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Gestão da Qualidade e Produtividade Créditos Institucionais Presidente do Conselho de Administração: Janguiê Diniz Diretor-presidente: Jânio Diniz Diretoria Executiva de Ensino: Adriano Azevedo Diretoria Executiva de Serviços Corporativos: Joaldo Diniz Diretoria de Ensino a Distância: Enzo Moreira © 2020 by Telesapiens Todos os direitos reservados unlocked by land AAUTORA NARASTEFANO Olá. Meu nome é Nara Stefano. Tenho Pós-Doutorado em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina, tenho Doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Fiz Mestrado em Engenharia de Produção, com ênfase na área da qualidade e Produtividade da Universidade Federal de Santa Maria. Graduação em Economia pela Universidade Federal de Santa Maria. Com experiência empresarial na área de Economia e Administração com ênfase em Economia Industrial, Métodos Quantitativos e Custos. Faço diversas assess01i as e consultorias em empresas de serviços (pequeno e médio porte) com relação à gestão e implementação de métodos de custeio, principalmente o Activity Based Costing, com várias implantações desses sistemas. Atuo, principalmente, nos seguintes temas de pesquisa: melhoria da performance dos negócios utilizando inteligência artificial (lógica fuzzy) e avaliação do desempenho; avaliação e diagnóstico da aprendizagem tecnológica em incubadoras; evidenciação da Gestão do Conhecimento e Capital Intelectual em empresas de médio e grande porte; implantação de Planejamento Estratégico e Sistemas da qualidade; Gestão de custos; Gestão em serviços; Análise multicriterial; Gestão da inovação e empreendedorismo. Tenho mais de 5 anos de experiência na elaboração de materiais para EaD, experiência em escrita e revisão de livros na área de Administração, Economia, Contabilidade, Logística e Engenharia de Produção. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ; ICONOGRAFICOS Esses ícones que irão aparecer em sua trilha de aprendizagem significam: ~ OBJETIVO P0 OBSERVAÇÃO Breve descricão Uma nota explicativa do objetivo de sobre o que acaba de aprendizagem; ser dito; (D CITAÇÃO liii{ RESUMINDO Parte retirada de um Uma síntese das texto; últimas abordagens; a_ TESTANDO ~ DEFINIÇÃO Sugestão de práticas ou Definição de um exercícios para fixação ~ conceito; do conteúdo; A IMPORTANTE ~ ACESSE O conteúdo em destaque Links úteis para precisa ser pliorizado; fixação do conteúdo; ' 1 , DICA + SAIBA MAIS ,., - - Um atalho para resolver Infom1ações adicionais , ... algo que foi intrnduzido sobre o conteúdo e - no conteúdo; temas afins; EXPLICANDO ~ SOLUÇÃO ~DIFERENTE Um jeito diferente e mais Resolução passo a passo de um problema simples de explicar o que - ou exercício; acaba de ser explicado; fx EXEMPLO ' CURIOSIDADE Explicação do conteúdo ?1• h1dicação de crniosidades ou conceito partindo de e fatos para reflexão sobre um caso prático; otemaemestudo; PALAVRA DO - AUTOR Uma opinião pessoal e particular do autor da obra; REFLITA O texto destacado deve ser alvo de reflexão. , SUMARIO Visões sobre a Qualidade ...................................................... 10 Conceito da Qualidade .. ...... .... .. ...... .... .. .. .. .. ...... .......... .. .. ...... .. 1 O As contribuições dos Gurus da Qualidade (Juran, Feigenbaum, lshikawa e Deming) ....................................... 19 Princípios da Gestão pela Qualidade Total.. ....................... 27 TQC no Estilo japonês .. .. ...... .. .. .. ...... .. .. .................................. 32 Método PDCA e a melhoria contínua .................................. 37 Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 7 ~- UNIDADE 8 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ -INTRODUÇAO Você sabia que a qualidade dos bens produzidos e dos serviços prestados é monitorada, direta ou indiretamente, desde muito tempo? Isso mesmo. Quando conceituamos qualidade é normal basear qualquer definição de qualidade no cliente, como na abordagem baseada no usuário. O uso desse ponto de vista é uma maneira essencial de garantir que os produtos estejam em confonnidade com os processos e requisitos de qualidade. A qualidade pode melhorar a produtividade e o resultado final. Em outras palavras, a qualidade não apenas mantém os clientes satisfeitos, mas também melhora a produtividade e a lucratividade - razões suficientes para que as organizações sigam o caminho da qualidade. Mas é impo1tante ter em mente que há custos para a qualidade e que pode haver um atraso no desempenho ao longo do tempo. Se a implementação for ruim e os custos altos, não espere resultados da noite para o dia, caso houver. A palavra 'contínuo" é frequentemente usada com qualidade porque se você abaixar a guarda por um momento, alguém o ultrapassará, então a qualidade terá que ser contínua. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 9 ~---- OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1 2 3 Compreender como o que é qualidade dentro das organizações; Conhecer as contribuições dos principais "gums da qualidade"; Identificar os princípios da Gestão pela Qualidade Total; 4 Compreender o método PDCA e a melhoria contínua. Então? Está preparado para uma viagem sem volta mmo ao conhecimento? Ao trabalho! 10 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Visões sobre a Qualidade ~ OBJETIYO Ao té1mino deste capítulo você será capaz de entender o que é qualidade e como ela é utilizada nas organizações. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram utilizar conceitos e fenamentas da qualidade para melhoria contínua sem a devida instrução tiveram problemas ao coloca-las em prática. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Conceito da Qualidade O que é qualidade? Esta é uma pergunta multifaces, difícil de abordar em poucas palavras. É mais fácil entender a qualidade (Figura 1) considerando sua evolução nas principais empresas. Nos Estados Unidos e na Europa, o controle de qualidade de um tipo ou de outro faz parte da fabricação há mais de cem anos, e o uso de vários conceitos de qualidade veio e se foi e se repetiu. Por outro lado, no Japão, o controle de qualidade não era significativo até depois da Segunda Guerra Mundial. No Japão e nos Estados Unidos, no entanto, o espectro de práticas de qualidade varia de nenhuma à vanguarda, onde o progresso tem sido rápido e uniforme. Figura 1: Qualidade Fonte: Pixabay Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 11 ~---- No início deste processo evolutivo, a qualidade de qualquer tipo não é percebida ou medida. Os produtos são produzidos e enviados. Se os clientes desejam enviar algo de volta (algum produto que causou insatisfação), o fazem - e fim da histó1ia. Essa situação caracterizou as empresas japonesas no início dos anos 1950, quando "fabricadas no Japão" significavam produtos de má qualidade e pouco confiáveis. A história da transformação do conceito de qualidade pelo Japão em um produto de excelente qualidade é a história da adoção do Total Quality Management (TQM). Os diferentes estágios da evolução da qualidade podem ser vistos claramente . . . . nas pnnc1pa1s empresas Japonesas. A seguir, veremos o conceito de qualidade o qual encontra-se situado em quatro aspectos, ou seja: adequação ao padrão; adequação ao uso; adequação ao custo e; adequação aos requisitos. a. Adequação ao padrão Avaliase um produto é construído conforme o descrito em um manual e se passa no padrão. Ou seja, define qualidade como o produto que faz conf01me o que é estabelecido. Dete1minar se um produto atende à adequação ao padrão é uma questão de inspeção: o produto passa ou não? Para alcançar a adequação ao padrão, gerentes e engenheiros definem cada tarefa de fabricação, registram essas tarefas como práticas padrão em manuais e definem procedimentos de inspeção para aplicar as práticas padrão. Figura 2: Adequação ao padrão Fonte: Pixabay 12 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Para avaliar adequando-se aos padrões, as empresas às vezes usam o conceito de Controle Estatístico de Qualidade, uma abordagem que o especialista em qualidade ame1icano William Edwards trouxe para o Japão no início dos anos 50. Quando considerado da perspectiva moderna, e não histórica, a adequação ao padrão usada sozinho como definição de qualidade tem duas fraquezas. A primeira é a noção de que a qualidade pode ser alcançada por meio da inspeção. Ou seja, a qualidade é assegmada inspecionando a saída de um processo de fabricação e selecionando e descartando os itens com defeito ou de baixa qualidade. Na realidade, porém, esse processo geralmente leva a um relacionamento contraditó1io entre quem produz um produto . . e quem o mspec1ona. A segunda fraqueza da adequação ao padrão é a negligência das necessidades do mercado. A criação de padrões de produção e inspeção orientada para esses padrões orienta as pessoas para o produto e se ele faz o que foi projetado para fazer, ao invés de atender às necessidades dos clientes e se o produto atende a essas necessidades. b. Adequação ao uso A adequação ao usar é o meio para garantir a satisfação das necessidades do mercado. Aqui, um produto é de qualidade se tiver o desempenho esperado e não o especificado. A diferença está entre o uso pretendido de um produto (sua especificação) e seu uso real. Adequação do uso supõe que as definições das especificações sejam baseadas no consumidor. A adequação do uso exige, portanto, adequação às (novas) especificações e, também exige inspeções. Maior qualidade implica melhor inspeção e, custos mais altos. A resposta é a seguinte: em vez de "inspecionar" a qualidade do produto, o foco foi "constmir' a qualidade do produto Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 13 ------ Joseph M. Juran, um