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Cultura Africana e Comportamento Organizacional

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Cultura Africana e Comportamento Organizacional 
1. Introdução 
As organizações são um conjunto de pessoas que juntam esforços para alcançar um certo objectivo, e dentre as varias pessoas cada um tem um jeito característico de se comportar, tendo dessa forma que se adaptar um comportamento padrão ou seja um jeito universal de se comportar. 
O trabalho em causa é realizado no âmbito da disciplina de Perspectivas Africanas dos Fenómenos Psicológicos e tem como foco a cultura africana e o comportamento organizacional.
Para delimitar o rumo deste trabalho traça-se o seguinte como objectivo geral compreender a relação entre a cultura africana e o comportamento organizacional e como objectivos específicos discutir os conceitos de cultura, comportamento e comportamento organizacional, explicar a relação existente entre a cultura africana e o comportamento organizacional e Identificar o impacto da cultura africana no comportamento organizacional.
Como procedimento metodológico, foi usada a pesquisa bibliográfica em livros, artigos e revistas científicas com vista a verificar o que já foi publicado sobre o tema referido e a discussão grupal para dar um sentido lógico aos conteúdos.
Pode encontrar-se neste trabalho a discussão dos conceitos chaves para melhor compreensão do tema, uma breve apresentação da cultura africana, alguns indicadores do comportamento organizacional a relação existente entre o comportamento organizacional e cultura africana.
2. Discussão de conceitos 
2.1. Cultura 
Significações transmitidas historicamente e veiculado por símbolos, um sistema de representações herdado das gerações precedentes e expresso sobre formas simbólicas por meio das quais os homens comunicam-se, perpetuam e desenvolvem os seus conhecimentos e as suas atitudes para com a vida, (Geertz, 1973 apud Neto 2002, p.14).
A cultura consiste em padrões de comportamento socialmente transmitidos que servem para adaptar as comunidades ao seu modo de vida (tecnologias, modo de organização económica, padrões de agrupamento social, organização política, crenças, práticas religiosas, etc.).
2.2. Cultura Africana
O Homem africano, à semelhança de outros homens, é um ser predominantemente cultural, graças à cultura, ele superou suas limitações orgânicas. A cultura africana reflecte a sua antiga história, sendo tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos tempos. O continente africano é o território habitado há mais tempo, (supõe-se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados na África, concretamente na Tanzânia e Quénia) têm cerca de cinco milhões de anos. Sendo o continente mais antigo do planeta e a sua evolução agregou uma enorme quantidade de idiomas com mais línguas, religiões, regimes políticos condições de habitação, actividades económicas e de cultura (Krauss & Rosa ,2007).
O homem africano conseguiu sobreviver através dos tempos com um equipamento biológico relativamente simples.
O povo africano foi sempre considerado um povo sem cultura, primitivo, bárbaro ou seja verdadeiros animais e essa visão só foi alterada quando os primeiros países africanos conseguiram sua independência realizando desde então esforços necessários para recuperar a sua cultura (Krauss & Rosa, 2007).
A maior parte da cultura africana foi transmitida oralmente e a história de seus povos foi contada pelos colonizadores europeus, através de missionários, viajantes, e colonizadores que trouxeram relatos sobre a vida e os costumes dos povos aqui residentes. 
No continente africano, a cultura é todo o complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos. O homem age de acordo com os seus padrões culturais, ele é resultado do meio em que foi socializado, neste sentido cultura africana é caracterizada pela diversidade de hábitos, costumes, valores e padrões de comportamento e ainda por basear-se nos costumes e tradições (Krauss & Rosa ,2007).
2.3. Comportamento Organizacional 
Chiavenato (1999), define comportamento organizacional como sendo o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e pessoas se comportam dentro delas. É uma ciência interdisciplinar. Como a organização é um sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus objectivos se as pessoas que a compõe coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo que individualmente jamais conseguiriam (Beckard, 1972).
Na mesma linha de pensamento, Araújo (2001), acrescenta referindo que comportamento organizacional é um campo da pesquisa que ajuda a prever, explicar e possibilitar a compreensão de comportamentos nas organizações.
Wagner III e Hollenbeck (1999) citados em Siqueira (2002) entendem-no como uma disciplina que busca prever, explicar, compreender e modificar o comportamento humano no ambiente empresarial.
