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Técnica Cirúrgica Síntese

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@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
1 TÉCNICA OPERATÓRIA 
SÍNTESE: 
 Conjunto de manobras para união dos 
tecidos com finalidade de restituir o estado 
anatômico e funcional 
 Consiste na aproximação correta dos 
tecidos seccionados ou ressecados visando 
apressar a cicatrização 
 Pode ser feita por simples afrontamento 
anatômico das estruturas ou por meio de 
sutura (mais comum) 
 Tem por objetivo a 
manutenção/restauração da contiguidade 
dos tecidos = síntese + cicatrização 
 Facilita as fases iniciais da cicatrização 
 A aproximação das bordas dos tecidos 
ressecados ou seccionados deve ser 
mantida a custo de materiais que resistam 
às trações e tensões às quais a ferida estará 
exposta durante as fases inicias da 
cicatrização 
 O material de síntese, na maioria das vezes 
os fios de sutura, tem sua função substituída 
pela própria cicatriz à medida que a 
cicatrização avança 
 As feridas podem ser causadas por agentes 
traumáticos físicos, químicos ou biológicos, 
de forma intencional ou acidental 
 Durante as fases iniciais do processo de 
cicatrização, é necessário que os tecidos 
permaneçam perfeitamente justapostos, 
pois a mobilidade relativa impede o 
fenômeno de cicatrização 
CLASSIFICAÇÃO: 
1. Quanto ao Fechamento: 
 Primeira intenção ou primário: imediato 
o Menos edema e perda tecidual 
o Menor probabilidade de infecção 
 Segunda intenção 
 Terceira intenção 
o Ocorre perda tecidual com ou sem 
infecção, o que impossibilita a 
aproximação imediata das bordas 
(devido à perda de tecido) 
o Segunda Intenção: Feridas permanecem 
abertas até que cicatrizem 
 
 espontaneamente por contração e re-
epitelização. 
o Terceira Intenção: após um período em que 
a ferida foi deixada aberta (sem sutura, 
protegida com curativo), realiza-se o 
fechamento coma aproximação das 
bordas. 
 
2. Quanto ao Número de Planos: 
 Plano Único ou Sutura Total 
 Planos Múltiplos ou Sutura Plano por Plano 
 
 É importante ressaltar que não se deve suturar 
grandes estruturas em um só plano, nem unir 
planos de natureza tecidual diferentes. 
 
3. Quanto à forma de união das bordas: 
 Aproximação ou aposição  afrontamento 
completo sem desnível das bordas 
 Sobreposição  uma borda ultrapassa o plano 
da borda adjacente 
 Eversão  evaginação das bordas 
 Inversão  invaginação das bordas 
 
4. Quanto à continuidade dos pontos: 
 Sutura interrompida ou em pontos separados 
o A cada 0,5 a 1cm, o tecido é transpassado 
pelo fio cirúrgico e um nó é feito 
o O rompimento de um ponto não prejudica 
os demais, permitindo sua retirada 
individual 
Ex.: ponto simples, horizontal em U (ou Wolff) 
vertical em U (ou Donatti), sutura em X (ou 
ponto cruzado) 
 Sutura contínua ou chuleio 
o Procedimento mais rápido e econômico 
devido à menor quantidade de fio usada 
o Apesar de promover um melhor 
fechamento, devem ser refeitas se houver 
algum problema ou complicação em 
algum ponto 
o São desaconselhadas para feridas 
infectadas 
Ex.: contínua simples (ou chuleio simples), 
Festonada (ou chuleio ancorado ou chuleio 
interrompido), sutura de colchoeiro (ou U 
Contínuo, Barra Grega ou Guarda Grega), 
sutura contínua do tipo intradérmica 
tardio 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
2 TÉCNICA OPERATÓRIA 
 
5. Quanto à profundidade: 
 Superficial: epiderme e derme superficial 
 Profunda: derme profunda, tecido adiposo, 
fáscias, tendões, músculos, cartilagens, 
ossos e ligamentos 
 
6. Quanto à finalidade: 
 Hemostática 
 Aproximação ou união 
 Sustentação 
 Estética 
 
As finalidades podem ser combinadas e as 
suturas realizadas com mais de um objetivo. 
CHECKLIST DA BOA SÍNTESE: 
 Assepsia 
 Bordas regulares e com boa vitalidade 
 Hemostasia 
 Material apropriado 
 Manuseio adequado 
 Confrontamento anatômico 
 Técnica perfeita 
 Não haver tensão entre as bordas  para 
que não ocorra deiscência, nem isquemia 
das bordas 
MATERIAIS E INSTRUMENTOS PARA SÍNTESE: 
 Com sutura: porta-agulhas, agulhas, fios, 
grampos 
 Sem sutura: colagem, fitas adesivas 
 Com prótese: 
o biológica – feitas de pericárdio, dura-
máter, fáscia, tecidos bovinos e outros 
materiais 
o sintética – teflon, dacron, silicone, 
materiais metálicos (placas, parafusos, 
pinos) 
PORTA-AGULHAS: 
1. Hegar 
2. Mathieu (sem olivas) 
 
