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Disciplina: Hermenêutica Filosó�ca Aula 3: Escolas hermenêuticas (bíblica e histórica) Apresentação Nesta aula, vamos continuar nossa viagem sobre hermenêutica, estudando duas correntes: a bíblica e a histórica. Veremos que a hermenêutica bíblica foi desenvolvida para aprofundar a leitura e a compreensão dos textos sagrados e também o seu anúncio. Já a hermenêutica histórica, cujo objetivo é compreender o texto indo além do que está escrito, através de uma análise metodológica, nos leva a entender que o texto é fruto de um contexto e que tem razões para existir daquele jeito. Objetivos De�nir o conceito de hermenêutica bíblica; Descrever as características de hermenêutica histórica. (Fonte: tomertu / Shutterstock) Escolas hermenêuticas Para ter uma compreensão ampla do conceito de hermenêutica, é necessário que se faça uma viagem pela história para perceber como esse conceito foi sendo construindo. Neste momento, vamos entrar em contato com a hermenêutica bíblica, que pode ser considerada a primeira escola hermenêutica, e também com a hermenêutica histórica. Hermenêutica bíblica O que poderia significar “fé em busca da compreensão” quando essa proposição for usada para descrever não a tarefa da teologia, mas a da hermenêutica? A compreensão textual é uma questão da fé, da razão, ou talvez de ambas as coisas? Seria a fé uma condição necessária para a compreensão da Bíblia? (VANHOOZER, 2008, p.18) Vanhoozer apresenta uma re�exão sobre a relação entre a Fé e as Sagradas Escrituras que pode ser considerada como um primeiro processo da escola hermenêutica bíblica. O que é necessário para fazer a interpretação das Sagradas Escrituras? A Fé ou a Razão? Ou pode acontecer na relação entre elas? A interpretação das Sagradas Escrituras não é somente para interpretar o texto. Sua intenção é fazer o intérprete conhecer a mensagem de Deus para colocar em prática na sua vida, pois as palavras de Deus contidas nas escrituras são ao mesmo tempo uma carta de amor e um decreto real. A importância da interpretação das Sagradas Escrituras não é algo novo. Podemos citar a passagem de São Pedro defendendo a interpretação das Sagradas Escrituras com a inspiração do Espírito Santo. Antes de tudo deveis saber que nenhuma profecia da escritura surge por interpretação própria, porque jamais uma profecia foi proferida por vontade humana, mas foi pelo impulso do Espírito Santo que homens falaram da parte de Deus. (2Pd 2, 20-21) Para entender essa passagem de São Paulo, podemos citar dois personagens que falaram em nome de Deus: Moisés, com os mandamentos, e São Paulo, escrevendo cartas às primeiras comunidades cristãs. Moisés São Paulo Santo Agostinho Na escola hermenêutica bíblica, como o texto foi inspirado por Deus para ser escrito, é necessário que o leitor também tenha a inspiração divina para interpretar de maneira correta. Santo Agostinho pode ser considerado o primeiro �lósofo a compreender a interpretação da Sagrada Escritura com um processo. 1 (...) entender Escrituras não é nenhum processo indiferente, meramente epistêmico, que se passa entre um sujeito e um objeto, ele atesta a básica inquietação e a maneira de ser de um ente que aspira por sentido. (GRONDIN, 2003, p.72-73) Agostinho realça a necessidade de que este processo seja feito por quem domine a língua grega e hebraica. As doutrinas Por meio das interpretações das Sagradas Escrituras foram construindo doutrinas da Igreja Católica. Portanto, as doutrinas resultam de um processo de séculos de interpretação das Escrituras. A autoridade bíblica só se torna funcional em um método teológico ou na vida da Igreja quando se começa a interpretar a Bíblia. De fato, as questões de autoridade bíblica e de interpretação bíblica são praticamente inseparáveis. (VANHOOZER, 2008, p.38) Neste trecho, Vanhoozer apresenta a ideia de que a interpretação bíblica tem uma autoridade para a Igreja e tem uma dimensão teológica. Santo Agostinho trabalha muito a dimensão da fé na interpretação das Sagradas Escrituras. https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0020/aula3.html