3. Níveis do comportamento organizacional 
Para a análise e compreensão do comportamento organizacional, Robbins (1999) citado em Siqueira (2002) propõe um modelo básico composto por três níveis propondo quais variáveis são de interesse de cada um nomeadamente:
· Nível individual: neste nível o autor arrola as variáveis biográficas, de personalidade, valores, atitudes e habilidade, pois estas influenciam os processos psicológicos de percepção, motivação e aprendizagem individuais que, por sua vez, afectam o processo de tomada de decisão individual.
· Nível dos grupos e equipes de trabalho: neste nível a análise é representada no modelo por interacções bidireccionais entre os processos de tomada de decisão grupal, comunicação, liderança, conflito, poder, política, estrutura de grupo e equipes de trabalho.
· Nível da organização: neste nível o autor relaciona temas como cultura, políticas e práticas de recursos humanos, estrutura e dimensionamento da organização, bem como tecnologia e dimensionamento do trabalho.
Robbins (1999) citado em Siqueira (2002) aponta como resultado do comportamento organizacional a produtividade, o absenteísmo, a rotatividade e a satisfação resultantes da interdependência entre as variáveis integrantes dos níveis de análise individual, grupal e organizacional.
Robbins (2005) coloca que os objectivos do estudo sob comportamento organizacional seriam: explicar, prever e controlar o comportamento humano. Explicar ocorre após o acontecido, por isso explicar no sentido de entender as causas que levam ou levaram a pessoa a se comportar daquela maneira. 
Prever está ligado a eventos futuros e, portanto, o estudo do comportamento permite se antecipar aos tipos de comportamento que possam ser apresentados a uma mudança.
Pode-se avaliar o tipo de reacção que os colaboradores teriam a uma tomada de decisão.
Controlar é o objectivo mais controverso no emprego do conhecimento do comportamento humano, na medida em que esse controle não deve ser manipulativo ou ferir a liberdade individual, no entanto, deve-se utilizar o controle de forma ética, e assim permitir que se possa compreender por exemplo, como fazer para levar as pessoas a se esforçarem mais em seu trabalho.
Numa análise profunda do grupo, verifica – se que os conceitos acima apresentados evidenciam os comportamentos dos indivíduos de forma coordenada e complementar que visa atingir um objectivo comum e individual. Segundo Dubrin (2006), esse conjunto de comportamento ocorre de forma grupal, podendo ser grupos de pequena, média e longa dimensão. 
4. Relação da Cultura Africana e Comportamento Organizacional
O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas de raças ou sexos diferentes têm comportamentos diferentes não em função de transmissão genética ou do ambiente em que vivem, mas por terem recebido uma educação diferenciada. Assim, pode-se concluir que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens. 
Baseando-se na teoria vigotskyana percebe-se que para compreender o comportamento humano em todos os níveis é imperioso, antes de mais nada que se estude ese pesquise a história sócio -cultural dos indivíduos em causa. Essa visão transporta consigo a noção da importância da cultura na compreensão dos comportamentos quer de indivíduos quer de grupos (Marchiori, 2006).
O comportamento organizacional e social em contexto africano, pode ser explicado com base na cultura destes. As crenças, os valores, as percepções, a visão e as tradições africanas jogam um papel fundamental e crucial nos comportamentos dos indivíduos e de grupos (Marchiori, 2006). Deste modo, Krauss & Rosa (2007), defendem que o comportamento organizacional sofre influência da cultura onde a organização está inserida.
Não há dúvidas de que as organizações localizadas nos territórios africanos, têm uma relação directa das sociedades circunvizinhas, deste modo, há uma comparticipação das tradições, das crenças e dos valores culturais destas. Por outro lado, as organizações são sistemas abertos, com isso, recebe muitos estímulos externos que tem impacto directo no comportamento (Krauss & Rosa, 2007).
Devido a natureza da cultura africana, as organizações inseridas em África tomam características próprias que as distinguem de outras organizações localizadas fora da África. Assim, o comportamento organizacional em África, como um campo de estudo das dinâmicas de comportamentos de indivíduos e grupos em contextos de trabalho, tem una natureza característica e própria. 
Contudo, para compreender o comportamento organizacional e as dinâmicas ocorridas nas organizações nas culturas africanas, é preciso que se tenha em mente os valores culturais dessas sociedades. 
