empresa, mas divulgar uma mensagem de cunho social, cultural ou cívico. QUESTÃO 02 É comum em cartazes de campanhas em geral a presença da função conativa da linguagem, uma vez que se busca estabelecer um contato direto com o público- alvo. Nesse cartaz, para reforçar a necessidade da vacinação contra a febre amarela, além da função conativa, há também o uso de outra função da linguagem, em que se A notam emoções, pensamentos e reflexões do anunciante sobre a doença. B discute a importância de se vacinar a população por meio do próprio fazer publicitário. C procura estabelecer e manter um canal de comunicação direto com idosos e gestantes. D apresenta uma informação de maneira objetiva, reforçando a necessidade de vacinação. E reforça a mensagem por meio das ilustrações e da sonoridade com verbos no imperativo. QUESTÃO 03 [...] O mestre Yoda disse bem em Star Wars para Luke Skywalker: “Faça ou não faça. Não existe ‘tentar’”. Dizer coisas como “vou tentar voltar na semana que vem” ou “vou tentar começar a me exercitar novamente” é realmente apenas uma maneira de permanecer descompromissado. Quando, exatamente, você voltará? Quando, exatamente, você está se comprometendo a se exercitar novamente? “Tentar” é uma palavra fraca. Se você quer ter mais sucesso, pare de dizer que vai “tentar” e decida fazer ou não fazer. E deixe que isso se reflita em você. [...] ROMANOWSKY, Zoe. “O que dizemos tem muito impacto no nosso sucesso pessoal e profissional”. Aleteia, 3 abr. 2019. Disponível em: . Acesso em: 11 abr. 2019. O texto injuntivo ou instrucional está pautado na explicação e no método para a concretização de uma ação. Ele indica o procedimento para realizar algo, por exemplo, uma receita de bolo, bula de remédio, manual de instruções, editais e propagandas. QUESTÃO 04 A construção do texto anterior apresenta características da função apelativa da linguagem, na medida em que A) serve para verificar se um canal de comunicação é efetivo, por meio da repetição do modo imperativo verbal. B) questiona o leitor, por meio de linguagem que explora recursos sonoros, rítmicos e estruturais, sobre como lidar com problemas na vida. C) usa a linguagem verbal para demonstrar como se deve atuar verbalmente para buscar novos objetivos de vida. D) apresenta informações objetivas sobre o que pode ser feito para alcançar o sucesso na vida. E) o enunciador se dirige ao destinatário, procurando convencê-lo a mudar de atitude. QUESTÃO 05 Jesus entrou numa jangada e os discípulos não contaram pipoca. Entraram também. Um dos apóstolos ainda cochichou um colega: – Diabeisso, macho? Que foi que o ômi inventou agora? – Sei não, macho. Sei que eu tô é dento! Jesus armou logo uma tipoia lá atrás e deitou-se. Com todo mundo embarcado, o jangadeiro arrochou o nó pra dentro dágua. Só que, mais na frente, deu o maior bode. Caiu um toró daqueles, de matar sapo afogado. E aí o mar ficou valente. As ondas lavando por cima da jangada, direto. De vez em quando vinha uma e assungava a jangada, que a bicha parecia que ia se desmantelar toda. Depois embiocava de novo num buraco de mar. Os discípulos se aperrearam: – Vixe! – Valei-me meu padim! – Agora pronto! (1) Enquanto isso, Jesus não dava nem as horas. Tirando o maior ronco, lá na rede. Até que um dos discípulos, abriu dos pau e foi até Jesus, pedindo penico: – Meste! Meste! Ó a boca quente que nós tamo, meste! A gente em tempo de se lascar aqui e o sinhô fica é dormino? QUESTÃO 06 Jesus queimou ruim: – Vocês são um magote de mamanaégua mesmo! Não aguentam uma lebrina! Aí, olhou no rumo do céu e passou o maior carão: – Vamo parar com esse chafurdo aí, que eu inda quero dormir até umas horas! Quer chover, vá chover lá na caxaprego! E a chuva e a ventania se aquietaram que foi uma beleza. A nuvenzona preta, que estava em cima deles botou