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Frutas, hortaliças e produtos açucarados Matéria prima são todos os produtos naturais ou artificiais que serão transformados e podem obter outros produtos. Insumos são as matérias primas, equipamentos, embalagens, instrumentos e etc, tudo que é utilizado no processo produtivo de alimentos (energia, embalagens, ingredientes). Não há produto de qualidade sem matéria prima de qualidade! Pontos da disponibilidade: ➔ A disponibilidade depende da sazonalidade, algumas empresas podem produzir por exemplo polpa de frutas para ir consumindo ao longo do ano. ◆ Maquinário parado, perda de vendas=menos lucro. ➔ Gastos com estocagem ➔ A sazonalidade melhorou muito com o uso de melhoria genética nos órgãos e uso de transgênicos. Tem melhora no ciclo de vida do fruto e ele se torna mais resistente a pragas. Influência na qualidade 1. Clima a. água ● Interfere na suculência, tamanho, textura, vegetais carnosos (principalmente frutos), raízes. O crescimento do fruto se dá por Multiplicação celular (mitose), ou Crescimento celular ( inchaço da célula pelo acúmulo de água). ○ A falta de água causa murchamento, falta de crescimento. ● O excesso de água pode causar: criação de rachaduras o que deixa suscetível a falta de oxigênio e excesso de CO2 interfere no transporte de gases, que causa a fermentação do fruto, podendo diminuir o sabor. Também favorece a contaminação microbiológica ● Mais água menor teor de sólido. b. temperatura ● Importante parâmetro para colheita do fruto. ● Frutos temperados UVA, PÊSSEGO, MAÇÃ, precisa ter oscilação de temperatura para o desenvolvimento correto. ( essa oscilação ajuda na coloração característica desses frutos) ● Durante o inverno, o fruto hiberna e ajuda na questão hormonal. Plantio - No verão Colheita - Inverno/Outono ● Temperatura muito baixa → Pode ter desenvolvimento de doenças como o chilling (injúria pelo frio). Exemplo: banana na geladeira fica escura. ● Temperatura muito elevada → queimadura c. insolação ● Fotossíntese → acúmulo de substâncias, por exemplo: açúcar. ● TIPBURN → queimadura (excesso de água provoca rompimento dos vasos do látex da folha que associado à temperatura provoca a queimadura e coloração escura. Ocorre quando ela ainda está plantada!). ● Folha amarelada → ocorre quando a incidência solar ou artificial excessiva (energia térmica) destrói os agentes antioxidantes da clorofila (responsáveis por proteger essa clorofila), fazendo com que a folha perca sua cor e fique amarelada. ● Escaldadura → excesso de sol, por exemplo: maçã, potencializado pela umidade ● GRENNING → excesso de luz/ sol artificial ou natural provoca o desenvolvimento da clorofila na batata. Juntamente com o desenvolvimento da clorofila ocorre o surgimento da solamina (alcalóide solomina pode causar vômito, tontura, algumas pessoas têm susceptibilidade, o teste de cromatografia pode identificar). ● uma forma de controlar a insolação é a poda ou o desbaste: ○ Podar → retirar a folha ○ Desbaste → retirada do fruto, por exemplo fruto queimado, quando não tem sobra. d. ventos adequados ● é uma forma de resfriar o fruto, pois diminui a energia térmica do mesmo ● Evita perdas de fruto que podem cair. Pode lesionar a planta. 