5. Relação tema-cadeira 
Tendo a disciplina de Perspectivas Africanas e dos Fenómenos Psicológicos como objectivo compreender os comportamentos desviantes sob o conhecimento colectivo da comunidade e sendo uma organização no contexto africano, para maior adaptabilidade ao meio, esta tem a necessidade de se adequar aos hábitos, costumes, crenças do local na qual esteja inserida, criando assim uma cultura interna que tome em consideração a cultura local e os objectivos traçados pela organização de modo a que não haja grande disparidade na vivência do trabalhador no que se refere a cultura experienciada no seu contexto formal e informal. O tema se relaciona à cadeira na medida em que estuda-se a visão africana dos fenómenos psicológicos nesta e o comportamento organizacional estuda o comportamento humano dentro das organizações.
6. Conclusão
Neste trabalho abordou-se o tema Cultura Africana e Comportamento organizacional e conclui- se que a cultura africana faz-se sentir nas organizações pelo facto de estarem em África e de que as organizações devem ajustar-se a cultura onde estão inseridas porque cada integrante duma organização tem suas crenças, valores e hábitos mas essas características não devem influenciar negativamente as organizações.
Tendo cumprido com os objectivos traçados no inicio do trabalho, concluímos que as organizações não devem ser instituições fechadas e restritas a cultura africana porque é esse conjunto de significações transmitidas historicamente e veiculado por símbolos que fará com que as organizações estejam adequadas a comunidade e ao contexto em que estiverem inseridas.
Este trabalho foi muito importante pois foi a partir do mesmo que foi possível compreender melhor que devido a natureza da cultura africana, as organizações inseridas em África tomam características próprias que as distinguem de outras organizações localizadas fora da África tendo cada, um toque seu embora estando inseridas num único contexto.
7. Referências Bibliográficas:
1. Araujo, L. S. G. (2001). Organização, Sistemas e Métodos e as modernas ferramentas de gestão organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. São Paulo: Atlas
2. Beckard, R. (1972). Desenvolvimento Organizacional: estratégias e métodos. São Paulo: Edgard Blücher
3. Chiavenato, I. (2005). Comportamento Organizacional: A Dinâmica do Sucesso das Organizações. Campus. Dispunível em: http://culturapopular2.blogspot.com/2010/03/os-africanos.html, acesso no dia 01 de 10 de 2012.
4. Dubrin, A. J. (2006). Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: THomson
5. Krauss, J. S. & e Rosa, C. da (2007). A importância da temática de História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas
6. Lobos, J. A. (1978). Comportamento Organizacional: literaturas selecionadas. São Paulo: Atlas
7. Marchiori, M. (2006). Cultura e Comunicação Organizacional: um olhar estratégico sobre a organização. São Caetano do Sul : Difusão. 
8. Neto, F. (2002). Psicologia Intercultural .Universidade Aberta: Lisboa 
9. Robbins, S. P. (2005). Comportamento organizacional. Sao Paulo: Pearson Education.
10. Siqueira, M. M. (2002). Medidas do Comportamento Organizacional. São Paulo: Universidade Metodista.
Comportamento Organizacional e Cultura Africana 
1. Introdução
No presente estudo, busca-se teoricamente neste observar os conceitos básicos de comportamento organizacional e cultura África, bem como a sua interligação. Por um lado, este trabalho trata de questões relacionadas com o comportamento dos indivíduos dentro das organizações, por outro lado, procura debruçar – se do impacto que a cultura africana tem no comportamento das pessoas nas organizações no contexto africano.
A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica sobre a evolução da cultura africana e do pensamento administrativo com foco no comportamento humano. Utilizaram-se textos de autores clássicos, assim também como artigos que tratam da abordagem comportamental. Segundo Araujo (2001), o comportamento organizacional tem suas origens no final dos anos 40 quando os pesquisadores das áreas de psicologia, sociologia, ciência política, economia e de outras ciências sociais procuravam desenvolver uma estrutura unificada de pesquisas organizacionais.
Como resultado espera-se evidenciar que as actuais organizações denominadas geradoras de conhecimento, ou seja, aquelas que através de constantes treinamentos buscam o aprimoramento contínuo do seu pessoal, tendo em conta o impacto da cultura dessas pessoas, desenvolvem grande capacidade de permanência e expansão de seus negócios num ambiente cada vez mais competitivo.