pensador fundamental em manufatura e gerenciamento de qualidade, ofereceu essa definição em meados da década de 1950. Tem sido relevante desde então. Para Juran, a qualidade é alcançada quando um produto acabado é adequado para uso pelo público-alvo. No entanto, Juran destacou cinco fatores que, em equilíbrio, determinam se um produto é adequado ou não para uso (Quadro 1): Quadro 1 : fatores que detemúna a adequabilidade de um produto ou serviço Aspectos Breve descrição Quando um indivíduo avalia a qualidade de um produto ou serviço, ela se baseia em suas Os usuários do produto experiências com produtos ou serviços ou serviço Como os similares. Ele, t ambém, pode pedir recomendações aos amigos. Os usuários de um produto ou serviço buscarão todas as evidências disponíveis sobre a qualidade do produto ou serviço e o colocarão no contexto de suas próprias experiências e necessidades. usuários A qualidade de um produto ou serviço depende realmente colocarão o de como será usado. O mesmo produto ou produto ou serviço em serviço pode ser usado por diferentes ou uso produtos e serviços do mesmo tipo podem ser usados de maneiras diferentes. O mesmo produto ou serviço pode mudar ao longo do tempo o que afetará a qualidade dos olhos de quem vê. 14 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade -----~ Possibilidade probabilidade Às vezes, o produto ou serviço em si é perigoso. Outras vezes, é como o produto ou e serviço é usado que causa a condição insegura . de Os recursos do produto podem representar qualquer perigo para a ameaças diretas à saúde ou segurança humana segurança humana ou ao meio ambiente. Outras ameaças podem surgir de erros por parte do usuário ou uso indevido do produto. O objetivo da análise de criticidade é identificar essas ameaças para que sejam tomadas medidas para eliminá-las. Os recursos econômicos Os consumidores podem estar dispostos a do produtor e do usuário pagar um preço premium se o uso exigir uma qualidade diferente de outro usuário, e os recursos econômicos estiverem disponíveis. Os recursos econômicos do produtor e do usuário variarão com o tempo e a qualidade fornecida e demandada também variará com o tempo. Por fim, precisamos abordar essa variação ao definir a qualidade do produto. Os determinantes O que o produtor considera qualidade pode ser específicos do usuário muito diferente do que o usuário considera de um produto ou qualidade. Se um usuário não valorizar uma serviço adequado para determinada característica, ele não será seu uso considerado na equação da qualidade. Fonte: Elaborado pela autora (2019) Um dos pontos fracos de se concentrar na adequação ao uso é que a vantagem competitiva baseada no uso é tênue. por exemplo, se uma empresa tiver entendido claramente a adequação ao uso (atendendo às necessidades dos usuários), poderá obter uma posição de monopólio, para poder cobrar preços altos o suficiente para compensar o custo mais alto de maior qualidade Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 15 ~---- por meio de inspeção. Os concon-entes que oferecem produtos igualmente bons por preços mais baratos rapidamente surgem, eliminando a posição de monopólio e a capacidade de compensar os custos inconidos durante o processo de inspeção. e. Adequação ao custo Adequação do custo (Figura 3) significa alta qualidade e baixo custo. Esses são os dois requisitos universais para praticamente todos os clientes, produtos e serviços. Para obter redução de custos e, ao mesmo tempo, manter alta qualidade (sem produtos fora dos limites), se deve reduzir a variabilidade do processo de produção. Assim, para que todas as unidades produzidas já estejam dentro dos limites de inspeção e que nenhuma seja descartada. Figura 3 -Adequação ao custo Fonte: Freepik 16 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ A única maneira de atingir esse objetivo é controlar os processos e não os produtos. Os métodos para tanto são: Controle estatístico da qualidade; Controle estatísticos do processo (CEP); Fornecer feedback em cada etapa; Promover a participação dos colaboradores no projeto e na melhoria; Uso das 7 fenamentas de controle de qualidade. O CEP é uma técnica que visa controlar o processo pelo qual os produtos são fabricados. O objetivo é detectar qualquer disfunção do processo. Também, cada colaborador deve fornecer algum feedback sobre o trabalho de quem lhe antecede. O objetivo é primeiro detectar qualquer erro o mais rápido possível e depois pennitir que algum aprendizado ocmTa. No entanto, uma fraqueza permanece. As empresas que atingiram o nível de qualidade de adequação de custo estão produzindo produtos funcionais e altamente confiáveis a baixo custo. Mas os concorrentes podem criar produtos igualmente confiáveis e baratos. Pois muitos países indust:Iializados, podem copiar suas habilidades de adequação ao padrão e adequação ao uso, mas têm mão-de-obra muito mais barata, gerando baixo custo. d. Adequação aos requisitos A adequação ao requisito significa atender às necessidades do cliente (Figura 4) antes que eles percebam essas necessidades. Se uma empresa conseguir encontrar os requisitos latentes do mercado, poderá conseguir o monopólio por um tempo. A empresa pode pedir um preço mais alto, o que pode ser muito lucrativo. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 17 ~---- Figura 4 - Clientes Fonte: Pixabay As fraquezas podem permanecer até nas empresas que atendem sistematicamente aos requisitos latentesde seus clientes. Essas fraquezas surgem não das empresas, dos processos atuais para o design do produto e do processo de produção, mas da velocidade variável e da adequação da melhoria e da mudança. Muitas empresas estão saindo do negócio simplesmente porque não conseguem melhorar tão rapidamente quanto seus conconentes. Portanto vimos, os conceitos de qualidade baseado em quatro níveis, ou seja, adequação ao padrão, ao uso, aos custos e aos requisitos, cada uma possui suas especificidades, vantagens sou fraquezas. Para ilustrar os conceitos dessas quatro dimensões mostrada temos o exemplo dos relógios. 18 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Exemplo: Os relógios fornecem um exemplo de todos os quatro níveis do conceito de qualidade, isto é: ■ Se um relógio é montado com peças faltando, ele não se encaixa no padrão. Ele deve ser jogado fora ou retrabalhado. ■ Os relógios devem manter o tempo necessário para serem utilizados. Cronômetros de alta qualidade (precisos) dos séculos 18 e 19 eram feitos de componentes caros e rigorosamente testado. O custo deles era alto, mas eles atendiam ao segundo padrão de qualidade. O clássico relógio mecânico suíço do século XX continua essa tradição. ■ Os relógios eletrônicos são baratos e precisos, atendendo ao padrão de adequação de custo. Muitas empresas em muitos países fabricam esses relógios. Agora, os relógios podem ser adquiridos por menos baixos preços, mais precisos que os melhores relógios mecânicos da era pré- eletrônica, mas a concorrência é acirradíssima. ■ Moda e individualidade foram introduzidas no baixo mercado de relógios de pulso em muitas empresas. O atendimento a esses requisitos latentes pennitiu às empresas cobrarem mais e obter um lucro maior do que em relógios de clássicos. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 19 ~---- As contribuições dos Gurus da Qualidade (Juran, Feigenbaum, Ishikawa e Deming) De acordo com Carvalho e Paladini (2012) muitos foram, os teóricos e especialistas que auxiliaram a arquitetar a área de qualidade, mas alguns tiveram um papel fundamental e são chamados de "Gurus da Qualidade". Eles fizeram parte da história, tanto pela contribuição teórica como pela influência nas empresas. a seguir vamos ver alguns dos gurus que mais contribuíram a para o que conhecemos hoje como qualidade. a. Joseph M. Juran Foi um dos que mais contribuiu para a literatura de gestão da qualidade do que qualquer outro profissional da qualidade. Como Deming, ele teve uma influência no desenvolvimento da gestão da qualidade em empresas japonesas. Juran foi o primeiro a ampliar o pensamento em controle da qualidade, enfatizando a importância da e a necessidade de uma infraestrutura de apoio. Juran define a qualidade como "adequação para o uso", que ele divide em qualidade no planejamento, qualidade na conformidade, disponibilidade e serviço de assistência. Os objetivos da abordagem de Juran para a melhoria da qualidade são maior conformidade e menor custo, e as metas anuais são definidas na fase de definição de objetivos do programa. Ele desenvolveu uma trilogia da qualidade (Figura 5) compreendendo planejamento da qualidade ( determina os objetivos de performance e o plano de ações para atingi- los ), controle da qualidade (incide em avaliar a performance operacional, conferir com os objetivos e atuar no processo, quando os resultados se afastarem do planejado) e melhoria da qualidade (busca melhorar a performance atual para novos níveis, deixando a empresa mais competitiva). 20 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Planejamento Qualidade 40 20 Figura 5 - Trilogia da qualidade Controle de qualidade (durante as operações) Zona original de controle de qualidade -------------------------~- -------------, Gasto crônico ' ' ' ' ' ' ' ' ' Zona nova de controle de qualidade Melhoria da qualidade ~-------------------- Tempo Fonte: Adaptado pelo autor ' ' O plano de Juran para a qualidade engloba as seguintes caracteristicas: criar consciência da necessidade e oportunidade de melhoria; defina metas para melhoria; organize para alcançar as metas; fornecer treinamento; realize projetos para resolver problemas; relatar o progresso; dê reconhecimento; comunicar os resultados; mantenha a pontuação; manter o impulso fazendo parte da melhoria anual do sistema e dos processos regulares da empresa. b. Armand Feigenbaum Foi o chefe mundial de operações de manufatura da General Electric por uma década até o final da década de 1960. Também foi o cliador do teimo Controle Total da Qualidade (Total Quality Control - TQC). A principal contribuição de Feigenbaum para o tema do custo da qualidade foi o reconhecimento de que os custos da qualidade devem ser categorizados para serem gerenciados. Ele identificou três categorias principais: custos de avaliação, custos de prevenção e custos de falha. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 2 1 ~---- O TQC é UIIl sistema eficiente e eficaz para agregar os esforços de desenvolvimento, manutenção e ape1feiçoamento da qualidade dos muitos grnpos de UIIla organização, com o objetivo de possibilitar marketing, engenharia, produção e serviço nos níveis mais econômicos que possibilitem a satisfação total do cliente. FeigenbaUIIl destaca que a gerência deve se comprometer com: fortalecer o próprio processo de mellioria da qualidade; ce11ificando- se de que a mellioria da qualidade se tome UIIl hábito e; gerenciando qualidade e custo como objetivos complementares. Feigenbaum adota uma abordagem financeira para o gerenciamento da qualidade. Ele acredita que a instalação e o gerenciamento efetivos de um processo de melhoria da qualidade representam a mellior oportunidade de retomo do investimento para muitas empresas no ambiente competitivo de hoje. A principal contribuição da Feigenbaum para o assunto da qualidade foi o reconhecimento de que os "custos da qualidade" (Figura 6) devem ser categorizados para que eles sejam gerenciados. Ele identificou três categoiias principais: custos de avaliação, custos de prevenção e custos de falhas. O custo total da qualidade é a soma desses custos. Ele também foi o p1imeiro dos especialistas internacionais a identificar a loucura de considerar os profissionais de qualidade como sendo os únicos responsáveis pelas atividades de qualidade de uma organização. 22 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Figura 6 - Custos da Qualidade Fonte: Freepik Ainda ele destaca alguns aspectos sobre alcançar a qualidade, isto é: é um processo de toda a empresa; é o que o cliente diz que é; custo e soma e não uma diferença; requer tanto fanatismo individual quanto em equipe; é uma forma de gerenciar; qualidade e inovação são mutuamente dependentes; é uma ética; requer melhoria contínua; é o caminho mais eficiente em termos de custo e menor investimento de capital para a produtividade; é implementada com um sistema total conectado com clientes e fornecedores. e. Kaoru lshikawa Ishikawa é considerado a principal figma do Japão na área de Gerenciamento da Qualidade Total. Sua inspiração veio dos trabalhos de Deming e Jman e, também de Feigenbaum. Ele é mais conhecido pelas seguintes contribuições: Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 23 ~---- (i). Círculos de controle de qualidade: Ele foi o primeiro a introduzir esse conceito e colocá-lo em prática com sucesso. (ii). Criador do diagrama de espinha de peixe ou diagramas de l shikawa que são usados para solução de problemas e melhoria contínua por meio da análise de causa-efeito. (iii). Ishikawa destacou que a abordagem da Feigenbaum para o controle da qualidade total inclui muitos não especialistas e, dessa forma a contribuição para a resolução de problemas de qualidade pode ser limitada. Ele argumenta que o amplo controle da qualidade nas empresas (Company Wide Quality Control - CWQC) deve contar com o amplo uso de técnicasestatísticas. Ishikawa argumentou que quase 90-95% dos problemas podem ser resolvidos usando as técnicas estatísticas elementares que não requerem conhecimento especializado. lshikawa classificou as técnicas estatísticas em três categorias, ou seja: 1. Técnicas estatísticas elementares ( ou sete fenamentas da qualidade) ■ Análise de Pareto (poucos vitais versus muitos triviais) ■ Diagrama de causa e efeito ■ estratificação ■ Lista de verificação ■ Histograma ■ Diagrama de dispersão ■ Gráficos de controle 2. Métodos estatísticos intermediários ■ Pesquisas por amostragem. ■ Técnicas de amostragem estatística 24 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ ■ Métodos de estimativa estatística e teste de hipóteses ■ Métodos de utilização de testes sensoriais. ■ Métodos de desenho experimental. 3. Métodos estatísticos avançados (usando tecnologia) ■ Projeto experimental avançado. ■ Análise multivariada. ■ Métodos de pesquisa operacional. A I\IPORTA:-.TE A contribuição de Ishik:awa está em três áreas principais: (1) a simplificação e o uso generalizado das sete fe1rnmentas básicas de controle da qualidade; (2) o movimento da qualidade em toda a empresa; e (3) círculos da qualidade. Ishikawa desenvolveu o diagrama de causa e efeito e também foi responsável por reunir a seleção de fenamentas que agora são conhecidas como as sete f enamentas básicas de controle da qualidade. Seu argumento era que essas sete ferramentas , quando usadas juntas, poderiam ajudar a resolver a maioria dos problemas a organização. cl. William Edwards Deming Seu pensamento é que a qualidade, por meio de uma redução na variação estatística, melhora a produtividade e a posição competitiva. Seu pensamento inicial foi influenciado por Shewhart, considerado o pai do Controle Estatístico da qualidade (CEP). Entre tantas contribuições um adas mais conhecidas é Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 25 ~---- ciclo de melhoria continua o PDCA (Planejar, Fazer, Checar, Agir ou Plan, Do, Check, Act) (será visto na seção 1.5). Deming propôs os quatorze princípios ( ou pontos) de transformação na organização (veja a figura 6.4). Esses, catorze passos de Crosby, baseiam-se em uma combinação de aspectos estatísticos, humanos ou culturais. A Figura 7 mostra esses 14 pontos. Figura 7 - Os princípios de Deming para melhoria nas ocganizações 14 pontos propostos por Deming Princípio 1: Criar constância ele propósitos para a melhoria elos produtos e serviços. Princípio 2: Adotar uma nova filosofia para a nova em econômica. com a gerencia aprendendo quais sào suas responsabilidades e assumindo a liderança para a nmclança. Princípio 3: Cessar com a clepenclencia ela inspeçào em massa para obter qualidade incorporando a qualidade ao produto e ao serviço. Princípio 4: Extinguir a pnüica ele estabelecer negócios somente com base no preço. ou seja. tome mínimo o custo total. Estabelecer mn único fornecedor para cada item e criando um relacionamento ele longo prazo. baseado na lealdade e na confiança. Princípio 5: l\Ielhore continuamente o sistema ele procluçào e ele serviço para melhorar a produtividade e a qualidade e, assim. reduzir custos. 26 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade -----~ Princípio 6: Instituir treinamento no trabalho. Princípio 7: Estabelecer a liderança com o objetivo de supervisionar e auxiliar os indivíduos a fazer um trabalho melhor. Princípio 8: Eliminar o medo para que todos possam trabalhar efetivamente juntos pela organização. Princípio 9· Quebrar as barreiras entre os departamentos. Incentivar a pesquisa. o planejamento. as vendas e a produção a trabalharem juntos como uma equipe. Princípio l O: Elimine slogans, advertências e metas numéricas para a força de trabalho. uma vez que são divisores e, isso cria um ambiente adverso com baixa produtividade e qualidade. Princípio 11: Extinguir cotas ou padrões de trabalho e gerenciamento por objetivos ou metas numéricas: a liderança deve ser substituída. Princípio 12: Excluir baneiras as quais evitam que às pessoas tenham o direito ele se orgulhar de seu trabalho. Princípio 13: Instituir um vigoroso programa ele educação e autoaperfeiçomnento. Princípio 14: Envolver todos 1m empresa para alcançar a transformação. Fonte: Elaborado pela autora Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 27 ~---- Portanto pelo exposto nos 14 princípios de Deming percebe-se que ele estava preocupado com a motivação dos colaboradores e a impo1tância do orgulho, alegria e satisfação no trabalho para a entrega de bens e serviços de qualidade. Ele acreditava que muitos sistemas de recompensa os colaboradores são contrários ao pensamento sistêmico e dificultam, em vez de ajudar. Ele também não gostava de culturas organizacionais baseadas no medo e acreditava que elas são destrutivas para a organização e para o indivíduo. Princípios da Gestão pela Qualidade Total A Gestão da Qualidade Total ( ou Total Quality Management - TQM) teve origem em 1954 no setor industrial do Japão. No entanto, sua história remonta à década de 1920. Na década de 1980, esse conceito se tomou mais popular e foi desenvolvido continuamente para uso em princípios, escolas, hospitais, hotéis e outras organizações. Por definição, o TQM é uma abordagem que garante que todos os colaboradores paiticipem da melhoria do processo, produtos, se1viços e cultura do trabalho. Os princípios do GQT geralmente são utilizados no nível da linha de frente, em que os gerentes de escritório, de produção estão mais envolvidos. O objetivo do TQM é fazer as coisas ceitas da primeira vez e continuamente, economizando o tempo que a organização te1ia usado na coneção de e1rns. Os princípios do TQM são benéficos pai·a qualquer organização, pois reduzem custos, aumentam o moral da equipe, reduzem erros e aumentam a satisfação do cliente (OAKLAND, 2014). As organizações que têm seus valores centrais centrados na melhoria contínua (Figura 8) da qualidade estão melhor 28 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ posicionadas para se beneficiar dos p1incípios do TQM. Essas organizações têm processos de alta qualidade para atender e exceder as expectativas