o rabo entre as pernas, chega saiu murcha. Jesus foi dormir de novo e os discípulos ficaram naquele zum-zum-zum baixinho: – Égua, macho, o ômi botô foi quente… – O chefe aí é invocado mermo… Não abre nem prum trem carregado de pólvora… – Com um doido em cima, fumano… Observando a linguagem utilizada, infere-se que A. a diversidade linguística gera inconsistência teológica, visto que humor faz parte da narrativa. B. a comunicação do texto é possível e atende seu objetivo de atingir o público de comunidades incultas. C. a variação linguística enriquece o patrimônio cultural do país ao considerar formas diversificadas de comunicação. D. o texto apresenta termos e expressões próprios da norma culta padrão de determinada região do país. E. a linguagem se distingue pelos elementos históricos, apesar de alguns registros escritos de maneira errônea. QUESTÃO 07 Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice da cadeia alimentar do léxico. As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. Uma coisa é estar na ponta – outra, no vértice. Ser artesão não é nada, perto de ser artífice. Legal ser eleito Papa, mas bom mesmo é ser Pontífice. (Adaptado de Eduardo Affonso, “Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto”. Disponível em www.facebook.com/eduardo22affonso/.) Segundo o texto, as proparoxítonas são palavras que a) garantem sua pronúncia graças à exigência de uma sílaba tônica. b) conferem nobreza ao léxico da língua graças à facilidade de sua pronúncia. c) revelam mais prestígio em função de seu pouco uso e de sua dupla acentuação. d) exibem sempre sua prepotência, além de imporem a obrigatoriedade da acentuação. e) apresentam dubiedades, visto que em alguns vocábulos podem se tornar paroxítonas. QUESTÃO 08 BROWNE, Dik. Hagar. Disponível em: . Acesso em: 11 abr. 2019. No segundo quadrinho da tira, a personagem utiliza uma figura de linguagem sintática conhecida como elipse para A. evitar a repetição de expressão evidente no contexto. B. conferir um tom mais formal à sua fala, dada a situação. C. impedir uma ambiguidade quanto ao assunto de sua frase. D. indicar sua intenção de não revelar sobre quem está falando. E. expandir o significado da sua fala, conferindo mais expressividade a ela. QUESTÃO 09 Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela e encontrava um. Quando não encontrava,dava no mesmo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho a varanda aberta sobre a Lagoa ― posso não ver melhor, mas vejo mais. [...]Nelson Rodrigues não tinha problemas. Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do jornal.Ele estava com o papel na máquina e provisoriamente sem assunto. Inventou que eu descia de um reluzente RollsRoyce com uma loura suspeita, mas equivalente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto. CONY, C. H. Folha de S. Paulo. 2 jan. 1998 (adaptado). REFERENCIAL: pronominalização ou advérbio SEQUENCIAL: conjunção ou preposição LEXICAL: sinônimo, hipônimo, hiperônimo ou contiguidade POR ELIPSE: omissão RECORRENCIAL: reiteração de estruturas QUESTÃO 10 O autor lançou mão de recursos linguísticos que o auxiliaram na retomada de informações dadas sem repetir textualmente uma referência. Esses recursos pertencem ao uso dalíngua e ganham sentido nas práticas de linguagem. É o que acontece com os usos do pronome “ele” destacados no texto. Com essa estratégia, o autor conseguiu A) confundir o leitor, que fica sem saber quando o texto se refere a um ou a outro cronista. B) referir-se a Rubem Braga e a Nelson Rodrigues usando igual recurso de articulação textual. C) produzir um texto obscuro, cujas ambiguidades impedem a compreensão do leitor. D) comparar Rubem Braga com Nelson Rodrigues, dando preferência ao primeiro. E) sugerir que os dois autores escrevem crônicas sobre assuntos semelhantes.