2. Comportamento Organizacional
Chiavenato (1999), define comportamento organizacional como sendo o estudo da dinâmica das organizações e como os grupos e pessoas se comportam dentro delas. É uma ciência interdisciplinar. Como a organização é um sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus objectivos se as pessoas que a compõe coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo que individualmente jamais conseguiriam (Beckard, 1972).
Na mesma linha de pensamento, Araujo (2001), acrescenta referindo que comportamento organizacional é um campo da pesquisa que ajuda a prever, explicar e possibilitar a compreensão de comportamentos nas organizações.
Numa análise profunda do grupo, verifica – se que os conceitos acima apresentados evidenciam os comportamentos dos indivíduos de forma coordenada e complementar que visa atingir um objectivo comum e individual. Segundo Dubrin, (2006), esse conjunto de comportamento ocorre de forma grupal, podendo ser grupos de pequena, média e longa dimensão. 
Na visão do grupo, é importante referir que o comportamento organizacional se distingue do comportamento social, na medida em que no primeiro caso, são comportamentos que se manifestam geralmente em contextos de trabalho, ou seja, são comportamento dos funcionários, colaboradores e trabalhadores dentro das empresas ou organizações. No segundo caso, trata – se de comportamentos de indivíduos nas relações do dia-a-dia. 
De acordo com Araujo (2001), o objectivo do enfoque comportamental é fornecer instrumentos para a gestão de organizações, tendo por base o conhecimento sobre o comportamento das pessoas, como indivíduos e membros de grupos. 
2.1.Origens do Comportamento Organizacional
Segundo Beckard (1972), o comportamento organizacional poderia ser considerado somenteatravés das ciências sociais determinadas modernas, mas é importante buscar uma pesquisa e aprofundamento numa reflexão antiga sobre o estudo das organizações. Esta busca faz com que se possa entender melhor o comportamento organizacional, onde gestores e líderes capazes de planear, há 3000 anos a.C., estabeleceram objectivos e missões para o governo cumprir e conduzir seus empreendimentos comerciais. Por seu turno, os egípcios buscaram organizar o trabalho de cooperação e esforços de muitos trabalhadores há praticamente 1000 anos a.C. na construção das pirâmides do Egipto.
3. Cultura Africana
O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo chamado endoculturação ou socialização. Pessoas de raças ou sexos diferentes têm comportamentos diferentes não em função de transmissão genética ou do ambiente em que vivem, mas por terem recebido uma educação diferenciada. Assim, pode-se concluir que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os homens. 
No continente africano, a cultura é o todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos. O homem age de acordo com os seus padrões culturais, ele é resultado do meio em que foi socializado.
O homem africano, à semelhança de outros homens, é um ser predominantemente cultural, graças à cultura, ele superou suas limitações orgânicas. A cultura africana reflecte a sua antiga história, sendo tão diversificada como foi o seu ambiente natural ao longo dos tempos. O continente africano é o território habitado há mais tempo, e supõe-se que foi neste continente que a espécie humana surgiu; os mais antigos fósseis de hominídeos encontrados na África, concretamente na Tanzania e Quenia, têm cerca de 5 milhões de anos. 
O homem africano conseguiu sobreviver através dos tempos com um equipamento biológico relativamente simples culturas são padrões de comportamento socialmente transmitidos que servem para adaptar as comunidades ao seu modo de vida (tecnologias, modo de organização económica, padrões de agrupamento social, organização política, crenças, práticas religiosas, etc.).
No continente africano, o Egipto foi o primeiro estado a constituir-se, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos (por exemplo, Axum, o Grande Zimbabwe). Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos em outros continentes, que buscavam as suas riquezas.
Os africanos evoluíram um ambiente cultural cheio de contrastes e que possui várias dimensões, as pessoas através do continente possuem diferenças marcantes sob qualquer comparação: falam um vasto número de línguas diversificadas, praticam diferentes religiões, vivem numa variedade de tipos de habitações e se envolvem em um amplo leque de actividades económicas. 
