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1 FPM V - KARLA Sangramentos da segunda metade INTRODUÇÃO • Frequente diagnostico em obstétrica • Causa importante de internação de gestantes no período anteparto • Aumento da morbimortalidade materna e perinatal • Aumento de partos operatórios • A morbimortalidade perinatal está relacionada principalmente aos altos índices de prematuridade • Os prognósticos materno e fetal vao depender • Diagnostico correto • Causas do sangramento • Conduta adequada com base nesse diagnostico SANGRAMENTOS DA 2 METADE: • PP • DPP • Rotura uterina • Rotura de vasa previa • Sangramento do colo no trabalho de parto • Cervicites • Pólipo endocervical • Ectrópio – quando o epitélio da endocervice se prolifera na ecto. • Câncer de colo uterino • Trauma vaginal ➔ Sempre que paciente chega com sangramento – DEVO FAZER EXAME ESPECULAR – nem sempre toque mas sempre especular – importante diferenciar sangramento de dentro do orifício e da parte externa do colo DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA • Separação da placenta da parede uterina antes do parto • Pode ser: o Parcial 2 FPM V - KARLA o Total • Uma vez que descola não cola mais. Se sangrou forma coagulo – FORMA SINDROME DO COAGULO RETIDO – quando mais coagulo – consome mais fator de coagulação • Placenta forma com 16 semanas de gestação • Sangramento muitas vezes pode não ser exteriorizado FATORES DE RISCO • HAS gestacional ou preexistente – 50% dos casos • Rotura prematura de membranas ovulares; • Cesariana prévia; • Tabagismo; • Idade materna avançada; • Uso de drogas (álcool, cocaína e crack); • Condições que causem sobredistensão uterina (polidrâmnio, gestação gemelar); • Trauma (automobilístico, trauma abdominal direto); • DPP em gestação anterior ; • Amniocentese, cordocentese. SINAIS E SINTOMAS CLÍNICOS • Chega no hospital com muita dor – contração que permanece – no exame físico vejo um ULTERO CONTRAIDO O TEMPO TODO. HIPERTONIA UTERINA – barriga o tempo todo dura • Útero contrai muito e ela não consegue sentir a movimentação fetal • Pode estar acompanhado de sangramento ou não • Dor abdominal; • Persistência da dor entre as contrações no trabalho de parto; • Sangramento genital de quantidade variável; • História de hipertensão; • Pesquisar presença de outros fatores de risco. SINAIS E SINTOMAS DO EXAME FISICO • Mesmo sem sangramento ela pode ter hipovolemia → hipotensão → taquicardia → sinais de choque • ABC DA REANIMAÇÃO - vias aéreas pérvias, padrões de respiração e circulação; HIPERTONIA UTERINA – útero de couvelaire – fica no pico da contração uterina → fibras uterinas não conseguem contrair e útero fica aberto – todo infiltrado e cheio de hematomas – só visível no pós parto. Se não fizer histerectomia pos parto ela sangra ate morrer • Sinais vitais – observar taquicardia e alterações posturais da pressão • Exame obstétrico: medida de altura uterina, BCF • hipertonia uterina; UTERO DE COUVELAIRE 3 FPM V - KARLA • Muitas vezes a pressão está elevada/ tabagista etc • Monitorização fetal – padrão não tranquilizador o CARDIOTOCOGRAFIA - não tem perfusão útero placenta/ bebe para de receber sangue/ bradicardia/ ou taquicardia compensatória • Palpação abdominal – contrações tetânicas • HIPERTONIA UTERINA – ACHADO PRINCIPAL DIAGNOSTICO • Clinico • USG me ajuda quando tenho duvidas – vitalidade preservada, descolamento parcial (hipertonia não tão intensa) o Vejo pequena área de descolamento • Gestação pre termo – posso abortar • Gestação a termo – cesariana • Nenhum remédio cola novamente ou para a evolução USG • USG pode ser realizada em casos onde há estabilidade hemodinâmica materna e vitalidade fetal preservada e quando há duvidas sobre a localização placentária, e apresentação fetal, assim como para estimativa de peso do feto. • Os achados ultrassonográficos, se presentes: o presença de coágulo retroplacentário, o espessamento anormal da placenta e bordo placentário