 
AGULHAS CIRÚRGICAS DE SUTURA: 
 Constituída de 3 partes: ponta, corpo e fundo 
(ou encastoamento) 
 Tem como finalidade levar o material de 
síntese através dos tecidos, causando o 
mínimo de lesão tecidual 
 curva: usada com o porta-agulha 
o têm curvaturas e tamanhos variáveis de 
acordo com a necessidade de cada tipo 
de síntese 
 reta: usada sempre com a mão 
 Traumática: fio NÃO vem acoplado à agulha 
 
1 
2 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
3 TÉCNICA OPERATÓRIA 
 Atraumática: fio acoplado ou encastoado à 
agulha 
GEOMETRIA DO CORPO E PONTA DA AGULHA: 
Pode ser dos tipos: 
 Cilíndrica 
o Por penetrarem os tecidos por divulsão, 
são menos traumáticas e, por isso, 
utilizadas em suturas mais delicadas  TGI, 
vasos sanguíneos e nervos 
 Cilíndrica Triangular: 
o Ponta cortante (triangular) + corpo 
cilíndrico 
 Triangular, Cortante ou Lancelada: 
o As arestas cortantes penetram os tecidos 
por secção 
o Usadas em estruturas mais duras como 
pele, aponeuroses e tecidos fibrosos 
 Quanto às medidas: 
o Curvas: de 3 a 75mm 
o Retas: de 40 a 69mm 
GRAMPEADORES: 
 Instrumentos de síntese utilizados para realizar 
a sutura mecânica, mais rápida que a sutura 
manual 
 São dispositivos recarregáveis ou não que 
permitem a execução uniforme da síntese 
 Pode ser de custo superior à sutura manual e 
deve ser bem indicada 
 Indicada para feridas de difícil acesso 
 As hastes dos grampos variam de acordo 
com a espessura do tecido a ser suturado 
 Podem ser: 
1. Lineares 
2. Circulares 
FIOS CIRÚRGICOS: 
Devem: 
 Apresentar grande resistência à tração e 
torção 
 Calibre fino e regular 
 Flexível e pouco elástico 
 Ausência de reação tecidual 
 Esterilização fácil 
 Baixo custo 
 
As suturas fixam os lábios da incisão durante as 
fases iniciais do processo de cicatrização, 
enquanto não se desenvolve resistência tensil 
adequada. À medida que a resistência aumenta, 
as suturas tornam-se menos importantes. Devido à 
grande diversidade de tipos de incisões 
cirúrgicas, são necessários materiais de sutura 
com propriedades físicas e biológicas diferentes. 
Assim, os fios cirúrgicos podem ser classificados 
em: 
traumática 
atraumática 
1 
2 
O grampeador circular 
realiza a união, 
grampeamento e corte dos 
tecidos, anastomando-os 
 
 
@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA 116 UFJF 
 
4 TÉCNICA OPERATÓRIA 
 Absorvíveis: desaparecem dos tecidos em tempos variáveis 
o Categute Simples 
o Categute Cromado 
o Ácido Poliglicólico (Dexon®) 
o Ácido Poligaláctico (Vicryl ®) 
o Polidioxanona (PDS®, Maxon®) 
o Poliglecaprone (Monocryl®) 
 
 Inabsorvíveis: permanecem nos tecidos indefinidamente, embora possam sofrer certo grau de 
“absorção” 
o Seda 
o Algodão 
o Poliéster (Mersilene®, Surgilene®) 
o Metálicos (aço) 
o Polipropileno (Prolene®) 
o Náilon 
 Pode ser mono ou multifilamentar 
 Naturais X Sintéticos 
 Monofilamentares X Multifilamentares 
 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS DIÂMETROS DOS FIOS: 
 
3-2-1-0- 2.0 – 3.0 – 4.0 – 5.0 – 6.0 - ...- 12.0 
 
 
 
 
 
 Quanto maior o número de zeros, mais fino 
 Quanto maior o algarismo arábico, maior a espessura do fio 
 Suturas com fios muito finos, precisam do auxílio de um microscópio 
PRÓTESES: 
 Quando a solução de continuidade entre as 
estruturas é extensa ou a síntese é feita sob 
demasiada tensão, utilizamos da interposição 
de materiais de prótese ou implante. 
 
 Biológicas:o Fáscia Lata 
o Dura-máter 
o Pericárdio bovino 
 
 Sintéticas: 
o Metálicas = placas, parafusos e pinos 
 
 
o Membranas plasmáticas = silicone 
o Telas = Marlex, Prolene, Mersilene 
o Enxertos = dácron, teflon 
 
monofilamentares. 
multifilamentares 
naturais 
sintéticos 
multifilamentares. 
sintéticos 
naturais 
monofilamentares 
MAIOR diâmetro 
MENOR diâmetro 
0,80 a 0,001 milímetros

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