A Fé aqui é um pressuposto necessário. Eu “creio, a �m de entender”. Logo, encontrar e acreditar no signi�cado de um texto é um ato de fé. Crítica ao �deísmo No decorrer da história, principalmente no século XIX, pensadores mais in�uentes, colocaram em descon�ança o �deísmo. Essa crítica ao �deísmo vai in�uenciar a re�exão teológica, pois é necessário que o teólogo examine os pressupostos �losó�cos e críticos literários. A teologia, assim, mostra que tem uma longa história de envolvimento com a hermenêutica. Agostinho também apresenta a ideia de acreditar no autor, pois o primeiro re�exo hermenêutico deveria ser a caridade em relação ao autor. (Fonte: Renata Sedmakova / Shutterstock) Se nos aproximamos de um texto acreditando que não exista nada nele, provavelmente nos afastaremos dele tão vazios quanto chegamos... os leitores que não acreditam mais em significado não são capazes de encontrar soluções pacíficas para as disputas interpretativas. (VANHOOZER, 2008, p.41) Lutero Com a reforma protestante iniciada no século XV e XVI, surge a �gura de Martinho Lutero como um defensor do estudo e das interpretações das Sagradas Escrituras, não somente para o sacerdote, mas para todos os �éis. Para o primeiro historiador da hermenêutica, Dilthey, era certo que a Ciência hermenêutica só iniciou com o protestantismo. A ação reformadora de Lutero semeou, certamente, as premissas de uma revolução hermenêutica, mas é preciso questionar-se, sensatamente, se o próprio Lutero realmente desenvolveu uma teoria. 2 (Fonte: Everett Historical / Shutterstock) O que sabemos é que a sua “hermenêutica” se esgota plenamente na sua interpretação da Sagrada Escritura. Como professor, ele só dava lições exegéticas, o que para aquela época signi�cava algo novo. Concentrado de tal maneira sobre a Escritura e sua palavra, Lutero era sabidamente avesso à filosofia ou à teorização, que ele tendia a equiparar a uma escolástica vazia. Sua concepção hermenêutica deve ser deduzida unicamente de seu método de exegese das Escrituras. (GRONDIN, 2003, p.81) https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0020/aula3.html Portanto, o ponto de partida para a hermenêutica de Lutero é unicamente a interpretação das Sagradas Escrituras e o objetivo era encontrar o sentido espiritual do texto. Lutero vai chamar isso de SOLA SCRIPTURA, que signi�ca que somente a escritura é autoridade. Esse conceito já contradiz toda a doutrina criada pela Igreja Católica no decorrer de sua história. Lembre-se de que até o momento estamos tratando da hermenêutica somente em relação aos textos bíblicos e não de outras ciências. Flacius Somente com Matthias Flacius podemos falar de uma teoria hermenêutica no protestantismo.3 É sua intenção oferecer uma chave para a decifração das passagens obscuras da Bíblia. Flacius estava muito bem aparelhado para uma tarefa de tal porte. (GRONDIN, 2003, p.85) Para Flacius, o problema de interpretação das Escrituras é meramente linguístico ou gramatical. A linguagem é vista como um veículo, em que a linguagem gramatical deve ser usada para entender a mensagem do espírito que está além do texto. (Fonte: Wikipedia) Logo, para fugir da di�culdade gramatical imposta pela gramática, ele propõe que, além da invocação do Espírito Santo, se dê especial atenção aos conhecimentos linguísticos. É aqui que se encontra, certamente, a principal fonte das dificuldades da Sagrada Escritura, no fato de que os teólogos jamais se esforçam com o máximo cuidado em reconhecer e explicar mais plenamente aos outros a Sagrada Escritura e seu texto. (GRONDIN, 2003, p.86) O pensamento de Flacius foi muito in�uenciado por Santo Agostinho e também pela tradição da retórica. https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0020/aula3.html É necessário ser um crente para interpretar as Sagradas Escrituras? Esse questionamento,que se impõe aos leitores contemporâneos, foi impulsionado por alguns pensadores in�uentes do século XIX, como Freud, Marx e Nietzsche. Para respondê-lo, podemos fazer uma ligação com Santo Agostinho, que acredita que os seres