de seus clientes. Como tal, todos na organização - gerência, clientes, fornecedores e colaboradores - desempenham um papel vital no fornecimento de produtos e serviços de qualidade. Figura 8 - Melhoria contínua Fonte: Freepik Os princípios do TQM se concentram no cliente, qualidade do trabalho, respeito mútuo e trabalho em equipe. A melhoria contínua envolve uma análise constante da maneira como o trabalho é realizado, a fim de determinar maneiras mais eficazes e eficientes de fazer melhorias e alcançar a excelência. Além disso, a aplicação dos princípios de TQM ajuda as organizações a implementar abordagens estratégicas para garantir a qualidade dos produtos e serviços. Isso também significa assegurar que os fornecedores ofereçam produtos de qualidade. Os produtos e serviços devem ser projetados de forma que seus atributos, conveniência e funcionalidade satisfaçam os clientes. Pois, é importante que as organizações incorporem qualidade nos processos envolvidos na produção de bens e Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 29 ------ serviços, e sejam tomadas medidas para a melhoria contínua para garantir que esses processos funcionem o tempo todo. Da mesma forma, é importante que as organizações capacitem seus colaboradores com treinamento contínuo para desenvolver suas habilidades. O Quadro 2, mostra os oito princípios do TQM. Quadro 2 - Princípios do TQM PRINCÍPIOS DO TQM BREVE DESCRIÇÃO Foco no cliente Liderança Envolvimento pessoas Enfatiza que uma organização deve entender seus cl ientes; o que eles precisam e quando precisam, tentando atender e exceder suas expectativas. Esse princípio abrange tanto as necessidades dos cl ientes quanto o atendimento ao cliente.Bons líderes ajudam a unir uma organização e dão às pessoas um senso de direção. Eles criam e nutrem um ambiente em que as opiniões de todos recebem uma consideração cuidadosa ao traçar um curso para os objetivos organizacionais. Esse princípio estabelece que os líderes são fundamentais para definir metas e objetivos claros e garantir que os colaboradores estejam ativamente envolvidos na consecução desses objetivos. das As pessoas são a essência da existência de qualquer o rganização. Quando as pessoas compreendem a importância de sua contribuição e papel em uma organização, tornam-se inovadoras, ansiosas por participar e criativas na promoção dos objetivos da organização. Esse princípio ajuda a preencher a lacuna de comunicação entre a gerência e os colaboradores. 30 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ------~ Abordagem processos de Uma organização alcança o resu ltado desejado quando os recursos e atividades relacionados são gerenciados como um processo. Essa a bo rdagem enfatiza eficiência, eficácia, consistência e entendimento. Deste modo, agilizando as atividades, melhorando a consistência, eliminando o desperdício, reduzindo os custos e promovendo melhorias continuas. Abordagem de siste ma Esse princípio enfatiza que vários processos são pa ra gere nciamento gerenciados simultaneamente em um sist ema organizado. Isso torna o sistema muito mais eficaz e maior que a soma de suas partes individuais. Melhoria contínua As empresas que prosperam são aquelas que se ajustam a novas situações do mercado. Dessa forma, a melhoria contín ua deve ser um objetivo permanente de qualquer o rganização. Ao fazer isso, a flexibilidade organizacional aumenta a capacidade de abraçar novas oportunidades e melhora o desempenho. Abordagem factua l à Envolve decisões e ações efetivas baseadas nos tomada de decisão dados disponíveis. Decisões baseadas em fatos aprimoram o entendimento não apenas do produto ou serviço, mas também do mercado como um todo. A implementação desse principio permitirá que as decisões sejam tomadas com mais clareza e objetividade. Re lações mutuamente Identifica a independência das organizações com benéficas fornecedores com seus fornecedores. Além disso, garante que uma relação mutuamente benéfica entre os dois melhore a produtividade e incentive os valores de trabalho. Fonte: Elaborado pela autora Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 31 ~---- Os princ1p10s do TQM funcionam melhor em organizações que implementam processos de melhoria contínua que garantem a qualidade. Quando os princípios do TQM são utilizados em qualquer organização, a lucratividade aumenta, enquanto enos e desperdícios são minimizados. Além disso, o feedback, a satisfação e a lealdade do cliente são alcançadas. Consequentemente, o trabalho em equipe é reforçado e os colaboradores são motivados a desempenhar suas funções. A organização ganha também a confiança e a lealdade de sua eqmpe. A filosofia por trás da melhoria contínua enfatiza a necessidade de trabalho em equipe com todos os níveis de colaboradores e que todos da empresa são membros valiosos da equipe. Supondo que os colaboradores estejam realizando o trabalho diário que mantém a organização funcionando, eles estão melhor equipados para sugerir mudanças do que talvez os líderes, que geralmente lidam com questões mais burocráticas. Como tal, os colaboradores são incentivados a analisar seus processos de trabalho e fazer sugestões de como melhorá-los para o bem da empresa. Embora a principal razão para cultivar um ambiente de trabalho com melhoria continua seja aumentar a eficiência e, em muitos casos, os lucros, ela também incentiva a prestação de contas, criando um ambiente no qual todos os colaboradores são investidos pessoalmente em sua organização. Como todos os colaboradores são investidos no processo, todos na organização - assim como clientes - são afetados, de forma positiva. 32 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ TQC no Estilo japonês Técnicas de controle da qualidade foram introduzidas no Japão a partir dos Estados Unidos da América (EUA) logo após o final da Segunda Guena Mundial. O professor lshikawa trabalhou para disseminar o controle de qualidade para a indústria japonesa (Figura 9), juntamente com especialistas em controle de qualidade, professores Shigeru Mizuno, Tetsuichi Asaka e Masao Kogme. Figura 9 - Indústria japonesa Fonte: Wíkipedia lshikawa conduziu pesquisas para o desenvolvimento de um sistema de controle de qualidade mais adequado à indústria japonesa. Ele originou a ideia do Total Quality Control (TQC), um sistema de controle de qualidade que atua em toda a empresa, no qual todos os membros da empresa paiticipam, desde a alta gerência até os trabalhadores no local de trabalho real. Por esse sistema, ele trouxe uma mudança inovadora na filosofia de gerenciamento de negócios e nos estilos de operação. Além disso, no processo de realização do TQC, o professor Ishikawa propôs a formação dos Círculos de Controle Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 33 ~---- da Qualidade (CCQ), a fim de ' educar ' os colaboradores da linha de frente. Segundo Carpinetti (2016, p. 20): Em um simpósio sobre qualidade realizado pela JUSE, no Japão, em 1968, o TQC no estilo japonês foi caraterizado pelos seguintes seis pontos: participação de todos os departamentos e envolvimento de todos os empregados com o controle da qualidade total; entusiasmo por educação e treinamento em qualidade; atividades de Círculos de Controle da Qualidade; auditorias do presidente e participação no Prêmio Deming de Qualidade; uso de métodos estatísticos, das sete ferramentas da qualidade e outros métodos avançados; campanhas nacionais de promoção da qualidade: mês da qualidade, vários simpósios e seminários. O movimento japonês da qualidade continuou seu processo de evolução, durante a década de 1970, até tornar-se internacionalmente valorizado e referência para o desenvolvimento do movimento da qualidade total no Ocidente. Qualidade Total são todas aquelas dimensões que afetam a satisfação das necessidades das pessoas e consequentemente a sobrevivência da empresa, isto é: ■ Qualidade - está intimamente ligada a satisfação do cliente interno ou externo. Ela é medida por meio das características ( de qualidade) dos produtos ou se1v iços finais ou intermediários da empresa. isso, engloba a qualidade do(a): produto ou se1v iço; rotina da empresa; treinamento; informação; pessoas; empresa; administração; objetivos; sistema; engenheiros, etc. ■ Custo - é percebido não somente como custo final do produto ou serviços, também engloba os custos intermediários. O preço é importante, pois ele deve refletir a qualidade, ou seja, pelo valor agregado. 