2. Solo ● Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K) → são elementos químicos ○ O nitrogênio é um elemento químico que se relaciona diretamente com a célula do órgão (ao alargamento celular). ■ Quantidade de nitrogênio: tamanho do vegetal, dá pra adicionar como fertilizante, adubo. ■ Uma das opções para a recuperação do solo é após a colheita, plantar leguminosas e recuperar o solo, deixando ele fértil. → a colonização de bactérias nas raízes das leguminosas são capazes de fazer a fixação de nitrogênio do ar no solo ○ Já o fósforo, da energia (está no ATP), tem capacidade de absorção de substâncias do solo. ○ O potássio traz qualidade, é um cofator enzimático, para algumas enzimas catalisarem os processos de amadurecimento . ■ Estômatos são estruturas que controlam e permitem as trocas gasosas (servem como portas) bomba de sodio e potássio. ■ Bitter Pit: na falta de potássio ocorrem manchas escuras. Altera sabor e textura na região. ● **O Cálcio tem ligação com a estrutura vegetal, na textura, nas regiões que têm pectina. ● Terreno arenoso: granulometria menor, escoamento mais efetivo da água, favorecendo o amadurecimento de frutos. ● Terreno argiloso: granulometria maior, escoamento menos efetivo da água, sendo mais suscetível a contaminações por conta do acúmulo de água. ○ Para plantas grandes e aéreas, este tipo de solo é o mais indicado. ○ Observação: Estômatos: Estrutura nas folhas que permite troca gasosa, absorção de CO2, água. Exemplo: é como se o potássio fosse o portão e o estômato é o porteiro. Topografia → Controle da incidência solar, terreno plano ou montanhoso. Montanhoso prejudica na hora da colheita mas ajuda no controle do sol.Montanhoso facilita no acúmulo de água. 3. Pragas e doenças ● Microrganismos, bactérias, bolores. ○ O vegetal não se desenvolverá em sua plenitude. ○ O bolor é pior nas frutas. ○ Prejuízo para vendedores. ○ Podemos adicionar agrotóxicos e barreiras para evitar. 4. Genética ● Geneticamente modificados (nem sempre são transgênicos) ○ Maior resistência, diminuindo a utilização de agrotóxicos. Formas de obtenção do campo ● Diferença no desenvolvimento do vegetal: ● Extração: deus planta e a gente tira (mas tem formas do homem plantio, com mudas, pedaços do vegetal) ○ Palmito, babaçu, castanha do Pará ● Cultivo: homem planta ○ Laranja, limão Etapas do cultivo ● Preparo do solo: aração e gradeamento ○ Aração: mexer a terra, permitindo maior entrada de ar (com enxada ou trator) ○ Gradeamento: etapa final de preparação do solo; limpar, nivelar e preparar o solo para a próxima colheita. ○ Covas: buraco para as mudinhas. ○ Montanhas: fazer montes de terra para as hortaliças ○ Sulcos: buraco mais fundo que a cova para as sementes. ○ *tem que fazer separação em fileiras, para analisar melhor o crescimento e facilitar a retirada manualmente ● Plantio: sementes, mudas ou pedaços de vegetais ○ Para laranja é feito por mudas ○ Cana de açúcar por caules ● Tratos culturais: inseticidas (insetos/pragas), herbicidas (ervas daninhas, que competem por nutrientes e atrapalham o recebimento de sol), bactericidas (bactérias), fungicidas. ● Colheita: manual ou mecânica ○ Mecânica: mais rápido, maior produtividade, precisa de investimento inicial, pode estragar o produto. ■ Frutos não resistentes a choques mecânicos. ■ Utilizada em produtos que serão processados ○ Manual: inverso da Mecânica Frutos ● Fecundação das flores e desenvolvimento do ovário. ● Após a fecundação, começa uma sequência de alterações hormonais. ○ Ovário vira fruto. ● Fruto: ovário desenvolvido após a Fecundação. ○ As sementes carregam informação genética. ● Tem flores que são machos e outras femininas. ● Exemplos de frutos: limão, pepino, tomate (não tem sabor adocicado). Frutas ● Frutos e pseudofrutos comestíveis ao natural com sabor adocicado. ● Laranja: ambos ● Limão, pepino, tomate: fruto Estrutura anatômica dos frutos ● Epicarpo (parte externa) ● Mesocarpo (meio) ● Endocarpo (entre os dois) ● Originários do ovário Classificação dos frutos ● Frutos