sem continuidade (borda “rasgada”). Vejo feto e descolamento pequeno – placenta rasgada – borda irregular. Na segunda imagem vemos o sangue e um pedaço do cordão EXAMES LABORATORIAIS • Hemograma com contagem de plaquetas • Tipagem sanguínea ABO RH • Coagulograma – essencial para diagnostico de coagulopatia • Exames de rotina para doença hipertensiva se apropriado CLASSIFICAÇÃO DE SHER • Rege a conduta • Contração tetânica – perdura mais • Comprometida – cardiotoco não tranquilizador mas com feto vivo 4 FPM V - KARLA GRAU 2 – PODE MORRER NA SUA CARA • A gestante já pode chegar com dilatação – parto iminente – parto vaginal • Se paciente chega em grau 2 e 4cm não posso ficar esperando • NÃO PODE USAR OCITOCINA – porque o útero já esta contraído • O coagulo estimula a contração • 1° conduta em feto morto é PARTO VAGINAL – não sei como ele morreu então não posso expor a mae a sepse 5 FPM V - KARLA • Depois de retirar o coagulo o útero faz atonia – amolece porque o que causava a contração é o processo reativo do coagulo PLACENTA PREVIA • Implantação da placenta no seguimento inferior do útero • Ocorre em 1 a cada 200 gestações que chegam ao 3 trimestre • Achado ultrassonografico frequente em exames realizados entre 16 a 20 semanas de gestação o Se a placenta sai primeiro o bebe morre porque fica sem aporte suficiente • 90% desses achados normalizarão ate o termo devido a teoria da migração placentária – não posso oficializar diagnostico de placenta previa antes do terceiro trimestre – é tardio – a partir de 30 semanas • Pode ser classificada em: o BAIXA – está localizada próxima ao colo do útero sem atingi-lo o MARGINAL – já encosta no colo do útero – fechando ele o COMPLETA OU CENTRO TOTAL - recobre totalmente o orifício interno do colo do útero ➔ Única INDICAÇÃO ABSOLUTA DE CESARIA – PLACENTA PREVIA COMPLETA – CENTRO TOTAL o PROGRAMAR A CESARIANA PARA 38-39 SEMANAS não pode deixar ela entrar em trabalho de parto FATORES DE RISCO PARA PP • Cesariana previa – PRINCIPAL FATOR DE RISCO → placenta busca onde tem mais vascularização – então ela pode se aderir à cicatrização do útero 6 FPM V - KARLA o Corte da cesariana é no mesmo local – por isso aumenta o risco o Se o corte for transversal em outro sentido da fibra uterina a chance de rotura é maior • Com uma cesariana anterior o risco de PP pode ser 4,5 vezes maior, com 2 cesareas pode ser 7,4 vezes com três 6,5 vezes e com quatro ou mais chega a 45 vezes maior • Intervenções uterinas anteriores – miomectomia, curetagem • Multiparidade/ intervalo interpartal curto • Tabagismo • Gemelaridade DIAGNOSTICO CLINICO • Sangramento indolor • Autolimitado – sangra e para. Mas se for com mais de 26-28 semanas ele não para = sentinela • Final do 2 e inicio do 3 trimestre • Presença de sangramento sentinela (aquele que não para) – aparece na PP centro total de 26 e 28 semanas de gestação • Nestas, o sangramento é irritativo – provoca contração • Sangramento é intermitente e abundante de coloração vermelho vivo com necessidade de internações e transfusões frequentes • História – em casa assistindo TV, sem fazer nada, do nado começou um sangramento intenso – ao examinar vejo sangramento via ostio – NÃO DEVO REALIZAR TOQUE BIMANUAL ANTES DE SABER SE TEM PP OU NÃO – se eu tocar ela pode complicar EXAME FISICO NA PLACENTA PREVIA • Sinais vitais • Palpação abdominal • Medida da AU • Ausculta dos batimentos cardíacos fetais; • Exame especular cuidadoso; NÃO REALIZAR TOQUE VAGINAL ATÉ SE CONHECER A LOCALIZAÇÃO EXATA DA PLACENTA PROPEDÊUTICA AUXILIAR • USGabdominal o Mostra a localização placentária e a sua posição em relação ao orifício interno do colo do útero • RM não é operador dependente • USG– tenho que ter um bom USG para ver isso ◦ Ressonância nuclear magnética - Principalmente em placentas posteriores, - Resultados não são superiores aos da ultrassonografia. - Apresenta a vantagem de não ser examinador dependente, - Pouca acessibilidade ao exame limita a sua indicação. 