humanos buscam encontrar um signi�cado e um sentido para aprofundar sua fé. Porém, isso não pode �car somente no campo da fé, precisa ser por meio de uma hermenêutica da descon�ança. (Fonte: Billion Photos / Shutterstock) Esse movimento de pensar além da fé traz uma in�uência no campo da teologia. Se a fé está, de fato, relacionada ao entendimento literário, é no mínimo adequado que um teólogo examine os pressupostos e crenças dos filósofos e críticos literários. A teologia tem uma longa história de envolvimento com a hermenêutica. O próprio Agostinho tem muito a dizer sobre leitura, interpretação e a relação das palavras com as coisas. Seus escritos fornecem uma orientação considerável para o esforço de formular a teologia que fundamenta a moralidade cristã do conhecimento literário. (VANHOOZER, 2008, p.40-41) Agostinho crê na comunicação verbal, pois a linguagem é uma dádiva de Deus responsável pela comunicação entre as criaturas e também pela comunicação entre Deus e a humanidade. Hermenêutica e exegese Em nossas aulas, já percebemos que os estudos sobre a Bíblia foram os primeiros a usar a hermenêutica como investigação dos textos. Os antigos até faziam esse processo, mas o chamavam de interpretação. Na escola hermenêutica bíblica, portanto, é necessário que se faça uma diferenciação entre hermenêutica e exegese: a exegese é feita por meio de comentários e a hermenêutica representa o método e as técnicas de interpretação (busca do sentido). Não se pode confundir a técnica de interpretação, com o texto já interpretado. (MAZZOTI, 2010, p.19) Atenção Conclui-se, então, que a escola hermenêutica não criou um método hermenêutico como sistema, regras e procedimento de interpretação dos textos, mas quis mostrar a necessidade de tornar as mensagens obscuras das Sagradas Escrituras mais clara para o bom entendimento de seus �éis que antes não tinham acesso. Hermenêutica histórica A escola de hermenêutica histórica traz um movimento para a hermenêutica que indica a necessidade de avaliar os fatos históricos presentes no momento da construção do texto. Essa integração entre o fato histórico e o texto pode ser comparada à relação das partes com o todo do texto. Lembre-se de que, no conceito do historicismo, é compreendido que qualquer manifestação de um indivíduo surge dentro do contexto da sua época. Assim, se cada época deve ser explicada por si mesma, isso também deve valer para a nossa. Nossa visão de épocas anteriores é igualmente explicada no contexto de nosso presente, mas também deve ser relativizada. Também a nossa época representa apenas uma entre outras. Como, então, é possível uma ciência, parcialmente rigorosa do fenômeno histórico? (GRONDIN, 2003, p.136) Grondin chama atenção para o questionamento que o historicismo faz sobre a compreensão dos fatos quando mostra que qualquer busca de compreender é sempre um olhar de fora do contexto. E, como vimos, isso vale também para o momento atual em que estamos vivendo. Aqui podemos ressaltar a ideia de que o século XIX, além do romantismo, é marcado pelo triunfo da ciência e da metodologia, citando Kant como um �lósofo metodológico. A historiogra�a encontrou suas bases no desenvolvimento da hermenêutica romântica e da �lologia para surgir como um processo hermenêutico de compreensão. Sendo assim: (...) a historiografia assume uma posição hermenêutica na medida em que realiza essa mediação entre o passado factual-individual e o todo histórico, descrevendo e interpretando suas relações dialéticas. (MAZOTTI, 2010, p.24) Historiogra�a, portanto, é a escrita da história, entendida como as diferentes formas de se escrever sobre história. Partindo dessa compreensão, o texto histórico não pode ser discutido somente por uma análise dos vocábulos. O sentido do texto deverá ser extraído por meio de sua análise metodológica com os nexos históricos mais amplos, que justificarão as razões de seu existir como tal. O texto é visto como uma parte, que deve ser lida em razão de um todo (história), dada a relação de concordância e coerência que os permeia. (MAZOTTI, 2010, p.24) Neste sentido, a história