carnosos: pelo menos 1 das 3 partes acumula água (para o alargamento celular) ○ Drupas: o mesocarpo e o epicarpo acumulam água ■ O endocarpo é lignificado, como uma madeira. ■ Pêssego, ameixa, abacate, azeitona (frutos com caroço); ○ Bagas: as 3 partes acumulam água; ■ Casca macia; ■ Uva, tomate, caqui (têm semente); ○ Pepônio: Mesocarpo e endocarpo acumulam água ■ Epicarpo endurece (casca dura); ■ Pepino, melancia, melão, abóbora; ○ Hesperídeo: endocarpo acumula água. ■ Mesocarpo e endocarpo formam casca; ■ Laranja, limão, maracujá; ● Frutos secos: as três partes tornam-se secas; ○ Deiscentes: se caracteriza pela abertura do ovário e liberação das sementes; ■ Leguminosas que têm vagem; ■ Feijão, lentilha, soja, ervilha, romã (fruta); ○ Indeiscentes: não se abremliberando as sementes; ■ Grãos: milho, arroz, trigo; ● Pseudofrutos: ocorre a fecundação, mas a parte comestível não é o ovário. ○ Cabo, receptáculo floral, eixo de várias flores. ○ Morango, abacaxi (várias flores e 1 ovário), maçã, pera (nesses dois, o talo é o ovário, acaba inchando e formando a fruta), caju, amora. ● Partenocárpico: não precisa ter fecundação e sem sementes; ○ Uva sem sementes, banana, laranja bahia. Características das frutas para produção ● Características do campo interferem diretamente em ambas; ● Físicas: tamanho, formato, cor e textura; ○ Textura: se ocorrer um TT ou cortes→ alterações são ruins; ■ Para a textura, estão ligadas as microfibrilas na parede celular, e ao inchamento das células e composição da lamela intermediária. ○ Formato: se for diferente, não cabe na forma de corte da indústria. ● Parede celular: ligada à rigidez; ○ Em uma construção de células, o espaço livre entre elas é chamado de lamela, e esta interfere diretamente na estrutura do vegetal. ○ Na parede celular, há a celulose e a hemicelulose, que são degradadas ao longo do tempo, modificando a textura (menor firmeza); ■ Microfibrilas de celulose e hemicelulose. ■ As sementes ficam mais rígidas, pois ocorre um processo anabólico de construção de microfibrilas. ○ Nos frutos, ocorre o processo catabólico, de destruição; ○ Turgor celular: capacidade de elasticidade da célula; ■ Quanto mais elástica a célula estiver (ou seja, maior o teor de água dentro dela), mais rígida é a estrutura; ■ Hortaliças perdem o turgor celular; ● Lamela intermediária→ espaço intracelular; ○ Dependendo do vegetal pode ser composta de amido, pectina; ● Os fritos são os locais de acúmulo no vegetal; ○ Com o tempo, pode ocorrer modificação desta lamela; ■ Frutos com amido ficam moles com a degradação (ex: banana, maçã, pêra); ○ Acumuladores de pectina também ficam moles com a sua degradação (ex: uva, goiaba); ○ Ex: a batata nova é rica em açúcares, conforme ela vai envelhecendo, pode ficar mais rígida e rica em amido. ● Químicas: teor de componentes, como açúcares, ácidos, proteínas e minerais. ○ Podemos realizar análises FQ; ○ As características físicas podemos medir de forma empírica; ○ Exemplos de testes rápidos: Medir teor de açúcares no refratômetro, teor de acidez com titulação ácido-base. Hortaliças ● “Plantas impropriamente denominadas de legumes, folhas, flores ou frutos comestíveis, sob forma de saladas, ensopados, guisados, condimentos, que geralmente se cultivam em hortas”; ○ Tudo que não é fruta; Ação hormonal ● Acúmulo de substratos; ● Ciclo: Fecundação→ Maturação fisiológica→ amadurecimento comercial→ senescência; ● Hormônios→ conjunto de substâncias endógenas que desencadeiam mudanças; ○ São naturais e podem ser aplicados exogenamente; ○ Podem ser adicionados para retardar o desenvolvimento das seguintes etapas: ● 1° e 