7 FPM V - KARLA EXAMES LABORATORIAIS • Na vigência de sangramento solicitar: o Hematócrito e hemoblogina o Tipagem sanguínea ABO RH o Coagulograma – pode ser realizado teste do coágulo, com coleta de 10ml de sangue em tubo seco – deve se formar um coágulo firme após 7–10 minutos • Coagulopatia é condição rara na placenta previa porque não fica retendo sangue para formar o coagulo e consumir fator de coagulação CONDUTA DA PP • depende de: o intensidade da hemorragia o idade gestacional o vitalidade fetal o paridade o classificação clinica o estado do colo o trabalho de parto ou não EXPECTANTE • quando não tenho sangramento ativo (media quantidade – esta diminuindo) + feto pre termo • Expectante: para gestantes sem sangramento ativo e feto prematuro: • Não precisa de hospitalização; • Abstinência sexual; • Corticoterapia e suplementação de ferro. • Nas Rh-, administrar imunoglobulina anti-D quando apresentar sangramento. • Tocolíticos apenas nos casos em que não há comprometimento hemodinâmico - medicação para parar a dor NÃO EXPECTANTE • parto – preciso resolver logo porque não para de sangrar – feto a termo • – se no termo ou próximo ao termo e com sangramento. OBS: sangue disponível para o procedimento VIA DE PARTO CESAREA ◦ Placenta a menos de 2cm do orifício cervical interno. ◦ Placenta prévia centro-total a cesariana é indicação absoluta ◦ A incisão uterina preferencial é a segmentar transversa. ◦ Apresentação anômala ou placenta anterior, pode ser necessária a realização de incisão corporal. PARTO VAGINAL ◦ Placenta prévia marginal de menor grau, com borda na e apresentação cefálica encaixada, pressionando a borda placentária. 8 FPM V - KARLA COMPLICAÇÕES DA PP • ACRETISMO PLACENTÁRIO – invasão da placenta no miométrio buscando vascularização – pode ultrapassar a SEROSA, infiltra na bexiga, no reto etc o Complicação mais grave na obstétrica o Começa a sangrar e não para – 500ml por minuto. Morte muito rápida – não dá tempo de clampear o útero o Comum em PP na região da cicatriz cesariana o Daqui 10 anos o aumento de acretismo e óbito materno será recorrente o Ela não dequita no 3 periodo o Posso realizar histerectomia com a placenta dentro – retirar reto e bexiga comprometidos o RM + USG – RM é a melhor opção para o diagnostico o Se tenho placenta previa – tenho que perguntar se tem acretismo ou não para o ultrassonografista – se não tiver escrito no laudo – peça RM • Hemorragia pós parto • Histerectomia puerperal • Óbito materno e fetal ROTURA UTERINA 9 FPM V - KARLA • É a rotura do útero gravídico durante o trabalho de parto • Complicações muito graves sendo uma importante causa de morbimortalidade materna • Incidência varia muito dependendo do pais, podendo ser de 1 a cda 585 partos a 1 a cada 6673 partos • Pode cursar também com lesão vesical em 1% dos casos • Causa importante de hemorragia pos parto CLASSIFICAÇÃO • COMPLETA – expõe a cabeça do bebe. Há a total rotura da parede uterina. É uma urgência obstétrica, levando a risco de vida tanto da mãe quanto do feto • INCOMPLETA – fibras uterinas rompem mas fica o peritônio. Peritônio parietal permanece intacto. Geralmente não é complicada, podendo permanecer assintomática após um parto vaginal FATORES DE RISCO ROTURA UTERINA • Presença de cicatriz uterina e o antecedente de cesariana • MIOMECTOMIA – retirada de miomas uterinos (benigno) – cicatriz uterina onde pode haver rotura • Curetagem uterina com perfuração • Acretismo placentário • Uso inapropriado de ocitocina. o NÃO SE PODE REALIZAR INDUÇÃO DE PARTO COM OCITOCINA COM QUADRO DE PARTO CESARIO ANTERIOR – NÃO PODE USAR MISOPROSTOL – porque aumenta risco de rotura uterina • Trauma placentário • Trauma abdominal • Anomalias uterinas • Hiperdistensão QUADRO CLINICO • Deteriorização do padrão dos BCF • Gestante queixa de dor aguda de forte intensidade • Trabalho de parto normal – gestante evoluindo – derrepente ocorre alterações dos