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AÇÃO TRABALHISTA VÍNCULO EMPREGATICIO

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EXENLENTÍSSIMO SENHOUR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA XXXXXX VARA DO TRABALHO DE xxxxxxxx
Manoela da Silva, brasileira, profissão, estado civil, portadora da cédula de identidade RG sob o nº xxxxxxxx, inscrita no CPF XXX.XXX.XXX-X, nascida em xx/xx/xxxx, residente e domiciliada a Rua xxxxx, nº xxx, Bairro, CEP: XXXXXX Guarulhos/São Paulo, por intermédio de sua advogada que esta subscreve, procuração anexa, vem, a presença de Vossa Excelência, apresentar defesa, pelos seguintes fatos e motivos: 
Pelo rito Sumaríssimo, em face da empresa JR. S/A, Pessoa jurídica de Direito Privado, Inscrito no CNPJ sob o nº xxxxx, localizado a Rua xxxxxxx, nº xxxx, xxxxx/xxxxx, Cep: xxx, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos: 
Pretende o reclamante o reconhecimento do vínculo empregatício, com determinação de anotação da CTPS, condenação subsidiária dos réus e pagamento de verbas decorrentes da relação de emprego; horas extras; horas decorrentes de violação do intervalo intra jornada; como extras as horas dispendidas na vigilância da obra; indenização por não fornecimento de lanches; vales transporte; recolhimentos fundiários; seguro desemprego; multa do art. 477 da CLT; adicional de periculosidade; integração do salário "in natura"; equiparação salarial e reflexos; juntada de documentos; FGTS e multa de 40% sobre verbas postuladas; aplicação do art. 467 da CLT; honorários advocatícios.
 1. EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DO DIREITO
 A Reclamante estabeleceu inicialmente de forma tácita, e em seguida de forma expressa, uma relação contratual por prazo indeterminado com a reclamada.
 Contudo, ela prestava serviço de segunda a sábado das 08:00 as 19:00 sem horário de intervalo, e ainda seu trabalho é em rede de alta tensão, sem receber qualquer adicional.
 Porém ela deveria constituir uma empresa individual e emitir nota de prestação de serviços mensalmente com o fito primordial de receber seus proventos.
 Após um ano da vigência do contrato mencionado, ela assinou um documento deixando claro “ a inexistência de vínculo empregatício”.
 Entretanto, certo dia a Reclamante ficou doente, e para não descumprir com seu contrato, ordenou a sua filha para que fosse fazer o serviço, porém a mesma não pode entrar no prédio pois ela não possuía crachá de acesso, onde registra o horário de entrada e saída.
 No dia subsequente a Reclamante apresentou um atentado, e a reclamada reduziu o valor a ser pago a reclamando com o argumento que o serviço não foi executado no dia em que passou mal, e ainda, rompeu o contrato informando que a atitude de reclamante era de mal conduta. 
 Diante dos fatos expostos, primeiramente vamos mencionar que a reclamante tinha horário para entrar e sair do trabalho de segunda a sábado de forma regular, sem direito a retirar o horário de refeição. Claramente exposto o vínculo empregatício, como podemos ver no artigo 3º da CLT:
Art. 3º: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.”
Ainda neste sentido anota-se o atendimento abaixo:
O reconhecimento do vínculo empregatício demanda a presença dos requisitos legais, quais sejam a pessoalidade, habitualidade, onerosidade e subordinação jurídica, nos termos dos arts. 2º e 3º da CLT, os quais foram demonstrados. Recurso não provido. (TRT 13ª R.; RO 0001321-23.2016.5.13.0002; Primeira Turma; Relª Desª Ana Maria Ferreira Madruga; DEJTPB 02/05/2019; Pág. 109).
 Segundo ponto a se ressaltar, se a reclamante não tivesse o vínculo empregatício, sem sequer cabe justificar ausência, pois o prestador de serviço não ganha salário para ter o dia descontado.
 Além de que, a própria reclamada quebrou o suposto contrato de trabalho pela falta de reclamante e ainda fez desconto de ser serviço, já deixando claro a existência do vínculo empregatício. Cabe mencionar o artigo 4º, a CLT:
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
 Como já exposto claramente o vínculo empregatício, a reclamante tem direito a adicional de periculosidade, como já relato a mesma trabalhou com rede de alta tensão, sendo aplicado o art 193 da CLT:
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012).
 Nesse sentido, a orientação Jurisprudencial 324 do Tribunal Superior do Trabalho assegura o adicional de periculosidade não apenas aos empregados que trabalham em sistema elétrico de potência em condições de risco, mas também àqueles que trabalham, em risco equivalente, com equipamentos e instalações elétricas similares. Baseado nisso, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) condenou uma empresa ao pagamento do benefício de 30% a um auxiliar técnico que trabalhava na instalação e manutenção de alarmes.
 Contudo, sabemos, o contrato de trabalho é um contrato-realidade, o que significa que seus efeitos são extraídos da forma pela qual se realiza a prestação de serviços. Assim, não importa a “fachada” que a Reclamada queira nominar o Reclamante, maiormente como “parceira” daquela.
 