2° etapa: ○ Reação de anabolismo→ construção; ○ hormônios em frutos→ giberelinas e quininas são responsáveis pela divisão celular; ■ Em frutos pós fecundação ○ Auxinas→ responsáveis pelo aumento celular = acúmulo de substâncias (água em frutos carnosos, amido na fotossíntese, etc); ■ Para elas atuarem, as 2 anteriores devem diminuir sua ação. ○ Ao final da ação das auxinas, ocorre as reações catabólicas, para destruir substâncias acumuladas; ■ Final da maturação fisiológica (fruto maturo); ■ Outros frutos tem etileno, responsável por essas reações; ● Alguns frutos podem produzir muito etileno, atrapalhando a respiração destes. ○ OS SEGUINTES HORMÔNIOS NÃO ATUAL SE OS ANTERIORES ESTIVEREM EM GRANDE QUANTIDADE ● A respiração é fundamental para que ocorra o ciclo! ● Podemos modificar a respiração para retardar alguma fase! Respiração ● Está associada a produção de etileno; ● Pode-se controlar o shelf-life do produto. Compostos orgânicos + O2→ CO2 + H2O + ATP Frutos Climatéricos ● Esses tem um pico respiratório; ● Maior produção de etileno; ● Há a produção de etileno fora do pé, então se desenvolvem após a colheita; ○ Exemplo: Tomate, manga, banana; Frutos não climatéricos ● Decaimento da respiração celular; ● Não amadurece fora do pé; ○ Exemplo: laranja, uva, abacaxi. ● Para estes tipos de frutos, o ideal, no caso das indústrias, é que sejam localizadas perto dos fornecedores; ○ Diminui riscos microbiológicos. ● Se o fruto não respira muito rápido, não é necessário aplicar muitas técnicas de conservação; ○ Válido para climatéricos e não climatéricos; ● Se o fruto respira muito rápido, é necessário técnicas mais concentradas de conservação; ● Na falta de O2, o fruto pode fermentar!!!! Fatores que afetam a respiração ● Temperatura ○ Redução ○ Desacelera o metabolismo, diminuindo a respiração ■ Em algumas frutas, com a diminuição da temperatura, pode aumentar a respiração (ex. Pera → chilling) ● Disponibilidade de O2 ○ Redução ○ Se não estiver em quantidade suficiente, a fruta pode fermentar. ■ Ex. Pode fermentar internamente (Produção de etanol e causa manchas escuras) ○ O2 é importante para a produção de etileno. ○ Ao utilizar ATM modificada, devemos delimitar a quantidade de O2 disponível, a fim de diminuir a respiração. ● Presença de CO2 ○ Aumento ○ Produto da fermentação. ○ Inibe o desenvolvimento do vegetal ○ Age de 2 formas: ■ Inibe as reações do ciclo de Krebs, paralisando/limitando a respiração ■ Competidor análogo do etileno (na estrutura do fruto, ele compete para ficar na região do etileno, pois ambos têm estruturas parecidas). ○ Auxilia a inibir a produção de enzimas. **o etileno age nos sítios ativos dos vegetais. → Junto com o O2, o etileno é utilizado na produção de enzimas (usadas para reagir no amadurecimento). ● Produção de etileno ○ Uso de moderadores ○ A sua produção afeta a respiração ○ Se for inibida, inibe o pico respiratório, e assim, o seu desenvolvimento. ○ Podemos utilizar técnicas para retardar a sua produção, porém é inevitável. ■ Utilização de ventilação para tirar o etileno ■ Absorvedores de etileno (permanganato de potássio). OBS: submeter não climatéricos a atmosfera com etileno, aumenta a respiração favorecendo a chegada da senescência Maturação ● Mudança nas frutas causadas por intensa atividade metabólica ● Carboidrato: amido→ açúcares ○ Ocorre o acúmulo de carboidratos na maturação fisiológica ■ Geralmente acumula-se amido ■ Após a produção de etileno, produzem amilases, que realizam a quebra em açúcares ■ Ex. Banana ○ Outro carboidrato importante: fibras (celulose e hemicelulose) ■ Ocorre a degradação enzimática durante o amadurecimento ○ Essa degradação também ocorre com a pectina ○ Nem em todas as estruturas ocorre este tipo de transformação (ex: caules e raízes) ■ Ex. Batata acumula açúcares, e na fase de senescência, tem uma enzima chamada amido sintase, que faz a formação do amido. ■ Por isso que batatas mais velhas têm maior densidade e maior quantidade de amido presente ● Ácidos ○ Em geral, ocorre a diminuição dos seus teores ○ Mais comuns: ácido cítrico, málico, tartárico. ○ Estes são consumidos durante a maturação, principalmente na respiração ○ O aumento do dulçor está relacionado a diminuição de ácido nos frutos ● Pigmentos ○ Modificações de coloração ○ A clorofila está presente no início, mas a clorofilase degrada ela na maturação, e há a construção de novos pigmentos. ■ Ex. Carotenoides, antocianinas, licopeno e betalaína. ● Compostos fenólicos ○ Anel aromático com 1 ou mais hidroxilas ○ Dependendo do tamanho, pode dar adstringência e poder oxidante. ○ Quando a fruta está verde, estes têm baixo peso molecular→ catecol ■ Vários catecóis formam as quinonas ○ Na boca, elas se encaixam nas papilas gustativas, trazendo a sensação de "amarrado" ● Compostos voláteis ○ Formação de aldeídos, ésteres, etc ○ Surgem durante o amadurecimento. ○ É difícil produzir aroma de frutas. **a banana tem um aumento do teor de acidez durante a maturação **Cada fruta tem seu ponto ótimo de colheita ● Temos algumas formas empíricas de saber se o fruto está bom para realizar a colheita, mas o recomendadoé realizar testes, como brix, acidez, sensorial, físico, iodo ○ Desta forma, podemos acompanhar os estágios de amadurecimento do fruto. ○ As formas empíricas podem trazer resultados falsos, de acordo com as condições Ponto de colheita ● Sementes são colhidas na senescência, pois há a mudança de textura (fica mais dura) e maior de quantidade de óleos (transformações de ac graxos) ● Devemos saber quais as características que queremos, conhecer as características do vegetal, para saber o momento certo de fazer a colheita. Senescência ● Predominância de processos catabólicos ○ Destruição das estruturas ● Indesejáveis nos frutos ○ Tentamos retardar essa fase ● Acontece pelo acúmulo de substâncias tóxicas no tecido ○ Ex. Peróxido de hidrogênio→ natural da respiração ■ H2O2→ H2O+O2 ■ Com um tecido velho, há o acúmulo de H2O2, pois a enzima catalase não tem mais atuação ■ Ocorre a destruição dos tecidos (escurecimento do fruto por morte celular), alteração de sabor. ○ Acúmulo de radicais livres, altera sabores e aromas ■ Superóxido desmutase consegue controlar sua ação Matérias primas para a indústria ● Armazenamento cuidadoso em relação às condições de estocagem ○ Temperatura ○ UR- umidade relativa ○ Composição atmosférica ○ Danos mecânicos ● Se a fruta sofre um choque mecânico, a fruta fica mais suscetível a contaminação microbiológica ○ Estimula a produção de etileno na região em frutos climatéricos ○ Expõe a polpa ao O2, e, se esta tiver a polifenoloxidase vai ocorrer oxidação e escurecimento Queremos evitar o aumento das taxas de transpiração; → Osmose (ambiente externo tem menos água que os frutos) em frutos carnosos. → Perda de água: processo espontâneo Transpiração ● Taxas variantes com as características das frutas; ● Perdas de 5% já causam danos; ● Ajuda o fruto a abaixar sua temperatura; ○ Sai em forma de gás, e para fazer essa conversão, o próprio órgão cede a energia, diminuindo a temperatura; ○ Transpira para igualar a concentração de água do meio externo com o seu interior. ● Causa: ○ Enrugamento; ○ Perda de peso; ○ Amolecimento; ○ Aceleração do processo de maturação; ● O processo de transpiração