é diferente da �lologia porque não consegue ser decisiva como o �lólogo é em relação ao texto.4 5 Wilhelm Dilthey O ápice da relação entre hermenêutica e �loso�a histórica se deu com Wilhelm Dilthey , pois ele desenvolveu grandes estudos sobre hermenêutica na linha historiográ�ca, sendo a base para o pensamento fenomenológico moderno. Dilthey acreditava que não podemos pensar em conceitos ou categorias externas à vida do ser humano. Wilhelm Dilthey, �lósofo alemão, nasceu em 1833 e morreu em 1911. É reconhecido pela sua re�exão e distinção entre as ciências naturais e as ciências humanas. Sua tarefa principal foi compreender a vida humana dentro da história. O trabalho de Dilthey in�uenciou grandes pensadores do século XX, especialmente, Ortega, Heidegger, Gadamer e Ricoeur. Wilhelm Dilthey. (Fonte: Wikipedia <https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Dilthey#/media/File:Dilthey1- 4.jpg> ) Dilthey a�rma que a história precisa ser estudada em unidade relativa, porque, assim, delimita o campo de ação da hermenêutica, já que, dentro desse campo de atuação, serão encontrados conceitos chaves que podem ser esclarecidos por critérios. Estudar história é compreender o jogo de forças que atuaram e vão continuar atuando, provocando alterações que se chama de vida. A história é sempre desenvolvimento de forças que são depositadas no grande livro da vida, ali permanecem umas com as outras, criando uma tradição cada vez maior. (MAZOTTI, 2010, p.25) Atenção Portanto, a hermenêutica, segundo Dilthey, presta somente ao estudo das ciências do espírito, pois realiza a compreensão da vida do homem. Já as ciências naturais não necessitam de interpretações mais explicadas. Assim, o conhecimento histórico é muito importante na medida em que relativiza o saber e exclui a pretensão de validade universal que a �loso�a, seguida da hermenêutica, busca conferir no pensamento. https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0020/aula3.html https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0020/aula3.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Dilthey#/media/File:Dilthey1-4.jpg No relativismo histórico imposto por Dilthey importa aceitar que a vida não é somente uma exteriorização de atos que podem ser interpretados. Antes, a vida é uma dimensão de sentido interior do ser humano, pois, a partir do momento em que este se insere na vida, com ela comunga e coabita, conformando-a e conformando-se, de modo a suspender a relação sujeito-objeto. Para realizar a leitura da vida é preciso também ler a si mesmo, haja vista que somos aquilo que a vida nos faz; esta última, por outro lado, é apenas aquilo que nós concebemos como tal. Esta relação dialética exige que a leitura hermenêutica não se faça em termos de uma simples compreensão, mas de uma autocompreensão. (MAZOTTI, 2010, p.28) Dilthey quer enfatizar ainda que o ser histórico é uma autocompreensão que se faz através da leitura do homem e não através do olhar para si. A historicidade, dessa forma, não é sinônimo de passado: O olhar histórico ressalta o caráter temporal e relativo do horizonte em que o indivíduo se insere, muito mais do que a referência a acontecimento pretéritos. (MAZOTTI, 2010, p.28) Comentário Já percebemos que a hermenêutica de Dilthey a�rma a necessidade de interpretar os horizontes em que os sujeitos estão inseridos, com as diversas visões do mundo, e esse círculo hermenêutico não é visto com modo aritmético e calculista, mas a cada indivíduo com suas experiências de vida é proporcionado o sentido de interpretação. O hermeneuta, assim, para realizar o seu processo, precisa abandonar as concepções da vida emque está e se abrir de braços abertos para o universo histórico, utilizando da simpatia universal, fundamental para a interpretação, pois permite a hermenêutica de maneira livre, distante dos preconceitos. Atividade 1. Quais desses pensadores pertencem à escola de hermenêutica bíblica? a) São Tomás de Aquino e B. Martinho Lutero b) Martinho Lutero e Matthias Flacius c) Wilhelm Dilthey e Martinho Lutero d) Nenhuma das alternativas acima 2. Sobre hermenêutica bíblica e hermenêutica histórica, marque a opção INCORRETA: a) A hermenêutica bíblica surge a partir da necessidade de compreender melhor os textos sagrados. b) A hermenêutica bíblica é considerada como a primeira escola hermenêutica. c) A hermenêutica histórica foi a primeira escola de hermenêutica e tinha como objetivo entender as histórias bíblicas. d) A hermenêutica histórica foi a base de construção da historicidade como mediação entre o momento atual e o momento histórico do texto. 