3.1.Tribos e grupos étnicos
Além de a África ser o berço da humanidade, é o centro de muitas tribos ou grupos étnicos, alguns dos quais representando populações muito grandes, consistindo de milhões de pessoas; outras são grupos menores, de poucos milhares. Para elucidar alguns exemplos, citam – se: os afar, éwés, amhara, árabes, ashantis, bacongos, bambaras, bembas, berberes, bobos, bubis, bosquímanos, chewas, dogons, fangs, fons, fulas, hútus, ibos, iorubás, kykuyus, masais, mandingos, pigmeus, samburus, senufos, tuaregues, tútsis, wolofes e zulus. Alguns países possuem mais de 90 grupos étnicos diferentes. Todas estas tribos e grupos possuem culturas que são diferentes, mas representam o mosaico da diversidade cultural africana.
4. Relação do Comportamento Organizacional e da Cultura Africana
Baseando-se na teoria vigotskyana percebe-se que para compreender o comportamento humano em todos os níveis é imperioso, antes de mais nada que se estude e se pesquise a história sócio -cultural dos indivíduos em causa. Essa visão transporta consigo a noção da importância da cultura na compreensão dos comportamentos quer de indivíduos quer de grupos (Marchiori, 2006).
O comportamento organizacional e social em contexto africano, pode ser explicado com base na cultura destes. As crenças, os valores, as percepções, a visão e as tradições africanas jogam um papel fundamental e crucial nos comportamentos dos indivíduos e de grupos (Marchiori, 2006). Deste modo, Krauss & Rosa (2007), defendem que o comportamento organizacional sofre influência da cultura onde a organização está inserida.
Não há dúvidas de que as organizações localizadas nos territórios africanos, têm uma relação directa das sociedades circunvizinhas, deste modo, há uma comparticipação das tradições, das crenças e dos valores culturais destas. Por outro lado, as organizações são sistemas abertos, com isso, recebe muitos estímulos externos que tem impacto directo no comportamento (Krauss & e Rosa, 2007).
Devido a natureza da cultura africana, as organizações inseridas em África tomam características próprias que as distinguem de outras organizações localizadas fora da África. Assim, o comportamento organizacional em África, como um campo de estudo das dinâmicas de comportamentos de indivíduos e grupos em contextos de trabalho, tem una natureza característica e própria. 
Nesse contexto, para compreender o comportamento organizacional e as dinâmicas ocorridas nas organizações nas culturas africanas, é preciso que se tenha em mente os valores culturais dessas sociedades. 
5. Considerações Finais
Percebe-se que através da evolução do conhecimento, muda-se o comportamento tanto dos responsáveis pela organização como dos colaboradores que fazem parte dela por meio da cultura destes. Fica evidenciado que o enfoque sistémico na administração quando trata dos seus recursos humanos poderá ser analisada ao nível do comportamento social, sendo as sociedades africanas vistas como macro-sistemas permitindo assim uma visualização de maior complexidade entre a os valores culturais da sociedade africanas e a organização a qual esta inserida e suas interacções, visualizando-se assim uma categoria ambiental no estudo do comportamento organizacional e individual.
No nível do comportamento organizacional poderá ser entendido como um sistema onde a organização é vista na sua totalidade interagindo com o ambiente ao qual esta inserida, sendo visualizada como uma categoria ambiental do comportamento individual.
E no nível comportamental individual, o indivíduo é visto como um subsistema, onde se permitem fazer uma análise de vários conceitos sobre comportamento, motivação, aprendizagem com a finalidade de compreender melhor a natureza do ser humano.
6. Referências Bibliográficas 
Araujo, L. S. G. (2001). Organização, Sistemas e Métodos e as modernas ferramentas de gestão
organizacional: arquitetura, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. São Paulo: Atlas
Beckard, R. Desenvolvimento Organizacional: estratégias e métodos. São Paulo: Edgard Blücher. 1972
Chiavenato, I. Comportamento Organizacional: A Dinâmica do Sucesso das Organizações. Campus. 2005
Dubrin, A. J. Fundamentos do Comportamento Organizacional. São Paulo: THomson. 2006
Krauss, J. S. & e Rosa, C. da . A importância da temática de História e Cultura Africana e Afro-brasileira nas escolas. 2007
Lobos, J. A. (1978). Comportamento Organizacional: literaturas selecionadas. São Paulo: Atlas
Marchiori, M. (2006). Cultura e Comunicação Organizacional: um olhar estratégico sobre a organização. São Caetano do Sul : Difusão. 
PORTUGAL, Ministério da Educação. IIE. Didática da matemática.2005
MENEZES, Luís. Desenvolvimento da comunicação matemática em professores do 1.º ciclo no contexto de um projeto de investigação colaborativa.2005

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