BCF – placenta descola vira uma muvuca – bebe boia no abdômen. Ela fala que estava evoluindo bem e derrepente a contração desaparede (isso é sinal grave) • Sangramento vaginal • SUBIDA DA APRESENTAÇÃO – após romper o feto sobe – estava em -1 de Delli e depois fica em -3 10 FPM V - KARLA • Parada das contrações • Partes fetais palpáveis facilmente no abdome materno • Taquicardia importante e hipotensão grave • Mae começa a ter um ABDOME AGUDO ROTURA UTERINA IMINENTE • SINAL DE BANDL FROMMER – sinal de distenção segmentar – onde ele rompe faz uma depressão • Sinais de Eminência da Rotura Uterina • Pacientes com contrações subentrantes intensas e excessivamente dolorosas. • Síndrome de distensão segmentar (Bandl- Frommel). – Sinal de Bandl (anel próximo ou contíguo à cicatriz umbilical que separa o corpo do segmento inferior do útero) – Sinal de Frommel (ligamentos redondos retesados e desviados para frente) CONDUTA • ABC da reanimação o Vias aéreas pervias – respiração • Fornecer O2 em máscara a 10l/min ou cateter a 5l/min, • Puncionar dois acessos venosos calibrosos infundindo 1.000ml de solução cristaloide em cada acesso na velocidade inicial de 500ml nos primeiros 10 minutos e • Manter com a velocidade de infusão de 250ml/hora • NÃO POSSO FAZER RAQUI POR CAUSA DA HIPOTENSAO • Laparotomia imediatamente com anestesia geral • Prognóstico fetal é muito ruim • Geralmente necessário realizar histerectomia. ROTURA DA VASA PREVIA • Inserção velamentosa do cordão umbilical em membranas do segmento uterino inferior resultando na presença de vasos sanguíneos fetais entre o colo e a apresentação fetal • Quando o cordão implanta no colo do útero e sangra – se sangra eu tiro o sangue do bebe e ele pode morrer • NO TOQUE EU SINTO A PULSAÇÃO DO CORDAO – mas em sangramento vaginal eu não posso tocar de qualquer forma devo investigar • É a mesma coisa de tirar o bebe e não clampear o cordão – ele perde sangue pelo cordão porem dentro da barriga • CONDUTA – CESARIA – não pode ser normal porque o sangramento não para e o bebe fica sem a vascularização • MAIS RISCO PARA O FETO DO QUE PARA A MAE • É o sangramento dos vasos sanguíneos fetais que atravessam as membranas amnióticas passando pelo orifício interno do colo. • Associada à inserção anormal dos vasos fetais dentro das membranas. • Ocorrendo geralmente em gestantes com implantação baixa da placenta e inserção velamentosa de cordão. • A perda sanguínea é de origem fetal • Urgência do seu diagnóstico. 11 FPM V - KARLA • As taxas de mortalidade fetal são altas, ao redor de 50%. • Considerado emergência obstétrica. ◦ QUADRO CLINICO - Sangramento de inicio insidioso no momento da rotura + Diminuição acentuada do BCF. ◦ DIAGNOSTICO - Clinico + Ultrassonografia ante parto pode evidenciar a inserção velamentosa dos vasos CONDUTA: ◦ Considerado uma emergência obstétrica ◦ Realizar cesárea Sempre na Anamnese avaliar: • Sangramento o Cor o Quantidade o Duração 12 FPM V - KARLA 13 FPM V - KARLA • Feto ainda não está tão ruim- há vitalidade • Tenho que realizar cesaria de emergência porque o feto está atermo – próximo de nascer • Feto já esta com 170 – em taquicardia SEMPRE PROCURAR – TONUS UTERINO AUMENTADO + HAS Gabarito C QUESTÃO 2 ◦ Secundigesta de 22 anos, com 36 semanas e 2 dias, procura a maternidade com desconforto abdominal e um pequeno sangramento vaginal há 1 hora. Exame físico: BEG, eupneica, hidratada, FC 110 bpm, PA 150×100 mmHg, tônus uterino aumentado, BCF 170 bpm. Presença de discreta quantidade de sangue coletado em fundo de saco vaginal, colo grosso e impérvio. O diagnóstico e a conduta são, respectivamente A) Rotura de seio marginal; ultrassom e observação de sangramento. B) Trabalho de parto prematuro; inibição do trabalho de parto. C) Placenta prévia; ultrassom e observação de sangramento. D) Descolamento prematuro de placenta; cesárea de emergência Gabarito D 14 FPM V - KARLA
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