3. Complete corretamente as lacunas: O ápice da relação entre hermenêutica e �loso�a histórica será com Wilhelm Dilthey, pois a hermenêutica é a base para as digite a resposta , ao contrário das digite a resposta . Dilthey acredita que não podemos pensar em conceitos ou categorias externas à vida do ser humano. Notas Santo Agostinho 1 Santo Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagaste, no norte da África. Agostinho foi �losofo, teólogo e Bispo da Igreja Católica, sendo considerado um dos maiores teólogos da Patristica. Exerceu uma in�uência muito grande na história da Filoso�a e da Teologia. Em sua produção intelectual muito vasta, podemos destacar duas obras: Confissões (autobiogra�a) e Cidade de Deus. Santo Agostinho morreu em 28 de agosto de 430. É considerado protetor dos teólogos. Martinho Lutero 2 Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, na cidade de Eislene, Alemanhã. Fez os estudos de Filoso�a e entrou para a ordem dos agostinianos. Formou-se em Teologia e iniciou as suas críticas à Igreja Católica sobre as vendas de indulgências plenárias. Escreveu as 95 teses e colocou na porta da Igreja do Castelo de Wiitenberg. No ano de 1520, foi excomungando da Igreja Católica. É um dos principais nomes da reforma protestante e fundou a Igreja Luterana. Morreu em 18 de fevereiro de 1546. Matthias Flacius 3 Mathias Flacius nasceu em 1520 e faleceu em 1575. Foi um teólogo luterano, professor de teologia sobre o Novo Testamento e de Hebraico. Com sua obra Clavis Scripturae, podemos falar em um começo de hermenêutica como sistema de interpretação. Filologia 4 Filologia é o estudo de uma língua em todos os seus aspectos e também dos escritos que a documentaram. Filólogo 5 Estudioso da �lologia. Referências GRONDIN, Jean. Introdução à hermenêutica �losó�ca. Tradução de Benno Dischinger. São Leopoldo: Unisinos, 1999. MAZOTTI, Marcelo. As escolas hermenêuticas e os métodos de interpretação da lei. Barueri: Manole, 2010. VANHOOZER, Kevin. Há um signi�cado neste texto? São Paulo: Vida, 2008. Próxima aula Desenvolvimento das escolas hermenêuticas; Hermenêutica �losó�ca; Hermenêutica jurídica. Explore mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, leia os textos: “Hermenêutica bíblica” <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/download/4777/4248> ; “A hermenêutica protestante e o surgimento da ciência moderna” <https://www.researchgate.net/publication/322594358_A_hermeneutica_protestante_e_o_surgimento_da_ciencia_moderna_Protestant_Hermeneutics_and_the_Rise_of_Modern_Science> ; “As Contribuições de Dilthey para uma Fundamentação Hermenêutica das Ciências Humanas” <//www ufrrj br/seminariopsi/2009/boletim2009 1/novaes pdf> https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/ER/article/download/4777/4248 https://www.researchgate.net/publication/322594358_A_hermeneutica_protestante_e_o_surgimento_da_ciencia_moderna_Protestant_Hermeneutics_and_the_Rise_of_Modern_Science https://www.ufrrj.br/seminariopsi/2009/boletim2009-1/novaes.pdf <//www.ufrrj.br/seminariopsi/2009/boletim2009-1/novaes.pdf> . Para entender melhor o que foi a reforma protestante, assista ao vídeo: “500 anos da Reforma Protestante | Nerdologia” <https://www.youtube.com/watch?v=QkheKbaDZGs> . Para aprofundar a relação entre história e historiogra�a assista ao vídeo: “Historiogra�a e o Ofício do Historiador | Viagens de Clio por Pedro Ivo” <https://www.youtube.com/watch? v=DYII1yZW6hw> . https://www.ufrrj.br/seminariopsi/2009/boletim2009-1/novaes.pdf https://www.youtube.com/watch?v=QkheKbaDZGs https://www.youtube.com/watch?v=DYII1yZW6hw