34 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ ■ Entrega - aqui constam as medidas e condições de entrega dos produtos, se1viços finais ou intermediários de uma empresa, por exemplo, índices de: atrasos de entrega, entrega em local errado e entrega com quantidades erradas. ■ Moral - mede o nível de satisfação dos colaboradores da empresa ou de um departamento. isto pode ser medido por meio do absenteísmo, indicadores de reclamações trabalhistas, entre outros. ■ Segurança - avalia-se a segurança dos colaboradores (número de acidentes) e dos usuários dos produtos e se1v iços responsabilidade civil De acordo com Campos (2004) o TQC pode ser melhor entendido da seguinte fonna: TQC = (Controle+ Qualidade) Total TQC = "Controle Total" + Qualidade Total Logo controle total é exercido por todos os indivíduos da empresa, de maneira sistêmica e baseada no ciclo PDCA (metódica). A qualidade total é o objetivo de qualquer organização. Dessa forma, o TQC é o controle desempenhado por todos os indivíduos para realizar a satisfação de todas as partes. A Figura 10 mostra os princípios que regemo TQC. Quando se utiliza quaisquer abordagens de melhoria em uma organização, um dos aspectos que deve ser trabalhado são os processos. Toda organização é composta de uma série de atividades de interação que são realizadas para alcançar os resultados pretendidos por meio de uma distribuição e uso sistemático e eficiente de recursos. Ou seja, isso é o que conhecemos como processos ( os quais influenciam na qualidade dos procedimentos na organização). Gestão da Qualidade w Produtividade) ( 35 ------ Figura 1 O - Princípios que regem o TQC • Produzir e fornecer produtos e/ou services que atendam as necessidades do cl iente. enc1a a empresa por meio o ucro con inuo a qu1n o pe o • Identificar o problema mais critico e solucioná-lo pela mais alta prioridade. • Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em fatos. • Gerenciar a empresa ao longo do processo e nao por resultados. • Reduzir as d isperções por meio do isolamento de suas causas fundamenta is. • Não permitir a venda de produtos defeituosos. • Procurar prevenir a origem de problemas cada vez mais a montante. • Nunca permitir que o mesmo problema se repita pela mesma causa. • Respeitar os colaboradores como seres humanos independentes. • Definir e garanti r a execucão da Visao e Estratégia da Alta Direcão da empresa. Fonte: Elaborado pela autora Um processo é um conjunto de atividades que usam recursos (pessoas, sistemas, ferramentas) para transfmmar insumos em produtos de valor agregado. Isto é um conjunto sequencial de tarefas ou subprocessos relacionados, executados para atingir um objetivo comercial específico ou produzir um produto, se1viço, bom ou paite de info1mação específica. 36 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Conforme Boutros e Purdie (2014) um processo é planejado no contexto de um fluxo de trabalho, instrnções do usuário ou as etapas necessárias para produzir alguma coisa de valor para os clientes de uma organização. Os clientes são internos ( colaboradores e todos os envolvidos dentro da organização) e externos (relacionamentos externos da organização) e compreendem cada pessoa envolvida no processo, bem como a organização que recebe a saída final do processo. ■ Exemplo: Por exemplo, processos abrangem processamento de pedidos, faturamento, despacho de produtos, atualização de informações dos colaboradores e produção de relatórios. Os processos existem em todos os níveis de uma organização e incluem ações que o cliente pode ver, além de ações invisíveis para o cliente. De acordo com Crnz (2015) os processos abrangem um conjunto sistemático de atividades de trabalho, que ocon-em no tempo e no espaço e possuem início e fim, com entradas e saídas muito bem definidas, e têm como principal objetivo gerar resultados positivos para a organização. Toda e qualquer organização é composta por processos. Os processos organizacionais podem ser classificados como primários, de supmte e gerenciais, isto é. a. Processos primários - ou processos finalísticos, estão diretamente relacionados com o cliente da organização, ou seja, entregam algum tipo de valor criado pela organização ao cliente. Imagine esta situação, sim, esta situação na qual você está inserido. Considerando que está matriculado em uma organização de ensino, os processos de matrícula, renovação, aulas, provas e qualquer outro com relação direta a esses podem ser considerados processos p1imários. Esses processos trazem a demanda do cliente para dentro das organizações, que por sua vez devolvem ao cliente o resultado. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 37 ~---- b. Processos de suporte - ou de apoio, neste grupo, os processos trabalham para auxiliar os processos p1imários. Estes não possuem qualquer relação com os clientes externos da organização, mas sim com os internos. São processos com grande importância, capazes de guardar em si grandes oportunidades para melhorar e aumentar a eficiência da organização. c. Processos gerenciais: tais processos são voltados para a garantia da eficácia e eficiência dos processos primários e de suporte. Os processos gerenciais gerenciam e monitoram os outros processos da organização. Quer se aprofundar no tema "processos"? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: AI1igo "Melhoria contínua dos processos organizacionais: um estudo de caso no setor público" (CAVALCANTE), acessível pelo link: http://bit.ly/3b7lhiy Método PDCA e a melhoria contínua O ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act) foi originalmente concebido por Walter Shewha1t em 1930 e depois utilizado por Deming. O PDCA fornece uma estmtura para o aperfeiçoamento de um processo ou sistema. Ele pode ser usado para orientar todo o projeto de melhoria ou para desenvolver projetos específicos, uma vez que áreas de melhoria foram identificadas. 38 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ O ciclo PDCA é projetado para ser usado como um modelo dinâmico. Ou seja, a conclusão de uma volta do ciclo flui para o começo da próxima. Seguindo no aspecto da melhoria contínua da qualidade, o processo pode sempre ser reanalisado e uma nova mudança pode começar. Cada etapa do PDCA (Figura 11) pode ser descrita da seguinte forma: I. Plan (Planejamento): Compreende a etapa em que todas as atividades são delineadas, tendo a missão e a visão da empresa como um guia de pontos, além de outros documentos que possam interessar, como padrões, por exemplo. O planejamento deve apontar todos os parâmetros da atividade, como deve ser executada, recursos necessários financeiros, materiais e humanos, prazos e todas as informações sobre as características da ação planejada, como em um projeto em si. É também na fase de planejamento que muitas vezes são identificadas necessidades escondidas pela rotina ou até por conveniência. Objetivos e métodos para alcançá- los são todos definidos nesta fase. Por isso que este é o momento adequado para identificar as fraquezas e forças organizacionais e desenvolver estratégias para converter fraquezas em pontos fortes e fortes em pontos de excelência. II. Do (Fazer): Fazer é colocar em prática tudo o que foi planejado na fase de planejamento. Este é o momento de treinar e educar os colaboradores, além de implementar todas as práticas de acordo com o escopo do projeto. Simultaneamente, pode ser uma pré-auditoria, quando os pontos positivos e negativos do plano devem ser identificados e registrados como forma de garantir que todos os objetivos previamente estabelecidos sejam alcançados em sua plenitude. Esta informação também será útil durante a fase de verificação das ações implementadas. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 39 ~---- III. Check (Checar): É a fase que mais envolve indicadores e métricas de desempenho, e compreende a comparação entre os resultados planejados e alcançados. Auditorias, análises de processos, avaliações e pesquisas de satisfação são muito comuns nesta etapa. Nenhuma inconsistência fundada significa o seguimento satisfatório do ciclo. Caso contrário, é hora de começar a próxima fase: Agir IV. Act (Agir): Se os resultados são os esperados, nada deve ser feito no momento em que qualquer coisa é detectada, quando é necessário executar medidas corretivas para trazer o projeto de volta ao escopo humano estabelecido. Além de implementá-las, uma fase de investigação também pode ser utilizada para padronizar os processos de funcionamento, como forma de registrar informações que podem ser aproveita.das posteriormente. Figura 11 - Princípios que regem o TQC Agir: Corretamente e/ou preventivamente Atue no processo em função dos resultados Verificar: Verifique os efeitos do trabalho executado (metas x resultados) Melhoria contínua Fonte: Elaborado pela autora Planejar: Defina as metas e objetivos Determine os métodos para alcançar as metas Executar: Eduque e treine Execute as tarefas documentadas A melhoriacontínua da qualidade é uma filosofia de gerenciamento usada pelas organizações para melhorar seus processos. Ao longo da história, a raça humana sempre tentou 40 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ melhorar as condições sob as quais os indivíduos vivem. Veja como o transpmte evoluiu: de cavalos e buggies, trens e automóveis - e quando parecia que não conseguimos chegar a lugares mais rapidamente, aviões. Pois, cada novo desenvolvimento no mundo dos transportes nasceu do desejo de ir mais longe, mais rápido e mais confortavelmente. Essa ideia de que a maioria das coisas pode ser aprimorada é a essência por trás da melhoria contínua da qualidade. Mesmo que não haja nada de enado com um processo, a melhoria contínua da qualidade procura maneiras de melhorar a saída do produto do processo ou do se1viço. Então, o que exatamente é a melhoria contínua da qualidade? O que isso faz? E quem isso afeta? A melhoria contínua da qualidade, é uma filosofia de gerenciamento usada pelas organizações para reduzir o desperdício, aumentar eficiência e eficácia, elevar a satisfação interna (ou seja, colaboradores) e externa (cliente). É um processo contínuo que avalia como uma organização funciona e maneiras de melhorar seus processos. A filosofia subjacente à melhoria contínua da qualidade é que, quando surgem problemas, isso pode ser resultado de um projeto de trabalho mal realizado, instruções pouco claras ou falha da liderança, e não das pessoas que executam os processos. Mas para as organizações que utilizam a melhoria. contínua. da qualidade, como elas melhoram seus produtos e processos, isso permeia a cultura de uma organização e não somente a equipe de gerenciamento. No campo da melhoria contínua, os esforços não são únicos. Existem dois aspectos desse conceito: o cultural e o metodológico. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 4 1 ~---- 1. Aspecto cultural: em uma cultura que promove a melhoria contínua do QI, cada membro lida com as seguintes perguntas: Qual é o significado de info1mações de alta qualidade? Como é definido e medido? Preciso, obtenho e uso info1mações de alta qualidade? Eu forneço essas infonnações? O que devo fazer para obter ou fornecer melhores inf 01mações? 