       Delimitando considerações acerca do princípio da primazia da realidade, o inesquecível professor Américo Plá Rodrigues, em sua consagrada obra Princípios de Direito do Trabalho, destaca que:
 
E depois de explicar o alcance dessa concepção, acrescenta: ‘A existência de uma relação de trabalho depende, em consequência, não do que as partes tiveram pactuado, mas da situação real em que o trabalhador se ache colocado, porque, como diz Scelle, a aplicação do Direito do Trabalho depende cada vez menos de uma relação jurídica subjetiva do que uma situação objetiva, cuja existência é independente do ato que condiciona seu nascimento. Donde resulta errôneo pretender julgar a natureza de uma relação de acordo com o que as partes tiverem pactuado, uma vez que, se as estipulações consignadas no contrato não correspondem à realidade, carecerão de qualquer valor.’ 
 2. DA JUSTIÇA GRATUITA 
DA JUSTIÇA GRATUITA
Seja deferido o benefício em questão, declaração ora acostada, artigos 5°, inciso LV da CRF/88, 
789/790/CLT, Lei 1.060/50 c/c 7115.83
 DIANTE DO EXPOSTO REQUER QUANTO SEGUE:
Do exposto, é a presente para pedir, a luz dos fundamentos estipulados, a Vossa Exelência que se digne de:
1. Declarar nulo de pleno direito o contrato celebrado entre as partes, uma vez que referido trato contratual configura propósito de desvirtuar e fraudar as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, com o reconhecimento de víncilo empregatício do período de xxxxxx a xxxxx (CLT, ART 9º);
2. Que a Reclamada seja condenada a proceder ao registro do pacto trabalhista na CTPS, devendo a mesma ser condenada a pagar todas as verbas trabalhistas e rescisórias;
3. Aviso prévio indenizado;
4. Décimo terceiro integral e proporcional, de todo o vínculo;
5. Férias proporcionais;
6. Pagamento dos valores correspondentes ao FGTS;
7. Descanso semanal remunerado, pelo todo o período de vínculo;
8. Pagamento de acréscimos por periculosidade;
9. Reque ainda, a concessão da justiça gratuita. 
 
 3. DO PEDIDO
Pelo exposto, pleiteia:
a) 1 hora extra diária com adicional de 50% (xxxxx), cálculo anexos);
b) Reflexo das horas extrasnas verbas contratuais já descritas (R$ xxxxx), calculo anexos); 
c) Reflexo das horas extras nas verbas rescisórias já descritas (R$ xxxxx ), cálculos anexos).
d)  Seja declarado nulo o termo de rescisão contratual.
e) Sejam as Reclamadas condenadas a pagar a diferença salarial do período dos 180 dias trabalhados.
f) Seja desconsiderado sua demissão com argumento no período de experiência. 
g) Seja considerado o vínculo empregatício.
h) A reclamante tenha sua reintegração ao trabalho por estabilidade durante e após 5 meses da sua gestação.
i)  Incidência de juros e correção monetária sobre todas as verbas devidas desde a rescisão;
j) Requer ainda seja concedido à Reclamante os benefícios da Justiça Gratuita, por estar desempregada e não ter condições financeiras para arcar com o ônus processual.
 4. DA NOTIFICAÇÃO
Requer, por fim a notificação da reclamada para que conteste os itens supra arguidos, sob pena de serem admitidos como verdadeiros 
Requer a condenação da Reclamada em todos os termos do pedido, julgando-o integralmente procedente.
Dá-se à causa o valor de R$ xxxx.
 Nestes termos, Pede deferimento. 
São Paulo, dia 08 de setembro de 2021 
advogado 
OAB/SP nº xxxx

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