descontrolada acarreta na perda de água excessiva. ○ Sai água dos tecidos, perde o turgor celular e o fruto fica com textura diferente. ● A remoção de água acelera o amadurecimento; ○ Tirando água, tem maior concentração, fazendo com que as enzimas atuem mais rapidamente. ○ RESPIRAÇÃO É DIFERENTE DE TRANSPIRAÇÃO ● Controle ○ Temperatura e UR ■ Menores temperaturas controlam a transpiração; ■ Maior UR controla a transpiração; ● Frutos transpiram na geladeira, tem baixa temperatura, mas tem baixa UR (pouca respiração); ● Em temperaturas elevadas, o fruto respira pouco, pois há degradação de enzimas, mas transpira muito pela baixa UR. ■ 85 a 95% de UR ● Se usar quase 100% de umidade, acumula água na superfície, o que dificulta a respiração. ● Principalmente em frutos, aumenta o crescimento de bolores, diminuindo o shelf-life. ○ Evitar danos mecânicos ■ Nas folhas, têm os estômatos, que regulam a entrada e saída de água; ■ Nos frutos, temos as leticelas que fazem essa regulação; ○ Uso de filmes flexíveis ■ Serve para embalar os alimentos; ■ Controla a umidade do ambiente; ○ Uso de revestimentos ■ Pode ser de caráter orgânico diferente, com o objetivo de diminuir a saída de água. ■ Melhora o aspecto do fruto→ BRILHO ■ Pode ser: ● Lipídica (cera de abelha) → mais permeável e mais cara ● Protéica (gelatina e caseína) → maior resistência mecânica ● Glicídica (amido, hidrocolóides- pectina) → mais barata ■ Pode adicionar sabor, poder anti-microbiano. ■ DEVE SER COMESTÍVEL e GRAS ■ O vegetal continua respirando, por isso o revestimento deve ser permeável a gases ● Se não for, o fruto fermenta; ■ Podemos adicionar plasticizantes, para dar mais flexibilidade e diminuir a quebra; ● Adição de glicerol (polar); ● Mais utilizado para amido. ● Difícil de ser utilizado com a lipídica por conta da polaridade; ■ Podem ser aplicados por imersão ou aspersão; ● Em aspersão tem menos perda de produto, mas não garante cobertura de 100% da superfície da fruta. Armazenamento a baixas temperaturas ● Retardam o processo de amadurecimento e degradação, porém: ○ Desidrata e altera a textura; ○ Escurecimento e propicia sabores e aromas não característicos; ● Congelamento lento ○ Cristais de gelos maiores; ○ Rompimento de tecidos; formação de exsudado (liberação de água); ○ Meio para MO se desenvolverem ● Congelamento rápido ○ Cristais de gelo menores; ○ Nem todas as indústrias têm essa técnica; ● Congelamento fica abaixo de 0°C ● Refrigeração ○ Acima de 0°C para frutas; ○ Pode causar injúria pelo frio (chilling) ■ Não ocorre com todas as frutas, e pode ser irreversível ○ Enzimas acabam não funcionando direito; ○ Morte celular; ○ Deve-se estudar a temperatura para cada fruta e hortaliça ● TMS- temperatura mínima de segurança ○ Cada fruta que sofre de chilling tem uma TMS ○ A TMS é tabelada; ○ Quão abaixo está da TMS e a quanto tempo está nessa temperatura; ○ Estar acima não tem problema sobre chilling ○ Depende da variedade, grau de maturação; ● Lanosidade→ ocorre em pêssego→ fruto climatérico ○ Na maturação fisiológica, a casca do pêssego terá a protopectina; ○ 2 enzimas vão atuar em conjunto da protopectina (que é uma grande cadeia) ■ PE- pectinesterase ■ PG- poligalactosidade ○ Estas quebram a protopectina em pectina, vão se solubilizar e entrar dentro da estrutura (no meio do pêssego); ■ Pectina é um pouco menor e mais solúvel. ■ O fruto fica com a casca mais mole e o fruto mais suculento. ○ O pêssego sofre chilling. ■ No pé, a PE já começa a atuar. ■ A PE atua primeiro, facilitando a ação da PG em seguida. ■ Após a colheita, se o fruto sofrer injúria: ● A PG é a mais responsável pela quebra da