2. Aspecto da metodologia: a cultura da melhoria contínua não pode ser alcançada por exemplo, com um gestor afirmando: As informações são críticas, vamos melhorá-las continuamente. Em vez disso, elas devem ser implantadas por meio de uma série de atividades de melhoria praticáveis como por exemplo, por meio do PDCA). Quer se aprofundar no tema "PDCA"? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Altigo "A utilização do ciclo PDCA para melhmia da qualidade na manutenção de shuts" (RODRIGUES et al.) acessível pelo link: http://bit.ly/3 l qAsBw ■ ISO 9001:2015 Se uma organização deseja ter sucesso e ser competitiva, deve estar orientada para o cliente, deve responder com flexibilidade a todas as necessidades e requisitos, bem como às mudanças rápidas e inesperadas no mercado. Basicamente, a organização deve fornecer a seus clientes produtos de alta 42 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ qualidade. A qualidade tornou-se assim um dos p1incipais meios na busca pela competitiva. Uma das maneiras de garantir a qualidade dos produtos, respectivamente. se1viços é a introdução de padrões do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), como por exemplo as normas da série ISO. A ISO (Intemational Organization for Standardization) é uma organização mundial de organismos nacionais de padrões ( organismos membros da ISO). O trabalho de elaboração de normas internacionais é n01malmente realizado por meio de comitês técnicos da ISO. Cada órgão membro interessado em um assunto para o qual um comitê técnico foi estabelecido tem o direito de ser representado nesse comitê. Organizações internacionais, governamentais e não- governamentais, em ligação com a ISO, também participam do trabalho. A ISO (Figura 12) colabora com a International Electrotechnical Commission (IEC) em todos os assuntos de padronização eletrotécnica. Figura 12 - Normas ISO Fonte: Wtkipedia Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 43 ~---- A norma ISO 9000:2015 (Fundamentos e Vocabulário do SGQ) fornece os conceitos, princípios e vocabulário fundamentais que devem ser usados ao estabelecer um SGQ de acordo com os requisitos estabelecidos na norma ISO 9001 (Requisitos do SGQ). Os padrões foram criados para facilitar o comércio internacional. As organizações usam a ISO 9001 :2015 para demonstrar sua capacidade e, ao fazê-lo, confiam aos clientes que satisfarão suas necessidades e expectativas e estão comprometidos com a melhoria contínua. Os clientes usam a ISO 9001 para obter uma garantia de qualidade de produto e serviço que eles não podem obter simplesmente examinando-os. Todos os outros padrões da família ISO 9000 abordam aspectos específicos do gerenciamento da qualidade. Você sabe o que um SGQ? Um SGQ é um conjunto claramente definido de processos de negócios. Juntamente com a documentação relevante, ele define seu compromisso com a criação de produtos e serviços de acordo com padrões predefinidos. Um bom SGQ deve incluir inf01mações detalhadas sobre processos e responsabilidades em um ambiente operacional. A cláusula 1 da norma ISO 9001 os seguintes aspectos são abordados nesta cláusula (Figura 13): 44 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ Figura 13 - Aspectos da cláusula 1 danonna ISO 90001:2015 • Os obj et ivos e propósitos do padrão. • A abordagem e referência aos requisitos do d iente. • A abordagem e referência a requisitos regulatórios ou estatutários. • Aplicabilidade dos requisitos padrão. Fonte: Elaborado pela autora (2019) O escopo a ISO 90001: 2015 cria um contexto para o SGQ. Ele define sua amplitude e profundidade, a que se aplica, o que inclui e exclui e com o que lida, para que se possa responder a perguntas como (ABUHAV, 2017): I. Quais produtos e serviços da organização são gerenciados por este sistema? II. Quais processos lidam com os fatores externos que afetam a capacidade da organização de produzir esses produtos e serviços? III. Quais processos garantem que as necessidades e expectativas das prutes interessadas sejam atendidas em relação a esses produtos e serviços? IV. IV Quais unidades e locais organizacionais estão envolvidos nesses processos? V Quais requisitos, por exemplo, da norma ISO 9001 não são aplicáveis à organização e por quê? O limite de um sistema é uma linha imaginária que envolve o que o sistema precisa controlar para fornecer suas saídas. O Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 45 ~---- limite pode envolver toda a organização, ou ser menor que isso se considerar o SGQ como um subsistema, ou pode se estender além da organização se houver elementos externos à organização que ele precisa controlar. Os processos do SGQ começam com as etapas iniciais do planejamento de gerenciamento de uma empresa, que definem os objetivos, incluindo quais produtos ou serviços a empresa oferecerá. O sistema lida com todos os processos necessários, desde a venda do produto ou serviço até a criação e, finalmente, a entrega do produto ou serviço ao cliente. A ISO 9001:2015 inclui requisitos específicos necessários para a adoção de processos no desenvolvimento, implementação e melhoria de um SGQ. Isso requer que a organização defina e gerencie ordenadamente os processos e suas interações, a fim de conseguir os resultados almejados conf01me a política e a direção estratégica. Quer se aprofundar no tema "SGQ"? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo "Aplicação da fenamenta de análise e determinação do nível de maturidade no sistema de gestão da qualidade" (REYES et al) acessível pelo link: http ://bit.ly/3b9Ilvf dl O Quadro 3 a seguir mostra um panorama geral da norma ISO 9001:2015.46 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade -----~ Atributo Finalidade Aplicação O que ela abrange? A que se aplica Estrutura Comentário Quadro 3 -Panorama geral da ISO 90001:2015 Breve descrição Fornece uma base justa para avaliar a capacidade das organizações de atender aos requisitos aplicáveis ao cliente. É uma norma de avaliação prescritiva usada para obt er garantia da qua lidade e, portanto, apenas para fins contratuais e de certificação. Define os requisitos de um SGQ cujo objetivo é permitir que a organização satisfaça continuament e seus clientes. Aplica-se onde uma organização que precisa demonstrar sua capacidade de fornecer produtos e serviços que atendam aos requisitos dos clientes e visa aumentar a satisfação do cliente. 10 seções; 51 cláusulas; 301 requisitos. Em teoria, se os fornecedores satisfazerem a I SO 9001, apenas produtos ou serviços conformes serão fornecidos. Isso reduziria a necessidade dos clientes verificarem o recebimento da produção. No entanto, o ISO 9001 não define tudo o que uma organização precisa fazer para satisfazer seus clientes. Fonte: Elaborado pela autora Portanto, a ISO 9001:2015 emprega a abordagem de processo, que incorpora o ciclo PDCA. Isso significa que a organização precisa: detenninar as entradas e saídas esperadas dos processos, atribuir responsabilidades e autoridades aos Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 47 ~---- processos, identificar riscos e oportunidades para os processos e planejar abordá-los. Quer se aprofundar no tema "ISO 9001:2015"? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: AI1igo "Certificação ISO 90012015 e medição de desempenho: beneficias e desafios para implantação de um sistema de gestão robusto" (ANDRADE et al.) acessível pelo link: http://bit.ly/3bavn4U E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos ce1teza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o termo "qualidade" para os indivíduos é muito relativo, pois o que é qualidade para alguns, pode não ser para outros. No meio dos negócios vimos que a qualidade pode ser focada em quatro abordagens, a de adequação ao padrão; adequação ao uso; adequação ao custo; e adequação aos requisitos. Vimos as cont1ibuições (seja em conceitos ou fenamentas) dos principais "Gurns da qualidade", ou seja, Jman, Feigebaum, Ishikawa e Deming. Seguindo conhecemos, os princípios (foco no cliente, liderança, envolvimento das pessoas, abordagem de processos, abordagem de sistemas para gerenciamento, melhoria contínua, abordagem factual à tomada de decisão, relações mutuamente benéficas com fornecedores) da Gestão pela Qualidade Total (ou Total Quality Management - TQM). Conhecemos o Total Quality Control (Planejar-Fazer-Checar-Agir) ou TQC no estilo japonês o qual apresentam técnicas de controle para a melhoria da qualidade nas organizações. Também vimos o método do ciclo PDCA para melhoria continua e sistemática. Por fim, conhecemos a n01ma ISO 9001:2015 sobre Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ). 48 ) ( Gestão da Qualidade w Produtividade ----~ A REFERENCIAS ABUHAV, I. ISO 9001 :2015: a complete guide to quality management systems. EUA: CRC Press, Taylor & Francis Group, 2017. BOUTROS, Tristan; PURDIE, Tim. The process improvement handbook: a blueprint for managing change and increasing organizational pe1formance. McGraw-Hill Education: New York, 2014. CAMPOS, V.F. TQC: Controle Total da Qualidade no estilo japonês. 8.ed. Minas Gerais: INDG, 2004. CARPINETTI, L.C.R.; GEROLAMO, M.C. Gestão da qualidade ISO 9001:2015: requisitos e integração com a ISO 14001:2015. São Paulo: Atlas, 2016. CARPINETTI, L.C.R. Gestão da qualidade: conceitos e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2016. CARVALHO, M.M.; PALADINI, E.P. (Orgs.). Gestão da qualidade: teoria e casos. 2. ed. São Paulo: Campus, Elsevier, 2012. CRUZ, T. Sistemas, métodos e processos: administrando por meio de processos de negócios. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2015. HOYLE, D. ISO 9000 quality systems handbook: increasing the quality of an organization's outputs. 7th New York: Routledge, Taylor & Francis Group, 2018. MLKVA, Miroslava et al. Standardization: one ofthe tools of continuous improvement. Procedia Engineering, v. 149, p. Gestão da Qualidade w Produtividade ) ( 49 ~---- 329-332, 2016. Disponível em: <https://www.sciencedirect. corn/science/article/pii/S l 877705816311845>. Acesso em 22 de nov./2019. OAKLAND, John S. Total quality management and operational excellence: text with cases. 4th edition, New York, 2014. SOUZA, S.M.O. Gestão da qualidade e produtividade. Porto Alegre: SAGAH, 2018. Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 7 ~- UNIDADE 8 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ -INTRODUÇAO Para entender a qualidade total, precisamos primeiro entender a qualidade? Isso mesmo. Os clientes que são empresas definirão a qualidade com muita clareza usando especificações, padrões e outras medidas. Isso mostra que a qualidade pode ser definida e medida. Embora poucos consumidores possam definir qualidade se solicitados, todos sabem disso quando a veem. Isso mostra o ponto crítico de que a qualidade está nos olhos de quem vê. Com a abordagem da qualidade total, os clientes definem a qualidade. As pessoas lidam com a questão da qualidade continuamente em suas vidas diárias. Preocupamo-nos com a qualidade quando fazemos compras no supermercado, comendo em um restamante e fazendo uma compra impo1tante, como um automóvel, uma casa, uma televisão ou um computador pessoal. A qualidade percebida é um fator importante pelo qual as pessoas fazem distinções no mercado. Neste contexto como as organizações controlam a qualidade? Para tanto existe ferramentas, as mais simples as mais complexa? Entendeu? Ao longo desta unidade você vai mergulhar neste universo das ferramentas da qualidade! Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 9 ~---- OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: 1 Compreender a visão geral das ferramentas da qualidade; 2 Conhecer as ferramentas de suporte da qualidade; 3 Identificar as sete ferramentas da qualidade; 4 Verificar como se dá o Controle Estatístico do Processo (CEP). Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! 10 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ Compreendendo as ferramentas de controle da qualidade Ao ténnino desta unidade você será capaz de compreender como funcionam e para que seivem as fenamentas da qualidade. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram utilizar essas fenamentas sem a devida instrução tiveram problemas ao coloca.-las em prática. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Visão geral das ferramentas de controle da qualidade A melhoria da qualidade (Figura 1) e a redução do tempo do ciclo produtivo não são mais modismos ou slogans, mas tornaram-se os problemas de sobrevivência do século XXI. As empresas que adotaram práticas de gerenciamento da qualidade experimentaram uma melhoria geral no desempenho corporativo, incluindo melhores relações com os colaboradores, maior produtividade, maior satisfação do cliente, maior paiticipação de mercado e maior lucratividade. Figura 1 - Analogia de um kit de ferramenta com as ferramentas ela qualidade Fonte: Pixabay Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 11 ~---- Embora cada empresa desenvolve suas práticas em um ambiente único, com suas próprias oportunidades e problemas, há características comuns em seus Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ). Esses recursos incluem o foco corporativo em atender às necessidadesdos clientes, o empoderamento dos colaboradores para buscar a melhoria contínua do processo, uma cultma corporativa flexível e responsiva, a tomada de decisão baseada em fatos e parcerias com fornecedores. Um dos princípios básicos da qualidade total é o gerenciamento por fatos. Ou seja, é a capacidade de tomar decisões e encontrar soluções rápidas para os problemas na ausência de info1mações além da intuição, do instinto e da experiência. O gerenciamento por fatos requer que cada decisão, cada solução para um problema, seja baseada em dados relevantes e análises apropriadas. Quando ultrapassarmos os pequenos negócios, a maioria dos pontos de decisão e problemas terá muitos fatores impactantes, e a causa raiz do problema ou a melhor decisão permanecerá obscura até que dados válidos sejam estudados e analisados. Diferentes tipos de empresas se beneficiaram com a implementação de práticas específicas de Total Quality Management (Gestão da Qualidade Total); no entanto, nenhuma dessas empresas colheu esses beneficias imediatamente. Permitir tempo suficiente para que os resultados sejam alcançados foi tão imp01tante quanto iniciar um programa de gerenciamento da qualidade. 12 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ Muitas vezes, quando as pessoas falam sobre como realmente adotaram a estratégia TQM, elas falam sobre um evento convincente. Isso geralmente é causado por uma crise como a perda dos negócios para os p1incipais concorrentes ou uma queda significativa na lucratividade. Por exemplo, empresas como Motorola e Xerox adotaram a jornada TQM depois de experimentar uma forte conconência de várias empresas japonesas. As três grandes montadoras nos Estados Unidos (EUA) começaram a adotar a TQM depois de perderem uma participação de mercado significativa para a Honda e a Toyota. Muitas empresas adotam a filosofia TQM com base em uma visão motivadora. Por exemplo, a Disney (Figura 2) usou a visão: "O lugar mais feliz do mundo", para motivar os colaboradores a novos patamares de satisfação do cliente. Enquanto uma crise cria estresse, uma visão motivadora cria oportunidade. Em ambos os casos, a questão mais importante para o sucesso é ter uma solução para tornar as coisas diferentes. Figura 2 - A filosofia TQM da qualidade da Disney Fonte: Pixabay A Qualidade é um conceito muito incompreendido. Para muitos, a sua melhoria significa que deve haver mais inspeção. Outros acreditam que as únicas questões importantes de qualidade têm a ver com operações de fabricação. Há uma forte crença de que a qualidade custa tempo e dinheiro. Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 13 ~---- Algumas organizações declaram que, se os clientes querem um produto de qualidade superior, levará mais tempo para projetar e fabricar e custará mais. Cmiosamente, todas essas crenças se comprovam e1rndas. A inspeção não melhora a qualidade e verifica-se que os problemas de qualidade permeiam toda a organização. Finalmente, muitas empresas estão demonstrando agora que produtos de alta qualidade podem ser produzidos mais rapidamente e a um custo menor. Um fator único importante que afeta o desempenho de uma unidade de negócios é a qualidade de seus produtos e serviços em relação aos de seus concorrentes, pois: ■ As empresas que oferecem produtos e se1viços de qua.lidade geralmente possuem grandes quotas de mercado e são foltes palticipantes de seus mercados. A conclusão clara é que a qualidade não custa tempo. ■ A qualidade é positiva e significativamente relacionada a um maior retomo do investimento para quase todos os tipos de produtos e situações de mercado. ■ A qualidade do produto é um determinante impoltante da lucratividade do negócio. Produtores de alta qualidade geralmente podem cobrar preços premium por seus produtos. Pois, usando os processos ce1tos, produtos de qualidade podem, de fato, ser fabricados a um custo menor. Como resultado, fica claro que a qualidade não custa dinheiro! O TQM envolve métodos quantitativos e recursos humanos, ou seja, integra técnicas fundamentais de gerenciamento, esforços de melhoria existentes e fenamentas. É impoltante entender essa dualidade de fenamentas (métodos quantitativos e de tomada de decisão) e filosofia ( questões de pessoas). Fazer um sem o outro não será bem-sucedido. A integração de fenamentas 14 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ e técnicas é fundamental para que o TQM seja algo que não seja um programa de sobreposição. Dessa forma, coletar e analisar dados pode ser difícil. As ferramentas de qualidade total apresentadas nesta unidade facilitam essa tarefa a qualquer indivíduo. Seu uso garantirá melhores tomadas de decisão, melhores soluções para os problemas e até melhoria da produtividade, produtos e serviços. As ferramentas da qualidade total também possibilitam que todos colaboradores em todos os níveis da empresa a utilizem. Segundo Oliveira (2014, p. 57): As ferramentas da qualidade são importantes instrumentos para operacionalizar a teoria da qualidade. Elas pennitem, de fo1ma simples e direta, que se verifiquem, interpretem e solucionem problemas da qualidade das mais diversas ordens. Tratam-se de elementos largamente utilizados por empresas de todos os portes e tipos. As ferramentas da qualidade têm os seguintes objetivos principais: facilitar a visualização e o entendimento dos problemas, sintetizar o conheci- mento e as conclusões, desenvolver a criatividade das pessoas envolvidas, permitir o conhecimento do processo, fornecer elementos para seu monitoramento e permitir sua melhoria. As feffamentas da qualidade total são divididas em dois grupos: as sete feffamentas básicas (Estratificação; Folha de verificação; Diagi·ama de Pareto; Diagrama de causa e efeito; Histograma; Diagrama de dispersão; Gráfico de controle). Vamos ver as seguir cada uma delas. Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 15 ~---- Ferramentas de suporte do controle da qualidade a. Círculos de controle da qualidade (CCQ) Um Círculo de Controle de Qualidade (CCQ) é um pequeno grnpo de colaboradores ( de 5 a 1 O), da mesma área de trabalho que se reúne voluntariamente e regularmente para identificar, investigar, analisar e resolver juntos os problemas relacionados ao trabalho, a fim de contribuir para a melhoria da empresa. Os programas CCQ em geral exigem a mesma estrntura dos padrões de qualidade ISO 9000 em relação à estrutura de gerenciamento e treinamento nas empresas. Os CCQs devem fazer parte do programa de qualidade total da empresa. As organizações que apresentam programas CCQ também ajudam a estabelecer a confiança do cliente. Este programa de treinamento foi especialmente desenvolvido para treinar membros, líderes e facilitadores do CCQ sobre como iniciar uma equipe do de CCQ. É uma obrigação para quem deseja adotar o modo CCQ de melhoria da qualidade por meio do trabalho em equipe e do empoderamento das pessoas. A Figura 3 apresenta o funcionamento básico do CCQ em uma empresa de manufatura. 16 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ Figura 3 - Funcionamento de um CCQ {Registrado pela ~o de Controle da Qualidade da Fábrka) t---i►I Atividades de melhoria Seleç.\ode / umtema Apresentaç.\o ( Conclu~o \ Planejamento da melhoria I ConfirmaçAo Execuç~~ do efeito da melhoria '-._..-/ Fonte: a autora De acordo com Oliveira (2014) cada setor fabril pode ter seu próprio gmpo, que forma o gmpo da divisão. A ligação dos gmpos das diferentes divisões pernrite a formação do gmpo da fábrica. Seus membros devem receber treinamento a respeito da utilização das fenamentas da qualidade e serem frequentemente conscientizados e determinados a realizar esse trabalho. Os benefícios dos CCQs podem ser vários, podemos destacar os seguintes: ■ Os problemas crônicos de organizações que realmente criam obstáculos no trabalho são resolvidos pelos colaboradores da organização, cujo conhecimentoe experiência, de outra forma, não são totalmente utilizados. ■ Com uma força de trabalho tão capaz, qualquer organização pode facilmente realizar tarefas desse as mais Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 17 ~---- difíceis e desafiadoras para manter e elevar seu crescimento e lucro. ■ À medida que os colaboradores ganham expe1iência, realizam projetos mais desafiadores, no devido tempo, realizam projetos de redução de custos, manuseio de materiais, melhoria da qualidade, prevenção de desperdícios, melhoria do cronograma de entrega, melhoria do atendimento ao cliente, melhoria dos métodos de inspeção e teste, prevenção de acidentes e etc. b. Brainstorming Com o brainstonning (Figura 4) os part1c1pantes são incentivados a compartilhar quaisquer ideias que venham à mente ( claro que seja útil par resolver algum problema). Todas as ideias são consideradas válidas. Os participantes não têm pennissão para fazer comentários de julgamento ou avaliar as sugestões feitas. Normalmente, um membro do grnpo é solicitado a servir como facilitador. Todas as ideias sugeridas são registradas, de preferência em um quadro de anotações ou outro meio que permita aos membros do grnpo revisá-las continuamente. Figuca 4 - Brainstorming Fonte: Pixabay 18 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ Após todas as ideias terem sido registradas, o processo de avaliação começa. Os participantes são convidados a perconer a lista, um item de cada vez, ponderando os méritos relativos de cada um. Esse processo é repetido até que o grupo restrinja as opções para um número especificado. Por exemplo, os gerentes podem solicitar ao grnpo que reduza o número de alternativas para três, reservando a seleção do melhor dos três para si. O brainstorming pode ser um meio eficaz para coletar contribuição e feedback dos colaboradores, principalmente se os gerentes entenderem os pontos fracos associados a eles e como eles podem ser superados. Os gerentes interessados em solicitar a colaboração dos colaboradores por meio do brainstorming devem estar familiarizados com os conceitos de pensamento e mudança de grnpo. Esses dois conceitos podem minar a eficácia do brainstorming e de outras técnicas de grupo. O pensamento de grnpo é o fenômeno que existe quando as pessoas de um grnpo se concentram em chegar a uma decisão do que em tomar uma boa decisão. Vários fatores podem contribuir para o pensamento do grupo, incluindo liderança excessivamente presc1itiva do grnpo, pressão dos colegas por confonnidade, isolamento do grupo e aplicação não qualificada de técnicas de tomada de decisão em grnpo. e. Benchmarking O benchmarking, mede as operações, produtos e serviços de uma organização em relação aos de seus concorrentes de maneira implacável. É um meio pelo qual metas, p1ioridades e operações que levarão a vantagens competitivas podem ser estabelecidas. O benchmarking (Figura 5) é um processo de comparação (melhores práticas) entre as características de desempenho de organizações, muitas vezes conconentes, dessa forma, permitindo que cada participante melhore seu próprio desempenho no mercado. Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 19 ~---- Figura 5 - Benchmarlring Fonte: Freepik O benchmarking também permitirá que as inovações ( de processo ou produto) se espalhem mais rapidamente por um setor e entre setores em que for apropriado. Por exemplo, na logística de fornecimento ou distiibuição, onde muitos problemas são semelhantes, independentemente do setor. O benchmarking envolve várias etapas simples, ou seja: I. O primeiro estabelece o que, da perspectiva do cliente, faz a diferença entre um fornecedor de um produto ou serviço. Por exemplo, por que um é considerado adequado e outro excelente. II. O segundo passo é estabelecer padrões de acordo com as melhores práticas encontradas. Em outras palavras, considerar as melhores práticas como a ' referência' para o desempenho da organização. III. O terceiro passo é determinar de que maneira a organização de benchmark atinge esses 20 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ padrões - que sempre parecerão desafiadores da perspectiva do benchmarker. IV.A etapa final é utilizar as capacidades do pessoal para atender e, se possível, exceder os padrões observados. É importante entender, nesta fase, que o que é importante não é a indústria, mas as principais características do produto, serviço ou atividade. Embora possa ser ideal comparar uma companhia aérea com outra, isso pode ser difícil por razões de concorrência, política ou lei (por exemplo, quando esse comportamento pode ser considerado anticompetitivo ou pode levar a preços de cartel). Por outro lado, é perfeitamente razoável comparar a função de marketing ou logística de uma companhia aérea com a de um jornal ou uma padaria, uma vez que os produtos compartilham uma característica significativa - ninguém compra pão ou jornal de ontem - ninguém pode ocupar um assento de companhia aérea uma vez que o voo saiu. Da mesma forma, é possível fazer uma comparação útil entre o atendimento ao cliente e a consulta em um banco e no balcão da companhia aérea ou em uma loja de depa1tamentos. O processo p1incipal pode ser o mesmo, embora as perguntas específicas possam ser muito diferentes. Portanto, no geral, o benchmarking requer primeiro comprometimento da alta administração, p1incipalmente para apoiar as ações decorrentes da busca "pelas melhores práticas do mercado". Segundo, exige que a equipe seja treinada e orienta.da no processo para garantir que o benefício máximo seja obtido. Por fim, exige a alocação de pa11e do tempo dos funcionários relevantes para permitir sua execução. Gestão da Qualidade e Produtividade ) ( 2 1 ~---- d. SWlH (what, who, when, where, why e how) 5WlH é uma abreviação de O quê? Quem? Quando? Onde? Por quê? Como? (Figura 6); é usado tanto na resolução de problemas quanto no planejamento de projetos. Ao usar o 5WlH para a solução de problemas, deve-se abordar cada um dos W e H terá uma melhor compreensão do problema, ou seja: ■ Qual (What) é a questão que está sendo discutida. Exemplo: O que é considerado? ■ Onde (Where) está uma pergunta sobre onde o incidente está sendo discutido. Exemplo: onde é o mais caro? ■ Quando (When) são as informações sobre o momento do incidente. ■ Por que (Why) é uma questão de encontrar a causa do evento. Exemplo: Por que ocone um aumento nos gastos? ■ Quem (Who) é uma pergunta para explicar o autor ou quem está envolvido no incidente? Exemplo: quem aprova as despesas? ■ Como (How) é uma explicação da oconência. Exemplo: como isso pôde acontecer? Um dos benefícios do 5WlH, usando as perguntas é facilitar o processo de investigação. Se houver um problema em um negócio ou dentro de uma empresa, esse método é ideal para ser utilizado. A investigação também será mais rápida pois é fácil memorizar e usar esses questionamentos. O 5WlH é um método que pode ser aplicado para ajudar a investigar ou procurar a raiz de um problema. e. Poka-yoke Poka-Yoke um termo japonês originado por Shiego Shingo (um dos gurus orientais da qualidade) na década. de 1960, que significa "à prova de erros". É uma fenamenta de controle da 22 ) ( Gestão da Qualidade e Produtividade ----~ qualidade altamente eficaz, e reconhece que cometer erros faz parte do ser humano. O poka-yoke remove ou reduz bastante as oportunidades de cometer erros. Eles podem fazer com que um processo funcione sem problemas, reduzir as taxas de defeitos, diminuir o tempo de entrega e até melhorar a qualidade de vida. O termo foi aplicado inicialmente na manufatura, mas hoje exemplos podem ser vistos em todos os setores (principalmente se1viços) e em muitos aspectos de nossas vidas. A pode melhorar o rendimento e a eficiência de muitos processos e, acima de tudo, reduzir as taxas de defeitos. Segundo Oliveira (2014, p. 62) o poka-yoke é um sistema
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