pectina, e por conta da injúria, a PG é inativada; ○ A PE atuou um pouco, começando a quebra da cadeia em pectinas (quebra em cadeias com alto peso molecular), mas falta a PG completar a quebra; ● Essa pectina de alto peso molecular, além de estar em uma cadeia grande, é um hidrocolóide, que tem uma maior capacidade de retenção de água (CRA), na qual vão prender muita água, deixando os produtos sem suculência ■ A lanosidade pode ser reversível, dependendo do tempo em que o fruto ficou nessa injúria. ● A PG pode ser ativada novamente. Efeito da sensibilidade ao frio no período de armazenamento ● Abacate, manga, maçã, abacaxi→ colapso interno ou escaldadura ○ CHILLING ○ Ocorre por pouco uso do ATP, pode não ocorrer o amadurecimento do fruto quando retornar as condições ideais, ocorre o acúmulo de substâncias tóxicas Realização de pré-resfriamento ● Importante para conservar (diminuir a velocidade das reações) ● O ideal é colocar a fruta já refrigerada na câmara de armazenamento ○ Desta forma, evita o aumento da temperatura da câmara, e não atrapalha a conservação de outras frutas que podem estar nesta câmara ○ Evitar o descontrole térmico ● O ideal é realizar este pré resfriamento após o fruto sair do pé ● Na refrigeração, a transferência de calor é por convecção (lenta) ○ Para aumentar a transferência, pode-se utilizar convecção forçada ● Nas câmaras de armazenamento, não é recomendado utilizar ventilação forçada ○ Os frutos quando transpiram formam um filme de umidade na superfície, como uma barreira para perda de água ○ Com um sistema de ventilação forçada, essa barreira é quebrada, fazendo com que o fruto transpire mais. ● Há técnicas que podem ser utilizados (depende do produto para escolher o tratamento adequado): ○ Ar circulante→ pré resfriamento com circulação forçada ■ Utilizar esta técnica por 1 dia não trará malefícios ao fruto. Mas em longos prazos pode ocorrer maior transpiração. ■ Menor transferência de calor ○ Água circulante ■ Jogar água gelada sobre o fruto ■ Maior troca de calor (2 a 3 vezes maior) ■ Desvantagens: pode ocorrer contaminação microbiológica da água; deve-se realizar secagem do fruto após o pré resfriamento, podendo aumentar a suatemperatura ■ Pode adicionar fungicida na água ○ A vácuo ■ Utilizados para produtos com grande superfície de contato (utilizado geralmente em hortaliças); ■ De acordo com a pressão, tem diferentes temperaturas de ebulição; ■ Método caro, mas eficiente; ■ O fruto entra com uma temperatura maior do que a temperatura de ebulição da água (pois altera a pressão), desta forma, a água superficial do fruto evapora, resfriando o fruto; ● A uma pressão de 4,6 mm/hg, a temperatura de ebulição da água é de 0°C, então se o fruto entra a uma temperatura de 25°C, a água dele será rapidamente evaporada. ● Com essa evaporação, o fruto concede a energia para que esta água seja evaporada, fazendo com que ele diminua sua temperatura; ■ Quanto maior a diferença de temperatura, maior será a perda de água; ○ Colocar no gelo ■ Utilizada em situações urgentes; ■ O custo energético para produzir o gelo é muito mais caro do que utilizar outras técnicas de pré - resfriamento. ● O ideal é que as indústrias optem pelos outros métodos; ■ Choque térmico com gelo→ queima do órgão; Industrialização das frutas ● Desenvolvimento para minimização das perdas; ● Brasil tem um grande potencial agro-industrial ○ Desperdiça muito no manuseio e falta de tecnologia aplicada em conservação. ● As frutas são consumidas ao natural ou processadas ● As condições de cultivo interferem na qualidade do produto!
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